Camp Hogwarts escrita por Drica O shea


Capítulo 6
The Planepart. 2 - Day 4


Notas iniciais do capítulo

Eu estou super animada pois recebi um comentário novo. É isso ai uma leitora nova! Fiquei tão animada que graças a ela escrevi o capítulo num estala de dedos. Joy Potter, capítulo totalmente pra você amor.
Lembrando. Vão dar uma olhada nas outras fics PLEASE! Comentem também!
Amo você, Boa Leitura!

bjs

Nessie



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(James)

Kevin, zagueiro dos Bulls, havia dado o maior mole com a bola. Aluado veio correndo do meio de campo e conseguiu ter o domínio dela, olhando para o lado e percebendo que Almofadinhas estava marcado. Ele procurou por mais alguém dentro da área do gol e então me encontrou completamente livre. Ele chutou lá de longe, e infelizmente a bola veio alta demais. Não tive muito tempo para raciocinar e então dei um chute de bicicleta. Ouvi um apito. Fim de jogo. Toda a torcida dos Sharks invadiu o campo cantando, dançando e zoando os Bulls. Meus colegas pulavam em cima de mim e, mesmo eu tentando me desvencilhar, me beijando. Eu havia feito um gol de bicicleta aos quarenta e sete minutos do segundo tempo. Muitos pensavam que eu me achava o melhor jogador da história. Claro que todo o nosso histórico de vitória ajudava, mas eu nunca fui cem por cento confiante e sempre temi pelas derrotas dos Sharks. Eu apenas dava o meu melhor.

Saí de campo acompanhado pelo resto do time e da torcida, era vez dos Tigers enfrentarem os Falcons, mas teríamos um breve intervalo para que todos pudessem comemorar, se acalmar e, no caso de nós jogadores, um tempo para se arrumar. Comecei a pensar como seria o jogo dos Tigers sem o Nate. Quero dizer, o cara era realmente bom e o Snape não estava em sua melhor fase. Antes que eu sequer pudesse me lembrar de Lílian, a mesma apareceu muito sorridente em minha frente.

– James! Eu preciso falar você – Ela disse enquanto sorria de um jeito que, eu odiava admitir, era completamente encantador. Chegava até a ser meio sedutor, mas provavelmente era coisa da minha cabeça... Nunca a vira assim e sabia que ela estava meio puta comigo, por causa de minha péssima ideia de beijar uma garota que, ao que tudo indicava, tinha namorado.

– Tem que ser agora, Lílian? Eu preciso me arrumar, não quero perder o próximo jogo. – Respondi, sem nem mesmo olhar para ela.

– Sim, é importante. – Senti uma estranha urgência em seu tom de voz. – De preferência agora.

– Pode falar, então. Aconteceu alguma coisa com o Nate? – Acho que foi uma pergunta meio besta, afinal, ela estava sorrindo. Só se ela estava ali para me dizer que ele fora milagrosamente curado, o que no fim das contas seria uma pena, pois, egoísmo ou não, nossas chances de ganhar aumentaram muito com aquele acidente.

– Na verdade, Pontas, eu queria... É... – A cada palavra ela dava um passo, colocando o cabelo atrás da orelha, visivelmente envergonhada. Bizarro. – Eu queria... Queria te agradecer, porque ontem você ficou comigo na enfermaria. Aquilo foi muito importante pra mim porque... – Ela estava tão próxima que eu podia sentir o calor de sua respiração batendo contra meu peito. Eu só queria saber o que ela estava tentando fazer. Não parecia a Lily de sempre.

Eu não tive a chance de terminar de ouvir o que ela disse. Quando me dei conta, ela estava com as suas mãos em minha nuca e roçando os seus lábios nos meus. Confesso que eu estava tão entorpecido com aquele ato, que no primeiro segundo nem pensei no motivo pelo qual aquilo ocorrera. Ali, na frente de todos os Sharks, deixei que Lílian Evans me beijasse, e pior: que me beijasse intensamente. Por puro impulso eu envolvi um de meus braços em sua cintura e levei o outro até seu pescoço, juntando ainda mais os nossos corpos. Acompanhei o ritmo de Lily, fazendo com que nossas bocas entrassem em sintonia. O beijo não era nem muito feroz, nem muito calmo – era uma descoberta, como se estivéssemos dizendo um para o outro “como eu nunca provei isso antes?”. Eu ouvia assobios, gritos, palmas, cochichos e até o barulho das câmeras de celular. Na mesma rapidez em que fui pego de surpresa por um puta beijo, Lily se afastou de mim. Ela estava usando uma blusa da torcida dos Tigers e ainda mantivera seu sorriso nos lábios, respirando lentamente e com o resto vermelho. E eu... Eu estava com cara daqueles meninos de doze anos que abrem uma Playboy pela primeira vez na vida. Um completo babaca.

– Lily... Você... O que? - Eu tentei pedir alguma explicação, mas as palavras saiam totalmente desconexas. Eu estava abismado tanto pelo beijo repentino quanto pela total falta de motivos para tudo aquilo. Era definitivamente a coisa mais estranha que já acontecera desde que pisei os pés a primeira vez naquele acampamento.

– Pontas... – Ela se aproximou de novo, dessa vez mais amigavelmente. - Obrigada. Você me ajudou tanto esse ano. Prometo que muito em breve vou te recompensar por tudo isso. – Ela disse enquanto me abraçava. Eu assenti, ainda meio babaca.

Olhei para os lados e pude notar Almofadinhas e Aluado gargalhando, provavelmente da minha cara de idiota. Meu maior medo, obviamente, era encarar Luke. Olhei para meu amigo e não notei nenhuma expressão de raiva. Ele olhava pra mim com as sobrancelhas levantadas e provavelmente pensando a mesma coisa que eu: Que porra era aquela?


(Lílian)

Era hora do jantar e eu ainda não acreditava em minha coragem. Ou melhor, em minha completa cara de pau por ter beijado Pontas daquele jeito. Contei para as garotas minha ideia e o avanço que já havia conquistado. Elas aprovaram o plano com louvor, dando várias risadas quando contei de sua reação, ou melhor, a falta dela. Mas também estavam preocupadas, assim como Nate.

– Lily, te digo isso porque hoje passei o dia todo sendo estranha com Almofadinhas, e isso me deixou acabada. Mas eu simplesmente não conseguia olhar pra ele do mesmo jeito, sabendo que ele pode ter sido responsável por lesar alguém desse jeito tão grave. - Lene suspirou. - Lembre-se, cuidado com Pontas. Não sabemos até que ponto ele está envolvido em tudo isso. – Dorcas censurou-a com o olhar. – Tá, tá, não sabemos até que ponto qualquer um deles está envolvido em tudo isso. Dorcas, presidente vitalícia da sociedade protetora dos animais. – Lene rolou os olhos.

Não pude conter uma risada, mas no segundo que olhei para o lado ela se dissolveu completamente. Passando reto, Nate nem ao menos me cumprimentara no refeitório. Sentara-se ao lado de Lucas, Snape e os outros garotos do time de futebol. Ouvi-o perguntar a eles algo sobre seu celular, que continuava perdido desde a noite do dia anterior. O carregador ainda estava com ele, e a essa altura, o aparelho já estava sem uso, completamente descarregado. Ou seja, as chances de encontrá-lo eram menores ainda. Eu e as garotas terminamos de comer e seguimos de volta ao nosso quarto, discutindo sobre todo aquele mistério envolvendo o acidente de Nate. Só paramos o assunto quando demos de cara com uma pessoa parada na porta de nosso quarto, acompanhado de braços cruzados e uma cara séria: James Potter.

– Lily, podemos conversar? – Ele pediu, sem demonstrar emoção. As garotas me olharam preocupadas, mas eu assenti, concordando.

Lene e Dorcs entraram em nosso quarto e eu e Pontas caminhamos um pouco, completamente calados, até encontrarmos uma das mesas de madeira. Ele se sentou no banco, e eu em cima da mesa, curiosa.

– Então...? – Perguntei, tentando dar meu melhor sorriso.

– Por que você fez aquilo? – Ele foi direto ao ponto. – Não me faça de idiota, por favor. Eu sei que você queria me matar ontem quando eu te beijei, então, por que repetir a cena hoje? E na frente de todo mundo? Além do mais, e Nate? Não vi vocês dois juntos o dia todo. Tem algo muito estranho nisso, Lílian. Eu não sou burro.

Fiquei um pouco espantada com a reação repentina dele. Não esperava que ele tivesse reparado até mesmo que eu evitara contato com Nate. Será que estava desconfiado de que eu estava tentando arrancar algo dele? Bem, os culpados sempre se sentem perseguidos, não é?

– Eu... Eu não tenho motivo pra ter feito aquilo, Pontas. Só fiz. – Ok, que resposta idiota. Tentei reformular. – Aquilo tudo que aconteceu ontem, você ter passado a noite toda na enfermaria comigo, me fez pensar que você é alguém especial. Que se importa comigo. – Falei a verdade, mas dando a ela todo um outro sentido. - Esperava que você gostasse do meu gesto. – Olhei para baixo.

– Não faça isso de novo. – Ele me respondeu, duro, e eu realmente me senti magoada. Nenhum garoto havia demonstrado interesse e depois me repelido daquele jeito. Pontas percebeu minha expressão um pouco entristecida. – Não, não é como se eu... Não quisesse. É só que... – Percebi que ele olhava para o canto esquerdo, como se estivesse num conflito interno. – É que eu estou cansado de garotas brincando com a minha cara. – Ele disparou, e eu arregalei os olhos. – E você é só mais uma delas, Lily. Não pense que eu não conheço esse joguinho de bipolaridade.

Franzi a sobrancelha, confusa com aquele despejo de palavras.

– Sempre pensei que era você quem brincava com as garotas. – Respondi, simplesmente.

– É que você conhece muito sobre mim, não é mesmo? – Ele deu um riso irônico.

– Estou tentando. – Eu respondi, sincera, estimulando-o a falar mais.

Ficamos alguns momentos em silêncio, e ele parecia muito magoado com algo que havia voltado a sua lembrança. Ostentava uma expressão terrivelmente amarga, e percebi que as coisas estavam saindo de meu controle quando automaticamente estendi a mão, fazendo um leve carinho em seu cabelo, como consolação por ter tocado em algum assunto possivelmente frágil. Percebi que isso o confortou, ainda que minimamente.

– Lauryn Woods. – Ele soltou. Me lembrei de quem estava falando: uma garota muito bonita dos Sharks, e que até onde eu sabia era uma pessoa simpática. Luke passava o ano inteiro falando que ela tinha fartura ou qualquer merda do gênero. – Fiquei com ela a primeira vez aos catorze anos, aqui no acampamento. Parece idiota de dizer, mas para mim eu havia encontrado o amor da minha vida. – Pontas media muito bem as palavras. Eu sabia que era difícil para um garoto falar sobre amor, tinha um irmão mais velho que comprovava aquilo muito bem. Quando falava sobre seus sentimentos, preferia encher a conversa de palavrões. - Eu era um imbecil, é claro. Como eu falei, tinha só catorze anos. Voltamos à vida normal de Newcastle, e em uma semana eu havia pedido Lauryn em namoro. Eu era um babaca por ela: mandava flores, chocolates, cantava e tocava músicas dedicadas a ela, todas essas porcarias de primeiro amor juvenil. Nosso décimo segundo mês de namoro seria comemorado aqui no acampamento, e eu estava feliz que todas as pessoas iriam me ver com ela. Ela era especial. Tive que implorar um pouco de dinheiro para meus pais, para comprar alianças de compromisso, que entregaria assim que chegássemos aqui.

Ele foi desabafando todas aquelas informações, e para mim aquilo tudo era incrível. Poucos garotos se entregavam daquela maneira, independente da idade. Mas, pelo jeito, a história não terminava bem.

– Mas...? – Perguntei, curiosa.

– No ônibus, enquanto vínhamos para cá, ela disse que gostava de outro cara. Antes mesmo de começarmos a namorar. Que ela nunca tinha gostado de mim do mesmo jeito que eu dela. – Fiquei boquiaberta. Que história mais estranha. – É claro que foi ruim, mas o pior de tudo é o olhar de pena que recebo dela, ano após ano, dia após dia durante a semana do acampamento. Até os caras me olham com pena completa quando ela passa por mim. Me sinto um merda. Por isso quero que você fique longe de mim de uma vez, Lily. Não estou interessado em repetir essa história.

Não pude me conter. Passei os braços por ele e o abracei com toda a força que consegui, como se toda aquela dor pudesse passar para mim. Ele levou um susto, mas retribuiu o abraço, seu aborrecimento passando aos poucos. Meu primeiro impulso era dizer que eu não era assim, que eu era diferente. Mas o que eu e Lauryn tínhamos de diferente, afinal? Eu o estava enganando da mesma forma que ela o enganou. Eu gostava de outro cara e estava insistindo em fazer com que Pontas gostasse de mim, exatamente como ela. Mas não podia deixar de me sentir mal.

– Ela não te merecia. – Respondi, olhando nos olhos dele. – Lauryn foi só uma brincadeira de mau gosto, dessas que o destino gosta de pregar na gente. Mas logo ele desiste de brincar. – Eu dei um sorriso. – E te manda uma pessoa que você não precisa mandar flores todos os dias para conquistar. Porque só de ela olhar para você, ela já se sente como se tivesse ganhado o melhor buquê do mundo.
Tentei pensar de onde saíram aquelas palavras poéticas. Com certeza não era sobre Nate, eu nem mesmo pensava nele naquele momento. Mas não consegui ir muito além em minha reflexão. Sentir o beijo de Pontas outra vez em minha boca foi como um alívio, me fazendo fechar os olhos e simplesmente precisar dele. E, de alguma forma, querer que ele precisasse de mim para afogar suas mágoas. De mim e de mais ninguém.

Eu sou uma bela duma Filha da Puta!


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Notas finais do capítulo

Gente quando eu digo que o comentário faz a alegria do autor eu falo sério. Por favor!
Comentem, recomendem e favoritem. Sempre que vocês fazem isso o capítulo chega mais rápido e é dedicado a alguém como esse foi!

Bjs

Nessie.
Até a próxima!



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