Blood of LOVE escrita por Lord Yashida


Capítulo 10
Capitulo IX


Notas iniciais do capítulo

Galera, esse vai ser o capitulo mais tranquilo de todos até agora. Podemos dizer que é uma pausa para vocês respirarem, porque, depois desse capitulo, fôlego vai ser roubado de vocês a cada palavras. Mais uma vez, agradeço aos comentários! Agora... Boa Leitura!



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Capitulo IX

– Stiles -

Sinceramente... Eu nunca tinha imaginado que Scott poderia ser tão ignorante e idiota a ponto de se virar contra seus próprios amigos, se aliando a uma fera louca e insana que mata sem preceitos algum. Não consegui controlar a vontade de socar sua cara, e foi o que eu fiz, com todo o gosto do mundo. A raiva tinha subido a minha cabeça e acabei ameaçando ele. E, com toda aquela idiotice, ele acabou me dando uma pista intrigante.

“Mas para o Hale, talvez”, ele disse. “Se você acha que tem outros Hales vivos...”.

Aquilo me dava duas opções: (a) os outros dois supostos Hales que Allison tinha descoberto perto da cidade poderiam estar envolvidos naquela confusão toda; ou (b) havia um terceiro Hale que não sabíamos e que era o alfa. Aquilo era um assunto para ser discutido o mais rápido possível, eu aproveitaria que os Argents estariam junto conosco naquela tarde e faria uma pequena reunião, pois eu já sabia por onde começar.

Derek me esperava do lado de fora, ele me encarou com um ar irônico e sorriu como se estivesse satisfeito com o acontecido de minutos atrás, eu sabia que ele estava perto para que se Scott tentasse me atacar ele pudesse impedir. Eu o abracei e ele me beijou.

– Eu não sabia que você era tão nervoso assim – ele disse rindo. – Me lembre de não lhe socar nem brincando, porque, sério, agora tenho medo de você revidar!

Rimos juntos. Era tão bom tê-lo por perto, a sensação que ele me transmitia fazia com que eu esquecesse tudo. Mas, mesmo assim, eu estava preocupado com Scott, por mais que ele fosse idiota, ele ainda era meu melhor amigo, e o que Lydia tinha falado, “pedido de socorro”, assim que ele apareceu no corredor na nossa frente me fez pensar em diversas coisas.

– Não foi nada de mais... – Falei por fim.

– Você ainda pretende ajuda-lo, não pretende? – Derek retrucou.

Acenei positivamente.

– Vamos, Allison está nos esperando para começar a construção! – Derek disse animado.

Estranhei o fato de ele não me perguntar mais nada, talvez ele tivesse entendido que eu precisava pensar um pouco mais antes de falar qualquer coisa, eu precisava formular minhas ideias antes de tomar qualquer decisão. Scott me deu uma pista sobre o alfa, e Lydia me deu uma pista sobre Scott. É quase como ter duas chaves, só que para portas diferentes, e eu precisava achar um jeito de abrir as duas de uma vez só.

Fiquei calado o trajeto todo perdido em meus pensamentos até que chegamos à casa destruída dos Hale. Allison e Chris discutiam em uma mesinha de madeira no meio de vários homens trabalhando para tirar o material dos caminhões e trazer as maquinas com cuidado para não destruir as árvores.

Olhei para Derek e ele simplesmente sorriu.

– Eu tinha algumas reservas básicas...

– Derek... Reservas “básicas”? – Retruquei fazendo aspas no ar.

– O que foi? – Ele riu e me deu um beijo na bochecha. – Estava guardando-as para algo importante... E nada mais importante do que o futuro nossa lar.

Não pude aguentar a emoção dentro de mim. Derek era um grandão bobo, carinhoso, e que lutaria por mim mesmo que custasse sua vida. Por mais que ele me irritasse às vezes, e eu a ele, nós dois tínhamos uma harmonia surpreendente!

Pus a mão na sua nuca e o puxei para um beijo cheio de amor. Por alguns segundos tive a impressão de ouvir seu coração bater, mas acho que foi somente o meu se acelerando... Então quando o beijo terminou e ele estava me olhando com aquele jeito apaixonado e imerso em uma emoção inexplicável, Allison bateu na janela ao meu lado.

– Ei! Garotos, temos uma construção para começar sabiam?

Descemos do jipe e fomos para a mesinha onde Chris e um de seus amigos, ou melhor, operários (acho que se enquadra melhor para a situação). Allison me mostrou uma planta de como seria a casa. Analisei-a atentamente e mostrei a Derek.

– Nada mal – ele comentou.

– Nada mal? – Questionei. – Isto é incrível!

– Só se eu concordar! – Ouvi a voz de meu pai sussurrando ao meu ouvido.

Dei um salto de susto e o olhei espantado.

– O que foi? – Ele perguntou inocentemente. – Não posso ajudar a construir a casa do meu genro, ou melhor, do meu filho e seu namorado?

Eu juro que quase chorei naquele momento... Pela primeira vez na minha vida estava tudo indo tão bem, quer dizer, parcialmente bem. Eu estava com meu namorado lobisomem, junto com meus amigos caçadores e simpáticos, mas que poderiam matar alguém que julgassem como perigo, e meu pai xerife que poderia prender alguém se assim ele quisesse. Mas tudo aquilo me dava à sensação de que eu realmente estava começando a construir uma “vida”.

– Eu achei essa casa muito exagerada! – Meu pai comentou por fim.

– Eu achei perfeita para os dois! – Allison retrucou.

– Eu já não acho mais nada – Chris afirmou com sarcasmo.

Peguei uma borracha e um lápis e comecei a consertar algumas coisas e, com os conselhos de Derek, terminei o projeto final. A casa teria uma sacada confortável, uma sala de estar na entrada conjugada com a copa e com a cozinha, no andar de cima teriam dois quartos e dois banheiros, e também uma minibiblioteca.

– Podemos começar agora! – Falei levantando a planta.

♦♦♦

– Derek -

Estavam todos muito animados. Levamos a tarde toda para nivelar o chão, e erguer o primeiro andar. Conseguimos construir a sacada de madeira forte. Nossa casa estava começando a surgir, porém já tínhamos feito muita coisa por uma tarde. Eu estava suado e cansado e Stiles ficou conversando com Chris durante um bom tempo. John, o pai de Stiles, não pode ficar por muito tempo e logo saiu.

Quando estava quase escurecendo Stiles nos reuniu enquanto os operários continuavam trabalhando alegremente ao som do Michael Jackson. Eles pareciam gostar daquela tarefa mais do que pedreiros normais. Talvez fosse pelo fato de que eles viviam sob uma esfera de pressão imensa, como a que estávamos vivendo por fora daqueles momentos relaxantes.

Ficamos ao redor de uma fogueira improvisada. Stiles estava em pé ao lado de Chris, enquanto eu e Allison ficamos sentados em troncos. Olhei para o rosto de Stiles emoldurado pelas chamas, ele ficava tão sombriamente lindo que chegava a me dar arrepios, mas logo tratei de me concentrar em seu plano.

– Então... – Allison apressou. – Qual seu plano?

Era intrigante como ela conseguia sair de “menina fofa e amigável” para “estrategista impetuosa e calculista”, algo que, provavelmente, fazia dela uma mulher forte e incrível. E Stiles também tinha percebido aquele, porque ele sempre ficava meio desconfortável quando ela falava daquela forma, porém ele se forçou a ficar concentrado e expor o plano.

– Pois bem – ele começou a falar. – Quando estava conversando com Scott hoje ele me deu uma pista que pode mudar todo o rumo dessa história. Talvez ele quisesse bagunçar minha mente porque o alfa sabe que ele está... confuso com tudo isso...

– E que pista é essa? – Allison perguntou.

– Um Hale quer brincar – falei meio vagamente.

Stiles acenou positivamente e depois voltou a falar:

– Quando questionei Scott se tudo isso não passava de um jogo, ele me respondeu que não para ele, mas para O Hale talvez.

– Quem seria este Hale? – Questionei intrigado com um nó na garganta.

– Essa é a questão – Chris respondeu friamente, era perceptível que ele estava mais pensativo que todos ali. – Nós sabemos que possivelmente existem dois Hales além de você, Derek, perto das fronteiras de Beacon Hills... Mas não sabemos se Scott se referiu a eles.

Pensei rapidamente naquilo tudo... Por mais que Scott estivesse tentado simplesmente levantar falso testemunho contra mim, ele acabou entregando que realmente há um Hale atrás disso tudo, afinal de contas todos me viram lutando contra o alfa e sabiam que eu não era ele. Então, rapidamente, entendi o que Stiles queria propor.

– Temos que achar os supostos Hales – falei convicto.

– Exato – Stiles sorriu.

– Mas... E se realmente um deles for o alfa? – Questionei mesmo sabendo a resposta.

– Então nós o matamos – Allison disse atônita.

Tentei controlar minha aflição... Eu não suportaria perder um membro da minha família, mais nenhum. Depois de anos vivendo somente com Laura eu descobri que possivelmente existiam mais dois Hales pertos da cidade, e que provavelmente e o alfa seria um deles, ou então um terceiro Hale. Seria uma situação complicada em que eu teria que ouvir a razão, não a emoção.

Acenei positivamente.

– Então é isso – Chris disse começando a sair.

De repente um som repentino, como um grito aumentado por dez mil caixas de som em altura máxima, chegou até os meus ouvidos me fazendo urrar de dor. Era um grito feminino tão intenso e carregado... Senti Stiles me abraçando e tampando os meus ouvidos, notei que eles pareciam ouvir o som também, só que em menor potencia.

– O que foi isso? – Ele perguntou confuso.

Então... Subitamente o som parou e eu voltei ao normal quase que instantaneamente. Stiles me ajudou a levantar e então eu encarei Chris, pelo seu olhar eu pude entender que ele também sabia o que era aquele grito. Voltei meus olhos para Stiles que estava meio abismado.

– Isso não... – Allison disse. – O correto seria quem.

– Quem gritaria nessa altura? – Stiles questionou aflito.

– Uma banshee – falei. – Ou melhor... Uma Lydia Martin.

♦♦♦

– Stiles -

Depois do grito completamente amedrontador de... Lydia, os eventos seguintes ocorreram tão rápido que é difícil explicar como ocorreram. Derek me puxou para o jipe me forçando a entrar. Ele arrancou o carro e se pôs rapidamente na rodovia mais próxima. Os Argents vinham logo atrás em sua BMW, também em alta velocidade.

– O que esta havendo? – Perguntei aflito.

– Lydia, ela é uma banshee! – Derek disse se mantendo concentrado em ir o mais rápido possível.

Pelo caminho que ele seguia eu pude perceber que estávamos indo para a entrada de Beacon Hills, onde ficava o arco com o nome da cidade e as estatuas de faróis.

– Por que estamos indo para a entrada da cidade? – Questionei confuso.

– Lydia está lá – Derek respondeu quase que em um sussurro.

Por que Lydia estaria na entrada de Beacon Hills? Estava tudo muito estranho. Tentei me lembrar de o que era um banshee, lendas, histórias qualquer coisa, até que me veio um documentário do History Channel. Banshee era a definição usada para uma mulher que podia prever a morte, e dentre outras coisas, seu poder sempre foi um mistério porque nunca tinha como especifica-lo, sem mencionar o grito estridente de quando uma pessoa está prestes a morrer.

Então... Se Lydia era uma banshee e ela tinha acabado de gritar mais alto que cem leões rugindo, alguém poderia estar prestes a morrer se não chegássemos lá rápido. Tratei de ficar calado para Derek se concentrasse em dirigir e, com exatos em poucos minutos chegamos à entrada.

Vi o carro de Lydia parado perto da estua de farol da direita, porém ela estava ajoelhada próxima a um corpo. Desci correndo do carro e fui até ela. Ela chorava compulsivamente com as mãos cheias de sangue sobre o ferimento de um rapaz.

– Lydia – a chamei envolvendo meus braços em seus ombros. – Você está bem?

– Stiles, ele precisa de ajuda... Rápido! – Ela gritou.

Mais do que instantaneamente Chris apareceu e pegou o rapaz.

– Vamos leva-lo para Deaton!

– Deaton? O veterinário de Beacon Hills? – Perguntei.

– Esse mesmo – Derek afirmou forçando Lydia a ir para o jipe. – Ele é um druida!

De repente eu larguei a sensação de surpresa e fiquei nervoso.

– Sério pessoal! Vocês podiam me contar mais coisas sabiam? Tipo que o veterinário da cidade é um druida e coisas do tipo!

Entrei no jipe rapidamente, fui à traseira tentando acalmar Lydia que perguntava constantemente o que ela era afinal de contas. Ela me contou entre lágrimas que depois de chegar do shopping com Allison ela foi dormir e teve um pesadelo estranho, porém ela pulou a parte de como foi o pesadelo, e eu não a interrompi. Depois de acordar ela pegou o carro e simplesmente começou a dirigir... Ela sabia que tinha que ir até lá, o mais rápido possível! E quando chegou se deparou com o garoto caído e ferido e ela simplesmente gritou.

Escutei tudo atentamente enquanto Derek dirigia seguindo o carro dos Argents. Quando dei por conta já estávamos na porta da clinica. Descemos rapidamente e encontramos Deaton na secretaria da clinica se preparando para fechar.

– Deaton, precisamos de você – Allison disse enquanto seu pai entrava com o rapaz machucado.

– O que aconteceu? – Ele perguntou com aquele seu tom calmo.

Deaton esta como eu me lembrava: jaleco branco, camisa social cinza, calça social marrom, cabeça raspada e a barba por fazer. Ele analisou atentamente o rapaz e depois acenou para que o colocassem em cima da mesa de ferro onde ele tratava dos animais.

Contamos tudo o que tinha acontecido. Logicamente ele sabia de uma boa parte da história, mas se mostrou surpreso a outras, como a pista de Scott. Ele parecia meio triste com o fato de seu empregado ter se tornado tão insano. De acordo com ele Scott não tinha aparecido nos últimos dias, o que só ressaltava o quanto Scott estava fora de si.

Allison ficou do lado de fora com Lydia tentando acalma-lo e contando tudo o que ela precisava saber, fiquei preocupado se ela conseguiria aguentar tudo de uma vez só. Mas entrei na sala junto com Derek e Chris enquanto Deaton examinava o rapaz.

– Seus ferimentos estão se cicatrizando, mas devem demorar um pouco – Deaton afirmou com aquele tom urgentemente profissional. – Graças a Lydia ele vai sobreviver, seja o que for que estava atrás dele não queria mata-lo e sim impedi-lo de chegar até aqui...

– Atrasa-lo? – Chris questionou perplexo. – Mas por quê?

Deaton balançou a cabeça sem saber a resposta. Ele fez os curativos necessários para o rapaz. Reparei melhor na sua aparência... Ele tinha os cabelos negros meio aparados, a pele clara e o rosto fino que combinava perfeitamente com o corpo magro.

– Ele deve acordar logo... – Deaton informou.

Ficamos ali por perto enquanto Lydia acabava de ouvir Allison até que o garoto finalmente acordou. Sua primeira reação foi gritar e tentar se levantar, mas Derek rapidamente o segurou.

– Fique calmo! Você está seguro!

Ele foi se tranquilizando aos poucos e com a ajuda de Derek ele se se sentou à mesa.

– O que aconteceu? – Ele perguntou com um tom confuso e nervoso.

– Nós te encontramos, quer dizer, Lydia de encontrou, machucado na entrada de Beacon Hills – Chris disse. – Você teve sorte.

– Obrigado – ele sussurrou.

Deaton se aproximou dele e posou a mão sobre seu ombro.

– Qual seu nome meu rapaz? – Ele perguntou com um tom calmo e concentrado

– Isaac... Isaac Lahey – ele respondeu.

Eu o encarei e me aproximei.

– Eu sou Stiles – falei sentando-me ao lado dele na mesa. – Esse ao seu lado é Deaton, aquele loiro com cara de mal é Chris e esse grandão aqui é Derek.

Ele simplesmente acenou positivamente. E me encarou.

– Ele queria me impedir de chegar aqui...

– Quem? – Derek perguntou aparentemente curioso.

– Um alfa... Muito forte...

Olhei para todos. Já esperávamos aquela resposta, pelo menos não fora Scott e nem poderia ser. Ele não conseguiria fazer ferimentos como aqueles. Então abracei o rapaz gentilmente e sorri.

– Você entre amigos agora, pode relaxar – falei amigavelmente.

– Não temos tempo para relaxar! – Ele gritou nervoso. – A lua de sangue está chegando!

Aquele termo “lua de sangue” me fez ficar espantado. Eu já tinha ouvido aquilo antes, era um evento raro no qual a lua ficava vermelha como sangue e iluminava a noite em um tom escarlate amedrontador. Mas o que ele queria dizer com aquilo.

– Temos que acha-lo! – Isaac falou com urgência.

– Achar quem? – Retruquei.

– Eu sei quem... – Lydia disse aparecendo na porta da sala.

Olhei para ele exigindo respostas. Então ela engoliu em seco e me olhou no fundo dos olhos.

– Precisamos encontrar o rei lobisomem.


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Notas finais do capítulo

Meu Deus! Isaac chegou para incrementar essa fanfic, e o que será que ele nos trará, além da informação de um suposto "rei lobisomem"? E afinal quem será esse rei? Ou melhor, o que É esse rei? Como todos vão agir agora que tudo parece ter ganhado outras proporções? Só lendo para saber!
Um grande abraço, continuem lendo e comentem.



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