Casar-se com Jaime Lannister não parecia algo ruim, ele era bonito, educado e gentil. Ele, Elia, Oberyn e Cersei costumavam brincar no Rochedo, e ela costumava fazer perguntas de como era estar grávida e ser mãe a Joanna, perguntas um tanto indiscretas, mas para uma menina pareciam legitimas.

“ É ótimo minha criança, ser mãe é uma das dádivas que apenas nós os seres mais evoluídos, podemos ter” Depois ela sorriu e fez um sinal para que aquilo fosse um segredo, ela sorriu de volta timidamente.

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No enterro de Joanna, não sabia-se quem chorava mais Cersei ou Elia. Ambas choravam pela morte da tão querida leoa do Rochedo, a leoa bondosa. Elia tinha pena de Cersei, até o dia que ela lhe apresentou o irmão mais novo.

“Não é um monstro, é apenas um bebê!” Disse Oberyn um pouco contrariado, e então Cersei começou a apertar as partes do menino, e Elia queria que ela parasse, porém não falou nada até que Jaime a parasse e ela parou de sentir pena da leoa órfã de mãe naquele dia.

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Elia nunca estivera tão feliz, quanto no dia em que lhe foi dito que ela se casaria com o tão disputado príncipe Rhaegar. Ela não entendeu o por quê de Oberyn ficar tão emburrado, e de estar tão indiferente quanto a ida dela para o sul ser a princesa dos sete reinos, e futura rainha. Este titula lhe agradava bastante, “Rainha dos sete reinos”

“ Se ele não for um bom marido, me mande um corvo irei até lá e te lá buscarei minha irmã” Foi o que Oberyn lhe disse, depois de um longo abraço. Talvez o abraço mais sincero que Oberyn já dera na vida.

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Rhaegar era maravilhoso, tocava arpa para ela, passeavam de mãos dadas no jardim do palácio, e lhe dava um buque com rosas amarelas todos os dias. Ela duvidava que isto fosse acontecer depois do casamento, mas não se importava tanto, acreditava que seu casamento seria um belo casamento e que com o tempo talvez Rhaegar aprendesse a ama-la.

“Você irá aprender a me amar meu principe, você verá, aconteceu com minha mãe e meu pai e acontecerá conosco.” Ela disse a ele, enquanto segurava suas mãos e olhava fundo nos belíssimos olhos lilases.

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O casamento foi lindo, todas as casas de Westeros, desde a maior a menor delas estavam lá muitos olhares de inveja caíam sobre Elia, principalmente o de Cersei Lannister. Elia achou que seria perfeito, até ver a expressão facial de seu marido, tão serio e os olhos e expressão vazia nunca o vira assim.

“Seja calmo...“ Ela pediu baixinho, enquanto se despia. Rhaegar dispensará todas as pessoas, queria algo mais reservado para a jovem e ela agradeceu mentalmente por isto. Rhaegar assentiu enquanto a olhava despir-se.

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É uma menina! Rhaenys era puro Dorne era idêntica a Elia, que achou que seu marido ficaria decepcionado, por ser menina e por ser uma dornesa não uma Targaryen. Porém ele a pegou, deu um grande sorriso e abraçou a menina, aquilo foi tão gratificante.

Quando saíram da pedra do dragão e foram para porto real amostrar Rhaenys, para Rhaella e Aerys algo dizia a Elia para se manter firme. Rhaella abriu um sorriso e pegou a menina nos braços, dando-lhe um abraço e isto aliviou totalmente Elia. Porém Aerys olhou a menina com desprezo e disse.

“Ela cheira a Dorne” E Elia teve que se segurar para não dizer poucas e boas. Ela recebeu um olhar acolhedor de Rhaella, e isto pode recompô-la um pouco, apesar do evidente desapontamento.

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É um menino! Se ela não tivesse desmaiado pouco depois da parteira dizer isto, ela teria dormido durante uma semana, e não saberia sequer o sexo de seu bebê. Aegon era um legitimo Targaryen, minha os olhos azuis escuros, pele pálida e cabelos prateados era gratificante. Quando Rhaenys viu seu pequeno irmão, ela achou que ele estava morto devido à palidez.

“Você será o rei meu menino.“ Ela disse quase sem forças, Aegon lhe custara muito. Mas valia cada uma das forças perdidas.

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Foi humilhante, todos a olhavam e Rhaegar apenas olhava para a loba a frente. Elia quis gritar e chorar, mas não poderia fazer isto ali. Dispensou a companhia de suas damas e foi para o castelo, sozinha enquanto segurava as lagrimas de seus olhos.

“ Eu lhe dei um menino, lhe dei um herdeiro para a coroa, e ele me troca pela maldita loba! “ Elia não conseguia parar de chorar, e apenas quando Aegon foi trazido junto a Rhaenys que ela conseguiu sorrir um pouco apesar de estar perceptível que ela chorara.

“Desculpe-me Elia!” Foi o que Rhaegar lhe disse antes de tentar toca-la, ela se negou, deitando-se em um ponto mais afastada o possível dele na cama.

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“ Mamãe, estou com medo!” Disse-lhe Rhaenys enquanto estavam sentadas em um canto do quarto, quando ouviram os passos no corredor, ela mandou que Rhaenys entrasse debaixo da cama.

“ Eu te amo!” Ela disse para a filha, antes que se levantasse e fosse para outro canto do quarto, um homem enorme entrou, e pegou o pequeno bebê dos braços de Elia, que gritou exigindo seu filho, com lagrimas nos olhos, e então o jogaram contra a parede e o sangue dele sujou toda a face aterrorizada de Elia.

Ele a tomava de um jeito violento, e apesar de doer ela apenas desejava que ele não visse a sua pequena Rhaenys embaixo da cama, que assistia tudo, antes de entregar-se as sombras da espada Elia virou a cabeça e olhou para a sua filha, que chorava tampando a boca, e sem voz ela disse.

“ Eu te amo”

E seu ultimo desejo foi para a mãe, que ela protegesse Rhaenys e a levasse Dalí e que um dia ela pudesse ser amada, ela merecia isto. Ela não merecia pagar pelos erros de Rhaegar, do jeito que Aegon pagou.

E então o aço tocou a sua pele rasgando-a, destroçando a sua carne, e seu sangue se espalhava por todo o quarto.