O Terceiro Feitiço escrita por Thially Andrade, Caroline Lannister


Capítulo 12
12° Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente: mil desculpas a todas vocês pela demora em postar esse capítulo! Sabem como é né gente, final de ano, férias, etc... kkkkkkkkkkk prometemos postar com mais frequência a partir de agora hahahaha aproveitem esse capítulo!! #leitorasnãonosbatam



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POV LIV (StoryBrooke, 2014)



Eu ainda estava tremendo de ódio. Depois de escutar as palavras inicias do padre, não me segurei e xinguei Ingrid de todas as formas que sabia, até as mais chulas.

Ellie me olhou surpresa, e um pouco orgulhosa. Então, parei de prestar atenção no que Ellie e Ingrid falavam e passei a prestar atenção a minha volta e de quantos meios eu poderia torturar e matar a pinguim loira. Eu trocaria um milhão de dólares de crédito na Tiffany’s se pudesse agarrar seu coração e faze-lo em migalhas ali mesmo. Minha mão estava queimando e minha magia, implorando para ser usada. Eu, sem pensar duas vezes, deixei minha magia tomar conta de mim, formando duas bolas de fogo em minhas palmas. Ingrid estava falando alguma coisa para Ellie, e não prestava atenção em mim.

E então, minhas mãos explodiram em direção a Ingrid e ela voou pela janela. Eu paralisei, me dando conta do que acabara de fazer, mas Ellie pensou rápido e descongelou nossos pés, olhando para mim com seu olhar “dane-se, vamos tentar não morrer”. Eu corri para a janela e pulei, amortecendo minha queda com os joelhos. Ingrid estava caída na grama a uns 5 metros da nossa janela, mas eu sabia que não demoraria para ela acordar e ser possuída pelo ódio.

Fiquei no lado direito e Ellie no esquerdo, e nos preparamos para o próximo round. Ingrid sentou na grama, e pôs as mãos na cabeça. Eu respirei fundo e finquei meus pés no chão. Ela olhou para mim e bufou. Se levantou devagar e falou, cerrando os olhos para mim:

– Você tem a impulsividade do seu pai e a burrice da sua mãe.

E então, ela foi tomada por mais chamas. Desta vez, vindas de Ellie. Mas Ingrid revidou, mandando uma nevasca bem no rosto dela, fazendo-a parar. Ellie caiu no chão, com o rosto cheio de neve e Ingrid deu dois passos em sua direção. Ninguém, ninguém mesmo, machucava a minha irmã assim.

Então eu levantei minha mão direita e, usando a magia, agarrei o pescoço de Ingrid, mesmo ela estando a um metro de distancia de mim. Eu conseguia ver o terror em seus olhos enquanto ela tentava respirar e apertei ainda mais o seu pescoço.

– Liv, pare! Matá-la não é a resposta! – Ellie gritou atras de mim.

Refleti por alguns segundos e soltei a pinguim maldita. Ela caiu no chão de joelhos, e lá ficou, ofegando compulsivamente.

Ellie tinha razão, mesmo que eu matasse a Ingrid, como voltaríamos para casa? Não sabíamos a resposta.

Me virei para a Ingrid, que ainda estava ajoelhada no chão e falei:

– Sorte sua, eu adoraria fazer seu coração virar pó.

E saí a passos firmes em direção a pensão, com Ellie ao meu lado. Entramos no quarto e Ellie trancou a porta, enquanto eu sentava na beirada da minha cama.

– O que vamos fazer? - perguntei, enquanto jogava minhas botas embaixo da cama.

Ellie se jogou na sua cama e respondeu, com um suspiro:

– Não faço idéia.

– Talvez devessemos contar para alguém. – falei, deitando na cama.

– E quem seria?

Ficamos em silêncio. Eu quase conseguia ouvir as engrenagens do cérebro de Ellie a todo vapor.

Mexi em minha pulseira, olhando os pingentes. As duas meninas de mãos dadas, o arco e a flecha, o coração e… é isso! A resposta veio na minha mente. Levantei na cama em um pulo e falei:

– Ellie! Já sei com quem temos que falar!

–--- FLASHBACK ON ----

– Parabéns, meu amor! Espero que goste do presente! – minha madrinha disse me puxando para um abraço apertado, assim que abri a porta de casa.

– Obrigada, madrinha! - falei sorrindo, pegando a caxinha vermelha de suas mãos e retribuindo o abraço. Nos soltamos e abri o presente.

Era um pingente de cisne que eu poderia colocar na minha pulseira junto com os pingentes da mamãe, do papai e da Ellie.

– É para você não esquecer de mim - ela falou, enquanto eu deixava um lágrima rolar pelo meu rosto, encantada, olhando para o cisne e colocando ele na minha pulseira.

Dei um abraço nela e falei:

– Você sempre estará comigo!

– Ei, cadê a afilhada mais chorona de Storybrooke? - o padrinho chegou, fazendo cócegas na minha barriga, me fazendo ficar sem ar de tanto gargalhar.

– Deixa a menina respirar, Hook! - a madrinha ralhou sorrindo, enquanto me puxava para longe dele.

– Para, tio! - consegui falar, em meio as lágrimas que rolaram na minha bochecha de rir.

– Vem aqui, bestona! - ele falou, me puxando para um abraço - você é a filha que eu não tive, pestinha! Feliz aniversário!

– Obrigada, padrinho!

– Liv, Ellie! – mamãe gritou de longe - hora do Parabéns!

Me desvencilhei do abraço do tio Hook e me dirigi à mesa do bolo.

–--- FLASHBACK OFF----

– Vamos mesmo ter coragem? E se ela achar que somos malucas? – Ellie disse, calçando suas botas.

Olhei para ela pelo reflexo do espelho enquanto colocava meus brincos. Suspirei e respondi:

– Ela vai ter que acreditar em nós. Não temos escolha.

Saímos da Granny’s em direção a delegacia, esperando que ela estivesse lá. Quando entramos, nos deparamos com o tio David, tio Hook e tia Emma olhando vários papéis e livros. Ela rapidamente fechou um livro quando nos viu e veio em nossa direção.

– Meninas, posso ajudá-las com alguma coisa?

– Hã... nós gostaríamos de falar em particular com a senhora, Xerife - Ellie respondeu. Emma franziu o cenho de forma quase imperceptível. Talves nós estivéssemos deixando a nossa preocupação transparecer.

– Ok - disse ela, um pouco desconfiada - sigam-me.

Fomos com a tia Emma até a sala dela (uns três passos á direita, considerando que a delegacia é minúscula) e ela fez menção para que nós sentássemos.

– Bom... sobre o que vocês querem falar? - perguntou ela. Eu e Ellie nos entreolhamos.

– Vai parecer uma loucura tremenda, mas a senhora tem que acreditar em nós - eu disse - Uma vez, a senhora e o tio Hook caíram num portal que levava para o passado, não é?

Dessa vez, tia Emma franziu o cenho pra valer.

– Como diabos vocês sabem disso? - disse ela, com a voz que ela usava quando queria ameaçar algúem. Era quase tão boa quanto a da mamãe. Pude ouvir Ellie respirar fundo.

– Algo parecido aconteceu com a gente - disse ela - aparentemente a Snow Queen nos trouxe para o passado através de um portal do tempo. Ela quer aqui para destruir uma antiga inimiga, uma pessoa que vocês nem imaginam que ela tenha algo pessoal contra. A nossa mãe.

– Tia Emma... - eu disse - Nós somos as filhas de Regina Mills.

POV EMMA (Storybrooke, 2014)

"Tia Emma"

Tia Emma.

Mas o quê?

Olhei para as duas meninas, completamente desnorteada. Durante toda a minha vida, eu lidei com impostores, pessoas que mentiam e ladrões de identidade. Algo me dizia que essas duas não se encaixavam em nenhuma dessas categorias, mas essa podia ser uma das raras vezes em que meu superpoder falha. Sim, ás vezes ele falha. Não, eu nunca vou admitir isso para ninguém. De qualquer forma, nós vivemos num mundo onde eu sou filha da Branca de Neve, então seria injusto eu não dar uma chance para as meninas se explicarem.

– Esperem um pouco. Vocês estão me dizendo que a Ingrid quer uma vingança pessoal contra a mãe de vocês, certo. E a mãe de vocês é... Regina? - eu levantei uma sobrancelha na última palavra. As meninas assentiram, parecendo um pouco envergonhadas por terem me contado. Como se eu nunca tivesse enfrentado coisas bizarras na minha vida.

– E o nosso pai é Robin Hood. Olha, se a senhora não acredita, eu posso lhe mostrar - disse Olivia - está vendo esse pingente de cisne? Foi a senhora quem me deu. A senhora é a minha madrinha, tia Emma.

Olhei com atenção o pingente de cisne prateado. Com uma certa relutância, admito que se parecia com algo que eu compraria.

– A senhora e o tio Hook tem um filho chamado Liam. Vocês demoraram um bom tempo, mas casaram. O tio Hook era um vilão. Ele tentou colocar a mão dele de volta no primeiro encontro de vocês, e não deu certo, e foi ele quem te trouxe de volta para Storybrooke depois do feitiço de Pan e...

– Deuses, eu já entendi, vocês sabem absolutamente tudo sobre a minha vida! - eu interrompi Olivia, mesmo estando curiosa para saber mais como seria meu filho. Liam. Pude ver um sorriso tentando se formar nos lábios das duas meninas. Se aquilo fosse verdade, nós teríamos um problema sério - Regina e Robin sabem que vocês estão aqui? Quem vocês são?

– Esse é o problema, tia Emma - seria meio difícil me acostumar com alguém me chamando de "tia Emma" - a Ingrid quer que a gente conte tudo para os nossos pais. Ela acha que trazendo a gente de volta, vai poder distrair a nossa mãe o suficiente para enfeitiçar ela e enfraquecer seus poderes. Ela nos mostrou uma visão de vocês no futuro. Todos acham que nós estamos mortas - disse Eleanor.

– Isso porquê quando alguma coisa ruim acontece com você no futuro, sua mente fica afetada, principalmente se algum elemento do futuro vier para o passado. Isso abre espaço para qualquer feitiço de enfraquecimento. Por isso ela nos trouxe aqui - falou Olivia.

– Faz sentido - eu disse, mais para mim mesma do que para elas - Mas porquê a Regina? O foco da Ingrid sou eu e a Elsa.

– Vocês já derrotaram ela no futuro - disse Olivia - nossa mãe e o tio Rumple tiveram a ideia de dar para ela um destino pior que a morte, então eles fortaleceram o jarro de ouro de onde ela saiu e prenderam ela dentro. Ela quer se vingar dos dois, começando pela nossa mãe.

– Nós não sabemos o que fazer - disse Ellie - por isso resolvemos contar tudo para a senhora. Nós precisamos voltar.

– Vocês fizeram bem em pedir ajuda, mas eu realmente não faço ideia do que fazer. Vocês parecem saber mais sobre tudo isso do que eu - eu disse, me sentindo impotente. Se aquelas meninas são mesmo filhas da Regina, então eu devo gostar muito delas - eu queria poder ajudar.

– Tudo bem, tia Emma, a senhora vai dar um jeito - disse Olivia, sorrindo - a senhora sempre dá um jeito.

As palavras dela ecoaram em minha mente. Eu sou a salvadora. Eu sempre dou um jeito.

– Tem uma pessoa que pode ajudar vocês. Ele entende mais disso do que nós todas juntas, provavelmente - eu disse.

– Quem? - Olivia perguntou.

– Vocês não vão gostar.

Eleanor olhou para mim com um pequeno sorriso e então se dirigiu á irmã.

– A pessoa que me deu esse presente, maninha - disse ela, levantando o pulso para mostrar o pingente de adaga em sua pulseira. A única pessoa na qual não poderíamos confiar de forma alguma. Mas eu tinha escolha?

Teríamos que falar com Rumplestiltskin.


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Notas finais do capítulo

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