Na casa de Jenna, a garota socava uma das almofadas com toda a sua raiva, ainda não havia superado que Alison fez com ela, suas amigas até tentavam animá-la ou mudar seus pensamentos que envolviam assassinato, sequestro, tortura, assassinato, assassinato e assassinato.

— Olha só, eu sei que a Emily não gosta de me, mas ela é uma delicinha – Shana comentou enquanto mexia no cabelo. Sydney mexia freneticamente no celular, estava conversando com garoto bonitão da escola, por isso não dava importância para o que as amigas diziam. Jenna olhou furiosa para a garota, querendo mata-la pelo comentário.

— Se você veio aqui para ficar defendendo ela, é melhor ir embora – Esbravejou apontando para a porta da casa. Shana ergueu as mãos em sinal de rendição – Eu tenho que me vingar dela, destruir aquela vidinha medíocre que ela tanto ama.

— Amiga, você tá bem ? tá parecendo mais aquelas psicopatas de seriados norte-americanos – comentou Sydney, tirando os olhos do aparelho finalmente. A outra não pareceu dar ouvidos para aquilo, só pensava em sua vingança, queria a loira só pra ela, e isso com certeza ela faria.

Pegou o aparelho celular e digitou alguma coisa, as duas amigas se olharam intrigadas, estavam curiosas para saber qual loucura que Jenna estava armando.

[...]

Alison estava deitada em sua cama , pensava nas palavras de Toby, aquele garoto realmente sabia onde mexer para conseguir o efeito desejado, e foi por isso que ele conseguiu uma confissão da garota, algo que até mesmo ela desconhecia, esse sentimento era novo para ela, amor. Virou para o lado pensando na sua nova namorada, em como estava feliz em tê-la sabendo que nenhuma outra iria tocá-la, Emily era só dela, sua responsabilidade, só sua.

Seu celular vibrou, se aquele barulhinho não incomodasse tanto ela o deixaria ali, mas como isso não era possível Alison esticou o braço e o pegou em cima da mesinha que havia no cantinho. Era uma mensagem da Emily :

“Passei o dia pensando em você, namorada” – Alison sorriu. Rapidamente a respondeu.

“Eu também. O Toby falou alguma coisa com você ?”

“Só que ele foi aí ter uma conversa com você” – A loira relaxou. Não que ela tivesse vergonha do que sentia pela nadadora, mas sim por que estava cedo demais para ela saber daquilo, e não seria conveniente ela saber pela boca de outra pessoa.

“Tudo bem. Agora tenho que dormir, boa noite”

“ Boa noite”
[...]

— Emily, você viu meu perfume novo ? – Melissa apareceu na sala, colocando suas pulseiras. A mais nova saltou do sofá espantada.

— Claro que não – respondeu tentando disfarçar.

Spencer entrou na sala cuspindo fogo, Melissa não entendeu muito bem, ela estava vermelho, suas veias saltadas, seus músculos mais rígidos do que o normal. Os olhos de Emily desceram para sua mão direita, onde um aparelho de celular era massacrado, o seu aparelho.

Instantaneamente a menina congelou, seus olhos subiram até o rosto da irmã, que a fitava com ódio. Melissa ainda não conseguia entender nada, mas sabia que era algo relacionado a Emily.

— Eu quero saber, oque significa isso – Gritou jogando o celular ao lado da nadadora, que por sorte não a acertou. Emily engoliu em seco, pegou o telefone com as mãos trêmulas. Na tela havia uma mensagem de Alison : “Quero te encontra de novo, pra continuar o que começamos no riacho, só que dessa vez eu que vou tirar a sua blusa”

Os olhos da menina se encheram de lágrimas, aquilo não podia estar acontecendo.

— Spencer, o que tá acontecendo ? – Melissa perguntou sem entender nada. Spencer a olhou ainda irritada, mas não respondeu nada – Spencer! ?

— Pergunta Para ela – Spencer parou no meio da frase – Eu achando que você ia para escola, mas na verdade ia se esfregar com aquela DiLaurentis!. Há quanto tempo vocês fazem isso ? – gritou para a irmã.

— Não fala assim com a Emmy – Melissa se sentou do lado dela.

— Não fala assim com a Emmy ? ela mais do que ninguém, sabe o quanto eu recomendei que ficasse longe da Alison, mesmo depois de tudo que aquela família fez a gente passar, e justo ela, minha irmãzinha, fica com ela no meio da floresta como uma vadia – Gritou ainda mais alterada, fazendo as duas meninas saltarem do sofá. Veronica entrou no ambiente a passos largos e assustada. Emily chorava descontroladamente agarrada a irmã que a abraçava.

— Spencer!, porque você está falando assim com sua irmã ?

— Aquela garota meia - irmã do Toby, a Jenna, me mandou uma mensagem dizendo que se eu quisesse saber a verdade sobre a Emily era só olhar o telefone dela, e eu achei – respondeu furiosa.

— Mas isso não te dá o direito de mexe nas suas da sua irmã – a mãe das meninas falou a mesma altura.

— Me dá sim! Me...dá...sim – berrou

Não te dá – Emily se levantou gritando com ela. Spencer a olhou abismada – Se eu quiser sair com a Alison, eu saio, porque eu gosto dela, e se for pra ficar igual a uma vadia como você fala, eu... – um estalo foi ouvido, no sofá, Emily estava com a mão no rosto, a expressão no rosto das demais era de horror, Spencer havia dado um tapa no rosto da nadadora. O silencio se instalou, Melissa tocava o corpo da irmã enquanto a mesma olhava com raiva para Spencer, essa não demonstrava sequer arrependimento.

— Pode bater eu deixo, mas isso não me faz parar de gosta dela! – disse olhando nos olhos do Irmã. Veronica correu até a filha mais nova, ainda estava em choque.

— Tudo bem, como você quiser, porque eu vou matar ela – Rosnou virando as costas.

— Não Spencer, você não vai fazer nada com ela – gritou se levantando, mas era tarde demais, ela já havia trancado a porta de casa. A menina ficou ali batendo na porta na esperança da irmã voltar ou de fazê-la parar – Não faz nada com ela – disse chorando, caindo no chão desesperada, agora sua irmã iria machucar Alison, e ela não podia fazer nada.

Melissa ouvia os gritos da irmã e queria ir ajuda-la, mas não sabia como. Pegou o celular da menina e leu a mensagem, e de acordo com o que estava escrito ali, Spencer estava louca. A garota se levantou às pressas e correu para fora do apartamento, ouvindo os gritos do pais discutindo logo atrás, mas aquilo não importava, se a Emily gostava da filha dos DiLaurentis não seria assim que isso se resolveria.

— Wren – ela ligou para o ex, ele atendera no segundo toque – Vem aqui em casa agora. A Spencer e a Alison vão se matar – disse nervosa assim sua irmã passou por ela a passos largos e sonoros.

— Melissa, me explica o que está acontecendo – pediu do outro lado. A garota já estava atravessando o quintal, Spencer lá dentro, gritando com Alison.

— Vem logo – Gritou desligando o telefone.

Dentro da casa dos DiLaurentis, Spencer falava coisas desconexas para a loira, que por sua vez, não entendia direito o que estava acontecendo.

— Como você tem coragem de fazer isso! – Gritou apontando o dedo para ela – Eu avisei que se você se aproximasse da minha irmão iria pagar caro.

— Primeiro você tem que dizer o que eu fiz – Tentou se defender. Spencer deu passos em sua direção, empurrando - a para trás.

— Só precisa fazer seu ultimo pedido – Alison engoliu seco, mas logo pensou, o único motivo para ela estar aqui com toda essa raiva é a Emily. A loira congelou ao notar isso, se ela está aqui é porque com certeza já conversou com a irmã.

— Quero saber o que você fez com ela – disse entre dentes. Os olhos de Spencer se escureceram assim como de Alison.

— O que foi necessário.

— Bateu nela – rosnou olhando para a garota.

— E se eu bati ? Ela é minha irmã! – Alison sentiu uma onda de fúria a invadir, não conseguia pensar em outra coisa além de socar a cara daquela cretina, como ela pôde, ou melhor, ousou bater nela ?

A loira empurrou Spencer de voltar, foi pra cima dela para dar um soco, mas a outra desviou pegando-a pelos os cabelos, afastando a loira Alison no mesmo instante girou dando um chute que acertou o abdômen da mais alta, que arqueou o corpo com o impacto, Alison ergueu pelos ombros, dando-lhe um tapa na mação do rosto. Spencer segurou seu braço, desferindo um soco em seu nariz, depois outro em seu lábio. Melissa gritava na tentativa de parar as duas, mas era como gritar um parafuso.

Wren apareceu de carro e quando viu a movimentação, correu para lá. Alison agora era arremessada contra a parede, Spencer não tinha piedade nenhuma, só queria bater e bater. Num momento de distração, a loira segurou uma vassoura que estava por perto, batendo com ela no rosto da morena, o objeto se partiu deixando um corte na orelha da outra. Spencer deu-lhe um chute no estômago fazendo- a cuspir sangue, sentou sobre a loira e começou bater em seu rosto, por sorte Wren chegou na hora.

— Spencer, solta ela – disse segurando os braços da garota, que por sua ves, estava mais transtornado ainda, foi como se a briga despertasse um monstro que havia dentro dela.

— Essa vadia abusou da minha irmã – Gritou enquanto era arrastada para longe do corpo da loira. Alison ergueu a cabeça tentando se levantar, estava dolorida. Spencer era realmente bem violenta quando queria. Wren olhou para as duas tentando entender o que havia acontecido.

— Parece que ela e a Emily estão tendo um caso – Melissa respondeu tentando se acalmar.

Não é um caso – Afirmou Alison finalmente. Ela conseguiu se sentar, mas o gosto metálico em sua boca só deixava claro que não estava nada bem – E essa nerd vai pagar por ter batido nela – rosnou olhando para Spencer. Wren continuava confuso.

— Wren, leva a Spencer para casa, por favor – Disse Melissa tentando conter o choro que ameaçava vir.

— E você ? – Perguntou o rapaz.

— Vou ajudar a Alison – Respondeu olhando para a garota sentado no chão.

— Jamais, deixa essa vadia aí morrendo – Ordenou Spencer ,limpando a boca com a manga da camisa. alguns vizinhos começavam a chegar no local, horrorizados com a cena. Entre eles, Emily se aproximava com os olhos vermelhos, passou por todos os curiosos. Todos os olhares voltaram-se para ela, que se ajoelhou perto da loira, ignorando completamente a irmã.

— Você não tinha o direito de fazer isso com ela – Gritou olhando para Spencer. Seus olhos estava cheios de lágrimas, vê-la naquele estado era doloroso demais para ela – Sai daqui – Spencer se assustou com a atitude da irmã.

— Vocês duas vão comigo – disse irritada.

— Deixa as meninas Spencer – a voz de Veronica ecoou – você já fez demais por hoje.

Spencer balançou a cabeça em negação, Wren a levantou, levando-a para fora, ela ainda saiu resmungando algo inaudível, Veronica lançou um olhar de cumplicidade para as duas filhas saindo logo em seguida, precisava ter uma conversa séria com Spencer.

Melisa se levantou, caminhando até a porta, pedindo que os curiosos se afastassem pois agora era um momento inapropriado para ficarem ali. Emily passava levemente a mão no rosto bonito de Ali que agora estava tão machucado, tomando cuidado para não o machucar mais, suas lágrimas rolavam por sua face, seus olhos estavam conectados aos olhos azuis dela.

— Eu vou procurar alguma coisa pra fazer os curativos – disse Melissa indo para os fundos da casa procurar o kit de primeiros socorros.

— Você está bem? – Ali perguntou tocando na marca vermelha que havia no rosto da nadadora. Emily segurou sua mão, tirando-a dali, para a surpresa dela.

— A prioridade agora é você – sussurrou aconchegando-se perto dela, as duas ficaram em total silencio, só queria ficar perto uma da outra, sentindo o calor. A loira remexeu-se um pouco, Emily estranhou seu movimento e o olhou.

— Tem certeza que quer continuar comigo ? – A morena arregalou os olhos.

— Ali, eu não quero te deixar nunca, o que aconteceu hoje, só mostra que temos que ficar juntos – disse segurando sua mão – olha pra mim – pediu se sentando virada pra ela. Melissa havia voltado, mas estava escondida olhando a cena.

— Eu sei, mas, eu não quero que se machuque por minha causa.

— Alison, eu me apaixonei por você – falou olhando em seus olhos, a loira sorriu de canto, se sentia feliz em ouvir aquilo – Então não diga que me afastar será melhor. a gente era amigas e você me afastou, seja só, fazer isso não deu muito certo.

— Na verdade deu – Alison a interrompeu, chegou a hora de falar tudo – Aquilo serviu para eu ver o quão idiota fui em te tratar mau, e que com a distância eu pude perceber que já estava envolvida. E agora – Tocou os cabelos da namorada deslizando até sua têmpora – eu percebo que te amo de verdade, Em.

— Você disse o que ? – Perguntou sorrindo, Ali sorriu junto, apertando sua mão.

— Eu disse, que te amo, minha doce gatinha.