Frank POV´s

Não era possível que tivéssemos tido o mesmo sonho. Eu sonhei com minha mãe e minha avó, mas não passava de seus espíritos. Hazel também estava em meu sonho, mas ela não caia no buraco, o meu graveto sim. Hazel se atirou nele para pega-lo então eu a perdi de vista.

Hazel havia sonhado com o espirito de sua mãe, comigo, com Nico e com Leo. Percy sonhou com seu padrasto, sua mãe, Annabeth e a sra. O´Leary. Annabeth sonhou com Percy, seu pai, sua madrasta e seus irmãos. Leo sonhou com o espirito de sua mãe também, Festus, Calipso, e Buford, a mesa maravilha. Calipso simplesmente não sonhou.

No Argo III havia uma área cercada, com dois imensos potes com óleo e uma enorme cama almofadada para Festus e Héfia. Pelo jeito logo teríamos mais um casal a bordo.

Leo estimara quarenta e sete minutos até o Acampamento Júpiter, então me arrumei como pretor. Hazel falava que eu ficava sério com aquela roupa e eu sempre corava. Desta vez não foi diferente.

De repente vi Percy beijava Annabeth e Jason beijava Piper. Leo e Calipso nem mesmo estavam ali. Percebi que Hazel os olhava, então, muito sutilmente – o que era difícil em relação ao meu tamanho – me aproximei dela e a beijei. Ela estava calma, mas não parecia enjoada. Quando nos afastamos, abri meus olhos e vi a garota mais linda do mundo. Minha vó dissera que eu precisava de uma garota como Hazel, e sinceramente, se Hazel não me quisesse mais, eu não sei o que seria de mim. Eu gostava tanto dela que lhe pedira para cuidar do fardo da minha vida: um simples graveto.

Esse pensamento pareceu durar alguns poucos segundos, mas durou minutos. Leo veio me chamar. Era hora do café da manhã e tinha bolinho sem lactose!

Chegamos no Acampamento Júpiter as seis e quatorze da manhã. Adentramos no acampamento, e vários campistas curiosos vieram nos receber. Gritaram vivas e então eu desci. Fui abraçado e recebi boas vindas de alguns romanos então disse aos outros que descessem também.

– Onde está Reyna? – perguntou Piper. Apesar do ciúme elas haviam se tornado grandes amigas.

– Reyna não está. Ela está no mundo mortal. Foi encontrar alguém. – disse alguém ao fundo.

– Sabe onde podemos encontra-la? – perguntou Jason

– Não – respondeu o mesmo campista, cujo o nome eu não lembrava.

– Tudo bem. Dispersem, voltem aos seus afazeres. – disse uma campista nova, porém não apresentava a placa de in probatio – Olá pretor Frank, sou Amber. Prazer em conhece-lo. Ouvi falar muito bem de você. – ela sorriu. Seu sorriso era tão encantador e doce quanto sua voz. Era uma menina linda, com cabelo preto liso e preso em um rabo de cavalo. Usava a blusa roxa do acampamento e uma calça jeans creme. Tinha pele clara, mas não pálida. Seu rosto tinha traços perfeitos, e mesmo sem maquiagem estava linda, mas apesar de tudo isso, olhar para Hazel me fez ver que era a ela que eu amava. – Sou como “secretária pessoal” de Reyna. Ela me disse que caso vocês voltassem, eu teria autorização para dize-los onde encontra-la. Ela está na padaria Sweet Coffee, logo na esquina. Nunca vai muito além do acampamento.

– Ah, obrigado Amber. – eu disse, já me virando para embarcar no Argo III, mas então os outros soltaram um som aflito e me virei novamente. Amber agora estava com os olhos brancos. Parecia não conseguir respirar. Ela caiu de joelhos na terra, mas seus braços pareciam amarrados. Eu estava atônito demais para fazer alguma coisa, mas então Calipso, Jason e Leo sacaram as armas enquanto Annabeth, Percy e Piper corriam na direção da garota. Amber fez um gesto para que parassem, mas não adiantou. Acho que ela ficou um pouquinho brava porque eles pararam de repente e começaram a se contorcer, com as mãos nos ouvidos, olhos fechados e lábios comprimidos. Então tive uma ideia.

– Piper, diga para ela parar. – acho que Piper me entendeu porque gritou...

– Amber, pare agora! – nada aconteceu – Eidolon, saia já do corpo de Amber! – continuou – Seja lá o que for, deixe Amber em paz. – dessa vez surtiu efeito. Só então percebi que outros romanos haviam se juntado para ver o que acontecia.

Percy POV´s

Amber apoiou as mãos no chão, respirando com dificuldade. Seus olhos haviam voltado ao normal.

– Amber, está tudo bem? - gritou Reyna, que vinha correndo. – Amber, fale comigo? Aconteceu de novo? Droga. Por que não fizeram nada?

– Reyna, se acalme. Não sabíamos o que devíamos fazer. – disse Jason.

– Fique quieto Jason. – disseram Piper e Reyna em um uníssono.

– Frank, leve-a para a enfermaria, por favor! – pediu Reyna, mas com entonação de quem manda. – O que vieram fazer aqui?

– Precisamos conversar. É sobre a nova profecia, ou parte dela...

Fomos até a sala de pretores. Frank se sentou em sua mesa e Reyna na dela.

– Primeiramente, Hazel, o namorado do seu irmão não é o melhor médico do Acampamento meio-sangue? – perguntou Reyna

– Sim, Will Solace, filho de Apolo – respondeu Hazel

– Quero que me façam um favor. Vejam, Baco, quero dizer, Dioniso, é diretor do acampamento de vocês. Ele é especialista em loucura. Will Solace, o melhor médico de ambos os acampamentos também está lá. Quero que levem Amber para seu acampamento!

– Tudo bem, mas o que ela tem? E o que foi aquilo? – perguntei

– Deixem que ela mesma os conte. Mas agora, o que queriam me dizer?

– Recebemos a nova profecia, só que ela está incompleta. –disse annie - Até onde sabemos é assim:

O herói desaparecido voltará

E a filha do titã lhes ajudará

Sete meio-sangues e uma imortal

Viajam em busca do velho portal

Para um salvar, três cairão

E o que...

– E o que...? – perguntou Reyna

– Está incompleta. Ela para assim. Mas enfim, teremos que sair, e se permitir, queremos a presença de Frank nessa missão. Ele representara os romanos.

– Está bem. Mas vamos eleger um pretor provisório. Digamos que eu estou visitando uma pessoa no mundo mortal, então me ausento frequentemente, portanto precisamos de um pretor temporário.

– Que tal Noah, do chalé de Ceres? É um cara honesto e cumpre muito bem suas tarefas. – sugeriu Frank

– Okay, se ele aceitar por mim está ótimo. – respondeu Reyna – Vão falar com Amber, enquanto isso eu e Frank vamos atrás de Noah.

Todos assentimos, e fomos até Amber na enfermaria. Ela estava deitada, com os olhos vidrados no teto. Não percebeu nossa chegada, então, Piper disse...

– Olá Amber. – Ela virou o rosto e nos olhou – Podemos falar com você? – ela sacudiu a cabeça fazendo um sinal de “sim”. – O que aconteceu lá fora? – continuou Piper – Quem são seus pais?

– Piper, chega de perguntas amiga. Deixe-a responder essas por enquanto – disse annie.

– E-eu sou filha de Hécate, deusa da névoa e da magia. – respondeu Amber

– Quem é seu pai? – perguntou Piper

– Eu não o conheço. Ele me deixou perto da Casa dos Lobos quando eu fui entregue à ele. Disse que a mãe tem de ajudar a cuidar, e se ela não ajudasse, ele não me cuidaria. Foi o que fez. Mesmo abandonada eu sobrevivi com Lupa por anos. Depois disso, eu lhe disse que seguiria meu rumo sem o Acampamento Júpiter, já que eu sou grega. Mas então fui abordada por uma empousa, que disse que me levaria à minha mãe e a serviria, me tornando imortal. Eu serviria o mau. Minha mãe nunca se preocupara comigo, nem mesmo contou ao meu pai que era uma deusa, por isso ele me abandonou. Ela esperava mesmo que eu a ajudasse? Eu ataquei a empousa com magia. Eu a sufoquei. Fiz sentir uma dor pior que qualquer outra que se pode sentir. Eu a fiz sofrer. Em seus últimos segundos de vida ela disse que se vingaria. Certo dia, um grupo de arai me encontrou, vocês não as devem conhece...

– Sim, conhecemos – interrompemos eu e Annabeth. Não queria ouvir uma discrição daqueles monstros.

– Bom, então, a empousa lhe deu uma carga de magia para que o efeito da vingança fosse para sempre. Mas a arai me deu uma chance, e me disse...

– Kelli, aquela empousa é ridícula. Se matá-la de volta e me trouxer um vidro de seu icor, sua maldição será removida. – então entregou-me um vidro inquebrável. Acreditem, eu tentei quebra-lo muitas vezes. Sei que minha maldição nunca vai acabar.

– Quanto a isso, não se preocupe. Eu prometo que vou trazer o icor da Kelli. Digamos que eu também quero matar aquela empousa.