-Por favor, não vá- Damon me implorava, beijando meu rosto. Eu estava sentada em seu colo, no sofá da mansão Salvatore.

-OMG. Eu fiz Damon Salvatore pedir por favor? – ele se afastou, me encarando por alguns segundos. Puxe-o para um longo beijo.

Claro que Damon estava receoso. Mesmo depois de todo esse feliz verão ( o melhor da minha vida) ele se sentia inseguro quanto nós dois. Ele tinha todo o direito, afinal, sou ex-namorada do seu irmão e como ele faz questão de dizer, 150 anos mais nova que ele. Damon simplesmente tinha cismado que eu ia esquecê-lo e trocar por um cara da faculdade.

-Você precisa parar de fazer isso – ele disse, fazendo um breve carinho em meu rosto. – Terminar nossas discussões com beijos.

-Ah, vai me dizer que eu não consigo o que eu quero? – revirei os olhos, tirando o cabelo que caia em seu rosto.

-Honey, se você piscar eu faço.- eu ri.

-É, acho mesmo que eu vou acabar me cansando de você. Muito fácil. Os caras da Whitmore devem ser mais difícil. Mais mistério.

-Ah, então é? – ele tirou os braços da minha cintura, cruzando-os no peito.

-Damon. Para de ser bobo. – eu lutei para descruzar seus braços. - Quantas vezes eu vou ter que falar que te amo? Só a você e a mais ninguém?

Num movimento rápido ele sorriu, descruzando os braços e me puxando para um beijo voraz. Nossos lábios se encaixavam de um modo perfeito. Toda vez que eu o beijava, eu sempre acabava querendo mais. E sempre acabávamos na cama.

-Elena, eu... – Jeremy, entrava na sala, eu sai rapidamente do beijo.

-Jer...

-Deixa- ele saiu, em direção a cozinha.

-Tem comida em algum lugar ai.

Olhei para o Damon, constrangida. Ele tinha uma cara divertida, esperando que eu voltasse a nossa posição.

-Estou indo acabar de arrumar minhas malas. – sai rebolando para o nosso quarto.

-Não vai falar sobre a surpresa de hoje a noite?

-Eu já falei que é surpresa.

Eu tentava fazer as malas desde a semana passada. Por algum motivo eu nunca conseguia termina-las. Eu chutaria que esse motivo era o Damon. Caroline estava totalmente maluca com todos os preparativos e sempre me ligava para saber dos meus progressos. E eu sempre mentia, por estar fazendo uma coisa muito mais importante: pegando meu namorado.

Depois de metade das roupas selecionadas, Damon subiu, deitado-se na cama e analisando cada movimento ou cada roupa que eu escolhera. Ele fazia barulhos, e eu me concentrava para não brigar com ele.

-Damon. Pare.

-O que? Só estou aqui, deitado, observando você escolher essas roupas minusculas para lá.

-Damon, chega, okay?

-Não está mais aqui quem falou. – taquei um travesseiro.

Cansada, comecei a colocar tudo na mala. Sabia que a Caroline ia me xingar, mas eu não estava ligando. Só queria passar o maior tempo possível com Damon. Engatinhei em cima da cama, chutando minhas botas, até deitar em seu peito. Ele pegou minha mão e começou a brincar com dedos. Passamos um bom tempo assim, apenas na presença um do outro. Meu celular vibrou no bolso.

-Está na hora. Vamos nos arrumar para a surpresa!!

-Não vou. Não se você não me contar logo.

-Ah Damon, para - ele continuou deitado. – Okay, vamos ver uma chuva de meteoros.

-Tanto drama pra isso?

-Eu dirijo. – Damon me puxou pela blusa, selando nossos lábios.

Dirigimos até o meio do nada, um lugar que meu pai nos levava quando eramos pequenos, para observar as estrelas. Puxei Damon pela mão até uma ponte que tinha em cima de um pequeno córrego. Ambos olhávamos para cima.

-É lindo. – ele exclamou baixinho.

-Assim como você. – eu disse. Ele pegou a minha outra mão.

Não conseguíamos olhar apenas para o céu. Olhávamos um para o outro a todo instante, e minhas bochechas não doíam apesar de todo esse tempo sorrindo. Era nosso pequeno mundo. Um lugar onde era apenas nós dois. O lugar onde eu me sentia completamente feliz.

Começaram a se formar nuvens, e do nada a chover, nos deixando completamente molhados.

-Vamos. É hora de abandonar o barco. – Damon tentou me puxar.

-Não, não, espere um minuto. Vai acabar daqui a alguns minutos. – eu piscava, com as gotas grossas que caiam.

Ficamos alguns segundos apenas nos olhando. Damon me puxou para um beijo profundo e quente, contrastando com o frio da chuva que caia sobre nós. Cada nervo do meu corpo sentia-o, minhas mãos tocavam sua jaqueta de couro mostrando que ele estava ali. Mas eu me sentia em um sonho. O meu amor por ele me consumia, tudo o que há de bom e ruim. E não podia ser passageiro como aquela chuva. Me separei dele por alguns segundos.

-Me prometa que isso é para sempre.

-Eu prometo.

Ele soltou minhas mãos para me segurar pela cintura, aprofundando nosso beijo. Ele era meu. Eu era dele. Para sempre. E eu não podia reclamar daquilo.

Quando a chuva provou que não ia ser passageira, desistimos, dirigindo para casa. Eu estava deitada no peito do Damon durante todo o caminho. Tentamos não fazer muito barulho quando chegamos, eu torcendo para que Jer estivesse no Matt ou dormindo profundamente.

Assim que a porta do quarto se fechou atrás de nós, as peças de roupas encharcadas foram sendo arrancadas de nossos corpos. Senti que cada centímetro do meu corpo estava sendo beijado e amado. Eu o amava tanto, que chegava a doer.

-Eu te amo, Elena Gilbert- Damon disse, tirando meu cabelo molhado do meu rosto.