Então eles se beijaram e ficaram mais um tempo juntos observando o céu até que Angie acabou dormindo abraçada com German.

Vendo que a amada adormecera em seus braços, e com dó de acordá-la pois já estava tarde e ela estava dormindo profundamente, ele a pegou no colo cuidadosamente e a levou até o quarto dela, que por sorte estava com a porta aberta. Ele a deitou na cama, pegou um cobertor e a cobriu, depositando logo após um beijo casto em sua testa.

GERMAN: Boa noite meu amor, durma bem. — Sussurou e foi até a porta, mas antes de sair deu uma última olhada em Angie — que mais parecia um anjo dormindo — ele constatou com um lindo sorriso estampado nos lábios. Como era possível ser tão linda por fora como por dentro? A luz do luar que iluminava o quarto só servia para ressaltar a beleza natural dela.

Ele lançou um último olhar a Angie, acompanhado por outro sorriso e por um bocejo. Era melhor ir dormir, o dia que passaram juntos foi maravilhoso, mas também cansativo e seu corpo estava cobrando a energia perdida no processo. Então ele saiu do quarto, fechando a porta atrás de si, e se dirigiu ao seu próprio.

                        (…)

Violetta havia acabado de encher um copo com suco de laranja e colocado em uma bandeja, quando German adentrou a cozinha.

GERMAN: Filha? — Chamou.

Ela virou em direção ao pai e sorriu.

VILU: Ah, bom dia, pai. — Ela foi até o pai e o beijou na bochecha. — Dormiu bem?

GERMAN: Bom dia, filha. Dormi bem e você?

VILU: Melhor impossível. — A garota respondeu enquanto acrescentava alguns biscoitos na bandeja.

GERMAN: E pra quem é tudo isso? — German perguntou ao observar a bandeja em que Vilu estava trabalhando, a qual contava com biscoitos com gotas de chocolate, uma salada de frutas, torradas, geléia, e alguns croissants, além de um copo cheio de suco de laranja.

VILU: É pra Angie. Já que ela ainda não desceu pra tomar café, decidi fazer um agrado. — Falou orgulhosa de si mesma por ter preparado tudo sozinha. — Não quer me acompanhar? Vou levar o café pra Angie. Acho que ela gostaria de ser acordada pelo príncipe encantado dela…

German encarou Violetta balançando a cabeça e sorrindo, enquanto a filha deu de ombros sorrindo daquele jeitinho de quando algo que ela planejou dava certo.

GERMAN: Acho que vou te acompanhar. — Falou e os dois seguiram até o quarto de Angie.

Eles bateram duas vezes na porta, mas como ela não respondeu eles decidiram entrar logo de uma vez.

Logo que entrou, Vilu colocou o café-da-manhã de Angie na cômoda e abriu as cortinas.

VILU: Hora de levantar, dorminhoca.

ANGIE: Ah, me deixa dormir só mais um pouquinho. — Respondeu ainda sonolenta. Seu cabelo estava todo bagunçado e espalhado sobre o rosto e o travesseiro.

GERMAN: Você dormiu bastante Angie, já está na hora de acordar. — Ele sentou-se na cama.

ANGIE: Por favor, só mais cinco minutinhos e eu acordo tá bom? — Disse, mantendo ainda os olhos fechados.

VILU: Gente dormindo não fala, tia. — Acrescentou em tom brincalhão, achando a situação engraçada.

Se Angie ouviu ou não o comentário de Vilu, ainda assim não respondeu.

GERMAN: Tudo bem então, já que você não vai acordar por bem, vai acordar por mal.
— Disse se aproximando com um sorriso maroto nos lábios. Ele sabia a coisa perfeita a se fazer para Angie despertar.

ANGIE: Mal? — Ela mal perguntou e German já começara a fazer cosquinhas na sua barriga. — Ahhhhh, tudo bem eu já acordei, para German, para, não consigo parar de rir! — Pediu sem conseguir conter as gargalhadas. — Vilu, me ajuda!

VILU: Peraí tia, já vou te tirar dessa. — A sobrinha falou e começou a fazer cosquinhas em seu pai, que logo deitou na cama rindo.

GERMAN: Para Vilu, não consigo nem respirar direito. — Ele riu.

ANGIE: Obrigada, Vilu. — Riu da situação.

GERMAN: Agora me ajuda, Angie. — Pediu sem conseguir conter o riso.

Angie sorriu enquanto pensava se ajudaria mesmo German, já que fora ele que começara com aquela bagunça toda. Mas, se bem que Vilu também merecia umas cosquinhas...

ANGIE: Okay, Vilu se prepara pras cosquinhas. — Avisou iniciando um ataque de cosquinhas em Vilu, que parou de fazer cócegas em seu pai.

VILU: Ei Angie, isso não vale, eu que te ajudei. — Protestou antes de ter outra crise de risadas.

GERMAN: É melhor você se preparar Vilu, porque não vamos parar tão cedo. — Avisou, bem humorado.

ANGIE: É mesmo. — Concordou lançando um olhar cúmplice a German.

VILU: Ah não, agora chega, por favor, a minha barriga já está doendo de tanto rir. — Respondeu enquanto sem sucesso, tentava se desvencilhar da tia e do pai.

ANGIE: Okay, Vilu. Está liberada das cosquinhas. — Disse e os dois pararam de fazer cócegas em Vilu.

VILU: Que bom que vocês pararam, eu já não estava aguentando mais. — Respondeu sorrindo ainda ofegante.

GERMAN: Sabem o que isso me lembrou? Aquela vez em que você Vilu fingiu estar com dor no pé só pra eu e a Angie nos aproximarmos. — Contou.

ANGIE: É, Vilu, você conseguiu nos enganar direitinho.

VILU: É, eu tenho os meus métodos. — Falou orgulhosa.

GERMAN: Isso nós já percebemos, querida — Constatou sem conseguir evitar um riso.

ANGIE: Você tem cada idéia, Violetta. — Ela balançou a cabeça.

VILU: É, eu sei, elas são brilhantes né? — Angie e German riram do comentário de Vilu. — Bem, agora eu vou deixar vocês dois conversarem e vou ir para a sala porque eu não quero ficar aqui de vela. — Explicou-se. — Tchau papai, Angie.

GERMANGIE: Tchau Vilu. — Responderam em uníssono.

Violetta saiu do quarto e fechou a porta atrás de si.

GERMAN: Dormiu bem meu amor? — Perguntou dando um selinho de bom dia em Angie.

ANGIE: Claro, só não sei como eu vim parar na cama se ontem a gente estava no jardim e eu acho que acabei adormecendo.

GERMAN: Fui eu que te peguei no colo e te trouxe para o seu quarto.

ANGIE: Obrigada amor, mas porque você não me acordou?

GERMAN: Eu até tentei te acordar, mas depois que eu vi que você estava dormindo que nem um anjinho, resolvi não tentar mais.

ANGIE: Obrigada amor, você é muito fofo. — Disse com um sorriso encantador.

GERMAN: Obrigado amor, mas agora vamos tomar café. — Ele pegou a bandeja que Vilu preparou e colocou à sua frente.

ANGIE: Hum, parece delicioso. A Vilu caprichou. — Constatou olhando para o café da manhã que a sobrinha preparara. Tinha de agradece-la depois pelo carinho ao preparar tudo aquilo.

GERMAN: É mesmo. — Concordou.

Logo após terminarem o café, Angie virou-se pra German e falou:

ANGIE: Meu amor, agora eu vou tomar um banho e me arrumar, te encontro em dez minutos na sala, tudo bem?

GERMAN: Claro, vou estar te esperando.

Então eles se beijaram e German foi pra sala analisar alguns papéis enquanto esperava Angie se arrumar.

Dez minutos depois, Angie terminou de se arrumar, foi até a sala e se sentou ao lado de German.

ANGIE: Prontinho, já estou aqui.

GERMAN: Hoje você bateu o recorde. — Riu. Angie sempre acabava demorando quando se arrumava, mas dessa vez ele tinha de admitir que ficara impressionado com a rapidez dela.

ANGIE: German, eu estive pensando, que tal a gente fazer algo diferente hoje? — Perguntou mudando de assunto. Queria poder passar mais tempo com ele.

GERMAN: Eu adoraria Angie, mas é que hoje eu tenho uma reunião e várias coisas pra resolver.

ANGIE: Que pena. — Lamentou com uma carinha de cachorro que caiu da mudança.

GERMAN: Ah amor, não faz essa carinha, quem sabe se eu conseguir sair mais cedo. Daí a gente pode fazer algo diferente. — Ele tomou as mãos dela carinhosamente nas suas.

ANGIE: Tudo bem então. — Disse agora com uma cara mais animada.

GERMAN: Infelizmente, meu amor, agora eu tenho que ir. — Levantou e se aproximou da amada para se despedir. — Tchau, meu amor.

ANGIE: Tchau, até mais amor. — Ela respondeu e os dois deram um selinho.
 
          De repente Vilu apareceu na sala.

VILU: Papai, me espera, eu combinei de ir na casa da Fran, o senhor pode me dar uma carona?

GERMAN: Claro filha, posso sim.

VILU: Obrigada, papai. — Agradeceu e se virou pra Angie. — Tchau, Angie. — Ela disse e as duas se abraçaram, se despedindo.

ANGIE: Tchau, querida.

Então Vilu e German saíram da mansão.

VILU: Papai, você acha que a Angie vai desconfiar de alguma coisa? — Perguntou, pois queria ter certeza de que a tia ficaria surpresa com o que ela e o pai estavam planejando.

GERMAN: Acho que não filha. — Logo respondeu. — Eu espero que não.

VILU: Bom, então está na hora de colocar o nosso plano em ação. — Falou lançando um sorriso cúmplice e animado para o pai, que retribuiu o sorriso.

É, pelo jeito Angie ganharia outra surpresa…

                       (...)