Hinan escrita por Hakiny


Capítulo 15
Preparem-se shikõs, sua sociedade cai hoje


Notas iniciais do capítulo

O capitulo de hoje ta show de bola o/



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— Preparem-se soldados!
A voz de Allk ecoava por todos os cômodos do castelo, também era possível ouvir o barulho das paredes se rachando por conta dos impactos provocados pelas rochas lançadas naquele lugar. Mesmo ainda não coseguindo entrar na fortaleza shikõ, os inimigos usavam catapultas para bombardear o castelo.
— defenderemos o castelo com nossas vidas!
Após o afastamento de Butcher, Allk havia assumido a liderança do exército shikõ. Foi naquele momento que todos ouviram um estrondo mais alto do que todos os outros.
— O MURO FOI DERRUBADO! ELES ESTÃO ENTRANDO!
Um soldado desesperado gritava enquanto corria em direção a Allk.
— como? Isso não é possível! Aquelas paredes são praticamente indestrutíveis!
Allk dizia enquanto corria na direção do barulho. Parado diante do que parecia inacreditável aos seus olhos, Allk estava em choque:
— que droga é essa?
Ele dizia ao se deparar com um minotauro gigante.
— TEM MAIS TRÊS VINDO!
Nael gritava apontando para os monstros que vinham em direção ao castelo. Allk não conseguia nem ao menos se mover diante daquela situação, shikõs inimigos entrando no palácio como formigas, a expressão de pavor no rosto dos soldados desavisados... tudo parecia um grande pesadelo.
— comandante Allk! O que faremos?
— comandante Allk, quais são as suas ordens?
As vozes dos vários soldados desesperados pareciam tão distantes para ele, seu pensamento viajava para outro lugar.

Jack...
Como ela está? Será que está viva? Ela precisa estar viva! Eu preciso dela! Foi ela quem me deu forças para continuar lutando...

Os olhos do shikõ estavam marejados de lágrimas.
— ALLK MALDITO! QUAIS SÃO AS PORCARIAS DAS ORDENS?
A voz de Nael havia despertado o shikõ de seu desvario momentâneo:
— as ordens... As ordens são: EXPULSEM ESSES MALDITOS DA NOSSA CASA!
Allk dizia com uma força de vontade jamais vista antes.
— era exatamente isso que eu queria ouvir...
Marius dizia com uma voz baixa. Naquele momento o minotauro se aproximava, erguendo seu tacape, ele estava pronto para atacar, usando os destroços do muro como ferramenta de impulso, Mariu saltou em direção ao minotauro. Com a força do impacto o monstro caiu. Sem hesitar, Marius começou a socar o monstro incessantemente.
— MORRA!
O shikõ gritava feito um louco.
— ele me assusta.
Nael demonstrava um certo pavor.
— só você?
Allk compartilhava dos mesmos sentimentos.
Dentro da sala do trono, Kannot se encontrava junto com todos os shikõs mais fracos da sociedade.
— fiquem calmos! Vai dar tudo certo! Os soldados vão cuidar de tudo!
Raque tentava acalmar aqueles muitos shikõs desprovidos de poderes.
— bom, independente do que aconteça... já esta na hora de organizar um plano de fuga para os shikõs de classe baixa.
Kannot dizia com um semblante calmo.
— o que? Mestre Kannot, essa batalha não esta perdida! Os nossos soldados estão dando duro lá fora e...
— sim...
Kannot interrompeu Butcher e continuou — você está certo Butcher! Mas não quero por a vida dessas pobres crianças em risco! Fomos invadidos por um exército três vezes maior do que o nosso! E com a baixa de soldados após o massacre na Hinan do Norte, nossa desvantagem apenas cresceu.
Com a expressão um pouco angustiada, Butcher não quis mais discordar.
— sim senhor.
— obrigado Butcher! Confio em você meu rapaz.
Kannot dizia enquanto tocava os ombros de Butcher.
**
Saltar o mais rápido que podia foi a forma que Nael encontrou para escapar do golpe do Minotauro, erguendo sua mão esquerda ele congelou metade do corpo da besta.
— MARIUS!
Após ouvir o sinal de Nael, Marius socou o monstro, forte o suficiente para fazê-lo se quebrar.
— bom... dois já foram, agora faltam dois!
Diante dos dois monstros restantes Allk concentrava toda a sua energia. Mesmo evitando batalhas, e muitas vezes se submetendo as ordens dos superiores, ele era um dos guerreiros mais poderosos da sociedade. Com as duas mãos levantadas, Allk fez com que varias correntes brotassem do chão, correntes essas que envolveram os dois inimigos. Cerrando os punhos, seu controle mental foi capaz de apertar as correntes, mais e mais... até que ambos os monstros fossem divididos em pedaços.
— ALLK! ALLK!
Nael gritava desesperado
— o que foi que aconteceu?
— estão vindo mais deles...
— O QUE?
A atenção de Allk se voltou para fenda no muro do palácio. Seu coração acelerou, mal podia acreditar no que seus olhos presenciavam, haviam mais soldados na nova tropa que se aproximava, do que ele já tinha visto em toda a sua vida.
— está com medo?
Uma bela mulher de cabelos longos e vermelhos se aproximava dos dois.
— afaste-se maldita!
Nael sacava sua espada.
— LERI...
Antes que pudesse completar sua frase, Nael foi atingido por um golpe que nem foi capaz de ver.
Pousando graciosamente no chão a mulher de pele pálida e belos olhos, sorria maleficamente.
— quem é você?
Allk perguntava um pouco assustado.
— meu nome é Mia.
— porque o seu grupo está nos atacando? O que fizemos pra vocês?
**
— MESTRE KANNOT! MESTRE KANNOT! UM EXÉRCITO MAIOR AINDA ESTÁ SE APROXIMANDO!
Cute chegou gritando feito um louco.
— o que faremos?
Lóris não conseguia esconder seu medo.
— fique calma querida... não deixarei que nada de mal aconteça a nenhum de vocês.
Kannot dizia enquanto tocava o rosto, da jovem shikõ.
— aonde vai?
Butcher dizia ao ver o velho se dirigindo até a porta da sala do trono.
— cuidarei para que tudo corra bem!
Kannot respondia com seu tom de voz calmo de sempre.
**
— MORRA!
Mia gritava enquanto atacava Allk. Usando uma parede de ferro criada por ele mesmo como escudo, ele resistia aos ataques.
— não sou a favor de bater em mulheres, mas isso é um caso a parte.
Com essas palavras Allk concentrou sua energia, e fez emergir várias lâminas do solo.
Mia desviava de todos os ataques, sem nenhum esforço.
Ainda escondido atrás da barreira de ferro, Allk tentava bolar uma estratégia de batalha. Até então ele pode notar que Mia não possuía nenhuma arma específica, e muito menos uma técnica especial. Seu maior trunfo era sua força imensurável e grande velocidade. Ele sabia que para Mia, não era nenhuma dificuldade prever seus movimentos e contra atacar em seguida. Sentindo seu corpo cansado e quase sem forças, Allk precisaria de uma solução rápida.
**
— espero que isso não se prolongue muito, preciso voltar para o castelo e...
As palavras de Jon foram interrompidas por um golpe tão forte, que o lançou a vários metros de distancia.
— pode ter certeza... isso vai ser bem rápido!
Vallery dizia enquanto erguia sua espada. Levantando-se com dificuldades, Jon limpava o pouco de sangue que brotava de seus lábios.
— o que meus inimigos tem contra a ideia de eu conseguir terminar uma frase?
— CALE A BOCA E LUTE DE UMA VEZ!
Vallery avançava em alta velocidade. Juntando todas as suas forças ela então desferiu um golpe, Jon saltou para longe. Uma passada rápida de olho, foi o suficiente para que o shikõ pudesse ver a cratera gigantesca que o impacto da espada havia feito no solo.
— aquela espada...
Jon estava assustado.
— VAI LUTAR COMO UM HOMEM OU CONTINUAR PULANDO COMO UM SAPO?
Vallery gritava ao longe.
Erguendo sua espada, Jon concentrava sua energia.
— CHUVA DE LÂMINAS!
Com uma velocidade surpreendente, Vallery rebatia todos os ataques.
— isso é tudo que você tem?
— na verdade isso foi só uma distração...
Jon dizia com um sorriso maléfico no rosto. Foi então que Vallery pode notar que estava cercada por uma fumaça escura.
— Chega de brincadeira.
Jon dizia enquanto cerrava os punhos, fazendo com que dessa forma a fumaça ao redor de Vallery tomasse conta de seu corpo. Percebendo que se não fizesse nada aquele seria o seu fim, Vallery então penetrou o chão com a ponta de sua fazendo com que a mesma liberasse uma grande quantidade de energia. A fumaça que cercava Vallery não foi capaz de resistir a luz que vinha da espada.
— não seja tão apressado Jon... isso só esta começando!
Ela dizia com um sorriso irônico no rosto.
**
Andando em passos lentos o velho shikõ observava a beleza que havia construído no decorrer de 300 anos. As flores no jardim eram tão belas como quando a vila das flores ainda existia. As paredes caindo ao seu redor não o abalavam, a dor em seu coração ao ver seu maior tesouro sendo destruído, era maior do que qualquer sentimento.
Os gritos de seus filhos que vinham lá de fora, era como punhaladas em seu peito. Sim eles eram os seus filhos, ele amava cada um deles incondicionalmente, e não podia ficar parado diante daquela situação.
— Mestre Kannot, volte pra cá!
Lóris dizia enquanto puxava o braço daquele velho shikõ. Parando por alguns segundos, ele apenas a olhou carinhosamente.
— vá para dentro da sala do trono Lóris! Aqui é perigoso para você!
— venha comigo mestre! O senhor pode se machucar!
Com o sorriso inocente que sempre tinha em seu rosto, o velho respondeu de forma delicada.
— você acha mesmo que o líder de todos os shikõs é só um velho gagá?
— não é isso...
— volte para lá Lóris! é uma ordem!
Dito isso, o velho prosseguiu. Parada em meio a todos os destroços do castelo, Lóris sentiu seu coração apertar. A imagem de seu pai se distanciando, parecia tão triste.
— LÓRIS VENHA PARA DENTRO!
Butcher gritava de dentro da sala.
— Butcher, aonde está o meu avô?
Raque, que estava distraída com todos os shikõs assustados, não havia percebido a saída de Kannot da sala.
— ele vai ficar bem Raque! Ele sempre sabe o que faz!
Raque arregalou os olhos.
— ONDE ESTÁ O MEU AVÔ?
Ela dizia enquanto corria em direção a porta. Segurando o braço da garota, Butcher então a puxou para junto de si.
— Raque... confia nele!
Aquelas palavras não eram suficientes para acalmá-la. Mas sabia que naquele momento, ela precisava ser forte e cuidar de todos.
— AHHHH!
Um grito desesperado foi suficiente para roubar a atenção de Raque.
— ELES INVADIRAM!
Butcher rapidamente avançou para cima do inimigo e o golpeou. Diante daquele mero shikõ de classe média, Butcher, o grande comandante do exercito shikõ parecia um inseto.
— Butcher afaste-se dele! Você ainda não está com seus poderes.
Um soco vindo do inimigo, fez com que ele caísse! Cuspindo alguns dentes, Butcher parecia destruído.
— BUTCHER!
Raque gritava enquanto corria em direção ao amigo. Mas ela parou na metade do caminho. Não havia mais necessidade de ajuda, naquele momento Butcher já havia perfurado o peito do shikõ com uma adaga que ele sempre carregava em sua bota.
— então aqui estão escondidos os shikõs fracotes?
Um rapaz de cabelos claros e olhos castanhos, dizia enquanto se aproximava de alguns shikõs do palácio, que estavam encolhidos no canto da sala.
— AFASTE-SE DELES!
Lóris entrou na frente dos shikõs.
— HAHAHA! Você deve ser mais um dos inúteis! Provavelmente não deve ter nenhuma habilidade especial!
O rapaz dizia com sarcasmo.
— é, realmente eu não tenho nenhum habilidade especial...
Lóris dizia com um sorriso irônico no rosto.
— mas isso não me impede de apertar um gatilho!
Em um movimento rápido, a garota puxou uma arma que carregava em sua cintura e atirou! Um tiro certeiro na cabeça do shikõ, dando fim a vida dele.
**
Parado na varanda, Kannot observava toda aquela destruição. O pequeno número de shikõs que ainda restava, lutava com todas as suas forças para proteger o castelo, e resistiam bem.
— JÁ CHEGA!
A voz autoritária do líder do shikõ fez com que todos parassem a batalha. Saltando até o campo de batalha, o velho homem se mantinha sério.
— mestre, volte para dentro! Eu te dou cobertura!
Marius dizia ao se aproximar do velho. Sem dizer nenhuma palavra o velho apenas sorriu. Foi então que a terra inteira tremeu, e uma onda de energia vinda do corpo de Kannot começou a se espalhar por toda região do castelo.
— o que está acontecendo?
— o que é isso?
As várias vozes dos shikõs de ambos os lados ecoavam por toda a parte.
Com apenas um comando com as mãos, Kannot fez com que todos os shikõs inimigos virassem pó.
— pronto! A guerra está acabada.
O velho dizia enquanto voltava para dentro do castelo.
Os shikõs antes em silêncio, agora estavam agitados. Alguns felizes, outros aliviados mas no fim, todos agradecidos!
— VIVA O MESTRE KANNOT!
A multidão de shikõs gritava.
**
— velho maldito!
Mia sussurava com dificuldades. Usando sua grande velocidade, ela havia conseguido se livrar da morte, mas mesmo assim ela havia ficado gravemente ferida.
— Mia... Mia...
Uma voz masculina havia surgido do nada. Olhando para o lado, Mia pôde então notar a sombra de um homem.
— Erii?
— será que é tão difícil cumprir a tarefa simples que eu te dei?
Erii dizia com certa ironia.
Sentindo fortes dores, Mia tentava se por de joelhos.
— o líder daqueles malditos apareceu e destruiu todo o exército sozinho! E com apenas um golpe!
— Mia... você é tão estúpida!
Erii dizia enquanto segurava o queixo da shikõ ferida.
— Mia... tudo, o que aconteceu aqui faz parte do meu plano! Eu sabia que uma luta corpo a corpo com o velho era suicídio, mas agora que ele gastou todas as suas energias para salvar seus filhinhos queridos... ele é um alvo fácil!
Com os olhos arregalados, Mia não podia acreditar no que havia ouvido.
— você... nos usou...
Os olhos de Mia estavam marejados de lágrimas!
— MALDITO!
Mia tentava acertar Erii, levantando se rapidamente, o shikõ seguiu em direção ao castelo.
— não seja dramática! Sua vida patética foi apenas uma ferramenta nas mãos do grande Céverus!
Com essas palavras ele seguiu seu caminho. Observando o castelo que já estava próximo, Erii estava extremamente feliz.
— o Jon e o Dragon estão longe daqui, o Kannot está fraco, o exército está cansado... tudo saiu como planejado! Preparem-se shikõs, sua sociedade cai hoje.


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Notas finais do capítulo

YAAAAAAI O/
Sou malvada! Sempre encerro os capítulos com um toquezinho de suspense asuhaushaushaush
semana que vem tem mais gente *-*



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