Last Time escrita por Davina Claire


Capítulo 9
A Grande Verdade


Notas iniciais do capítulo

Pipoquinha, demorei só um pouquinho né ? Estou muito feliz em saber que estão gostando da história, nesse capítulo irei contar o que realmente aconteceu na noite do acidente, espero que gostem do que irá ser revelado. Como eu já disse a fanfic só irá até o próximo capítulo. Espero que gostem !

Obrigada por comentar:

Acid Girl
Aninha leonetta forever
Roh Leonetta
jenni
SweetGirlX
ViihStoesselBlanco
Larissa lima
Lala
Cah Castillo Vargas
LeonettaForever
freedom

E um agradecimento especial a:

freedom: obrigada por recomendar a história pipoquinha, fiquei tocada com suas palavras, muito obrigada mesmo. Dedico esse capítulo a você.

Boa Leitura !



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/564496/chapter/9

Estou com sono –Violetta afirmou tentando sair dos braços de Leon, definitivamente aquela situação estava sendo incomoda para ela, ele não proferia nada apenas a fitava.

Leon lentamente encostou Violetta ao seu lado, virando-se para ela, ficou a fitando entrelaçando sua mão com a dela, ele não recordava-se ao certo quem ela era exatamente, não sabia como era a garota com quem namorou por aproximadamente quatro anos, mas definitivamente estava adorando descobrir.

Violetta buscava tranqüilizar-se, lentamente fechou os olhos, estava cansada, ainda era por volta das 14:00 mas, de qualquer maneira estava cansada, passou o dia perdida em uma metrópole italiana, o dia estava sendo exaustivo e seu corpo ansiava por serenidade, ela sentiu Leon envolvê-la em seus braços, ela ainda com as pálpebras fechadas suspirou acomodando-se em Leon.

–Eu adoro você –Leon afirmou depositando um beijo no topo da cabeça de Violetta.

Violetta automaticamente sorriu, nada respondeu, apenas ficou tendo em mente que aquele era seu último dia em Roma e que a primeira coisa que faria em Buenos Aires seria visitar Maxi, seu velho amigo, não necessitava de respostas, pois Federico já havia lhe esclarecido tudo que ela precisava saber, mas durante muitos anos Maxi fora um de seus melhores amigos, e ela tinha saudades e precisava saber como ele estava.

Dois dias após

Violetta encarava aquela porta de mármore que era a única coisa que a separa de Maxi, ela já havia tocado a campainha e sentia um frio em sua barriga, não via o amigo a realmente muito tempo, estava com saudades mas assim como quando viu os outros amigos, temia que ele não gostasse da sua presença. Tão logo ela ouviu o barulho de porta abrindo-se, e ela revelou Maxi, mas ele não estava exatamente da forma que ela esperava.

–Maxi –Foi a única coisa que ela conseguiu proferir ao observar seu amigo em uma cadeira de rodas.

–Violetta Castilho –Ironizou, e isso assustou Violetta de forma estrondosa.

–Tudo bem, Maxi ? –Violetta indagou, era uma péssima frase no momento mas ela simplesmente estava sem palavras com a cena que estava presenciando.

–O que você acha ? –Ele foi direto ao ponto, arrogante e ignorante, e isso era o que Violetta temia, ser mal recebido pelo amigo, ou como estava percebendo, o ex-amigo.

–Estava com saudades -Murmurou tentando amenizar o clima tenso do momento.

–Só você –Respondeu deixando claro que não sentia falta dela.

–Eu posso adentrar na sua residência ? –Ela observou Maxi revirar os olhos.

–Se as indagações acabarem –Respondeu prontamente enquanto abria a porta.

–Não prometo nada –Violetta brincou mas ficou sem graça quando não obteve resposta.

Violetta adentrou naquele ambiente obscuro, a casa de Maxi chegava a ser assustadora, pouca iluminação, sem fotos ou quadros, estranhamente o que mais a chocou foi o fato de não ter nenhum requisito de bonés como de costume. As roupas eram neutras, os olhos de Maxi estavam tristes e aparentemente profundos ele não estava nada contente com a presença dela, e isso era perceptível.

–Que feição é essa ? Não gostou da decoração da minha residência ? –Indagou Maxi em tom de deboche, Violetta soltou um suspiro frustrado.

–Não é isso –Afirmou virada de costas para ele –Apenas é não é o que eu esperava –Revelou agora fitando Maxi –O que aconteceu com você ? –Indagou procurando desvendar o porque de tanta tristeza nos olhos do velho amigo.

–Aconteceram muitas coisas comigo, inventei diversas coisas Violetta, fui acusado e humilhado por diversas pessoas e com razão, deixei você entrar, mas apenas porque você me prometera que seus questionamentos haviam acabado, mas se isso não ocorreu peço que se retire –Pediu enquanto estava com um semblante mesclado entre os sentimentos de fúria, ódio, dor rancor e tristeza, os mesmo sentimentos que Violetta ousara sentir antes de iniciar sua pequena aventura de reencontros e sua nova fase de algo que ela não sabia explicar que estava ocorrendo entre ela e Leon.

–Inventou coisas ? –Indagou visivelmente curiosa para saber o que o amigos inventou.

–É, e como dizer “toda ação tem sua reação” eu menti e acabei envolvendo Ludmila na minha grande mentira e quando Federico descobriu...terminou tudo com ela –Afirmou ainda não sanando a dúvida de Violetta, Maxi estava completamente cabisbaixo –Eu já lhe falei não tenho mais sentimentos –Reafirmou o que havia dito instantes atrás.

–Sei exatamente o que você está sentindo –Violetta confessou tentando tocar no rosto do amigo, mas o mesmo recuou –Durante um ano tudo que eu queria era que tudo acabasse, havia perdido tudo naquele acidente –Revelou tentando demonstrar que ambos compartilhavam a mesma dor –Doía tanto mas tanto saber que Angie havia morrido e que meu pai havia desistido da vida e de mim também, doía saber que Leon não me amava mais, que nem ao menos se recordava de quem eu sou, doía não sabem o que aconteceu com Francesca, é horrível estar apegada a um costume de escrever cartas que ela é o destinatário mas, simplesmente não serem entregues a ninguém, é horrível sentir a dor da solidão...-Afirmou, mas ela viu Maxi a fitar com os mesmos sentimentos de antes e percebeu que ele estava se descontrolando, só que naquele momento ela não entedia o porque, naquele instante a pior parte viria sobre ela e a mesma não tinha a menos idéia disto.

–Para ! –Gritou Maxi –Você não percebe que não está me ajudando em nada ? –Ele continuou a gritar enquanto se debatida na cadeira de rodas que agora era o único meio de locomoção dele –Não diga o que você não sabe ! –Continuou –Você estava mal por motivos superficiais ! Você estava mal por sentir-se só, você não sabe o que eu passei ! –Afirmou em um tom certamente audível se Maxi tivesse vizinhos eles certamente estaria na porta curiosos e preocupados para saber o que estava ocorrendo ali –Ao menos não é você que causou aquele acidente ! –Berrou novamente, e naquele instante Violetta não assimilou o que o amigo dissera, simplesmente o fitou e a única coisa que raciocinou no momento foi “Maxi era o culpado por todas as mortes, por toda dor e sofrimentos, ele era o culpado por dezenas de vidas perdidas de diversas formas, inclusive a dela”.

–Como ? –Foi a única coisa que Violetta conseguiu proferir naquele momento.

Maxi segurou a própria respiração ele não queria ter revelado a Violetta a verdade, ele odiava saber que tudo fora culpa do próprio, com um olhar melancólico Maxi fitou o nada sentindo flash backs invadirem sua mente confusa, atordoada e acima de tudo culpada.

No dia do grande acidente – Recordações do Maxi.

Maxi adentrou no Stúdio e logo observou Camila aproximar-se dele.

–Como vai ? –Ela indagou o cumprimentando com um beijo na bochecha.

–Bem mas, também...-Maxi foi cortado por Natália que automaticamente jogou-se nos braços dele.

–Finalmente meu amor ! –Exclamou aproximando os lábios de ambos e trocando um rápido porem significativo selinho.

–Querida, eu estava ajudando meu irmão em um trabalho da escola –Esclareceu sua demora depositando um beijo na testa da amada.

–Hey ! Pessoal vamos pro zoom ! –Sugeriu Francesca e todos assentiram.

–Mas, e o Leon e a Violetta ? –Maxi indagou dando falta dos amigos naquele momento.

–Estão sozinhos no zoom a horas...-Afirmou Diego com um sorriso malicioso nos lábios.

–Diego ! –Francesca o repreendeu dando um pequeno tapa no braço dele.

–O que ? –Ele indagou levantando as mãos em forma de rendimento

–Esquece –Murmurou Francesca negando com a cabeça enquanto revirava os olhos.

–Vamos lá logo pessoal ! –Exclamou Federico direcionando-se até o zoom e sendo seguido pelos demais ali presentes.

Onde está Andrés ? -Perguntou Leon estranhando o fato do abobado do amigo não está lá como sempre está.

–Pegou uma bela de uma gripe -Afirmou Broduey.

–E vocês o que estão fazendo ? –Maxi indagou referindo-se a Violetta e Leon.

–Estamos terminando um dueto –Leon contou.

–Dueto ? Pra quê ? -Foi a vez de Gery perguntar algo.

–Um novo trabalho, Gregório está pensando em fazer um novo show e queria que nós dois criássemos uma nova música juntos, um dueto romântico -Esclareceu Violetta.

–Eu poderia compor algo bem melhor que você dois juntos, mas eu iria escrever algo completamente alone. Super Novas como eu não precisam de ninguém que só atrapalhem -Afirmou Ludmila balançando seus longos cabelos loiros, mas a mesma recebeu um olhar mortal de Federico .

–Gente e se escrevêssemos algo todos juntos ? –Maxi propôs e todos simplesmente concordaram -Maravilha ! Naty amor, liga para mim o aparelho eletrônico enquanto eu ajeito os cabos, por favor ? -Pediu sorrindo e Natália assentiu e se dirigiu a sala de controle.

–Gente temos que terminar aquele trabalho que a Angie passou -Avisou Camila.

–Trabalho ? Que trabalho ? -Indagou Francesca.

–O da evolução da música entre a década de 50 a de 80 -Esclareceu Federico.

–É melhor fecharmos a porta, para que os vizinhos não reclamem depois do barulho pelo horário –Maxi recordou-se e avisou aos amigos -Alex, você é o que está mais perto da porta, seja bonzinho -Pediu.

Sobre Alex: Por mais que todos naquele momento já tenham descoberto o verdadeiro nome dele, continuavam o nomeando como Alex, a pedido do mesmo. Assim ele concretizou o pedido de Maxi e fechou a porta.

–Vilu -Francesca a chamou, em um tom bem audível.

–O que foi Fran ? -Indagou Violetta direcionando-se a amiga e Maxi continuou a tentar ligar o aparelho eletrônico que era um amplificador.

–A Naty está demorando muito –Avisou Francesca e Maxi ajeitou o próprio boné, respirando fundo, qual era o problema daquele objeto, afinal ?

–Esquece ela já volta, vocês sabem como ela é enrolada ! -Exclamou Ludmila novamente balançando suas longas madeixas loiras reluzentes. Maxi revirou os olhos com o ato da amiga da namorada.

–Ai isso ainda não ligou caramba ! -Exclamou Maxi demonstrando sua fúria.

–Maxi calma, a Naty foi ligar os cabos e...-Camila estava tentando acalmar o amigo mas o mesmo a cortou.

–Que saber ? Eu vou atrás dela ! -Exclamou sacando uma garrafa de água que estava na mão de Federico e se direcionando a sala de controle que ficava no próprio Zoom.

Maxi abriu a garrafa d’água e tomou um gole da água que sem permissão havia pego de Federico, mas mais tarde ele se desculparia com o amigo, logo ele ouviu a voz de Natália, ela estava bufando talvez ela não estivesse conseguindo ligar aqueles cabos e fosse por esse motivo o amplificador não estivesse ligando.

–Naty ? Meu amor ? –Maxi a chamou e logo a avistou com uma feição confusa porem curiosa, quase estática fitando aquele objeto.

–Estou aqui –Ela gritou, provavelmente nem havia notado a presença dele, atrás dela.

–Aconteceu algo ? Você está demorando –Indagou e ao mesmo tempo esclareceu o porque de sua indagação.

–Eu acho que os cabos estão pifados, eles não ligam e até me deram um pequeno choque –Esclareceu a indagação de Maxi sobre sua demora e ao mesmo tempo o sumiço repentino.

–Calma, eu faço isso –Maxi disse estressado se indagando o porque dela não ter chamado ninguém para ajudá-la.

–Maxi, isso não tem jeito ! –Exclamou brava, ele estava de certa forma a chamando de incompetente.

–É claro que tem, mas você apenas não é expert nisso –Afirmou enraivecido –Deixa eu ver isso –Ordenou empurrando fraco Natália mas a mesma não se moveu.

–Isso é perigoso Max ! –Afirmou –Não quero que você se machuque ! –Afirmou o impedindo de passar.

–Ah ! Pelo amor de Deus Natália ! Saia da minha frente ! –Novamente ordenou isso.

–Maxi, não ! –Exclamou e por um momento ambos começaram uma briga de “empurra-empurra” onde Maxi que estava com a garrafa d’água de Federico na mão deixou aquele líquido cair sobre os fios, ele na hora se afastou, deixando Natália cair, e logo ele observou os fios se incendiarem e rapidamente se espalhando pela sala de controle que ficava no próprio zoom, Maxi saiu de lá as pressas e encontrou seus amigos que já havia percebido a fumaça tentar desesperadamente abrir a porta do zoom.

Maxi estava apavorado, ele observou Ludmila o fitar com o canto dos olhos e o fitar em reprovação e observar a garrafa na mão do garoto. Certamente ela sabia o que deveria ter ocorrido naquela sala, ela fora a única que somara 2+2 e compreendeu o que causara o inicio do incêndio. O mesmo sentiu seus sentidos começarem a falhar e cambaleou até ir de encontro com o chão ele fechou os olhos e pode escutar algo parecido com um rojão e seu corpo sentiu uma pequena ardência, ardência em sua mão direita, o fogo estava aparentemente tentando consumir aquele membro do garoto o mesmo ainda contendo a garrafa d’água de Federico em sua mão jogou-a em sua mão, acabando com a dor que era quase inacreditável.

Com muita dificuldade, Maxi tentou se levantar mas estava quase sem forças, foi quando observou uma garota aproximar-se dele, ela não o vira pois estava de costas, mas pelas madeixas reconheceu, era Violetta. Mesmo com dó da amiga em um ato desesperado para poupar a própria vida, empurrou-a, ganhando forças para se levantar, levando a amiga ao chão, o único problemas era que a porta continuava fechada.

–Consegui ! -Gritou uma voz masculina, que Maxi reconheceu ser Broduey, mesmo ele ainda estando um pouco afastado da porta, não iria ajudar Leon que estava bem a sua frente caído e de certa forma por culpa dele, pois ele empurrou Violetta e Leon após ajudá-la acabou ferindo-se.

Ele só estava pensando nele, o mesmo tentando escapar das chamas tentou correr mas presenciou uma cena que lhe cortou o coração, Leon caído desmaiado e Federico salvando Violetta que estava desacordada nos braços do mesmo, ele até poderia ajudar a Leon mas ele estava certo que não teria muito tempo para isso. Ele observou Federico sinalizar Leon para ele, Alex e Broduey mas ao contrário dos dois amigos que com esforço conseguiram levantar a parede que estava sobre Leon e o carregaram para fora. Maxi apenas saiu correndo. Ele preferia ser um covarde vivo do que um herói morto.

Mas como se dizem “ao que se faz a que se paga”, Maxi de certa forma não abandonou todos para trás por maldade, não mesmo mas, ele precisava salvar vida própria, para torturar-se até o fim de seus dias por ser o culpado por tudo que estava ocorrendo. Logo ele sentiu seu corpo ser arremessado até o chão. Ele logo observou e viu o que era, a porta de entrada do Stúdio, ele sentiu os vidros daquela porta entrarem em seu corpo, causando-lhe uma dor simplesmente insuportável mas, logo sentiu ao menos alguém agarrar suas mãos e o puxar para fora daquele ambiente, ele levantou o rosto e observou Ludmila logo que eles estavam afastados o suficiente do Stúdio, ela o fitou nos olhos.

–Isso é pela Natália, não por você –Afirmou se afastando dele, o mesmo com dificuldade observou e não acreditava no que estava havendo o Stúdio inteiro coberto por chamas, sua namorada morta e ele um simples covarde que não salvou a vida de ninguém mas teve a sua salva por quem menos esperava.

Atualmente

–Você...você...você quase me matou ?! –Gritou Violetta ainda completamente pasma pela história que Maxi a contará, mas o pior fio saber que ele a empurrou, de certa forma ele tentou matá-la para salvar a vida dele.

–Eu sinto muito...mas a vida me fez pagar pelo meu ato egoísta, aquela porta de vidro do Stúdio fez mais estrago em mim no que eu imaginei no momento, quando eu acordei no dia seguinte no hospital havia perdido o movimento das pernas. Reconheço deveria ter ajudado, deveria ter feito o que eu sempre fiz: colocar a vida dos meus amigos antes da minha, deveria ter escutado Natália...mas não, eu fiz tudo ao contrário e errado –Afirmou suspirando e virando a cabeça para trás –E ainda por cima fiz de Ludmila minha cúmplice, claramente quando Federico descobriu que eu fui o culpado e que Ludmila sabia disto ele não a perdoou, eu estraguei a felicidade da pessoa que salvou minha vida, eu fiz tudo errado e agora que sabe o que verdadeiramente aconteceu, peço que se retire –Pediu sentindo a mesma dor naquela noite. Violetta completamente estática nem preocupou-se em contrariar Maxi, queria ir para sua casa, queria Leon mas não queria ficar ali, queria assimilar tudo queria colocar em prática seu antigo hábito de escrever cartas sem rumo para Francesca no mesmo banco, do mesmo parque.

–Eu já vou indo –Violetta afirmou suspirando, tudo que ela queria era atravessar a porta mal pintada da residência de Maxi.

–Espera ! –Ele pediu, aparentava estar um pouco desesperado, ele revirava uma caixa de papelão que claramente já estava entrando em decomposição –Acho que isso pertence a você –Afirmou entregando a Violetta um pequeno objeto que fez o coração da mesma se acelerar.

–Meu diário –Murmurou sorrindo –Obrigada –Agradeceu com a voz meia embriagada por estar segurando diversas lágrimas que necessitavam escorrer por sua face.

Violetta rapidamente saiu da casa de Maxi, tudo em sua mente lhe dizia que ela tinha que voltar para casa, fechar os olhos e acalmar-se mas necessitava ainda mais escrever suas cartas sem destino certos para Francesca. Ela cruzou praticamente toda Buenos Aires, correndo e buscando chegar o mais rápido possível no ambiente onde por muito tempo foi seu destino principal.

Tão logo, chegou ao seu tão esperado destino. Violetta sentou-se naquele mesmo banco de habitualmente, ela fechou os olhos sentindo a brisa do vento e observando enquanto sua madeixas voavam mesmo estando frio, ela adorava aquela sensação, estranhamente lhe causava liberdade.

Querida Francesca,

Seria estranho contar-lhe que Maxi foi o responsável por tudo de mal que aconteceu no Stúdio ? Ele deixou todos para trás, não salvou ninguém e simplesmente tudo após isso deu errado na vida dele ? Pois digo que apesar de tudo, não é de meu agrado vê-lo sofrer mesmo ele sendo o responsável pelo meu sofrimento. Fiquei mal por ele. Tenho que admitir que na hora foi o maior choque da minha vida mas...mas tudo bem, não o culpo e estou certa que se você estivesse aqui não o culparia.

Sinceramente acho que brevemente terei algo a mais que uma estranha amizade com Leon, não sei ele está cada vez mais cuidadoso, gentil e carinhoso. Vive me presenteando e, já não sei, rouba alguns beijos (que se ele pedisse eu daria mas, se ele prefere assim...).

Fazia tempo que não fazia isso, tenho que admitir que pensei em parar mas, após a revelação de Maxi percebi que escrever cartas que você nunca lera me acalmam e me fazem mais feliz, porque me lembra minha antiga realidade, traz a tona minha vida que um dia fio perfeita.

Violetta sentiu o vento se intensificar e observou a mesma mulher de capa vermelha e botas um pouco distante, calmamente se aproximar dela,por um momento sentiu temor, talvez fosse uma psicopata mas de certa forma estava em paz. Logo a mulher esteve a frente de Violetta mas infelizmente a mesma não conseguiu ver a face coberta pelo capuz da capa vermelha.

–Por que não me mostra sua face ? –Indagou claramente curiosa ela conseguia ver os lábios daquele mulher que formavam um sorriso.

Violetta ficou estática enquanto observava aquela mulher levar as mãos ao capuz e lentamente retirou o capuz e deixando suas longas madeixas negras se soltarem e serem balançadas pelo vento.

–Francesca ? –Violetta indagou ao ver sua dúvida sanada, ela tinha tantas perguntas.

Violetta não compreendia o porque da sua amiga não proferir nada e apenas a fitava, Violetta não sabia exatamente o porque dela a fitar daquela forma, mas, quando tentava dizer algo a voz de Violetta simplesmente sumia, sua garganta estava seca e sua voz era inexistente, tudo que Violett viu foi um grande clarão e após isso apenas ouviu algumas vozes, despertando-a para a realidade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, como a fanfic está no último capítulo (o próximo é o epílogo) sintam-se a vontade para fazer críticas construtivas, reclamações, sugestões: enfim me deem a sua opinião.

Comentem ! Recomendem ! Favoritem ! Acompanhem !