Despertados escrita por kelvin william


Capítulo 1
Capítulo 1- Levada


Notas iniciais do capítulo

Às vezes não temos opção, temos apenas nós mesmos.



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CAPÍTULO 1- LEVADA
Aos onze anos, uma garota normal passa seus dias indo à escola e fazendo coisas sem relevância alguma. Uma vida feliz em que o pior que se pode acontecer é uma separação dos pais ou um acidente que o obrigue a ficar meses com um membro imobilizado.
Mas, infelizmente, para mim e para outras raras exceções, os onze anos são bem menos coloridos do que gostaríamos que fosse.
Normalmente o despertar surge nas pessoas dos treze aos quinze anos sem causar muitos danos. por exemplo, o despertar de um pirocinético resulta no máximo com um móvel da casa em chamas ou as roupas do indivíduo carbonizadas. A maioria das pessoas são "inofensivas" nesse processo de descoberta das próprias capacidades, já que mais da metade da população entra na categoria branda, como a NSP instaurou, mas todo mundo prefere usar a escala de números.
As pessoas da categoria Brando estão entre o um e o quatro, são aquelas que não causam tanto estrago em coisas ou outras pessoas, ou acabam nascendo com capacidades não muito úteis como ter um super olfato.
A categoria Intermediário, que vai do cinco ao seis, representa pessoas que precisam tomar mais cuidado com suas habilidades, já que, em alguns casos, podem ser perigosas ou até letais. O governo, anos atrás, decidiu criar uma espécie de colégio militar para os intermediários entre dezesseis e dezoito anos poderem conhecer seus limites, além de já ter a possibilidade de se alistarem, caso queiram fazer parte do batalhão de serviços avançados do exército.
Entre o sete e o dez estão os infrenes, são pessoas que se tornam perigosas porque, de início, não controlam seus próprios dons, precisam de anos de treinamento pra terem domínio total de si mesmos e poderem conviver em sociedade sem serem considerados um risco pra quem estiver em volta. Os infrenes também precisam frequentar um colégio diferenciado, porém eles são matriculados assim que a NSP termina os testes de seleção.
Eu faço parte dos infrenes agora e não posso fazer nada a não ser seguir o mesmo protocolo que meus pais e meus avós seguiram quando tinham a minha idade. Tenho mais dois dias antes de me mudar, tempo de sobrar para digerir tudo o que esta acontecendo e tentar acalmar a sensação de insegurança.
Arrumar as malas nem chega a ser a pior parte já o que pode ser levado cabe um uma valise. Pegarão minhas medidas amanhã e no dia seguinte já terei dois pares de uniformes e algumas roupas adequadas ao estilo do colégio. Pelo que fiquei sabendo o colégio Hector Freire de Almeida é dos mais tradicionais, onde não é muito tolerável coisas como atrasos, notas baixas e diversão.
Infelizmente instituições de ensino não são as coisas que mais me preocupa no momento. Não é fácil, aos onze anos, descobrir que você foi a causa da destruição da própria casa sem ter podido fazer nada pra evitar.
Ainda pior foi a avaliação da NSP na qual fui submetido no dia seguinte, ficar sabendo que sou um infrene e que, sob essa condição, precisaria sair de casa e ir pra um colégio interno aprender a não ser um desastre ambulante.
As malas estão prontas, já são 23:40h, meu quarto nunca tinha me parecido tão seguro quanto agora. Amanhã vou conhecer o colégio e torcer pra que minhas previsões sobre ele estejam erradas.






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