Nove meses depois.....

–-Vamos Luke, quero ver meus netos.

–-Calma Jocelyn, faz menos de duas horas que Clary entrou em trabalho de parto.

–- Sim, mas eu quero estar lá quando nascerem.

Luke pegou a caminhonete e foi em direção ao hospital de Nova York, encontraram parados na porta Maryse e Robert Lightwood, esperando ansiosos pelos outros avós.

–-Vamos, Clary já entrou em trabalho de parto. Luke tente acalmar Jace.

–-Ele não está com Clary? --Perguntou Luke.

–-Não, os médicos disseram que ele estava muito agitado para ficar lá dentro, ele não sabe como lidar com mundanos, Clary esta gritando de dor e ele está pirando. --Disse Robert.

–-Pode deixar eu falo com ele.

Jace estava andando de um lado para o outro como se tivesse sendo perseguido por algum animal perigoso. Olhando como se estivesse perto de algo estranho e desconhecido.

–-Jace, para um pouco, você vai fazer um buraco no chão.

–-Alec, não é sua esposa que está a uma hora gritando de dor e seus filhos estão nascendo.

–-Até porque eu não tenho esposa e não vou ter filhos.

–-Eu não quis dizer isso, desculpe, estou muito nervoso.

–-Tudo bem, eu sei. Veja Luke e Jocelyn chegaram.

Jace virou-se lentamente para ver Jocelyn, Luke, Maryse e Robert entrarem pela porta rindo, conversando como se nada estivesse acontecendo.

–-Jace, como você está futuro papai? Disse Luke.

–-Estou quase tendo um infarto, quero ver Clary, mas esses mundanos não me deixam entrar.

–-Eu sei passe por isso quando Alec nasceu, mas a diferença é que não foi em um hospital.

–-Que maravilha, reunião de família. Onde está Clary?

–-Simon, Clary está lá dentro gritando a horas.

–-Jace, faz apenas uma hora que ela está lá. --Disse Isabelle

–-Pra mim parece uma eternidade.

De repente enfermeiras e o médico saíram pela porta da sala de parto, o médico estava com as mãos cheias de sangue, Jace conteve o impulso de correr para ir atrás de Clary. Então foi Luke quem falou:

–-Então Doutor?

–-Clary é uma ótima mãe já está com os bebês. Quem é o pai?

–-Sou eu. Qual o sexo dos bebês?

–-Olha, você é um homem sortudo, seus filhos são lindos, são dois meninos e uma menina

–-O quê? Três filhos, isso é maravilhoso. Magnus o que você tem a dizer, você já sabia não é?

–-Desculpe, Clary me fez jurar que não diria nada.

–-Eu posso vê-la? Posso ver meus filhos? –Perguntou Jace ao médico.

–-Claro que sim. Vamos. Apenas um de cada vez.

Quando Jace entrou no quarto Clary estava deitada virada de costas para a porta, o médico saiu deixando Jace sozinho com sua família.

–-Clary, como você está?

–-Estou bem, uma felicidade sem tamanho, e você como está?

–-Eu estou muito feliz, você e eles são a família que um dia eu imaginei pra mim. Um pouco melhor, porque eu nunca imaginei ter três filhos de uma vez.

–-Venha aqui, vem conhece-los.

Jace foi calmamente ao lado de Clary, onde três pequenos seres dormiam sutilmente, ele imaginou se um dia ele teria sido assim, qual deles se parecia mais com ele quando criança. Ele acariciou o primeiro menino que dormia ao lado da irmã, ele era branco como a neve, tinha cabelos brancos como o sal, sutilmente ele acordou, abriu seus olhinhos e Jace viu que estes eram verdes.

–-Ele se parece com Jonhatan, mas sei que é só na aparência.

–-Sim, ele vai ser bom e amável, ele se parece com ele mas não é como ele.

Então ele olhou para a menininha, que estava acordada, esperta, olhava para tudo, e seus olhinhos se fixaram nos do pai. Ela tinha a pele dourada, os olhos cor de âmbar e cabelos ruivos. A pequena menina sorriu para ele, exibindo uma gengiva sem dentes, Jace sorriu de volta. Então ele seguiu para o próximo, um menino, este também estava acordado, tinha olhos negros assim como os de Valentim cabelos louros como o do pai e a pele de um dourado pálido. Todos tinham a cicatriz em forma de estrela no ombro, eles eram abençoados pelo anjo, assim como os pais.

–-Jace, sente-se aqui, vou dar um de cada vez pra que você já se acostume.

–-Clary, mas eles são tão pequenos, eles vão cair ...

–-Jace, você será um ótimo pai.

Clary foi até os filhos pegou primeiro a menina, colocou nos braços de Jace que não parava de sorrir, fez isso com cada um dos bebês, até eles adormecerem no colo de Jace.

–-E qual os nomes Jace, você pensou em algum?

–-Bem, a menina quero que se chame de Linny.

–-Percebi que ela será sua princesinha não é?

–-Bem, ela é frágil. Sou obrigado a protege-la.

–-Quero só ver quando ela começar a namorar.

–-Ei, eles acabaram de nascer e você já quer me deixar de cabelos brancos de preocupação? –Ele sorriu.

–-Tudo bem, agora os meninos, o de olhos verdes pode ser Bernardo ...

–-E o outro Stephen. –Completou Jace sorrindo.

Clary colocou os bebês no berço e deitou-se ao lado de Jace, que estava deitado olhando para os filhos e para ela, e pela expressão de Jace, Clary percebeu que ali era o mundo deles, ali eles tinham uma família. Tudo o que sempre quis, Jace e uma vida normal, agora eles poderiam ser felizes tinham filhos lindos e uma família que os protegeriam com suas próprias vidas. Aquela era a descendência da família Herondale e da família Morgensten. O casal deu um beijo apaixonado, Jace a segurou pela cintura e sorriu entre os beijos.

–- Eu te amo Jace Herondale.

–- Eu te amo Clary Herondale. -- Ele sorriu e a beijou de novo, um beijo repleto de idolatria, amor e gratidão.