#No Outro dia

German tinha acabado de chegar no hospital e foi diretamente para o quarto de Angie .

Chegando lá ele se sentou ao lado da amada, pegou em uma das mãos dela e ficou acarinhando e depois de um tempo ele faou:

GERMAN: Bem, eu não sei se você está me ouvindo ou não, meu amor. Mas eu adoraria que você escutasse nossa canção. — Disse, pegou na mão dela e começou a cantar acariciando o cabelo dela e com a outra mão enlaçada a dela.

"No me digas lo que piensas
Creo que lo sé
Sólo mirame un instante 
Y adivinaré

Que difícil fue querernos
Y dejarnos de querer
Y al final de este camino 
Encontrarnos otra vez

En tus ojos no hay secretos 
Yo lo puedo ver 
Siempre tienes la palabra 
Que me hace sentir bién 

Que difícil fue querernos
Y volvernos a querer 
Si el amor es verdadero 
Todo puede suceder

Quédate junto a mí
Paso a paso en el camino 
Voy a hacerte feliz 
Y que el miedo esté prohibido
Abrázame y verás 
Que eres lo que necesito
Y no encuentro la manera de decir
Que les das luz a mí vida 
Desde que te vi

Ahora tómame la mano 
No quiero esperar 
Siente el viento en nuestra alas 
Vamos a volar

Y que bien se siente amarte 
Cuando a mí lado estás
Y que hermoso es mirarte
Y abrazarte una vez más

Quédate junto a mí
Paso a paso en el camino 
Voy a hacerte feliz 
Y que el miedo esté prohibido
Abrázame y verás 
Que eres lo que necesito
Y no encuentro la manera de decir
Que les das luz a mí vida 
Que tu eres mí energía 
Que le das luz a mi vida 
Desde que te vi"

Depois de terminar de cantar, ele acariciou delicadamente a maçã do rosto de Angie com os olhos fechados deixando algumas lágrimas rolarem. E ao mesmo tempo ela foi abrindo devagar os olhos.

Ele nem havia percebido que ela tinha aberto os olhos até que ela apertou fracamente, mas percetível, a mão dele e disse:

ANGIE: German? — Perguntou com a voz bem fraca. 

GERMAN: An... Angie. Vo... Você acordou, meu anjo. — Disse emocionado, sem acreditar que finalmente ela havia aberto os olhos. — Eu pensei que iria te perder.

Ele se aproximou mais dela e cuidadosamente segurou seu rosto com as mãos com muita delicadeza. Como se Angie fosse de vidro e pudesse se quebrar. 

GERMAN: Me perdoa, meu amor. — Falou com dor no olhar e deixando uma lágrima cair.

ANGIE: Ger... German, o que aconteceu? O que e... Eu tenho q-que te perdoar? — Perguntou confusa.

GERMAN: Você sofreu um acidente. E foi por minha culpa. — Falou com um gosto amargo na boca.

ANGIE: Um acidente? — Perguntou depositando fracamente uma das mãos em uma das mãos de German que estava tocando seu rosto.

GERMAN: Sim. — Ele admitiu com dificuldade.

Angie com cuidado, passou a mão que a poucos segundos estava nas de German e enxugou outra lágrima que havia caído.

ANGIE: Por favor, German, não chora. — Ela esboçou um sorriso.

GERMÁN: É que… — Ele parou por um momento e continuou — Saber que isso tudo foi minha culpa... Isso estava e ainda está me matando.

ANGIE: Me conta o que aconteceu. — Ela pediu acariciando suavemente o rosto de German.

GERMAN: Você estava dirigindo e... — Ele colocou suas mãos que estavam envolvendo o rosto dela junto das mãos delicadas de Angie — veio um outro carro na contra mão e bateu no seu carro. Você estava em um tipo de coma e só acordou agora.

ANGIE: Acho que agora eu me lembro um pouco o que aconteceu. Só lembro que um carro veio na minha direção e eu não consegui desviar, mas depois eu acho que bati a cabeça e de repente tudo escureceu.

German não disse nada, apenas assentiu com uma expressão de culpa no rosto.

ANGIE: German, olha para mim. — Pediu e imediatamente ele olhou e ela continuou. — A culpa não foi sua. Não quero que se culpe por isso.

GERMAN: Se eu não tivesse ido viajar, isso não teria acontecido.

ANGIE: Ninguém poderia prever que isso aconteceria. — Disse segurando um pouco mais forte as mãos de German.

GERMAN: Eu sei, mas se eu estivesse aqui com você poderia ter evitado tudo isso.

Angie balançou a cabeça levemente, negando o que estava ouvindo.

ANGIE: Quanto tempo eu fiquei assim? — Perguntou olhando diretamente dentro dos olhos do amado.

GERMAN: Uma semana. — Ele disse desviando o olhar.

ANGIE: Não importa quanto tempo eu fiquei assim. O que realmente importa é que agora eu estou me sentindo bem. — Tentou conforta-lo.

GERMAN: Angie... — Ele engoliu em seco. — Me perdoa.

Angie abriu um sorriso instintivamente.

ANGIE: German. Meu amor,eu não tenho o que te perdoar. — Falou docemente.

GERMAN: Mesmo assim, me desculpa por ter te deixado sozinha.

ANGIE: Tudo bem, eu te perdoô mesmo você não tendo feito nada de errado. Mas posso te pedir uma coisa? — Perguntou sorrindo.

GERMAN: Claro, o que você quiser.

ANGIE: Você pode sorrir, para que eu fique feliz?

GERMAN: Claro. — Falou com um sorriso no rosto. Aquele que Angie amava cada vez mais.

ANGIE: Agora sim. Obrigado por atender ao meu pedido. — Falou com a voz amável de sempre.

GERMAN: Como se sente? — Perguntou com o semblante agora sem culpa.

ANGIE: Eu estou bem, mas me sinto confusa por ter acordado faz pouco tempo e também me sinto um pouco fraca. Mas só de você estar ao meu lado já me sinto bem.

Dessa vez German sorriu, deixando toda aquela culpa e tristeza para trás.

GERMÁN: Você não sabe o quanto fiquei preocupado com você.

ANGIE : Não precisa mais ficar assim. Eu estou bem agora. — Disse segurando as mãos dele e sorrindo docemente.

GERMAN: Eu vou ir chamar um médico para ver como você está, meu amor. Tudo bem?

ANGIE: Claro, pode ir mas só não demora muito. Não quero ter que ficar longe de você.

GERMAN: Não vou demorar muito. Só não se mexe até eu voltar entendeu, meu amor?

ANGIE: Entendi. Vou ficar quietinha.

Ele depositou um beijo na cabeça dela e foi chamar o médico.

                          (…)

Enquanto o médico examinava Angie, German conversou com Angélica e Violetta e avisou todos que Angie acordara.
 
Depois do médico examina-la, German voltou para o quarto da amada. Ele entrou e se sentou ao lado dela.

ANGIE: O que o médico disse? Eu estou bem? — Quis saber, ansiosa.

GERMAN: Sim, eu acabei de conversar com o médico e ele me disse que você está muito bem. 

ANGIE: Mas e você está bem? — Perguntou preocupada.

GERMAN: Claro, eu estou bem.

ANGIE: Mas não parece. Sua expressão está triste. O que está acontecendo? Antes de sair daqui para ir chamar o médico, você parecia mais alegre.

GERMAN: É que eu fiquei com tanto medo de te perder. — Confessou segurando as mãos dela e deixando algumas lágrimas escorrerem pelo seu rosto.

ANGIE: Mas agora está tudo bem. — Afirmou percebendo a tristeza nos olhos de German. — Eu estou aqui, e você não vai me perder. — Disse com uma das mãos no rosto dele e usando a outra pra enxugar as lágrimas que ele havia derramado.

GERMAN: Eu prefiro morrer a perder você. O medo de te perder é o meu maior medo. É impossível viver sem você. Foi tão difícil te ver do jeito que você estava antes... — Contou tentando afastar a lembrança de vê-la tão pálida e imóvel.

ANGIE: Não gosto de te ver assim. Eu já estou bem. Por favor, não fique assim. — Pediu sem conseguir evitar que algumas lágrimas rolassem.

GERMAN: Não dá. Me dói saber que eu poderia ter te perdido. 

ANGIE: Posso te pedir uma outra coisa?

GERMAN: Claro, você pode pedir quantas coisas quiser.

ANGIE: Me abraça? 

Sem pensar duas vezes, ele abraçou-a.

Ela o abraçou o mais forte que pode. Queria afugentar o medo de German de perdê-la. Precisavam daquele abraço, precisavam sentir o calor um do corpo do outro.

Ela percebeu nos seus olhos que ele tinha medo de perdê-la. Só queria abraçá-lo e de alguma forma reconforta-lo. Não gostava de saber que ele havia sofrido por ela. Queria tirar dele a dor de quase tê-la perdido. Também havia se emocionado, ele a tratava como se ela fosse a coisa mais importante do mundo.

Ainda abraçada a German, ela sussurrou em seu ouvido:

ANGIE: Eu te amo. — Disse com a voz embargada pelo choro. — Nada é tão certo quanto te amar.

GERMAN: Eu também te amo, meu amor. — Disse passando as mãos delicadamente no cabelo dela.

Ela se desfez do abraço, ficando de frente para German, olhou fixamente nos olhos dele, apoiou suas mãos no peito dele e disse:

ANGIE: Mas agora vamos só pensar em coisas boas. Como o nosso casamento. — Dissw sorrindo, fazendo com que ele também sorrisse.

GERMAN: Você tem razão. Vamos pensar na nossa vida a partir daqui. — Falou acariciando uma das maçãs do rosto dela, fazendo com que ela fechasse os olhos.

Quando ela abriu os olhos, eles se aproximaram e se beijaram. Seus lábios exerciam uma leve pressão sobre o do outro. Foi um beijo calmo e carinhoso, só para aproveitar o momento e representar o quanto se amavam.

Eles encerraram o beijo com selinhos.

Angie apoiou a cabeça no peito de German e ele enlaçou sua cintura, abraçando-a e deixando-a bem confortável em seus braços.

GERMAN: Eu nunca mais vou te deixar sozinha. Nunca. — Prometeu.

ANGIE: Por favor, não se culpe pelo o que aconteceu, German. — Disse virando-se para ele e passando uma das mãos delicadamente pelo rosto dele e com a outra se apoiando no seu peito.

GERMAN: Mas você sabe talvez se eu não tivesse viajado você não teria que estar nesse hospital agora. — Disse com a cabeça baixa.

ANGIE: E como eu já disse e vou repetir, você não tinha como saber que isso ia acontecer. — Disse levantando o rosto dele e olhando no fundo dos seus olhos. — Tudo está bem agora e nada vai nos separar. — Assegurou sorrindo.

GERMAN: Isso mesmo, nada vai nos separar. — Disse também sorrindo.

ANGIE: Você sorriu. Adoro te ver assim.

GERMAN: E eu adoro você.

ANGIE: Mas e a sua viagem, ela era importante, não era? — Preocupou-se.

GERMAN: Nada é mais importante que você. Nada. — Disse colocando uma mecha do cabelo de Angie atrás da orelha dela.

ANGIE: Como você consegue ser tão maravilhoso?

GERMAN: Faço tudo por você, meu amor. — Disse e deposita0ou um beijo carinhoso na testa dela.

ANGIE: Acho que eu já percebi isso. — Falou sorrindo. — Mas quando eu vou poder voltar para casa?
 
GERMAN: Eu não sei, mas se quiser depois eu falo com o médico.

ANGIE: Obrigada, mas você acha que eu vou ter que ficar aqui por muito tempo? — Disse fazendo uma cara de preocupação.

GERMAN: Hey, não precisa fazer essa carinha. Eu sei que você não gosta de hospitais.

ANGIE: É que hospitais são tão... Brancos, sem cor, sem vida.

GERMAN: Eu sei, meu anjo. Mas você tem que ficar aqui para o seu bem. 

ANGIE: É, você tem razão. Me desculpa, você é quem deve estar cansado de passar tanto tempo aqui por minha causa.

GERMAN: Eu teria feito tudo isso de novo por você. — Ele depositou um beijo na cabeça dela.

ANGIE: Eu tenho certeza disso, meu amor.

                          (...)