Então Angie deu alguns passos para frente. Ela ficou parada na frente de uma loja de vestidos de noivas olhando atentamente e com um sorriso no rosto para um dos vestidos expostos na vitrine.

O vestido era mesmo espetacular. De tal modo que faria qualquer mulher suspirar por ele, estando ela noiva ou não.

Ele era longo, mais apertado no busto e mais solto do quadril para baixo. Tinha rendas por toda parte, que proporcionavam delicadeza a bela peça. E para completar, uma fita cheia de pingentes prata, modelava o busto. Era realmente maravilhoso.

Depois de observar Angie por um tempo, German decidiu aproximar-se dela.

GERMAN: O que foi, Angie? — Ele perguntou, tocando-lhe o pulso.

ANGIE: Não é nada. É só que eu me encantei com esse vestido. Ele é perfeito. — Falou olhando de soslaio para o vestido.

GERMAN: Quer que eu o compre pra você? — Ele não se importaria de comprar o vestido para ela, ainda mais se ela continuasse sorrindo daquele jeito.

ANGIE: É muita gentileza sua, mas é um vestido de noiva e eu não vou me casar. — Explicou.

GERMAN: Agora não, mas tenho certeza de que um dia nós vamos nos casar. Você não acha?

ANGIE: Claro que acho. — Ela respondeu, corando. — Mas tudo a seu tempo. Começamos a namorar ontem.

GERMAN: Sim, mas se você quiser eu compro ele pra você e quando nós casarmos você o usa. — Ele ofereceu.

ANGIE: Não, não será necessário. — Ela riu. — Mas aprecio a sua oferta.

GERMAN: Tudo bem, mas se mudar de ideia...

ANGIE: Quem sabe eu mude de ideia daqui alguns anos. — Ela brincou. Ainda era muito cedo para se casarem, mas dentro de alguns anos quem sabe.

GERMAN: Vou me lembrar disso. — Ele piscou para ela.

ANGIE: Tenho certeza de que vai. — Ela respondeu de volta.

German passou um dos braços ao redor dos ombros de Angie e ficaram assim, esperando Violetta voltar do banheiro.

Não demorou muito para que Vilu retornasse. Dessa vez ela tinha sido rápida e para sorte do pai e da tia, não tinha encontrado nenhum conhecido a caminho do banheiro.

VILU: E então, eu demorei? — Ela perguntou ao aproximar-se.

ANGIE: Não, dessa vez você foi rápida Vilu.

GERMAN: Dessa vez você não demorou, mas eu não estranharia se você tivesse encontrado a Francesca no banheiro e ficasse conversando com ela por mais meia hora.

Angie e Vilu riram do comentário de German, pois isso poderia muito bem ter acontecido.

VILU: Sabem de uma coisa? — A garota perguntou após parar de rir.

ANGIE: O que Vilu? — Sorriu para a sobrinha.

VILU: Estou pensando em uma coisa.

GERMAN: Em que filha? Está tudo bem? — Preocupou-se.

VILU: Não se preocupe papai, está tudo bem. É só que eu estava pensando em como agora nós somos uma família completa. Antes éramos só você e eu papai, mas agora que vocês dois estão juntos, nossa família está finalmente completa. — Falou olhando carinhosamente para o pai e a tia.

ANGIE: Ah Vilu, não sei nem o que dizer. — Falou emocionada. Para ela foi muito importante ouvir aquelas palavras da sobrinha.

Para a surpresa de Angie e German, Violetta se aproximou de ambos e os puxou para um abraço. Os dois se entreolharam, sorriram e em seguida, abraçaram Violetta de volta.

Eles ficaram ali abraçados por um tempo, como a verdadeira família que eles eram agora.

Depois de se desfazerem do abraço, foram para o carro.

Angie e German se sentaram nos bancos da frente, enquanto Vilu se sentou no de trás.

German ligou o rádio e começou a tocar uma música que Violetta adorava. Ela acabou convencendo o pai e a tia a cantarem junto com ela.

Angie e German olharam um para o outro e sorriram. Logo após se juntaram à Violetta, cantando com ela.

Quando terminaram, Angie disse:

ANGIE: Isso foi divertido. — Ela sorriu.

GERMAN: Eu concordo, poderíamos fazer isso com mais frequência. — Concordou.

VILU: Com certeza. — Vilu respondeu, com alegria estampando a voz. Ela adorava que agora eles estavam passando mais tempo juntos.

ANGIE: Acho que nós esquecemos de comprar uma coisa. — Lembrou-se.

GERMAN: O que nós esquecemos? — Ele olhou para a namorada.

VILU: Acho que eu sei o que é. Esquecemos a árvore de Natal não é Angie? — Constatou.

ANGIE: Isso mesmo Vilu. A parte de enfeitar a árvore é uma das melhores partes do Natal. — Explicou.

GERMAN: Nós podemos ir comprar a árvore agora. O que vocês acham? — Ele voltou-se para Vilu e Angie.

VILU: Acho uma ótima ideia. — Vilu concordou sem hesitar. Ela estava ansiosa, mal conseguia se lembrar da última vez que tinham tido uma árvore de Natal em casa.

Angie apenas assentiu, concordando com a sugestão de German.

                        (…)

Não demorou muito para que eles escolhessem uma árvore. Foi fácil encontrar uma que lhes agradasse. Até porque Vilu encontrou uma que considerou perfeita logo que adentraram a loja.

Após comprarem a árvore e os enfeites que seriam necessários para enfeitá-la, voltaram para a mansão.

Ao adentrarem a mansão, German logo tratou de colocar a árvore no meio da sala, onde ela teria mais destaque.

Vilu e Angie colocaram as sacolas cheias de enfeites que estavam segurando em cima da mesinha de centro.

GERMAN: E agora, o que nós fazemos? — Ele perguntou, respirando fundo por causa do esforço que tinha feito para carregar a árvore.

ANGIE: Agora vem a melhor parte. É só a gente se divertir enfeitando a árvore. — A loira disse, apontando para os enfeites.

VILU: Então mãos à obra. — Vilu pegou um enfeite de dentro da sacola e colocou-o na árvore. — Pronto, o primeiro enfeite foi colocado. Venham me ajudar vocês dois.

Angie sorriu e também pegou um enfeite, o seu era uma bolinha vermelha. Ela dirigiu-se até a árvore e prendeu-o nela.

ANGIE: Vem ajudar a gente amor, senão a nossa árvore só vai ter enfeites do meio para baixo. — Ela sorriu, estendendo uma mão para German.

GERMAN: Ok, eu só parei pra descansar um pouco, vocês escolheram a árvore mais pesada da loja. — Ele segurou a mão que Angie havia estendido.

ANGIE: Desculpa amor, mas é que aquela era a mais bonita. E Vilu adorou ela.

GERMAN: Não tem problema, vocês estarem felizes é o que importa. — Ele piscou para a namorada.

Angie balançou a cabeça com um sorriso estampado no rosto.

German também pegou um enfeite, ele se aproximou da árvore e o pendurou na parte de cima, onde nem Angie e nem Vilu alcançavam.

GERMAN: Aqui está bom? — Ele olhou para Angie.

ANGIE: Sim, está perfeito. Não se tem um jeito certo ou errado de se decorar uma árvore de Natal. — Respondeu, olhando para onde German havia pendurado o enfeite.

Eles continuaram enfeitando a árvore. Por ser mais alto, German decorava a parte de cima, enquanto Angie e Vilu decoravam a partes mais abaixo.

Depois de um tempo, Vilu disse:

VILU: Eu estou tão feliz por essa ser a primeira vez que nós três decoramos uma árvore juntos. — Vilu sorriu.

GERMÁN: Eu também. — Ele concordou. — E com certeza não será a última.

        ANGIE: Espero que seja a primeira de muitas. — Falou, olhando para a sobrinha e o namorado. — Essa véspera de Natal está sendo a melhor de todas.

GERMAN: Eu concordo com você meu amor.

VILU: Para mim também, tudo está tão perfeito. — Respondeu, animada.

Eles continuaram enfeitando a árvore. Não demorou muito para que tivessem acabado. Quando tudo estava pronto, Vilu disse:

VILU: Nossa árvore ficou linda. — Comentou, sentindo-se orgulhosa do trabalho que ela, o pai e a tia executaram.

GERMAN: Você tem razão filha. Nosso trabalho em equipe valeu a pena. — Ele respondeu, sorrindo para Vilu.

ANGIE: Nunca vi uma árvore tão bonita quanto a nossa. — Angie ficara impressionada com o quão bonita a árvore tinha ficado linda depois de enfeitada e com as luzinhas colocadas ao redor.

VILU: Eu não sabia que enfeitar uma árvore era tão legal assim. Mas acho que essa coisa de enfeitar me deu uma fome.

GERMAN: Então vamos jantar fora, já que a Olga não está aqui. — Ele sugeriu.

ANGIE: Pode deixar amor, eu faço o jantar. — Angie ofereceu.

VILU: É papai, eu ajudo a Angie, vai ser divertido. — A garota respondeu, com um sorriso.

GERMAN: Vocês têm certeza disso? — Ele não se importaria nem um pouco de levá-las para jantar em algum restaurante.

VILU: Claro papai, pode ficar tranquilo que a gente não vai fazer a cozinha pegar fogo. — Vilu garantiu.

ANGIE: É, não se preocupe, eu não sou uma especialista em culinária, mas cozinhar eu sei sim.

GERMAN: Tudo bem, vocês quem sabem. Vão precisar de ajuda? Se quiserem posso ajudar.

ANGIE: Obrigada meu amor, mas pode deixar que a gente faz.

GERMAN: Tem certeza?

ANGIE: Claro, nós cozinhamos e você diz o que achou. — Ela sorriu.

VILU: Ok, já estou indo pra cozinha. Até daqui a pouco papai, estou te esperando Angie. — Falou indo em direção a cozinha.

GERMAN: Até mais filha. — Ele respondeu.

ANGIE: Já estou indo, Vilu.

GERMAN: Meu amor, não quero que vocês tenham trabalho cozinhando. — Ele se aproximou dela e colocou um cacho do cabelo dela atrás de sua orelha.

ANGIE: Está tudo bem amor, eu gosto de cozinhar.

GERMAN: Sério? Eu não sabia.

ANGIE: É, como eu morava sozinha era eu quem cozinhava. Você não achou que eu vivia de fast-food e comida pronta, não é? — Ela perguntou, rindo.

GERMAN: Pra falar a verdade, sabia que eu nunca tinha pensado nisso? — Os dois riram.

Vilu gritou da cozinha:

VILU: Angie, o que eu tenho que fazer? — Ela perguntou, se sentia um pouco perdida, pois foram poucas as vezes que ela tinha cozinhado algo.

ANGIE: Já estou indo Vilu. — Ela gritou de volta.

GERMAN: É, acho melhor você ir lá com a Vilu. — Ele sorriu para a namorada.

ANGIE: Também acho. — Ela respondeu.

German tomou o rosto dela em suas mãos e depositou um beijo casto em seus lábios.

Depois Angie foi em direção a cozinha, mas não sem antes lançar um sorriso para German, que retribuiu o gesto.

ANGIE: Pronto Vilu, já estou aqui. — Falou ao adentrar o cômodo.

VILU: Acho que se eu não tivesse te chamado, você não teria vindo. — Comentou, lançando um sorriso para a tia. — Você e o papai formam um casal tão fofo.

ANGIE: Obrigada Vilu. — Agradeceu e abraçou a sobrinha. — Mas agora vamos cozinhar, porque eu já estou morrendo de fome.

VILU: É, a minha barriga não para de roncar. — Vilu pousou as mãos em cima de sua barriga, o que fez Angie rir.

ANGIE: Mas o que vamos cozinhar? Você tem alguma sugestão?

VILU: Que tal macarrão ao molho branco com salmão? — Sugeriu.

ANGIE: Boa ideia. Está até parecendo comida de restaurante. — Ela sorriu. — Mas vamos tomar cuidado pra não queimar e a gente ter que comer pizza que nem ontem.

VILU: Você tem razão Angie. Vamos ter que ficar bem atentas. Apesar de eu adorar pizza, eu não quero ter que comer de novo hoje. Com o quê eu posso ajudar?

ANGIE: Vamos fazer assim, você grelha o salmão enquanto eu faço o molho e coloco o macarrão pra ferver. Você consegue grelhar não é Vilu?

VILU: Consigo sim, pode deixar comigo. Eu não sou a Olga, mas disso eu acho que dou conta.

Ambas riram e logo começaram a cozinhar e…

                       (...)