Pov’s Elsa

Hoje na escola, nós tivemos duas horas da aula das 7 artes, depois tivemos o intervalo, uma hora com aula de matemática, e agora estamos saindo do vestiário e indo para a quadra porque teremos mais uma hora de educação física e depois bora para casa! Ah, na aula das 7 artes, todos nós cantamos, aqui vai a lista:

Merida cantou “Stronger”; Anna cantou ”Today Was A Fairytale”; Hiccup cantou “Where No One Goes”; Flynn cantou “Paradise” (se referindo a Punzie, que meigo!); Punzie cantou "A Place In This World" (Sim, ela e Anna teem as vozes praticamente iguais!); Kristoff cantou “A Sky Full Of StarsJ”; Jack cantou “Castle Of Glass” e eu cantei “Castle Walls”, e não, eu e o Jack não combinamos sobre as músicas que escolhemos falarem sobre “Castelos”... Foi “sem querer”.

Quando nós (garotas) chegamos na quadra, todos os garotos já estavam lá se “aquecendo” para o JOGO, não pensem besteira!

–Aleluia! Pensei que alguém tivesse trancado vocês no vestiário! –Falou Hiccup ironicamente.

–Não enche garoto! –Retrucou Merida.

–Hey!... –Hiccup começou a falar mas foi interrompido.

–Parem de brigar, vamos jogar! –Falou Jack chegando do lado do Hiccup, e oh Deus! Ele estava sem camisa. Ok pode trazer um balde pra mim e... Peraí, o quê?!

–Elsa, fecha a boca! –Anna sussurra no meu ouvido e me olha maliciosamente, dou uns tapas nela. –Ai! Para! Sua doida! O que te deu?! –ela fala, lê-se GRITA.

–Caham! –Pigarreio, tomando uma pose séria, e todos, até mesmo Hiccup e Jack que estavam conversando olham para mim. –Não é proibido ficar sem camisa na escola?

–A professora liberou hoje, já que está muito quente e esse sol está derretendo a quadra! –Falou Jack, com um sorriso.

–Sério?! –Falou Hiccup já tirando a camisa também... E pude ver que uma garota loira (Astrid, nova na escola) prestou bastante atenção nessa ação do Hicc... Se é que me entendem...

–Legal! Quem sabe a professora não deixa as garotas fazerem educação física de biquíni?! –Falo sarcasticamente.

–Olha que não seria uma má ideia! –Fala Jack, maliciosamente.

–Pervertido! –Eu grito e dou um tapa em sua cabeça.

–Ai! –Fala Jack massageando o local do tapa. –O que deu em você hoje? Ataque de violência?!

–Jack, pode ser várias coisas, tipo: TPM, irritação, mau-humor e... –Anna faz uma pausa para fazer uma cara maliciosa. –Simplesmente CIÚMES!

–Chega! Vem comigo! –Puxo ela pelo braço e nos afastamos dali.

–A verdade dói né?! To sabendo... –Fala Anna.

–Ciúmes de quem e por quê? Posso saber? –Eu falo.

–Ciúmes do Jack, porque todas as garotas estão olhando ele com aquele olhar que dá a entender que elas estão praticamente “comendo” ele com a mente! –Fala ela, eu ia responder, mas a professora chama todos os alunos.

–Garotos VS Garotas. Okay, turma? –Fala a professora.

–Okay! –Fala a turma e nós, vamos se posicionando em nossos lugares, e por incrível que pareça, deu certinho, 10 garotos VS 10 garotas.

Estávamos jogando um grande jogo, na minha opinião, não tinha essa de “Garotas vão perder.” Nós estávamos jogando no mesmo nível deles. E enquanto jogávamos, tinham uns caras desmontando a arquibancada do lado direito da quadra, porque ela estava ficando perigosa por balançar facilmente, ou seja, tinha pregos que chegavam até a quadra, mas não dei importância.

Até que uma menina, por impulso ou sei lá, me empurra e eu caio no chão, em cima de um prego. Okay, eu finquei um prego logo abaixo do joelho, mas senti algo escorrendo, aí que eu fui ver: eu não tinha apenas “fincado” o prego, ele tinha “rasgado” mais da metade da minha canela. Doía muito, eu tentei ir para o canto da quadra para não atrapalhar o jogo, eu não queria que tudo parasse só por causa da idiota que rasgou a perna, o sangue escorria cada vez mais e a dor aumentava, meu tênis antes branco, agora estava ficando manchado de sangue, eu estava chorando... Tudo isso em alguns segundos! Foi aí que eu vi: por estar ficando desesperada por causa da dor, não conseguia me controlar, e meu sangue que escorria pela perna começou a congelar...

–Droga! –sussurrei para mim mesma. –Para! Não! –Comecei a ficar mais desesperada. E se alguém visse? E se... Não! Para de pensar nisso! Agora tenho que descobrir como sair daqui. Tentei me levantar, mas não dava. Tentei novamente. –Aii! –Falei alto o bastante para Jack me ouvir. Ele viu que eu estava machucada e correu até mim. Droga! Droga! E agora?

–Elsa! –falou ele chegando perto de mim e se abaixando. –O que aconteceu?! –ele estava realmente muito preocupado comigo.

–N-nada! Volta a jogar! –Falei, ele tinha que sair dali!

–Não mesmo! Deixa eu ver... –ele falou e tirou a minha mão de cima do machucado e se espantou quando viu que meu sangue escorria e congelava ao mesmo tempo. –O-oque é isso?!

–Por favor! Por favor! Não deixa ninguém ver! Não deixe que eles vêem que tá congelando! –Supliquei para ele enquanto as lágrimas escorriam desesperadamente pelo meu rosto. –D-depois eu te explico! Me tira daqui... Por favor!

–Claro! –ele falou, sorrindo para tentar me tranquilizar. –PROFESSORA! –ele gritou. –A Elsa se machucou, rasgou a perna! Vou leva-la para a enfermaria! –Quando ele falou isso, as garotas (Punzie, Merida e Anna) vieram correndo até mim.

–Elsa! –Gritou Anna.

–O que houve? Deixa eu ver! –Falou Punzie, desesperada.

–Esperem! –Falou Jack se colocando à minha frente. –Voltem a jogar, depois vocês vão vê-la.

–Não! Nós vamos levar ela até a enfermaria! –Rebateu Merida.

–Xô! Xô! –falou a professora afastando as garotas. –O Sr. Frost leva a Srta. Arendelle à enfermaria, assim nenhum time fica desfalcado! –Dito isso as garotas foram obrigadas a voltar a jogar.

–Vem vamos! –Falou Jack se abaixando e passando seu braço pela minha cintura. Eu devia por meu braço pela cintura dele, mas hesitei, ele estava suado e sem camisa! Ele viu minha aflição e sorriu. –Não precisa ter timidez! Se segura aí e vamos lá! –Após ele ter dito isso passei meu braço pela cintura dele, enquanto caminhávamos (ele caminhava e eu cambaleava) ele colocava sua perna perto da minha para tentar esconder o gelo.

Estávamos afastados da quadra e caminhando pelos corredores, agora vazios em direção à enfermaria.

–Você... O que é esse gelo? –Jack pergunta.

–Eu tenho poderes... –Respondo meio cabisbaixa.

–Não fica assim, somos dois! –Ele dá de ombros.

–O QUÊ?! –Eu grito. Tipo, como assim?!

–É Elsa, eu também tenho esse poder... Mas agora você precisa descongelar, já está mais calma... –ele fala enquanto paramos em frente à enfermaria.

–Tem razão...-E então agora, mais calma, consigo descongelar.

–Eu fico aí dentro com você.

–O quê? Não! Jack, você ainda tem a aula de educação física!

–Não, exatamente... Se eu for o time dos garotos vai ficar com um a mais... Ou seja, é melhor eu ficar.

E assim foi, enquanto a enfermeira cuidava do meu machucado e por fim fazendo o curativo.

–Pronto Srta. Arendelle. –falou a enfermeira. –Terá que ficar aqui até a hora da saída, e se o seu acompanhante puder, pode ficar aqui com você. –então ela se retira, nos deixando a sós.

–Então, você também tem poderes de gelo e neve? –Eu pergunto.

–Sim, nasci com eles... Mas ao contrário de você, eu não descontrolo se eu descontrolar minhas emoções... Deve ser coisa de garota... –ele respondeu.

–Verdade, nós garotas somos mais emotivas... –Eu falo, fazendo pequenos flocos de neve aparecerem e logo depois desaparecerem.

–Lindo né? –fala Jack fazendo um floco de neve. –Meus pais sempre falaram que eu sempre devo ter orgulho de ter esse dom, um dom que tem uma beleza incomparável!

–Verdade! –eu respondo. –Então é por isso que você é o único albino na família certo?

–Sim. E é por isso também que somos frios, mesmo que seja verão... –diz Jack.

–O que vão pensar se descobrirem que temos esses poderes? –eu pergunto.

–Alguns acharão uma linda magia e irão aceitar, outros pensarão que é magia das trevas e nos chamarão de bruxos e feiticeiros do mal... –Jack fala e faz uma pausa suspirando. –Infelizmente...

–Eu prefiro não usá-los muito, porque se me acostumar com isso e algum dia, me esquecer e alguém ver... Ferrou! –eu digo.

–Eu queria que todos aceitassem. Queria sair pelas ruas e fazer neve no verão, na primavera... Amo ver como as crianças se divertem na neve! –Fala ele com um olhar de sonhador. –Para mim, neve é sinônimo de diversão, de bagunça... –Ele completou e eu sorrio com as suas palavras.

–Belas palavras, Frost! –Digo e pisco um olho, ele apenas sorri. –Eu e Anna, todo o inverno, até hoje, fazemos um boneco de neve... “Oi! Eu sou o Olaf! E gosto de abraços quentinhos!” –Eu falo com uma voz “grossa” e fazendo Jack rir.

–Um ser da neve que gosta de abraços calorosos... –Jack diz. –Bem criativo!

–É sério! –eu digo entre risos. –Até inventamos um sonho que ele quer realizar!

–E eu posso saber o sonho do Olaf?

–Ele quer conhecer o verão, a praia, brincar com as crianças no piquenique, quer se bronzear e depois nadar no mar... –respondo fazendo gesto com as mãos e nós caímos na gargalhada.

–Você seria uma ótima diretora de filmes infantis! –fala Jack rindo.

–Para com isso! –digo dando um leve empurrão em seu ombro.

–Ta bom! Ta bom! –diz ele, se recuperando dos risos.

–Jack, você sente frio? –eu pergunto.

–Não. E você? –ele pergunta e eu nego com a cabeça.

–É tipo: “The Cold Never Bothered Me Anyway!” –digo fazendo biquinho com a boca e arqueando uma das minhas sobrancelhas.

–Nossa, até machucada consegue ser linda?! –ele fala e depois faz uma cara de “Falei merda!”. –Desculpe!

–Tudo bem! Obrigado pelo elogio... –Eu falo, sentindo minhas bochechas esquentarem. -E se você acha que essa “cara” foi bonita, então... Tá! –digo, sorrio e ele retribui. –Está na hora! Vamos?

–E sua perna?

–Nada vai acontecer se a minha muleta humana e albina me ajudar! –falo sarcasticamente.

–Tá, espera aí! –Ele fala e vai colocar a camisa. –Vamos! –e então saio da enfermaria com a minha “muleta linda” (eu disse isso mesmo?!) do mesmo jeito que cheguei, porém agora eu manco, e não fico cambaleando feio um bicho tendo convulsões.

–ELSA! –Anna grita e vem correndo até mim.

–NÃO! –eu grito e ela “freia” bruscamente.

–O que foi? –Anna pergunta.

–Se eu não fizesse você parar, você ia pular em mim e minha perna ia ficar pior do que já está! –Falo sorrindo.

–Sua boba! –ela diz sorrindo e me dando um meio abraço de lado (minha muleta ruiva).

–E aí, como você está? –pergunta Hiccup, se aproximando.

–Bem, mas vou ter que cuidar disso. –eu falo apontando para a perna. –O machucado foi fundo e pode ficar pior se eu não cuidar direito.

–Ou seja... –Anna se intromete. -... Ela vai ficar bem, porque quando o médico, enfermeira, ou sei lá o que recomenda algo a ela, ela faz dez vezes melhor e com mais cuidado!

–Claro né Anna, eu tenho que viver bastante para cuidar de você! –falo sorrindo.

–Vish, já vi tudo! Essa daí uma velha me incomodando! –Ela brinca.

–Nossa até porque você é muito mais nova né?! –eu digo e nós rimos.

–AI MEU DEUS! –Rapunzel grita e todo mundo olha apavorado para ela.

–O que foi garota? Desembucha! –Merida fala, quase voando na Punzie.

–Como a Elsa vai para o baile amanhã com a perna assim?! –Punzie fala apavorada e todos dão um suspiro de alívio, inclusive eu.

–Já ouviu na mais nova criação chamada: “vestido longo e sapatilha”? –Eu falo.

–Sério isso? –pergunta Anna, descrente.

–Por que não? –eu falo sem preocupação.

–Eu posso ajudar! –fala Punzie.

–Como assim? –Eu pergunto curiosa.

–Vamos para casa, o que vou falar é um segredo... Na casa de quem? –fala Punzie.

–Na minha? –Fala Hiccup erguendo a mão.

–Ok! Vamos então! Agora porque o sinal bate daqui dois minutos! –Falou Kristoff, conferindo a hora em seu celular.

Chegando na casa de Hicc, podemos ver que o fato dele ter ancestrais Vikings, suas memórias sobre os mesmos não tinham morrido ainda em sua família. Tinha quadros e objetos vikings. Fomos todos para o jardim, e lá cada um contou um segredo: o dom que tinha. Sério! Todos ali eram mágicos ou tinham um dom. Lista:

Punzie=Cura com o cabelo.

Merida=Nunca erra o alvo.

Flynn=Mestre em camuflagem e em saquear coisas sem ninguém perceber.

Hiccup=Jura ter visto um dragão um dia antes de achar seu atual gato em frente à sua casa.

Anna=Não tinha nenhum, mas ela disse que ultimamente tinha pressentimentos em relações às pessoas, se elas eram boas ou más.

Kristoff=Conseguia entender as renas.

E eu e Jack=Poder de Gelo e Neve.

–Então, Elsa eu posso te curar! –Fala Punzie, animadamente.

–Punzie, mas os outros vão notar e achar estranho! –Fala Anna, tentando não deixar Punzie abalada.

–A não ser que... -eu falo e faço uma pausa, fazendo com que todos me olhem. –eu coloque o curativo por cima de onde estava o machucado e falo que “milagrosamente” não sito nenhuma dor.

–Mas vai ficar lindo, você de vestido curto com um enorme curativo falso! –retruca Anna.

–E quem disse que o vestido vai ser curto? Ele vai ser longo, apenas poderei usar salto. –falo como se fosse a coisa mais simples do mundo, e era!

Então todos concordaram e Punzie usou sua magia. Minha perna voltou ao normal.

–Já que somos um “grupo de adolescentes paranormais”, que tal dar um nome ao nosso grupo? –Flynn dá ideia.

–Ok, Punzie e Hiccup, os mais criativos decidem o nome! –Fala Jack.

–The Big 8 (eight)! –Punzie e Hicc falam em uníssono e se olham assustados.

–Falaram juntos. É coisa do destino! Vai ser esse! –Eu falei e todos concordaram... Depois contamos aos nossos pais, que prometeram guardar segredo.

E agora somos o The Big 8! Um grupo de adolescentes com dons especiais... Assim como o Trio De Ouro da saga Harry Potter, nós somos O Grupo da saga The Big 8!