Uma semana na Esquina do Torrão de Açucar escrita por Calena


Capítulo 2
Pôneis de Brinquedo


Notas iniciais do capítulo

Eu adoro histórias tranquilas de terror.



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Pinkie Pie galopou para o segundo andar e observou que acima dela havia uma pequena porta retangular no teto. Pegou uma escada que estava ao seu lado e a posicionou para chegar até lá em cima. Subiu os degraus, e empurrou seus cascos para cima, abrindo aquela porta. Com isto, ouviu o rangir das pregas enferrujadas, bem barulhentas e irritantes. Após isto, sentiu a poeira, da parte superior da porta, caindo sobre o seu rosto, seguido daquele vento gelado.

Espirrou forte, fechou os olhos e acabou de mau jeito quando um dos seus cascos escapou do suporte da escada.

— Ufa!...

Suspirou por quase cometer um acidente e seguiu adiante para o sótão. Tudo escuro, sombrio e assustador.

Ela percebeu um pequeno brilho, uma lâmpada pendurada lá no topo do sotão. Logo procurou pelo interruptor. Assim que o encontrou, ela o pressionou, clareando todo o ambiente do local.

Explorando aquela área, nunca imaginou que os Cakes guardariam tantos objetos decorativos, como abajures, molduras de quadros, até mesmo um vidro de aquário completo com bolinhas de gude ela encontrou! E diversos outros velhos pertences pessoais e usados. Obviamente, ela ficou encantada com o que observava, mas ficou mesmo ainda admirada quando retirou aquela lona misteriosa dos fundos...

Ela bradou, de espanto, e depois começou a dizer rapidamente:

— Ahh!! Minha querida Celestia, minha querida Celestia, minha querida Celestia!!

Haviam seis pôneis, gigantescos bonecos de brinquedo do mesmo tamanho, alguns até um pouco maiores que a Pinkie: dois marrons, e um de cada nas cores azul, amarelo, dourado, e um último de branco com alguma peças em rosa. Então ela disse com seriedade para si mesma:

— Não, Pinkie! Obedeça às notas! Eles estão no cantinho deles, você deveria estar no seu canto, os Cakes pediram para você seguir as notas! Lembre-se! Não faça isso! Pinkie, não faça isso!!

Então se virou de costas para os brinquedos, que passaram a brilhar estranhamente os seus olhos para ela, enquanto ela trotava devagarzinho e com um tremendo suor de nervosismo para a única saída do sótão.

Nesse momento, Pinkie Pie escuta batidas de casco.

— Quem está aí?

Ela volta para trás e vê que todos os brinquedos estão no mesmo lugar, todos desativados, e os analisa minuciosamente até ouvir novamente as batidas de casco.

— Oh! Minha nossa!
As batidas surgiam lá debaixo, da porta de entrada do estabelecimento.

— Eu perdi as horas! Não, não, não... Que horas são!?

Assim, sem pensar duas vezes, ela começou a descer as escadas, fechou a porta do sótão e galopou para o primeiro andar.

Então ouviu aquela voz por trás do vidro e aquele rostinho roxo muito familiar.

— Ei, Pinkie! Sou eu, a Twilight! Eu posso entrar?

Pinkie Pie logo abriu aquele sorriso, e a porta também, é claro. E nisso surgiu aquele som de corneta da caixinha ao lado. E ela bradou:

— Surpresa!!

As serpentinas voaram todas por cima da princesa.

— Wow! Eu estou surpresa! E aí? Como é que vai?

— Bom dia, Twilight! Então, o que está fazendo por aqui? Eu pensei que estivesse reorganizando aqueles livros da sua casteloteca. Aconteceu alguma coisa? — Pinkie perguntou, preocupada.

Casteloteca!? Não seria uma castelo-biblioteca ou biblioteca-castelo? Oh, deixa pra lá... Não, na verdade os Cakes disseram para mim que você cuidaria sozinha da Esquina do Torrão de Açucar, e como eu e o Spike já terminamos de organizar as estantes achei que poderia ajudar a você.

— Mas já? Tão cedo, ainda não são nem oito e meia...

Pinkie então fez uma gigantesca cara de espanto, como se estivesse vendo o seu pior pesadelo.

— Nossa, Pinkie, tem algo de errado?

E ela gritou.

— Já passou das oito horas! As portas deveriam estar abertas!

E assim Pinkie galopou até a entrada e abriu ao máximo as portas da Esquina do Torrão de Açucar com alguns pesos em forma de coelho e tartaruga. Reposicionou sua caixinha, preparada para as serpentinas e o som da corneta outra vez.

— É... Pelo jeito você precisará de ajuda, não tem algo que eu possa fazer por você Pinkie?

— Oh! Não, Twilight, pode deixar, eu dou conta disso sozinha.

— Mesmo?

— Sim.

— Mesmo, mesmo, mesmo??

— Sim, sim, sim!

— Não foi o que os Cakes disseram para mim. Mas tudo bem, se precisar de ajuda pode contar comigo.

— Certo, eu deixarei um recado.

— Bom, sendo assim, eu estou indo para Cloudsdale. Rainbow Dash quer me ensinar alguns truques de voo. A Ditzy certamente virá até aqui para ter o seu muffin diário, como sempre, então você sabe com quem deixar o recado.

Elas sorriram e Pinkie se despediu da Twilight, que voou com as suas asas para longe.

— Ok, e agora Pinkie, onde você estava mesmo?

Ela pensou nos brinquedos, mas começou a atender aos clientes.

— Olá! Aqui é a Esquina do Torrão de Açucar. Muito prazer, Pinkie Pie no comando. Em que posso ajudar?

Eram Daisy, Lily e Rose. Mas quem estava fazendo as perguntas era a Lily:

— Onde está o Sr. Cake?

— Oh! Ele está de férias.

— E a senhora Cupcake está?
— De férias, também, eles foram juntos! Levaram consigo até os pequeninos. Eu estou sozinha aqui, por enquanto.

E então Daisy perguntou:

— Ei, Pinkie, por acaso você tem por aí aquele doce mel vertiginoso dos parasprites do norte? As flores do nosso jardim adquiriram uma doença rara e só isso pode cura-las dessa infermidade. Os Cakes tinham muito desse mel aqui da última vez, será que ainda tem mais dele?

— Mel vertiginoso dos parasprites do norte? Eu vou dar uma olhadinha.

Pinkie Pie então foi para a cozinha e começou a procurar pelo tal doce mel. Enquanto ela procurava, Daisy observava os Cupcakes das prateleiras, e Lily e Rose começaram a estranhar aquele barulho vindo lá de cima.

— A Pinkie não disse que estava sozinha? — Lily perguntava.

— Sim, eu ouvi ela dizendo.

Pinkie observou a movimentação estranha e se aproximou para ver do que se tratava. Tomou um susto quando um daqueles pôneis de brinquedo trotou escadas abaixo. Era um daqueles marrons, e que possui semblante de urso!


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Notas finais do capítulo

Continua...
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