Gravity escrita por kira Uzumaki Uchiha


Capítulo 1
Just the beginning - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Yooooo pessoass!! Td bem com vcs?
Minha primeira fic Free!
Tenho outra ItaDeiShi em Hiatus ( pretendo continua-la até fim do ano).

O cap ia ficar gigantesco então dividi em duas partes.

Espero que gostem.

Qualquer erro ou crítica só me falar. Bjooooos

Nota: Não tá revisado pq tava com pressa de postar xp



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POV’s Sousuke

Era uma manhã como outra qualquer, terça-feira 9 de Setembro de 2014. Acordei cedo aquele dia, mais do que de costume, e fui preparar um café forte pra mim, e umas panquecas pro meu filho.

Tinha tido um pesadelo um pouco diferente aquela noite. Sonhei que Rin, meu melhor amigo e parceiro, levava um tiro na cabeça e morria nos meus braços.

Estava acostumado a sonhar com alguém morrendo nos meus braços. Mas normalmente era alguma vítima que eu não tinha conseguido salvar durante uma missão, ou a minha já falecida esposa, que entrava na frente de uma bala pra me salvar.

Minha esposa. Ela era a pessoa mais doce e inteligente que já tive o prazer de conviver. Eu a amei como quem ama o pôr do sol. Admirava cada detalhe e cada mania dela.

Mas sete anos atrás ela se foi. Faleceu ao dar a luz ao nosso melhor presente: Haruka, meu pequeno golfinho.

Até então achava que jamais amaria alguém daquele jeito novamente. Para mim o meu filho era meu único amor incondicional. Porém o destino as vezes brinca com a gente de forma traiçoeira. E eu acabei caindo de amores por quem menos esperava.

E foi naquele desespero. No grito engasgado e nas lágrimas que me afogavam ao ver ele ali estirado em meus braços dentro do sonho, que finalmente cai em mim.

Amava-o com cada fibra do meu ser. Sem condicionais, profunda e indeliberadamente.

Acordei com as lágrimas e o suor misturados em meu rosto. Era só um pesadelo idiota, mas me fez acordar em todos os sentidos pra vida medíocre que eu estava criando pra escapar dos meus fantasmas.

Pai solteiro com 26 anos, e policial da força tática de Tóquio. A melhor equipe do Japão: Matsuoka Rin, Kazuteru Minami, Takuya Uozumi, eu e o comandante Mikoshiba Seyjuuro. Éramos grandes amigos, já que crescemos juntos em Iwatobi, e sempre idealizamos o quão fodões seriamos quando adultos, sendo os heróis do país.

Essa era a total realidade. Mais de 95% das nossas missões eram completadas com sucesso.

Mas, nem tudo era perfeito.

Todo mundo tem seus dramas pessoais. Mesmo os heróis. E eu era prova viva disso.

Enfrentava qualquer perigo na cidade, encarando bandidos e psicopatas sem o menor fio de instabilidade emocional. Quando estava em ação o resto do mundo fugia da minha cabeça. Exceto pelo fato de quando um dos meus parceiros era posto em risco de morte. Principalmente o retardado do Rin.

Eu fazia de tudo pra ser o mais cauteloso e racional possível, mas ele sempre agia por impulso. O que na maioria das vezes dava em alguma merda, e eu era quem tinha que tirá-lo da encrenca.

Naquele dia não foi diferente.

Depois de preparar o café, acordei meu filhote pra que ele pudesse se arrumar e descer pra comer.

— Bom dia golfinho! Vamos, se arrume que eu te espero pro café. – falei alto chacoalhando-o e dando um beijo em sua testa.

— Bom dia Tou-san. – disse levantando lentamente com carinha de sono e esfregando os olhos incrivelmente azuis como os da mãe, seguiu para o banheiro enquanto eu retornava pra cozinha.

Fizemos nossa refeição e saímos. Primeiro em direção a escola de Haruka, onde encontramos com Makoto, o melhor amigo dele, e sua mãe.

Conversei com ela sobre o final de semana que planejávamos ir pra praia com os meninos. O marido dela tinha herdado um chalé dos avós e queria aproveitar o surto de calor dos últimos dias.

Tudo combinado, as crianças animadas, e o sinal do colégio tocou.

— Haru te pego na natação as 19hs. – disse me agachando na frente do baixinho.

— Tudo bem, até mais tarde Tou-san.

Makoto se despediu da mãe e Haru de mim, e entrou puxando o amigo pela mão. Me despedi de Tachibana-san e fui pro meu batalhão.

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Como sempre, lá estava o ruivo me esperando encostado ao portão e segurando dois copos de frappuccino do Starbucks.

Não sei o que deu em mim. Fiquei parado ao pé da escadaria que antecedia o portão, encarando-o sem saber o que fazer ou dizer.

Fleches do que fora um dos pesadelos mais surreais que já tive, vieram a minha mente como um filme de terror.

— Sousuke? Tá tudo bem cara?- nem percebi quando ele se aproximou com o olhar preocupado e um sorriso amarelo.

— Eu...estou ótimo. Por que a pergunta? – disse tentando disfarçar pegando um dos copos da mão dele e oferecendo meu melhor sorriso falso antes de dar um gole no café gelado.

— Tem certeza? Você tá pálido e estava me encarando com cara de assustado. Aconteceu alguma coisa com o Haru? Ou com você? – falou me olhando bem nos olhos e muito perto, já que estava um degrau acima, ficávamos na mesma altura.

Ele não fazia ideia do quanto aquela aproximação toda era perigosa pra ele. Eu poderia ter simplesmente mandado todo o resto da minha sanidade pro inferno, e o agarrado ali mesmo.

Mas infelizmente me contive e me contentei apenas com o breve e raro momento que tive pra sentir seu perfume e olhar bem no fundo de seus belos olhos rubi. Sem que ninguém pudesse atrapalhar ou suspeitar de nada.

— Não, está tudo bem. Não se preocupe. – falei saindo do transe e contornando-o pra entrar no prédio. Ele não disse mais nada apesar da expressão nada convencida, e apenas me seguiu.

Fui ao vestiário e me troquei colocando a farda e os coletes pesados a prova de bala, e peguei minhas armas e equipamentos seguindo pras nossas missões.

O dia passou rápido apesar das seis ocorrências atendidas. Entre elas dois assaltos ao banco central, onde os meliantes estavam tão equipados quanto nós. Um sequestro de um dos jornalistas mais famosos da cidade, onde tive que negociar a liberação da vítima, já que nosso comandante não entendia francês. Mas ainda me dava algumas instruções. E alguns outros casos menos relevantes.

Estávamos voltando para o batalhão, por volta das 18hs, já quase no fim do nosso turno. Como não havia mais ocorrências e tínhamos feito missões muito exaustivas e perigosas, fomos liberados uma hora mais cedo. O que era ótimo já que havia prometido ao meu filhote que o pegaria às 19hs no treino de natação. E no dia seguinte eu e o Matsuoka faríamos plantão.

Assim que chegamos, corri para o vestiário pra tomar um banho rápido. Me arrumei as pressas e deixei minha farda na lavanderia de lá. Segui pro estacionamento sem me despedir nem de Rin, e no meio do caminho trombei com quem menos estava afim de ver naquele momento bem na porta do elevador.

— Opa! Cuidado Yamazaki, vai derrubar alguém desse jeito. Está com pressa? – disse o outro “ser” me olhando com um sorriso sínico nos lábios e passando a mão sobre seus cabelos da cor de pétalas de Sakura.

— Sinto muito Shigino! Não te vi porque estou com pressa para buscar meu filho. Com licença. – respondi com o máximo de educação que pude, o que não era muita coisa, e desviando de Kisumi segui pro meu Passat cc azul marinho que não estava muito longe da saída do elevador. Mas, mal dei dois passos e pude sentir a mão dele segurar meu braço esquerdo, e puxando violentamente ele me jogou na parede atrás dele, onde me encurralou com o próprio corpo e me beijou.

Senti meus músculos das costas serem espremidos com força e meu ombro, que não era muito saldável por culpa dos treinos puxados de natação que eu fazia nas minhas folgas como um hobby, latejar terrivelmente como se tivesse deslocado.

Seus lábios contra os meus pareciam concreto. Ele tentava a todo custo me fazer abrir a boca pra meter sua língua suja dentro. Aquilo já estava me irritando, me enojava. Tranquei a mandíbula e o empurrei com força, até demais, o que o fez cair sentado.

— Ai! Que grosseria! – berrou ele fingindo estar ofendido.

— Me poupe Kisumi! Quem pensa que é pra me beijar sem permissão?! – falei esfregando a manga da blusa na boca e enfurecido com tamanho atrevimento.

— Você acabou de pedir... – nem esperei que terminasse e o puxei pelo colarinho do jeito mais bruto possível botando-o de pé.

— Não me venha com essa de “Kiss me” outra vez! Já perdeu a graça há muito tempo. – falei quase cuspindo na cara dele, e ele só me olhava com aquele sorrisinho sínico que eu tanto amava - só que não -.

— Sousuke? Está aí ainda? – droga! Era o ruivo saindo do elevador. Nem havia percebido que alguém estava descendo.

Ele olhou de mim pro rosado com uma baita “poker face”, e quando a ficha caiu sobre o que estava acontecendo – pelo menos na visão dele – contorceu o rosto num misto de confusão com provável nojo e talvez até decepção. E mesmo eu tendo plena noção de que ele não correspondia meus sentimentos, senti uma dor profunda e uma necessidade enorme de me explicar.

— Rin?! E-eu posso exlicar...- tentei desesperadamente verbalizar algo decente, mas só conseguia gaguejar. Maldita hora que o inútil do Shigino resolveu ter um Deja vu e me agarrar de novo – já tinha tentado outras vezes – e bem em um lugar tão... tão...arrgh!

Rin apenas me ignorou totalmente e seguiu em direção ao seu carro – um Jaguar F-Type Coupe, vermelho – e sem pensar duas vezes, larguei Kisumi e fui correndo atrás do único homem, ou ser vivo, que eu desejava. Precisava conserta essa merda ou ele pensaria mil coisas ruins de mim.

— Espere! Rin! Por favor, foi só um mal entendido... – gritei quase o alcançando, até que ele para de supetão e dando meia volta nos calcanhares me encarou sério, e respirando profundamente disse:

— O que é Sousuke? Quer me explicar sobre estar agarrado ao Shigino? Então explique-se! – disse ele sem rodeios.

Droga! Fiquei sem reação é claro!

Respirei – tentei – fundo e devagar, várias vezes antes de formular uma resposta coerente ou de entender o que realmente estava acontecendo ali.

Então finalmente a minha ficha – depois de abrir e fechar a boca umas cinco vezes sem emitir som algum – e eu compreendi que aquela expressão de raiva e decepção que ele direcionava a mim, na verdade... era ciúmes.

Espera... CIÚMES!

— Você...está com ciúmes? É isso? – perguntei com um sorriso bobo dançando nos lábios.

— O que?! Tá de zuera com a minha cara né? – disse virando as costas pra mim novamente e resmungando um “ era só o que me faltava”.

Peguei em seu pulso e rapidamente o puxei pra perto fazendo-o me encarar e perguntei o que há muito estava travado na minha garganta – e nem eu mesmo sabia.

— Rin. O que você sente de verdade por mim? – estava pronto pra ser chutado e levar uma gargalhada na cara. Mas não aguentaria mais ignorar o que eu sentia depois de ter conseguido finalmente perceber e admitir pra mim mesmo.

Ele gelou dos pés a cabeça. E me olhando confuso e temeroso começou a gaguejar.

— E-eu...eu...

Continua na parte II.


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