Only Exception escrita por snixx


Capítulo 6
Capítulo 3 — Uninvited.


Notas iniciais do capítulo

PIORES COISAS PARA SE ACONTECER QUANDO SE ATRASA UMA FANFIC:
1. Perder os dados.
2. Problemas pessoais.
3. Escola.
4. BLOQUEIO DE CRIATIVIDADE.

Desculpa, eu não iria postar esse capítulo sem antes terminar o bônus. Eu sei, eu atrasei muito muito muito a fanfic e com certeza decepcionei vocês. Eu pensei até em desisti, até uma mente sábia me falar "Você não trabalhou no enredo todo atoa".

Então, esse capítulo foi o mais duro de escrever. Era como se eu tivesse tudo em minha cabeça, porém quando eu ia digitar eu me embolada com palavras e com a maldita narrativa.

Eu irei responder os outros, e claramente amanhã irei postar o bônus. Estou impressionada que essa fanfic está agradando vocês e sou grata por todos os leitores que consegui em poucas semanas.



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Brenda tinha sua cabeça apoiada em meu peito. Minha respiração parecia um peso para o seu corpo frágil. Uma de suas mãos brincava com um botão da minha camisa enquanto eu acariciava suas mechas e enrolava ela em meus dedos.

Eu e ela tínhamos decidido começar tudo devagar, sem pressa alguma. Depois de toda a vergonha que eu senti no Phils por andar com ela ao meu lado, nossa decisão foi de tentar fazer tudo em etapas. O jeito calmo de Brenda era extremamente doce, ela era paciente e sempre que eu estava me sentindo confuso ela tentava me ajudar. Agora, faziam exatamente quatro semanas que estávamos levando tudo a sério.

Na primeira semana, tentamos conhecer um ao outro o máximo possível. Ás vezes me pergunto se irei me arrepender de contar sobre o meu colegial em Londres para ela. Em alguns momentos, eu sempre beijará ela de surpresa.

Desde então, começamos a passar os dias da minha folga juntos. Além de Brenda me visitar em meu trabalho eu sempre vi-a nas festas que Newt ia.

Era simplesmente trágico aos olhos de Newt, ela trabalhar em uma boate. Eu não pensava assim, ela sempre estava atrás dos balcões servindo bebidas e ouvindo estranhos falando o quão ela era bonita. Aquilo não era algo a se negar e também algo a não ser posto em uma coisa que não iria durar muito.

Newt nunca estava presente antes no anoitecer, e sempre que eu chegava em casa, via Brenda perto da praia me esperando. Todos os dias aquilo me doía, eu sabia que um dia teria de ir embora e eu estava prometendo a não me pegar a ninguém e muito menos por Brenda.

Brenda me ajudava em boa parte em Miami, assim como a própria Miami. Acordar com o sol em sua face era algo terrível mais também me tirava de meus sonhos com Londres e uma vida que meus pais iriam querer.

Eu odiava aquele maldito sol de Miami, porém ele sempre fazia que eu esquecesse de outras cidades.

Na frente da janela enorme da sala, eu podia ver várias pessoas na praia. Ás vezes eram as mesmas pessoas do meu dia-a-dia e adolescentes que cabulavam aula ali. Newt estava lá nesse momento sentado na areia falando consigo mesmo.

Brenda tinha um ódio secreto por Newt, ele sempre chamava-a de "Escolhida". Todos os dias que ele via-a perguntava o que tínhamos feito.

— O sol, — Brenda disse docemente. — ele está lhe matando certo?

Eu não precisava responder, Brenda olhou por uma única vez para minha cara e logo se levantou. O sol se expandia ainda mais, deixando a sala toda iluminada pelas janelas de vidro. Eu nunca tinha pensado na possibilidade da casa de Verão estar tão diferente.

— Está anoitecendo, Brenda. — Digo, enquanto me levanto da poltrona. — Está anoitecendo e o sol está se expandindo.

Brenda riu: — Eu realmente espero que você volte com alguma corzinha para Londres. — Sua mão vai parar em meu braço e o levanta. — Você é pálido, Thomas.

— Você é má, Brenda. — Copio seu tom.

— Sim, eu sou. — Um sorriso travesso se formou em sua face.

Algo em Brenda me fez ter desejo, desejo de ter mais do que beijos delas. Eu não podia extrapolar naquele momento. O olhar de Brenda não parecia tão preocupado com o que ia acontecer, então por quê eu iria em preocupar?

No mesmo instante, beijei Brenda. Pressionei as minhas mãos em sua cintura, aproximando-a mais. Logo, eu já estava puxando Brenda para o meu colo em um encontro desesperado. Era a primeira vez que eu tinha contato com o corpo de Brenda. Suas mãos passeavam entre o meu pescoço e bagunçava o meu cabelo.

Eu não tinha desejo de arrancar a blusa de Brenda, eu tinha desejo de ter um contato ardente com ela. Agora eu estava nesse momento e não me atreveria a tirar minhas mãos de cintura. Eu poderia continuar aquilo, tornar mais profundo mas eu não queria arriscar tudo.

Brenda deslizou uma de suas mãos para a minha outra, então senti aquele toque de segurança que ela sempre passava. Brenda era mais do que uma tentativa, ela se tornou uma amiga naquelas poucas semanas.

O beijo parou por um momento, quando ela olhou em meus olhos e tentou descobrir algum mistério nele. Minha mão afastou o seu cabelo, jogando-o para trás. Brenda sorriu, como uma permissão tivesse sido dada. Antes mesmo de eu aproximar meus lábios senti a porta da casa ser aberta.

— Atrapalho algo, Thomas? — A voz de Minho ecoou em minha mente. Brenda ainda estava no meu colo e segurava o seu riso.

Minho estava com uma mochila em suas costas e seu sorriso perverso. Minho não mudou exatamente nada em aparência, talvez seja alguma praga Asiática.

Olhei para Brenda que tirou uma de suas pernas que estavam em volta de mim e colocou-a de lado como se quisesse disfarçar logo. Minho teria chegado ali em um péssimo momento. Ele nunca tinha me visto em uma cena assim, eu sim. Minho sempre estava presente com garotas no quarto e sempre que eu entrava tinha uma surpresa.

Meu cabelo estava bagunçado, enquanto o de Brenda continuava com seus cachos intactos. Ela tinha um sorriso em seu rosto, enquanto eu pensava em uma resposta para dar para Minho. Ele não sabia sobre Brenda e com certeza iria pensar o contrário dela.

Brenda se levantou e caminhou até Minho, eu continuava quieto, sem nenhuma palavra a dizer.

— Olá, eu sou a Brenda. — Ela disse com um sorriso radiante. — E você é o Minho.

— Sim, eu sou. — Minho deu um sorriso gentil para ela. — Você é?

— Minho! — Adverti ele no mesmo momento.

Brenda não pareceu se importar com a pergunta e logo disse:

— Eu vou deixar vocês dois sozinhos. — Ela disse apontando para fora da casa. — Vou fazer companhia ao Newt.

Brenda passou por Minho e pegou suas botas antes de sair da casa. Minho me olhava com curiosidade e eu continuava sentado tentando falar algo. Logo ele gargalhou e aquilo foi trágico. Eu não sabia o motivo, na verdade sabia mas queria fingir que era outra coisa.

— Isso foi uma surpresa. — Minho, que parecia estar segurando seu folego deu uma breve risada entre suas palavras.

— Isso foi algo que eu pensei que você nunca iria ver. — Digo, tentando parecer mais normal o possível.

Minho jogou sua mochila no sofá mais próximo e logo se acomodou nele. Ele tinha olheiras, claramente ficava assim por causa de seus estudos. Minho entre todos os garotos, era o que mais se preocupava com suas notas. Minho cursava História, algo que era totalmente falho para Newt que se perdia em suas palavras. Ela sempre era cauteloso com suas palavras mas sempre mantinha o olho em todos, como se fosse um grande observador.

— Miami é realmente fantástico. — Ele falou com um tom zombeteiro.

Assenti com a cabeça e logo sabia que ele iria começar com o seu questionário.

— Por favor, — Atrapalhei suas primeiras palavras. — pode deixar o quiz para mais tarde?

Minho jogou suas mãos para o alto: — Claro, garanhão. — Minho piscou. — Iria perguntar onde está o Newt, aliás.

— Na praia, falando sozinho. — Respondo, dando ombros. — Provavelmente bebendo.

Minho ficou sério.

Newt tinha se envolvido em casos sérios com bebida, eu e Minho sempre estávamos tentando manter o controle dele antes dele perder o controle. Nós tínhamos medo dele se meter com algo a mais de álcool, então começamos a levar ele em um grupo de apoio. Ele nos odiou por aqueles meses até ele perceber que estava enlouquecendo.

— Você sabe que Newt tem problemas com bebida, Thomas. — O tom de Minho mudou.

— É claro que eu sei. — Afirmei. — Harriet, uma menina que ele conheceu, está me ajudando a controlar ele. Ele parece mais quieto, não está se metendo em confusões.

— Foi exatamente o que falamos da última vez, Thomas. — Disse Minho preocupado. — Foi exatamente isso.


.

Quando saí do trabalho, sabia que era tarde o bastante para as ruas de Miami lotarem. Mesmo com as regras de sons, parecia que eles tinham um próprio lugar onde o som não atrapalhava a vizinhança.

Logo que Minho chegou em Miami, deixei ele com Newt em casa enquanto eu fosse ao trabalho. Sabia que Minho estaria acompanhando Newt em suas festas, pelo menos no tempo que ele ficasse em Miami. Minho disse que não iria sair de Miami sem Newt com ele, ele sabia que eu podia me cuidar então não tocou em meu nome.

Newt tinha dito que Brenda tinha logo ido embora, que eles conversaram e ela disse que me encontraria nessa noite. O relógio batia 02:00 da madrugada e eu sabia que essa hora era basicamente o fim do auge das festas em Miami.

Mandei uma mensagem para Brenda que disse que estavam evacuando a boate no momento. O sono não me atingia de nenhum jeito, eu não conseguia pensar em dormir com Miami em minha cabeça. O trabalho eu usava como uma desculpa para tentar ficar cansado mas cada tempo que eu passava dentro de casa me matava.

Quando cheguei na boate, vi Minho e Newt. Newt parecia sóbrio demais para ser verdade, eles pareciam estar esperando alguém e logo que me viram Newt resmungou algo.

— Papai chegou. — Newt disse colocando suas mãos no bolso, ele parecia aborrecido. Sempre fingia estar chateado quando Minho o controlava.

— Quer dizer que eu sou a mamãe? — Minho perguntou como se tivesse ofendido.

Minho tinha as piores piadas e aquilo que fazia eu e Newt rir.

— Posso ficar no carro? — Newt perguntou.

— Vá. — Falei antes de avistar Brenda.

Ela estava pegando alguns bancos enquanto Jorge dizia algo para ela. Ela sussurrava para ele como se não quisesse que ninguém soubesse de algo. Seu cabelo estava preso em um rabo alto que era provável dela ter feito. Suas roupas mesmo no trabalho eram a mesma coisa. Brenda sempre optava por moletons de vez tops como as outras garotas.

— Eu não vou falar novamente, Jorge. — Escutei sua voz claramente agora.

— Você fez isso, Brenda. — Jorge largou seu trabalho de lado e se aproximou dela. — Tente pelo menos consertar parte disso.

Brenda parecia chateada, pude ver em sua face. Jorge parecia ter sido gentil com ela, mas do mesmo jeito ela parecia de algum modo irritada com ele.

Logo que Jorge percebeu a minha presença, sussurrou algo para ela e caminhou até o fundo da Boate. Brenda não levantou a cabeça e ficou somente parada esperando algo. Me aproximei da mesa qual ela estava limpando.

— Brenda, — Chamei-a, gentilmente. — O que aconteceu?

— Jorge está apenas me enchendo. — Ela virou as costas, impedindo-me de ver seu rosto.

— Algo grave? — Brenda sentiu que algo em minha voz estava pedindo para ela dizer algo. Eu sabia que era algo a mais que aquilo e que Brenda queria fugir do assunto todo.

— Eu só preciso terminar isso aqui. — Ela deu um longo suspiro antes de falar e logo me olhou de lado.

Encostei a mão em seu ombro, senti que seus ombros relaxaram. Brenda sempre me passava conforto e eu também sentia isso, era algo que nós dois podíamos sentir um com o outro. Com um toque eu senti que Brenda estava tensa por que algo que Jorge disse ou fez.

Brenda deu um longo suspiro e formou um sorriso pequeno no canto de seus lábios.

— Está tarde. — Ela fugiu do assunto, jogando uma mecha do seu cabelo que estava solta para trás. — O que você faz aqui?

— Newt e Minho.

— Escolta? — Brenda graceja.

Assinto com a cabeça: — Acho melhor você ir, então. — Ela responde olhando para o pano em sua mão.

— Brenda. — Jorge me impede de fazer uma simples pergunta para Brenda.

Brenda levanta a cabeça e olha para Jorge, que está com algum garoto acompanhado ao seu lado. As possibilidades de Brenda estar zangada com Jorge estavam aumentando, e naquele momento percebi que não era Jorge que estava-a deixando daquele jeito e sim o cara que estava ao lado de Jorge.

Ele estava com uma expressão séria, e seus olhos não saiam dos de cima de Brenda que desviava o olhar para mim. Arqueei uma das sobrancelhas em busca de alguma palavra, porém eu não conseguia pensar em nada. Algo era entre Brenda e Jorge eu não podia entrar no meio sem ser convidado.

— Brenda. — O cara que estava acompanhando de Jorge pronunciou o nome dela de um jeito não delicado.

Ele era alto, mais do que Jorge e sua aparência era de um cara puro de New York. Seu sotaque foi diretamente ligado ao total Americano possível. Ele carregava com si, um papel em sua mão que quase estava amassado. Ele tinha cabelos ruivos e de longe pude ver suas sardas.

— O que você faz aqui? — Ela perguntou, com a voz carregada de aspereza.

— Eu não pude. — A frase dita por ele, parecia que ia sair falha se ele não tivesse aumentando seu tom no final.

Brenda jogou o pano que estava em suas mãos de lado e olhou para Jorge um tanto severa.

— Eu implorei, Jorge. — Sua voz agora estava mais delicada. — Eu implorei para você não fazer isso.

Jorge ainda tinha a mesma expressão no rosto desde que falava com Brenda. Uma expressão fria que tirava respostas de todos.

— Eu não fiz nada. — Ele jogou seus braços para o lado. — Eu fiz exatamente o que você queria, eu fiz isso porquê eu vi que você estava se divertindo com Thomas.

Divertindo? Então era por isso que Jorge sempre tentava ficar afastado quando eu estava perto de Brenda. Nunca direcionava uma risada para mim e me olhava como se eu fosse um assassino.

— Thomas? — A voz do cara estranho que estava ao lado de Jorge me atingiu. Ele olhou para mim com a certeza que eu fosse a pessoa com o nome e ele tinha acertado em cheio.

— Mark, o que você está fazendo aqui? — Brenda mudou sua atenção para ele que agora eu sabia o nome.

— Eu precisava falar com você, sobre isso. — Ele levantou o papel que eu avistará em sua mão no primeiro instante que eu o vi.

— Esqueça esse papel estúpido. — Brenda retirou o papel da mão dele, amassando ele mais do que estava.

Mark fingiu pensar por um momento antes de caminhar até mim. Eu estava com minhas mãos apoiadas no balcão, olhando fixamente para Brenda que não dizia nada. Jorge parecia decepcionado com Brenda por algum motivo e evitava olhar para ela.

— Eu vi vocês dois juntos nessas semanas. — Mark deu um breve olhar para Brenda e logo me olhou.

Ajeitei minha postura, descobrindo que ele era mais baixo do que eu e que ele parecia estar com algum medo por dentro. Agora, eu podia ver claramente que ele parecia ter passado dias acordados e que estava perturbado por algo.

— Ela é uma manipuladora, — Ele tentou manter sua voz firme. — ela me enganou e vai enganar você.

Apavorado, ele passou pelos fundos da boate com alguma pressa. Meu olhar estava preso no de Brenda, que evitava olhar para qualquer um. Eu estava curioso, eu queria entender quem era Mark e o que Brenda tinha feito.

Minha cabeça era fraca em acreditar que Brenda não teve um caso com ele, tudo estava esclarecido. Exceto o fato de Brenda nunca em contar sobre ele ou sobre seus antigos namorados. O verdadeiro motivo por estarmos tentando aquilo tudo era porque ela queria uma pessoa para passar os meses, eu nunca tinha pensado que eu poderia ser aquilo. Agora eu estava com a opinião que confiar em Brenda foi a coisa mais insana que fiz.

Brenda sempre se importava com as pessoas e aquela cena toda de Mark provava que algo grave tinha acontecido. Brenda poderia ter massacrado o coração dele ou feito algo pior.

Eu precisava ouvir sua versão de tudo, ouvir tudo completo. Fazer exatamente o que ela fez comigo, conseguir todas as informações sobre a minha vida.

— Eu vou para casa. — Brenda disse finalmente.

Sua voz estava falha e ela não conseguia passar nada a mais do que curiosidade em seu olhar. Eu sabia que ela queria ter alguém para confiar, e eu estava ali, mas ela estava já longe demais.

.

Acordei cedo com a resposta de Brenda no SMS que mandei, ela dizia que iria me encontrar naquele exato momento na praia mais próxima. Fiquei minutos deitado na cama pensando na noite anterior, eu não pude seguir ela, eu tinha que dar um tempo pra ela para depois ela conseguir dizer algo para mim.

Mandei cerca de cinco mensagens para ela até obter respostas, eu estava desesperado para ver ela e para ver se ela estava bem.

Decidi não responder a resposta e somente ir ao local.

O relógio batia 07:00 da manhã, eu tinha uma hora para falar com Brenda antes de ir para o trabalho. Eu costumava sempre encontrar ela lá mas sabia que dez minutos não seriam o suficiente para conversar com ela.

Caminhei pela areia, mesmo com o sol já nascendo na frente do mar. Avistei Brenda de longe, ela ainda não tinha me visto e aproveitei isso para analisar ela de longe.

Ela não tinha dormido, claramente. Estava com um moletom que cobria totalmente seu short e seus cabelos estavam soltos. Era raro eu ver Brenda assim, ela sempre optava por rabos. Ela olhava seu celular todo segundo, talvez ela esperava que os minutos passassem rapidamente.

Quando estava mais próximo vi que ela estava tensa e que não conseguia olhar fixamente para algo. Meu olhar caiu em sua face, ela logo se ergueu sua cabeça.

— Oi. — Ela disse.

Respondi gentilmente com as mesmas palavras.

— Ok, eu não te chamei para falar sobre bobeiras. — Ela deu um longo suspiro. — Eu conheci Mark, um ano atrás.

"Foi no verão, eu conheci ele em uma festa. Naquele tempo ele estava de férias aqui e dizia que queria esquecer o passado dele, recomeçar. Nós fomos amigos por todo o verão, até ele dizer que estava apaixonado por mim. Eu nunca tive a intenção de ter algo a mais com ele. Eu ajudei ele no que ele exatamente queria, esquecer sobre o passado dele."

"Uma noite ele falou que estava indo embora por minha culpa. Aquilo foi terrível, ele basicamente fez de tudo para me deixar totalmente culpada e ele tinha conseguido. Eu não podia deixar ele ir, — Minhas mãos estavam suando de nervoso e Brenda continuava a dizer, ignorando meus olhares, com o seu focado no mar. — eu errei em dizer que amava ele."

"Eu enganei alguém, fiz ele acreditar que eu sentia algo para ele. Ele se mudou para Miami, inventando desculpas para ficar perto de mim. Jorge notou e começou a fazer perguntas até eu contar a verdade, até hoje ele acha que o que eu fiz foi imperdoável. E foi. Eu prometi a Jorge que nunca mais iria fazer aquilo e ele disse que se eu cumprisse a promessa eu iria encontrar alguém verdadeiro."

"Mark começou a ser fanático por mim, em cada minuto ele dizia que me amava que e que não podia me esquecer. Aquilo me matava, Thomas. Me matava por saber que eu estava enganando alguém tão fraco ao amor."

"Era impossível ficar uma noite sozinha, sem ele ao meu lado. Ele não em forçava a fazer nada, mas também não falava que não queria. Sempre insistia em fortalecer o relacionamento que ele criou na cabeça dele."

"Um dia eu não suportei, era o passo final para tudo. Era eu e minhas palavras contra a ele. Eu disse a verdade, não foi fácil, ele não compreendia o meu lado e sempre dizia que eu só estava com a cabeça quente. Eu falei coisas que me arrependo, coisas que nunca vou poder retirar."

— Nunca foi minha intenção machucar ele, Thomas. Eu juro, nunca.

Brenda parou por um instante para me observar. Eu continuava parado, tentando calcular todas as suas palavras.

No começo, senti que eu poderia ser outro jogo dela, que eu fosse somente outro estrangeiro em Miami para ela se aproveitar. Com certeza ele era alguém estranho para ela desde o começo, assim como eu. Eu era parte do jogo dela, e minha cabeça apontava isso claramente.

Ela poderia estar jogando comigo desde o começo e ninguém impediu ela, até mesmo Jorge que tinha causado as chamas de tudo na madrugada. A única razão de Brenda parecer desesperada na hora era por isso, ela estava com medo de Mark dizer sua versão e deixar tudo pior.

Eu acreditava em Brenda e do mesmo jeito minha mente mandava eu gritar para ela que ela era uma manipuladora. Mas eu não via Brenda assim, eu via ela a mesma menina que conheci no Mercado.

Eu queria ter um momento para pensar em tudo, reunir ideias em minha mente que podiam chegar a uma única resposta. Mais ver Brenda ali, esperando por uma resposta me matava. Ela era alguém que eu tinha aprendido a confiar e se eu deixasse ela ir por causa de pensamentos estúpidos eu tinha certeza que iria perder ela de vez.

O lado de Mark, eu não queria enxergar. Eu estava com minha mente em Brenda, e deixei que por um momento ela invadisse em Mark. Ele era o motivo principal de tudo, ele era fascinado por Brenda e aquilo tudo se tornou um caos. Brenda mentiu para de proteger e com isso, ela acabou machucando a si mesma e a ele no final.

Ele manipulou ela, colocou ela em um jogo e não sabia que estava destruindo-a. Ela se colocou naquele jogo, no momento que disse as palavras erradas para ele.

— Thomas, ele nunca foi convidado.

Brenda se sufocou com suas palavras antes de dizer elas. Ela estava com medo, com medo de eu acreditar que ela era a grande vilã e aquilo estava me matando.

Aproximei-me de seu rosto e coloquei a mecha de seu cabelo para trás enquanto despojava um beijo em sua testa. Ela se sentiu aliviada com aquilo.

— Eu preciso — Disse finalmente. — pensar.

Brenda não respondeu, apenas assentiu com a cabeça e deixou que eu fosse embora. Sua mão que estava segurando o meu casaco, agora estava em um abraço a si mesma. Não olhei para trás, apenas caminhei ao caminho do trabalho.


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Notas finais do capítulo

Observações:
1. Amanhã, antes de postar o bônus (se possível) eu irei corrigir todos os erros da fanfic. Eu corrigi alguns nessa semana mais espero poder deixar tudo certinho.
2. Irei abordar bastante do problema de Newt com o álcool.
3. Não me matem.



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