Another day in paradise escrita por Vanessa Hoffmann


Capítulo 1
Prólogo




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She calls out to the man on the street

Ela chama pelo homem na rua

He can see she's been crying

Ele pode ver que ela esteve chorando

She's got blisters on the soles of her feet

Ela tem bolhas na sola dos pés

Can't walk, but she's trying

Ela não consegue andar, mas está tentando

Quantos golpes um ser humano é capaz de agüentar? Quantas vezes um pulmão agüenta prender a respiração ou encher-se de água à medida que vai se afogando em um mar de desespero? Quantas vezes alguém é capaz de sobreviver após morrer em si mesmo diversas vezes?

Em sua opinião, talvez muito menos que grande parte das pessoas enfrentam quando chegam ao ponto de achar que a morte é a solução para seus problemas. Mas também acreditava que, ao findar-se uma dor, dar-se-a margem para provocar tantas outras feridas dolorosas que podem ser daquelas que se recusam a sarar com o tempo. Para quem está morto, mais feridas não fazem a diferença, mas quando ainda se tem o sopro da vida, rupturas da alma são dores que poucos podem suportar. E quando se compartilha uma dor dessa magnitude, poucos também são os que conseguem se manter próximos.

Então, acreditava que foi por isso que não encarou aquele borrão branco e silencioso como todos os outros faziam: um ponto insignificante em um mundo onde todos eram como reflexos de espelho, contrários e pertencentes a outra dimensão.

Foi por isso que não se irritou com aqueles olhares mirando o chão ou com a fala arrastada, baixa e gaguejada. Muito pelo contrário, seu desejo era poder absorvê-la dentro de si mesmo e tirá-la daquele mundo espelhado, daquele mundo quebrado e vingativo que parecia querer despedaçá-la a todo instante.

Também se devia ao fato de que poucas vezes na vida sentira que seria capaz de dar sua vida por outra pessoa e nunca, nunca, havia sentido que dentro de seu peito existia um buraco que nunca lhe incomodou até vê-la e que agora precisava dela para se sentir completo.

Você já sentiu-se sair do chão quando seu olhar entrou no mesmo eixo com o de alguém? Sentiu-se ficar sem fôlego ao mesmo tempo em que parecia respirar do mais puro ar? Alguém já fez você entender que aquele músculo em formato de punho que lateja dentro do peito existe para algo muito maior do que cumprir sua função vital de levar sangue a todo o seu corpo?

Naruto nunca havia sentido algo semelhante até encontrar Hinata pela primeira vez. E desde a primeira vez sabia que não queria jamais perdê-la.


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Notas finais do capítulo

Espero que isso sirva pra que possam querer mais. :3



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