Sangue de Semi-ninfa escrita por shameeka


Capítulo 17
Adaptações




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Eu não sabia onde Semi-Ninfas dormiam.  Aliás, nem sabia se dormiam, mas sabia que estava com um tremendo sono e queria descansar.

Tory, Rah e Susan me levaram para a grande árvore que eu vi quando cheguei. Elas me guiaram por um caminho de troncos, revelando uma rede interna que ligava a floresta. Eu sabia saltar e correr pelas árvores, e foi fácil chegar até o ninho.

O ninho era como uma grande colônia, cercada por árvores, como um espaço interno apenas para nós. Eu teria apreciado a beleza da complexa simplicidade, mas estava com sono demais para isso. Havia redes trançadas com cipós. E, de acordo com minhas amigas, a rede de cada Semi-Ninfa era feita por ela mesma.

Eu estava tão cansada que apenas peguei um emaranhado de cipós e fui trançando, sem me importar com a forma que deveria tomar. Não ficou a melhor rede do mundo, mas eu não tinha paciência para uma boa rede essa noite. Pendurei minha rede nas árvores, cocei Murilo mais uma vez, e me aninhei para dormir.

 

Na manhã seguinte, acordei antes do sol nascer. Dormira mal por causa do mau trabalho que fiz em minha rede. Murilo estava como sempre, seguro em meus braços, dormindo tranquilamente. Eu o coloquei na cabeça, desmanchei minha rede e recomecei o trabalho, até que estivesse bem feito. Terminei isso quando os primeiros raios de sol já eram vistos no horizonte, Murilo já se agitava e as Semi-Ninfas acordavam. Senti minha orelha ser puxada quando meu macaquinho acordou.

Eu ri enquanto pendurava meu trabalho trançado. Sentei-me no chão e rolei Murilo nas mãos, fazendo-o guinchar e rir. Eu deixei-o correr pelos meus braços, se equilibrar nas minhas costas, puxar meus cabelos e orelhas. Ele era muito danado.

De repente ouvi um barulho ao meu lado, minhas orelhas se movendo na direção do som. Virei subitamente.

O que eu vi me deixou um pouco espantada. Quase todas as Semi-Ninfas estavam acordadas, e todas estavam com seus geysa Nature.

O puma de Tory dançava em duas de suas poderosas patas, as outras duas nos ombros da Semi-Ninfa. A águia de Susan estava em seu ombro, e ela coçava suas penas. E assim era com quase todas as Semi-Ninfas. Ao que parecia, as geysa Nature dormiam com suas companheiras.

-Naya?

Rah estava atrás de mim, mas eu não via nenhum animal em seu ombro, ou no chão aos seus pés.

-Oi Raphaella.

Exclamei. Ela deu um sorrisinho mínimo e disse.

-Kayla vai dar início a sua cerimônia esta noite, mas antes ela quer que você veja como tudo aqui funciona. Ela quer que eu seja sua guia, tudo bem?

Eu assenti, e Rah virou-se de costas para mim.  Ela se agachou e pulou para um dos galhos da árvore mais próxima. Eu a segui.

Começamos a saltar e correr pelos galhos, até parar em um ponto onde as árvores não cresciam tão desorganizadas, seus troncos nodosos eram retos e a quase todas eram frutíferas.

Os galhos dessas árvores estavam apinhados de Semi-Ninfas, que chegavam de todos os cantos para o café da manhã.

Eu me juntei a elas, e comi pêssego, maçã e banana. Era um bom café da manhã, e eu o ofereci para Murilo, que estava sentado na minha nuca.

Geralmente, como humana, eu teria fome. Mas como Semi-Ninfa, aquilo eram mais que o suficiente.  Além disso, eu estava magra dos dois anos passados no porão. E isso já me parecia uma realidade distante. Eu até tinha dificuldade para me lembrar da maioria dos rostos humanos. O único que não saia da minha mente, nunca, era um rosto que um dia vi em uma visão.

-Naya, anda, a gente tem mais coisa para ver.

Rah me chamou assim que terminou de comer. Sinceramente, às vezes eu preferia que Tory fosse a anciã super entendida. Ela é mais descontraída.

Raphaella me conduziu de novo pelos caminhos entre as árvores. Eu teria que me esforçar para aprender todos eles, ou acabaria me perdendo.

Paramos novamente, dessa vez numa clareira, não muito longe de onde eu lutei com Rah. Nessa clareira havia alguns troncos alinhados, com pinturas de círculos vermelhos. Imediatamente eu percebi que eram alvos.

Há uma grande distância, quase dez metros, sete Semi-Ninfas praticavam arco e flecha. E elas eram boas. Bastou a primeira rajada de flechas que acertaram precisamente o centro para que eu soubesse que elas não errariam. Mas as Semi-Ninfas também treinavam atirar em movimento, e nunca erraram.

Raphaella me deixou tentar, e eu comecei a aprender. Já era de tarde quando ela me levou para a área de luta da noite anterior, e me ensinou alguns golpes e como seguir o instinto.

Quando finalmente ela me ensinou tudo que tinha para ensinar, não só sobre luta, como alguns costumes das Semi-Ninfas, ela me levou para a cerimônia que Kayla havia planejado.

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

.

DESCULPEEEEEEM! Foi malz, eu realmente demorei muito muito muito mesmo, mas eu tive alguns problemas, entre eles o meu boletim, q não foi lá essas coisas, sabe? Eu tava de cabeça cheia, e ainda por cima uma amiga minha terminou com o namorado e veio passar o fim de semana aqui em casa, eu n tava mto no clima pra escrever, e na vdd eu ainda n to, e por isso o cap saiu tao ruim, mas eu n qria fazer vcs esperarem mais e eu até vo postar um otro cap akie ja ja , desculpem mesmo!!!