O Amor Retorna escrita por Rah Forever, Reh Lover


Capítulo 4
Capítulo 4 - Assistindo Um Filme


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente, espero que gostem do capítulo ❤ Oferecemos esse capítulo para a JULIA, que comentou a fanfic. Muito obrigada, linda! ❤

POR FAVOR COMENTE, RECOMENDE E FAVORITE ❤

Beijos ❤



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          Então German se sentou ao lado de Angie e os dois começaram assistir o filme.

Tudo estava ocorrendo bem, tirando o fato de Angie se sentir um pouco nervosa com a presença de German e ele sentir receio em se aproximar dela. Até que o filme chegou em uma parte muito assustadora. E Angie deu um grito e sem pensar, e com muito medo, se aproximou demais de German e sem perceber já estava no colo dele.

Quando percebeu o que acabara de fazer, Angie corou e virou o rosto para o lado. German, percebendo seu desconforto, colocou uma das mãos na nuca dela, o que fez com que ela se virasse e desse de cara com um German que a fitava reconfortantemente.

Ele não queria apressar as coisas, mas sentia a necessidade de ficar mais perto dela, então colou sua testa na dela e ambos fecharam os olhos.

Angie com delicadeza repousou uma das mãos no peito de German e ele permanecia com uma das mãos na cintura dela. Suas respirações já estavam descompassadas. 

Com a outra mão, que estava a pouco na nuca de Angie, German tirou com delicadeza um cacho que insistia em cair sobre seus olhos, fazendo os dedos deslizarem de leve sobre a pele dela.

Angie sentia uma ligação muito forte com German, coisa que ela pensou que fosse difícil acontecer novamente. Ela pensou que com certeza, quando chegasse em Buenos Aires, German já estaria em outro relacionamento. Ela não queria se importar com essa possibilidade, mas tinha.

Ela teve de admitir a si mesma, que tinha ficado feliz ao perceber que German não estava com ninguém.

Sentir seu toque a fez tremer por dentro mas ao mesmo tempo a confortou. Mesmo que aquelas carícias não a fossem familiares. E naquele pequeno momento, ela soube que não importaria o quanto ela tentasse, German já tinha um lugar só dele ocupado na sua vida e consequentemente em seu coração, que buscava insistentemente pelo dele.

Eles ficaram um bom tempo assim, só aproveitando o momento. Mas nessa mesma hora Violetta desceu as escadas e sem querer acabou dando um susto neles, o que fez com que Angie se afastasse de German, se sentando do outro lado do sofá.

VILU: Ai, perdão. Eu não queria ter assustado vocês. — Falou, escondendo o riso. 

ANGIE: Não tem problema Vilu. — Disse um pouco envergonhada pelo acontecido e com o rosto rosado.

GERMAN: É, não se preocupe Vilu. — Afirmou sem olhar diretamente pra filha.

VILU: Mas mesmo assim me desculpem. Não queria atrapalhar vocês, só vim pegar um copo d' água. — Explicou-se novamente.

ANGIE: Acho melhor irmos dormir. — Disse tentando sair da situação, que segundo ela, estava se tornando embaraçosa. Ela odiava momentos embaraçosos, pois nesse tipo de momento ela não sabia o que falar, mesmo que as palavras fossem algo que nunca pareciam lhe faltar.

GERMAN: Concordo com você, Angie. — Concordou, querendo acabar com o clima que havia ficado alastrado no ambiente.

VILU: Nada disso, eu vou ir beber um copo d' água e depois vou para o meu quarto. Quero que vocês continuem assistindo o filme.

Vilu foi pra cozinha, bebeu água e voltou pra sala. E Angie com muita vergonha, convidou Violetta a ficar assistindo com eles. Vilu não pensou duas vezes e aceitou. Ela escolheu sentar-se ao lado de Angie e German foi para o outro sofá.

     

                 POV VIOLETTA

Eu estava dormindo, mas acabei acordando, fiquei com sede e fui beber água. Mas quando estava descendo as escadas vi uma cena linda. Angie e papai com as testas coladas. Mas sem querer eu fiz barulho ao descer as escadas e acabei atrapalhando o momento e ainda por cima deixei eles envergonhados.

Ai, ai, ai Violetta você atrapalhou eles de novo!

Ainda não acredito que fiz isso. Justo eu, a pessoa que mais sonha em ver esses dois juntos. Eu torço tanto pra que os dois finalmente fiquem juntos e quando eles têm momentos assim, eu faço questão de atrapalhar.

Depois de explicar pra eles o motivo de eu estar acordada, fui beber água.

Quando voltei, na hora que eu já estava subindo as escadas, Angie falou pra mim assistir o filme com eles e eu não recusei.

Bem que seria uma boa eu ter deixado eles sozinhos. Mas vi que Angie estava muito envergonhada com toda aquela situação e como fazia bastante tempo que a gente não fazia algo desse tipo juntos, eu aceitei de imediato.

Percebi que durante o filme ambos trocaram alguns olhares, bem rápidos. Quando não era um, era o outro que estava observando.

Quando o filme acabou Angie e papai já estavam dormindo um em um sofá e o outro no outro. Até pensei em acordá-los mas eles estavam dormindo tão gostoso que eu resolvi não fazer isso. A única coisa que fiz foi pegar duas cobertas e cobri-los e depois ir para o meu quarto.

                          (...)

No dia seguinte German havia acordou um pouco antes de Angie, se sentou no sofá e ficou observando atentamente a loira de olhos verdes no sofá à sua frente. Não deixou de pensar em como ela era linda, ou em como parecia um anjo dormindo.

Ao olhar pra ela, se lembrou da noite anterior e do momento especial que tiveram. Queria tanto beijá-la. Resistir a tentação de colar seus lábios aos de Angie estava se mostrando uma tarefa difícil e tanto. Mas ele tinha medo de assustar ela, se andasse rápido demais com as coisas.

Ele tinha certeza de que se pudesse voltar no passado corrigiria o erro que cometera em quando deixara ela ir embora pra França e também teria evitado machucá-la como a havia machucado.

Ele não conseguia olhar para aquela expressão tão serena de Angeles sem se sentir culpado por no passado ter agido como um idiota em relação à ela. Mas nesse momento Angie acordou e acabou tirando ele se seus devaneios.

ANGIE: Bom dia, German. — Disse se espreguiçando.

GERMAN: Bom dia, Angie. Dormiu bem? — Perguntou.

ANGIE: Sim, só estou com um pouco de dor nas costas.

GERMAN: É, eu também estou. Fazia muito tempo que eu não dormia no sofá.

ANGIE: Eu também. 

Os dois riram. 

German adorava o sorriso de Angie, mas quando ela ria era impossível não rir também ou não ficar hipnotizado com aquele gesto gracioso.

Mesmo com os cabelos desalinhados, ela nunca parecera tão linda.

ANGIE: Que horas são? — Perguntou passando a mão pelo seu cabelo na tentativa de arrumá-lo.

German estava tão distraído olhando Angie e vendo como ela era linda que nem tinha ouvido o que ela havia perguntado. 

ANGIE: German? — Ela chamou.

GERMAN: Ah, me desculpe, Angie. Eu estava distraído. — Se desculpou.

ANGIE: Não, tudo bem. Eu só tinha perguntado que horas são. — Respondeu sorrindo.

GERMAN: Agora é meio dia. — Disse após olhar no seu relógio de pulso.

ANGIE: Meio dia? Já? — Perguntou. Pelo jeito, tinham dormido mais do que o necessário.

GERMAN: É. Acho que dormimos demais. — Ele sorriu.

ANGIE: Nossa, já está na hora do almoço. — Constatou.

GERMAN: É verdade. Mas e então, que tal irmos almoçar em algum restaurante? — Sugeriu.

Ela parou pra pensar por alguns instantes. Será que era uma boa idéia sair com ele, se bem que não era um encontro; eles não iriam conversar sobre sentimentos e tudo mais. Era só um almoço, nada mais.

ANGIE: Tudo bem. Eu adoraria. — Respondeu por fim, sorrindo.

German queria passar mais tempo com Angie. Queria tirar os pontos finais de sua história e acrescentar vírgulas. E além do mais tinha que distraí-la para que a mansão fosse arrumada pra festa.

Angie sabia que era melhor evitar German. Mas era apenas ele dar um daqueles sorrisos que as paredes que ela tinha construído ao redor de si, desabavam. Ela queria German, mas tinha medo de que as coisas estivessem indo rápido demais e no final ela se machucasse. Mas mesmo assim, ela queria ter momentos como os que tiveram nos outros dois dias, mesmo que por pouco tempo. 

                           (...)

Os dois então se arrumaram e Ramalho os levou para um restaurante de comida italiana.

Eles almoçaram e se divertiram muito conversando.

Angie pensou que o que havia acontecido na noite anterior iria os impedir de conversar normalmente. Mas ela percebeu que estava totalmente enganada em relação a isso. O clima durante o almoço havia sido confortável.

Enquanto isso Ramalho, Olga, Violetta e o pessoal do Studio começaram a organizar a festa surpresa de Angie.

 

                 POV GERMAN

Depois que almoçamos eu iria chamar o Ramalho para vir nos buscar, mas me lembrei que a mansão estava sendo arrumada para a festa surpresa e o dia estava tão lindo que resolvi convidar Angie para ir comer maçã caramelada comigo. Fiquei feliz quando ela me disse sim, com um sorriso animado no rosto.

Queria poder ficar mais perto dela. Ela me fazia um bem do qual nem ela podia imaginar.

                         (...)

GERMAN: Angie, o dia está muito lindo não é? — Puxou conversa.

ANGIE: É verdade, o dia está lindo demais. — Concordou olhando pro céu. 

GERMAN: Que tal irmos comer maçã caramelada? — Propôs.

ANGIE: Eu adoraria, maçã caramelada é o meu doce favorito. — Aceitou sorrindo.

Os dois estavam caminhando em direção a praça em que comeram maçã caramelada juntos pela primeira vez, mas infelizmente o tempo mudou e começou a garoar.

Em cerca de pouquíssimos minutos uma chuva forte irrompeu dos céus e em pouco tempo as roupas de ambos estavam totalmente enxarcadas.

Os cachos do cabelo de Angie foram desmanchados com a tamanha intensidade da chuva.

Correndo, Angie e German, conseguiram chegar a um estabelecimento que estava fechado e decidiram ficar ali, debaixo da tenda, que por sorte, era uma extensão do telhado.

O espaço coberto não era muito grande, então German e Angie permaneciam próximos demais, quase abraçados. Ambos tinham noção dessa proximidade.

Mesmo durante aquela chuvarada e do vento gelado que a acompanhava, Angie parecia sentir um calor irradiar do braço de German, encostado no seu, se instalando na pele exposta de seu braço. Aquela proximidade se tornava cada vez mais familiar pra ela. Era tão bom sentir aquele simples contato. Se com aquela simples proximidade ela já sentia German mexer com ela, imagine se ele a beijasse. Tinha certeza de que provavelmente não teria controle sobre si mesma.

German sentia seu corpo formigar, ansiando para tomar Angeles em seus braços.

De repente um trovão iluminou o céu, acompanhado de um barulho estrondoso.

Angie, sem pensar direito no que estava prestes a fazer, se jogou nos braços de German, que a recebeu prontamente, aninhando-a junto a seu corpo.

Ela mantinha sua cabeça no peito de German enquanto suas mãos enlaçavam seu abdômen.

GERMAN: Angie, o que foi? — Perguntou. — Está tudo bem?

ANGIE: Eu não gosto de trovões. — Afirmou, enterrando mais ainda o rosto no peito de German.

GERMAN: Você não precisa ter medo. — Ele acarinhou as costas dela. — Eu estou aqui, Angie.

Angie não conseguia fazer com que as palavras saíssem de sua boca, em parte porque ainda estava assustada por causa dos trovões, em parte porque a proximidade de German estava deixando-a nervosa, mas por fim ela acabou relaxando. Ele nem precisava dizer aquilo, Angie já sentia-se segura até demais em seus braços fortes. Seu abraço era simples e doce, mas tinha uma conotação enorme por trás dele. Algo especial.

ANGIE: Eu sei que eu não deveria ter medo, mas… — Começou. — Trovões me lembram o dia da morte da Maria. Lembro-me como se fosse hoje o quão chuvoso estava aquele dia. Desde então não gosto quando o tempo fica ruim… — Fungou e algumas lágrimas escorreram por seu rosto. Era difícil falar palavras como aquelas, ela não gostava nem um pouco de se lembrar dos fatos daquele dia.

Perder Maria fora um golpe maior do que ela podia suportar. Mesmo depois de tantos anos terem se passado, ela ainda sentia falta da irmã, era como se uma parte sua fosse levada embora.

German não disse nada, apenas puxou Angie para mais perto de si; seu aperto era mais forte e aconchegante, um abraço de conforto. Pra ele também não foi fácil perder a esposa, ela era o que mais amava na vida. Era seu bem mais precioso e a perder tinha o transformado em um German mais sério, superprotetor e que afastou a filha da família, com medo de que Violetta fosse influenciada a seguir uma carreira musical como a mãe.

German respirou fundo e beijou a cabeça de Angie.

Após alguns minutos, German ainda continuava acariciando as costas de Angie, e aquilo pareceu acalma-lá. Naquele momento sua única preocupação era fazê-la sentir-se bem.

Ele podia sentir Angie se remexer a cada trovão que iluminava o céu, mas a cada trovão, o medo de Angie ia se dissipando. Ele ficou orgulhoso dela, por conseguir controlar seu medo.

Minutos depois a chuva cedeu. Se dando conta disso, Angie começou a se afastar de German. Ele não queria deixar que ela se afastasse mas se era isso que ela queria, ele não se oporia.

Angie elevou seu olhar para German, que a fitava ternamente, o que fez com que o coração de Angie se aquecesse com aquele olhar tão doce...

ANGIE: Obrigada, German. — Agradeceu. — Isso significa muito pra mim.

GERMAN: De nada. — Disse, e se aproximou de Angie, quando já estava próximo, sua mão acariciou de leve a bochecha esquerda dela. — Sempre estarei aqui quando precisar.

A vontade de Angie era fechar os olhos e aproveitar aquele toque tão doce e sutil ao máximo, mas disposta a mostrar — tentar — soar indiferente, ela continuou encarando German. Que também a encarava.

Mesmo todo enxarcado ele continuava lindo. Seu rosto era a prova viva de que ele ainda nutria sentimentos por ela. Angie sabia disso, mas seu coração ainda doía quando pensava no tanto em que o amor a fizera sofrer. Mas será que o que causou a dor pode ser o remédio para curá-la? O amor machucava, mas também podia curar? Talvez. Mas só descobriria a resposta se realmente tentasse. Mas ela estava pronta pra tentar? Angie não sabia, então achou melhor deixar as coisas como estavam. Ela se afastou novamente.

Angie então, de repente, se lembrou que sua casa ficava ali perto.

Limpando a garganta disse, sem olhar nos olhos negros de German:

ANGIE: Ahn, German, minha casa é aqui perto, acho melhor irmos pra lá, antes que comece a chover novamente.

GERMAN: Claro. — Concordou, enquanto uma expressão de desapontamento surgia no seu rosto.

                       (...)

Eles não precisaram andar muito e logo chegaram na casa de Angie. A caminhada fora extremamente silenciosa.

Angie ainda nervosa, se atrapalhou toda quando tentou abrir a casa usando a chave, por sorte — e pra surpresa de Angie — German pegou as chaves da mão dela e abriu a porta.

ANGIE: Obrigada. — Falou quase num sussurro.

German não respondeu, apenas deu um aceno de cabeça.

Quando entraram dentro da casa dela, ela foi até o banheiro rapidamente, pegou duas toalhas, voltou pra sala e entregou uma toalha para German.

ANGIE: Me espera aqui um pouquinho German, eu já volto. — Pediu, forçando um sorriso.

GERMAN: Tudo bem. — Ele retribuiu o sorriso, pra surpresa de Angie.

Então Angie...

 

                        (...)

 


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Notas finais do capítulo

O que será que acontece? Só lendo o próximo capítulo para saber ❤ Espero que tenham gostado do capítulo ❤ Beijos ❤