-O puma de Tory seria útil agora.

Comentou Anne. Tory revirou os olhos.

-Deixe Demy fora disso. Naya, você tem certeza do que vai fazer?

Ela perguntou. Eu assenti impacientemente.

Meus olhos cravaram no mais próximo. Eu calculei a distancia e estendi minha mão para minhas costas, murmurando em minha língua nativa. Pedindo a Eywa e a Taksuame meu arco.

Ele se materializou em minhas costas, eu o peguei e o posicionei a minha frente, enquanto escolhia minha flecha.

Ela era grossa, muito mais grossa que as flechas humanas. Era repleta de veneno, e absolutamente letal.

Mirei, e esperei o comando.

-Espere. Tem um distante.

Tory disse, ouvindo com atenção.

Eu fiquei em alerta e procurei no futuro.

-Vinte e três segundos.

Eu falei. Então nós nos preparamos e começamos a contar. Aos vinte segundos, ouvimos passos. Aos vinte e dois, uma voz risonha. Aos vinte e três, uma cabeça loira.

-Ele é meu.

Sussurrei, e disparei a flecha em uma velocidade surpreendente. Ele gritou. E morreu.

Foi quando começou. Os malditos humanos estavam em alerta, xingando baixo, pegando suas armas e procurando onde atirar. Empurrei Anne pro lado e uma bala passou onde ela estivera segundos antes.

-Obrigada.

Ela agradeceu, e então Tory pulou. Jogou três flechas certeiras antes que seus pés tocassem o chão.

Eu me joguei logo depois dela, logo nas costas de um humano qualquer. Minha faca estava em seu pescoço antes que ele tivesse tempo de reagir. Cortei sua garganta, o seu sangue imundo espirrando em minha pele e manchando minha faca. Saltei, rápida, para o humano mais próximo, torcendo seu pescoço e atirando umas duas flechas no coração de outro ser próximo.

E assim, nós três íamos chacinando aquele grupo de vermes.

Eu tinha acabado de matar um ruivo quando uma visão me paralisou. Foram só alguns segundos, mas o suficiente para fazer meu sangue gelar.

-ANNE! NÃO!

Meu grito ecoou pela floresta e eu me virei ao mesmo tempo de Tory. Em tempo de ver um humano com uma arma de fogo atirando na Semi-Ninfa.