Do Outro Lado escrita por Akasha


Capítulo 13
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Boa noite galerinha,
mais um caps pra vocês!!!



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            Ali estava eu, ao lado da missão. Olhando para o cemitério... Muitos corpos enterrados... menos o meu.... que estava “jogado” em um lugar não muito longe dali. Aproveitando minha morte, fazendo nada, já que Suzannah estava com a família... e a praia estava lotada de pessoas quase totalmente nuas quando um senhor apareceu na minha frente.

 

- Jesse!!! – Bom, eu poderia achar estranho ele saber meu nome, ou então ele me ver. Eu deveria e acharia, se ele também não estivesse morto.

- Sim...

- O que você que com a minha filha? – O senhor estava sendo um tanto quanto agressivo. Eu sentia que poderia apanhar a qualquer momento e sem saber a razão.

- Me desculpe, mas eu não estou entendendo.

- Ah, não está entendendo rapaz. Então me explica quais são as suas intenções morando no quarto da minha filha. – Díos. Morando no quarto de sua filha? Ele não pode ser o pai.. o pai.. ele é o pai da Suzannah...

- O senhor é o pai da Suzannah?

- Peter Simon, e que bom que agora você entende do que estou falando!!

- ... – Eu não sabia o que dizer. Ele até que estava bem vermelho para um fantasma, ou será que eram meus olhos que já não enxergavam mais direito. Depois de 150 anos, o pai de uma garota – linda, doce e completamente maluca – vem tomar satisfação do porque eu estou morando com a filha dela, e mais absurdo é que eu estou tão morto quanto ele.

- Então rapaz... O que você pretende ficando no quarto da Suze? Se aproveitar dela enquanto ela está tomando banho, olhar enquanto ela troca de roupa ou ... se você fizer alguma coisa com a minha filhinha enquanto ela estiver dormindo, eu juro que eu acabo com seu espirito!

- Calma Sr. Simon... Eu não faço e jamais faria algo do gênero. Acho que só estou no mesmo quarto de sua filha porque morri lá.

- Não me interessa se você morreu naquele quarto ou no Vaticano!!! Eu quero você longe da Suze!!

- Mas... Sr... Simon... Eu não tenho para onde ir!!

- Aqui não está bom?

- Eu jamais faria algo para machucar a Suzannah.. Eu a.... Eu gosto muito dela... Ela tem me ajudado muito!!!

- Bom... Suze ajuda muitos fantasmas.

- Do jeito dela mas ajuda!!

- Minha pequeninha cresceu...

- Eu jamais a machucaria, ou a vigiaria ou tentaria tirar algum proveito. Nem dela nem de ninguém. Eu não sou assim Sr. Simon. – Depois de me analisar por alguns segundos.

- Tudo bem... Mas se você fizer isso. – Ele mostrou um dedo encostando no outro. – com a minha filha... eu te mandou para nem sei onde!!! – Apenas o encarei com espanto. Agora sei a quem Suzannah puxou seu gênio difícil.

- Bem... me desculpe rapaz, apenas estou preocupado com minha filha, ela está se metendo com pessoas perigosas.

- Como assim.

- Ela está atrás de um cara chamado Red Beaumont.

- ela entendeu tudo errado.

- Como assim?

- Uma senhora a veio procurar, pedindo para ela dizer ao Red que não foi ele quem a matou, e ela está confundindo o red.

- Você sabe quem é?

- Não exatamente, mas eu já vi a foto dessa senhora antes. É um rosto familiar.

- Então rapaz, ajude a minha filha.

- Eu irei protegê-la Sr. Si

 

mon.

- É bom mesmo, ou já sabe! – e então ele desapareceu.

 

            Demorei algumas horas para me recuperar de minha visita. O que haveria acontecido? O que Suzannha tinha dito ao pai? Por que Suzannah disse isso ao pai dela?? Ela me detestava tanto assim? Eu a incomodava de tal forma? Mas ela disse que estava tudo bem... Que iríamos dividir o quarto... e... bem, quando cheguei ao quarto de Suzannah ela estava sentada na cama conversando com a senhora da noite anterior... Bom, eu não teria que acordá-la porque ela já estava acordada...Mas se não estivesse, eu a acordaria. Estava quase distraído em minha interrogações que por muito pouco não perdi o momento em que Suzannah perguntara o nome da senhora, pena que ela desapareceu antes de responder... Minha vez agora... Suzannah me pediu que não aparece em silencio, então entrei aplaudindo seu desempenho.

 

- Esse foi o seu melhor desempenho até hoje. Você parecia envolvida, ainda que enojada. – Suzannah não pareceu feliz com minha observação.

- Você não tem umas correntes para chacoalhar por aí? – Como eu iria conversar com ela? Me sentei em sua cama.

- E você não tem algo que queira me contar? – Perguntei como quem não quer nada.

- Não. São duas da manhã, Jesse. A única coisa que eu tenho na cabeça agora é dormir. Você se lembra do que é dormir, não é? – Ela disse após negar com a cabeça.

- Eu também recebi uma visita há pouco tempo. Acho que você conhece. Um certo Sr. Peter Simon. – Suzannah se jogou para baixo do travesseiro.

- Ah. Não quero saber disso. – Mas eu quero.. Então tirei o travesseiro de cima de sua cabeça.. Eu poderia ter sido mais delicado com ela, porém não fui.

- O que é? – Suzannah parecia irritada!

- Quero saber por que você disse ao seu pai que há um homem morando no seu quarto. – E eu realmente queria saber, porque o homem em questão era eu.

- Ahn. Na verdade, Jesse, há um cara morando no meu quarto, lembra?

- É, mas... – Não agüentava mais ficar na mesma posição, ainda que morto eu sentia necessidades. -  Mas eu não estou realmente morando aqui.

- Bem. Só porque, tecnicamente, Jesse, você está morto.

- Eu sei disso. – como se Suzannah já não tivesse me dito isso um milhão de vezes. - O que eu não compreendo é por que você falou com ele

sobre mim. Eu não sabia que incomodava tanto a você eu estar aqui.

- Não – ela disse.

- Não o quê?

- Não me incomoda você morar aqui. Bem, não que você more aqui, já que... quero dizer, não me incomoda que você fique aqui. Só que...

- Só que o quê?

- Só que eu não consigo deixar de ficar pensando em por quê.

- Por que o quê?

- Por que você está aqui há tanto tempo. – Não era esse o rumo que eu esperava para essa conversa. O que me prende aqui? Se eu soubesse eu não estaria aqui..

- Claro. – Fiquei pensativo por tanto tempo que nem percebia que havia deixado Suzannha esperando por uma resposta. - Se você não quiser conversar sobre isso, tudo bem. Eu esperava que a gente pudesse ter, você sabe, um relacionamento aberto e honesto, mas se é pedir demais...

- E quanto a você, Suzannah? – eu não queria falar sobre  esse assunto. Não agora. Na verdade o que me preocupava agora era o fato de o pai da Suzannah vir falar comigo. Isso deve ter um bom motivo para acontecer. Fantasmas não vem falar com você sem nenhuma razão aparente. - Você tem sido aberta e honesta comigo? Acho que não, caso contrário, por que seu pai viria atrás de mim daquele jeito?

- Meu pai foi atrás de você? – Ela parecia incrédula

- Nombre de Dios, Suzannah - disse ficando irritado. – O que você esperava queele fizesse? Que tipo de pai ele seria se não tentasse se livrar de mim?

- Ah, meu Deus. Jesse, eu nunca disse uma palavra sobre você com ele. Juro. Foi ele quem puxou o assunto. Acho que ele anda me espionando, ou sei lá o quê. Então... o que você fez? Quando ele foi atrás de você?

- O que eu poderia fazer? Tentei me explicar do melhor modo possível. Afinal de contas, minhas intenções são as melhores possíveis.

- Você tem intenções? – Ela me pegou agora, eu tinha intenções? Peguei o travesseiro e joguei no seu rosto, de forma sutil agora. Eu precisava protegê-la. Era esse meu instinto, mantê-la segura.

- Então o que meu pai disse? Quero dizer, depois de você garantir que suas intenções eram as melhores possíveis?

- Ah. Depois de um tempo ele se acalmou. Eu gosto dele, Suzannah. Ele se preocupa com você, você sabe.

- Ele tem coisas muito maiores com que se preocupar – Suzannah disse em um tom quase inaudível.

- Como o quê?

- Ah, não sei. Que tal o motivo para ele estar aqui em vez de no lugar aonde as pessoas devem ir depois de mortas? Essa pode ser uma sugestão, não acha? – Para Suzannah tudo se resumia nisso.

- Como você tem certeza de que não é aqui que ele deve estar, Suzannah? Ou eu, por sinal?

- Porque a coisa não funciona assim, Jesse. Talvez eu não saiba muito sobre esse negócio de mediação, mas disso eu sei. Esta é a terra dos vivos. Você, meu pai e aquela dona que esteve aqui há um minuto não pertencem a este lugar. O motivo para estarem presos aqui é porque há alguma coisa errada.

- Ah. Sei.

- Mas ele não sabia. Eu sabia que ele não sabia. Você não pode dizer que está feliz aqui. Você não pode dizer que gosta de estar preso neste quarto por cento e cinqüenta anos.

- Não foi muito ruim. As coisas melhoraram recentemente.

- Bem, sinto muito o meu pai ter ido atrás de você. Juro que eu não contei a ele.

- Tudo bem, Suzannah - disse Jesse baixinho. - Eu gosto do seu pai. E ele só faz isso porque se preocupa com você.

- Você acha? Eu tenho minhas dúvidas. Acho que ele faz isso sabe que me chateia. – Suzannah puxou o cobertor e então eu vi o arranhado em seus dedos. Bem, não era um arranhado, ou talvez fosse, mas estava pegajoso.

- O que há de errado com os seus dedos? – Perguntei preocupado.

-Sumagre venenoso. Você tem sorte de estar morto e não poder encostar nisto. Queima. Ninguém me falou disso, você sabe. Sobre o sumagre

venenoso. Sobre palmeiras, claro, todo mundo disse que havia palmeiras, mas... – isso não iria cicatrizar rapidamente.

- Você deveria tentar pôr um ungüento de folhas de grindélia.

- Ah, certo – Ela não pareceu feliz com a minha sugestão.

- É uma planta com flores amarelas pequenas. Cresce no campo, Tem

propriedades curativas, você sabe. Há algumas naquele morro atrás da casa.

- Ah. Quer dizer aquele morro onde ficam todos os pés de sumagre venenoso?

- Dizem que pólvora também funciona.

- Ah. Sabe, Jesse, talvez você fique surpreso em saber que a medicina avançou além dos ungüentos de plantas e pólvora no último século e meio. – Acho que ela ficava mais irritantemente linda quando estava com sono.

- Ótimo. Foi só uma sugestão.

- Bem. Obrigada. Mas vou colocar a fé na hidrocortisona.

- Suzannah.

- O quê? – Ela já estava sonolenta.

- Vá com cuidado com essa mulher. A mulher que esteve aqui.

- Certo.

- Estou falando sério. Ela não é... ela não é quem você acha.

- Eu sei quem ela é.

- Você sabe? Ela contou?

- Bem, não exatamente. Mas você não precisa se preocupar. Eu estou com as coisas sob controle.

- Não. – Que mania irritante - Não está, Suzannah. Você deve ter cuidado. Desta vez deve ouvir o seu pai. – Afinal ele já a tinha alertado ou algo assim.

- Ah, certo. Obrigada. Você acha que poderia ser mais assustador com isso? Tipo será que você podia babar sangue ou alguma coisa assim? – Suzannah nunca leva nada a sério. Fiquei com tanta raiva que decidi ir à praia de Carmel.

 

            Eu precisava convencer Suzannah que nem tudo era como ela imaginava. Quem era aquela senhora? Eu já a vi em algum lugar, mas, onde? Me deitei na arei, a passei a noite contemplando o céu.


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Notas finais do capítulo

Reviews??
Pessoal.. estou com fic nova... Os Cullen em Teste... quem quiser conferir vai deixar a autora muito feliz!!!

Beijos e Mordidinhas