O Garoto que Roubava Canetas escrita por Came from West Virginia, Im a Blue Marshmallow


Capítulo 2
Uma confissão pode mudar tudo


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal (ノ≧∀≦)ノ
Hoje a história finalmente começa de verdade.
Espero que gostem e se tiverem críticas, sugestões e opiniões diferentes, comentem, please ( ˘ ³˘)❤
No próximo capítulo, eu e minha Beta maravilhosa teremos uma novidade nas notas iniciais e nós já estamos planejando um dia para postar o capítulos semanais, beleza, negada ?
Agora, os primeiros heróis da fanfic serão apresentados.
Boa leitura \(@ ̄∇ ̄@)/



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O barulho das conversas, dos lápis e canetas escrevendo e do professor batendo no quadro-negro acabavam com o silêncio que estava na sala no 1º tempo de aula. Nosso protagonista, Pedro, estava fazendo a cópia do dever, porque ele é um menino dedicado (para a recuperação), mas ele naquele momento estava entediado, triste, solitário. Na verdade, ele não via a hora de terminar a merda do dever e ver suas canetas. Anos de coleção de diversas canetas de várias pessoas. Ele tinha de várias cores, tamanhos, marcas e temas diferentes. A que mais gostava era uma da Hello Kitty que roubara de sua ex-namorada de 15 anos, Maria Eduarda. Pobre Pedro, se os outros descobrissem sobre seu segredo, estaria fudido.

– Ô, tartaruga tuchê! - uma garota chamou João Neto. João Neto era um amigo de nosso protagonista. Um jovem branquelo, gordinho e tarado. O motivo do apelido? Ele sempre carregava sua mochila gigante consigo, não a largava para nada. Nem para fazer teste, nem para cagar. Nada. - Passa uma caneta?

– Tá, peraí - o menino respondeu enquanto remexia no estojo à procura de sua caneta mais vagabunda. - Ribeiro, tô sem caneta, foi mal.

– Cala a boca, Neto, eu sei que você tem! - a garota, Maria Clara Ribeiro, apelidada de Ribeiro, gritou. Do jeito que era estabanada e escandalosa, foi tirar satisfação com a tartaruga. - Neto, você deve estar cheio de caneta aí! Deixa de ser pão-duro, porra!

– Tô te falando! Não tem nada aqui, não! -João gritou - Alguém roubou, só pode, porque ontem o meu pai encheu o estojo de caneta novinha, cara.

Do outro lado da sala, Pedro assistia a discussão achando graça, mas ao mesmo tempo com medo. E se descobrissem que ele tinha pegado? Iriam odiá-lo pelo resto da vida e todo seu luxo iria acabar. As fangirls iriam se afastar dele e os amigos também, além de ser rejeitado (mais uma vez) pela Maria Eduarda (sua ex-namorada mais velha que já citei).

– Quem roubou minhas canetas?! - Neto berrou e todos da sala pararam o que estavam fazendo para olhar para a tartaruga, que estava furiosa.

– É! Quem roubou as canetas do Neto? - Ribeiro gritou junto. Neto estranhou e disse:

– Qual é a tua? Tá querendo me ajudar?

– Não, mas eu preciso de uma caneta para desenhar durante a aula, né, idiota.

Toda a sala ficou em silêncio. Se alguém tinha roubado as canetas do garoto, não iriam falar, muito menos devolver. Percebendo isso, Neto e Ribeiro ficaram até o 4º tempo assim, sem caneta.

***

Pedro estava cada vez mais tenso e por causa disso, não conseguia se concentrar no jogo de queimado da Educação Física. Era culpado? Sim, era e muito, mas não podia simplesmente devolver suas preciosas canetas. Não era assim que as coisas funcionavam em seu mundinho perfeito e nunca iria ser. Nunca.

De repente, ele foi acordado de seus pensamentos por uma dor no estômago. Havia sido acertado com uma bolada pelo João Marco, o brutamontes da turma. Como deve ter doído aquela bolada. Estava caído no chão, com a mão pousada na parte machucada. Tinha ânsia de vômito.

– Pedro, tudo bem, meu amor? - Ribeiro chegou correndo para ver o melhor amigo. Digamos que os dois tinham uma amizade colorida, e talvez Ribeiro nutrisse algo por ele. Ou ela só queria dar uns pegas nele mesmo.

– Não - Ele disse, tossindo. Pobrezinho do nosso galã. - Me leva para a enfermaria, pelo o amor de Deus.

A menina o levantou, segurando-o pelos braços e o levou arrastando para a enfermaria do colégio, que ficava perto da quadra para a felicidade dos dois.

Pedro tomou dois remédios, um para o enjoo e outro para dor de cabeça, além de ter colocado um gelo para aliviar a dor que a bola causou em sua barriga. Aquilo iria deixar uma marca bem roxa, sorte a dele que Ribeiro estava lá para ajudá-lo. A menina faltou todas as aulas e ficara lá, olhando-o dormir (sinistro). De qualquer modo, ela não sairia dali até ele acordar e falar que tudo estava bem.

Passaram-se 5 horas.

***

Já eram três horas e quarenta e cinco minutos quando nosso roubador profissional de canetas acordou. A dor passara só um pouco, mas a ânsia de vômito e a dor de cabeça prevaleciam. Àquela altura, era Ribeiro quem estava dormindo e Pedro, do jeito impulsivo que era, a acordou rapidamente:

– Ribeiro, acorda, vai - ele dizia, chacoalhando a garota sem a menor delicadeza.

– Ah, ah! Pedro, você acordou - ela disse surpresa e em seguida bocejou - Você já tá melhor ou precisa que eu fique aqui? Porque se não, eu vou ligar para minha mãe me buscar, tá?

– Já tô melhor, só que eu... - ele gaguejou - Eu preciso te falar uma coisa muito séria.

– O quê? - Ribeiro suspirou - É melhor tu falar rápido que eu já quero ir para casa, garoto.

– Ribeiro, eu... Ah, meu Deus, como posso dizer isso? - ele começou a lacrimejar aos poucos. Que menino sensível. - Eu roubei as canetas. Eu sou o ladrão de canetas, Ribeiro.

– Era só isso? - Ela respondeu com sarcasmo. - Então quer dizer que é você quem rouba as canetas de geral?

– É complicado, Ribeiro, e-eu posso e-explicar e...

– Foda-se, garoto. Só devolve as minhas canetas, ué.

– É como eu disse: complicado - ele suspirou - Eu não posso simplesmente me desfazer das canetas. Eu me apeguei a elas, são como uma família para mim agora e família não se joga fora!

– Bem, - ela começou, se levantando da cadeira e se dirigindo a porta - Você vai ter que devolver as canetas alguma hora, querendo ou não.

Ribeiro saiu da enfermaria com a bunda doendo para caralho de tanto ficar lá sentada. Ela estava pronta para ligar para sua mãe e finalmente sair do colégio. Infelizmente, a heroína de nossa história não entende toda a sensibilidade do relacionamento de Pedro e suas preciosas, valiosas canetas. Ele ainda estava estático no cubículo minúsculo que era a enfermaria, pensando no que a amiga tinha dito. ‘’Talvez ela tenha razão‘’, ele pensou. Talvez ele tenha que devolver todas elas. Você sabe, aquilo que chamam de ‘’fazer a coisa certa‘’.


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Notas finais do capítulo

E aí ? O que acharam ? O que será que vai acontecer com nossa estrela de cinema incompreendida ? Hein ? Hein ? HEIN ?!
Será que ele vai mesmo entregar as canetas ou vai arrumar um jeito de viver com elas um final feliz para todo o sempre ? *suspense*
Isso nós só descobriremos no próximo capítulo de 'O Garoto que Roubava Canetas'...