Imperius escrita por Pure Water
Os olhos azuis de Natasha estavam cheios d'água. Suas mãos estavam frias tocando o rosto pálido da irmã mais velha. O caixão que ela havia comprado tinha cheiro de rosas, mas isso não mudaria a dor que ela estava sentindo. Com seus 19 anos nunca achou que fosse passar por tal situação.
- vou sentir saudades - ela disse, deixando uma lágrima escorrer por seu rosto pálido.
Karla, sua prima, segurou-lhe a mão e a envolveu em um abraço apertado e aconchegante. Ninguém esperava que aquilo pudesse acontecer.
- ele me paga - Natasha sussurrou para a prima, que apenas assentiu.
X
As ruas da grande cidade de Londres pareciam mais vazias. O vento soprava no ouvido descoberto de Natasha enquanto ela caminhava até o seu apartamento.
Os prédios altos estavam todos em silêncio. O único som que se podia ouvir eram os gritos de alguma criança no outro lado da rua. Natasha suspirou, pegando o celular com a tela rachada e discando o número daquele que lhe fazia bem.
- Michael? - sussurrou, ao ser atendida - está bem.
O seu amor por aquele garoto não chegava nem aos pés do que sentia pelo infiel, por aquele que havia tirado a vida de sua irmã.
Louis não era realmente o tipo de homem que vale a pena se apaixonar. Ainda mais pelo fato de ser um assassino.
Flash-back ON
- Espere por mim! - a loura gritou, rindo enquanto o garoto subia o morro com uma rapidez invejável.
- Não seja tão mole Natasha - respondeu, rindo e se deitando na grama - venha logo.
- tenha mais paciência - ela disse, se deitando ao seu lado e observando as nuvens.
Louis virou-se para a garota lhe entregando uma margarida que estava a crescer ao seu lado.
- uma flor para uma flor.
Natasha pegou a flor, sorrindo e lhe agradeceu com um beijo no rosto.
Talvez aquele amor que ela sentia pelo garoto poderia um dia ser retribuído.
Flash-back OFF
As lágrimas que escorriam por seu rosto mostravam a imensa dor que morava dentro de seu coração.
A cor majestosa de seus olhos cheios d'água chamava a atenção de todos que andavam pelo prédio sem ter o que fazer. Natasha acenou para o Porteiro, que havia participado do funeral de Victoria, sua irmã.
O caminho que o elevador fazia até o andar número 18 parecia ser mais demorado.
O apartamento em si parecia mais diferente após a morte de sua irmã. O prato que ela usou para comer o pedaço de bolo estava até hoje na pia, ninguém ousou mexe-lo.
- Já estou com saudades - sussurrou Natasha segurando o porta retrato com a foto da irmã.
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