Família de semideuses - Profecia incompleta escrita por JojoValdez


Capítulo 19
Uma nova semideusa


Notas iniciais do capítulo

Oieeeee, espero que gostem da lucy e do papel dela... Ela terá maior participação na segunda fic de Família de Semideuses



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Reyna POV´s

– Daniel, tem certeza que sua mãe e seu p...

– Eles vão te amar. Agora venha, vou te apresentar para minha irmã. Meus pais chegam em quarenta minutos mais ou menos... – respondeu Daniel

Eu já havia ido na casa dele, mas só quando estávamos sozinhos. Eu finalmente tinha encontrado minha paixão, e como Vênus já havia me dito, não seria em um semideus.

– Lucy – gritou Daniel – onde você está?

– No meu quarto – gritou ela

– Venha, vamos até ela

Subimos as escadas, mas por causa do meu nervosismo eu quase caí.

– Reyna! – disse ele, assustado

– Estou bem! – respondi sem jeito – Obrigada.

Ele bateu na porta do quarto dela e esperou que abrisse. Em poucos segundos lá estava ela. A garota era linda. Irradiava beleza, antipatia e... e poder. Tinha algo de estranho com ela.

– Oi – disse ela, sem sorrir, me medindo de cima à baixo – Cara, você é linda! O que está fazendo com o meu irmão? – disse ela, agora sorrindo

– Ha, ha, ha, muito boa sua piada Lucy. Esta é Reyna, minha namorada. Rayna, esta é Lucy, minha irmã!

– Meia-irmã. – corrigiu ela – faço questão de não ser totalmente da sua família...

Lucy me olhou e me convidou para entrar no quarto. Estava um pouco bagunçado, mas me ative mais aos detalhes. Ela tinha medalhas e troféus por todo o quarto. Uma prancha de surf no canto, um aquário em outro, e uma gaiola cheia de ratos de laboratório.

– Ah, aquilo? – disse ela apontando para os ratinhos – É só mais um trabalho da faculdade.

Olhei uma foto dela e percebi o quanto mudara. Na foto, tinha cabelos loiros e curtos, uns dez ou doze anos, pele bem clara, usava um vestido sujo e pés encardidos. Olhei para ela e demorei até ter certeza que eram a mesma pessoa. Agora ela era alta, com cabelo ainda bem loiro, porém comprido e mechado de verde. Tinha dezenove anos. A pele agora se igualava a de Daniel: pele bronzeada de surfista. Um corpo bem definido e esculpido, e a vaidade estampada. Ela estava descalça, porém pés limpos e unhas feitas. Usava um short jeans claro, rasgado e curto, com um top branco, que destacava a pele. Os olhos eram verde claro. Com o rosto bem maquiado, com delineador, rímel, pó e base, ela estava mais que perfeita.

– Você surfa? – perguntei

– Sim. Algum problema? – desafiou ela

– N-não, nenhum. É só que não tem fotos sua e do dani...

– Eu surfo, ele brinca! – disse ela, com amargura

– Eu surfo bem, mas ela... Bem, não acho um adjetivo. Ela surfa bem demais.

– Seu pai chegou! Vão lá para baixo – disse ela, enquanto o celular tocou

– Vem rey, vamos descer...

Nós descemos a escada e dani me abraçou. O pai dele abriu a porta e sorriu. Veio, me cumprimentou e começou a falar comigo. Depois de alguns minutos a mãe de dani chegou e teve a mesma reação. Ela preparou um bolo e nós fomos comer. Lucy desceu também. Ainda comendo, ela recebeu uma mensagem e foi olhá-la.

– Dani, vamos surfar! – disse ela, levantando da mesa

– Agora?

– É, agora!

Ele me olhou e eu disse que tudo bem. Os pais dele saíram de casa um pouco depois dele ir se arrumar. Assim que fecharam a porta, subi correndo para o quarto do dani. Abri a porta e ele estava só de cueca, mas nada que eu nunca tenha visto...

– Por que você faz tudo que a Lucy manda? Ela é grossa e estupida com você! - perguntei

– Rey, ela é grossa, eu sei disso, mas eu sou o único recurso dela. Lucy é bem fechada, mas em alguns momentos frágeis dela, ela me conta seus problemas. Já peguei minha irmã se drogando, se mutilando, transando, se vendendo, e muitas coisas mais. Eu sei quando algo está errado com ela, e sei quando ela precisa de mim.

– Dani, ela só vai surfar. Ela quer que você vá junto para depois falar que surfa mal. Isso não é legal, dani.

– Eu sei, rey, mas ela deve estar brigando com o namorado dela, por isso quer surfar comigo. Ela se acalma na praia, e ultimamente tem pedido conselhos para mim.

– Hum, O.K.! Acho que vou para casa. Vocês precisam conversar...

– É, talvez seja melhor. Me perdoa, era para ser um dia nosso, mas é que tenho muito medo que ela volte a se drogar ou coisas assim...

– Dani, não se preocupe comigo. Sei que ela precisa disso.

– Obrigado!

Ele me beijou. Quando fui sair do quarto ele me segurou pela cintura e me beijou mais uma vez. Depois disso sai. Passando em frente ao quarto de Lucy, ouvi um choro. Espiei pela fechadura, mesmo ciente do perigo. Lucy estava com um canivete na mão. Ela chorava enquanto alisava-o. Pensei em chamar dani, mas vi que não tinha tempo entes que ela começasse. Abri a porta do quarto, que por sinal não estava chaveada. Ela largou o canivete e me fuzilou.

– Mas que merda. O que você está fazendo no meu quarto? – ouvi a porta de dani abrir

Fiquei sem reação, não sabia o que fazer.

– Rey? Lucy? – perguntou dani, confuso

– Eu vou matar você! – gritou ela

Daniel me jogou para fora do quarto, depois pegou Lucy pela cintura e a segurou. Eu havia caído no chão. Me levantei rapidamente, mas não sai do lugar.

– Daniel, me solta! – gritou ela

– Se acalma! Por favor, Lucy. – disse ele. Depois dela se acalmar, dani a soltou – Lucy, me entrega a chave! – fiquei me perguntando que chave ele queria...

– Não, dani, você não pode! – disse ela

– Lucy, guarde o canivete na gaveta, chaveie-a e me entregue.

Ela me fuzilou com o olhar e abaixou para pegar o canivete. Não me senti ameaçada, pois estava acostumada a lutar. Ela fechou o canivete e abriu uma gaveta. Guardou-o, chaveou a gaveta e entregou a chave para Daniel.

– Te perdoo desta vez, Reyna, mas saiba que não tem autorização para entrar no meu quarto deste modo.

– Reyna, vá para casa, depois falo com você! – disse dani, então me deu um breve beijo e foi para o quarto dele

– Não! Reyna vai junto. Se teve coragem para fazer o que fez, é bem vinda... - Lucy pegou um biquíni da gaveta – Espero que sirva – disse, jogando-o para mim

Fui no banheiro me trocar. Duvidava que servisse, pois ela tinha um corpo e tanto, já eu... Para minha surpresa o biquíni serviu. Dani me entregou uma toalha e Lucy me entregou uma saída de banho. Trancamos a casa e fomos andando, pois a praia era a poucas quadras da casa deles.

Lucy carregava a prancha de surf embaixo do braço. Usava um biquíni verde fluorescente com uma blusa longa e transparente por cima. Daniel usava uma bermuda branca com as laterais vermelhas. Sem camisa, exibindo aqueles músculos e bronzeado perfeito, ia ele sorrindo irradiante. Eu vestia um biquini branco com uma blusa bem decotada preta. Chegando na praia nos arrumamos na areia. Lucy e dani foram surfar. Fiquei tomando sol enquanto os assistia. Estava um lindo dia, em pleno meio de uma tarde de uma quinta feira normal.

– E ai gata – disse um garoto, de mais ou menos vinte e dois anos

Ele se sentou ao meu lado, e no medo eu me levantei. Mais dois caras chegaram por trás de mim e me encurralaram.

– Senta ai e relaxa, amorzinho – disse o que parecia o líder

Fingi que obedeci e me sentei. Abrindo a toalha do lado certo eu me cobri, deixando com que minha adaga caísse sobre minha coxa. O homem tentou se aproximar, mas eu me levantei. Na mesma velocidade, um de seus comparsas me jogou no chão. Apontei a adaga para eles, mesmo sem saída. Ouvi Daniel me chamar e então os três se puseram de pé, como uma barreira.

– Então o namoradinho veio atrás da princesa... – caçoou um deles

– Afastem-se dela! – disse ele, tentando se aproximar, mas um dos homens o segurou. Vi a raiva estampada em seus olhos, então dani o empurrou. – Saiam de perto da minha namorada. Querem brigar, tudo bem, mas deixem-na em paz.

– O pirralho quer brigar? Vamos ver o quão bravo você é...

Ele começou a socar Daniel, mas ele fez o mesmo. Se os três ficassem contra Daniel, eu sabia que ele não teria a menor chance, mas se eu ocupasse um... Peguei a adaga e fui contra um deles.

– Dani! Reyna! – ouvi Lucy gritar – Vocês, vão brigar com alguém do seu tamanho. – disse ela, chegando mais perto

– Lucy, não! – gritou dani

– Você é do meu tamanho, mas com você eu não quero brigar. Quero outra coisa... Capuça, cuida desse aqui, eu cuido da moça.

Acho que Capuça era um dos rapazes, pois ele foi brigar com dani. Ele não deu a mínima para o rapaz e foi atrás do líder, que agora ia em direção a sua irmã. Com um soco certeiro, ele derrubou Daniel, que já estava com o nariz sangrando. Não pude fazer nada, pois eu ainda me defendia com a adaga. Tentei me aproximar deles. Reparei que o rapaz que me abordou segurou o rosto de Lucy.

– Que gracinha... É virgem? – fiquei tão furiosa que esqueci de me defender e o cortei com minha adaga.

Ele me xingou por alguns minutos, então mandou seus homens partirem para cima. Uma onda gigante os atingiu, mas algo estava errado. A onda se desviou de nós três! Quando a água baixou, Lucy caiu com os joelhos na areia e começou a chorar. Um publico nos olhava agora. Os três homens estavam caídos no chão, ainda se engasgando. O primeiro a levantar foi esperto e correu. Me sentei na areia e abracei Lucy. Ela estava seca, então todas as ideias se ajeitaram na minha cabeça.

– Lucy, levanta, temos que ir! – falei

Ela acariciava a cabeça de Daniel, que depois do meu grito acordou.

– Ir aonde? O que foi aquilo Reyna? – perguntou ela

– Aquilo o que? – perguntou dani, sem entender

– Eu... Eu...

– Nada! Levante-se dani, temos que sair daqui. – disse eu, mas era tarde demais

Olhei o líder dos rapazes e percebi que escamas lhe cobriam o corpo. Ele se levantou e sua cabeça começou a se dividir em duas, enquanto se transformavam em cabeças de piranhas. Com uma mira boa, joguei minha adaga nele. Antes que tivesse tempo de reagir, a adaga penetrou no corpo e ele virou pó. Eu não sabia o que os mortais viam, mas sabia que Lucy iria gostar de uma boa explicação. Lucy estava pronta para perguntar mais alguma coisa, mas então ela entendeu meu olhar e não perguntou.

– Dani, vamos para casa. Os rapazes estão indo embora, vai sobrar para nós. – disse Lucy

– Claro que não, eles assediaram vocês duas – disse dani

– Eu estava com uma faca, a culpa vai ser minha! – falei

– O que? Trouxe uma faca para a praia? – perguntou ele, indignado

– Vamos – gritou Lucy

Discretamente peguei minha adaga e corri atrás deles. Fomos para casa de Daniel, e quando entramos, ainda estava vazia. Daniel foi tomar banho, pois sangue se espalhava pelo seu rosto. Fui até o quarto de Lucy e bati na porta.

– Já entrou sem pedir antes, pode entrar agora também.

– Oi – falei

– Reyna, você viu o que eu fiz? –perguntou ela, com os olhos marejados

– Uma onda gigante? Vi sim, mas no meu dia a dia isso é normal.

– O que?

– Lucy, você conhece seu pai? – perguntei

– Não.

– Fui tola em não perceber antes... Sabe algo sobre deuses da mitologia romana? – era algo óbvio

– Vênus, Júpiter, Netuno, Minerva, Plutão, isso?

– Sim. Eles são reais. Existem de verdade. É difícil acreditar no começo, mas acredite, o mundo está repleto de suas proles, os semideuses.

– Filhos de deuses com o que? – perguntou ela

– Deuses com mortais, assim como você!

– O que? Não, isso é loucura.

– Concordo com você. Quando te conheci, senti que você irradiava poder. Achei estranho, mas desisti de pensar que era uma semideusa, mesmo com tantas evidencias. Não faz sentido ter dezenove anos e conseguir viver fora do acampamento.

– Que acampamento?

– Um acampamento para semideuses. Existem dois, um romano e um grego.

– Tá, mas sou filha de quem?

– Netuno, ou se preferir, Poseidon!


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Notas finais do capítulo

Oiiii, gostaram da mana do Percy?? buuuu, o suspense da morte deles continuaaaaaaa.