Eu Consigo Te Enxergar escrita por Nena Lorac


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pelo atraso do capítulo, mas eu acabei tendo uns problemas de saúde + faculdade + depressão. Por isso eu demorei quase duas semanas para atualizar. Eu realmente estava sem a energia necessária para escrever algo.
Quero também agradecer aos 35 comentários! *dança da vergonha*
Teve um dia que eu entrei no Nyah e me deparo com 35 comentários, e agora tem 8 favoritos e 2 acompanhamentos! E para uma história Franada, isso é muito bom.
Eu espero que me perdoem pelo atraso...
Boa Leitura!



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As sextas deveriam ser repletas de felicidades e sucumbidas ao anseio de voltar logo para casa depois do colégio. Mas parece que a manhã daquela sexta só pioraria para todos. E tudo começou com um “Gilbert!!!” vindo do outro lado da rua.

–- O que você que comigo?? – Gilbert falava irritado.

–- Eu só quero falar com você.

–- E seria sobre o quê? – era difícil lutar contra as lágrimas, mas Gilbert foi forte.

–- Você sabe. – Vash estava sério como sempre.

–- Eu não tenho mais nada a tratar desse assunto.

–- Claro que tem. –Vash encarou o que Gilbert tinha em mãos – Você nem trocou a caixa da sua flauta. É lógico que ainda tem coisas a resolver sobre isso.

–- Cala sua boca!! – Gilbert tentava esconder as iniciais bordadas na caixa com a palma da mão – Eu não preciso falar com um pseudo-mauricinho viciado em queijo! Eu não preciso de ninguém!! – Gilbert sentiu alguém o puxando pelas mangas do casaco e ao se virar, se depara com Francis.

Francis queria evitar ao máximo uma briga desnecessária. Ele soube da mensagem que o amigo havia recebido, mas nunca pensou que quem viria no lugar de Rodderich fosse Vash. Mas um não seria menos pior que o outro.

“Tinha que ocorrer isso logo num momento tão maravilhoso meu??”

Ele segurou na mão de Matthew o fazendo corar um pouco pela ação repentina, mas sua expressão não era nada sutil ao que o jovem loiro estava acostumado a ver. Ele parecia que queria matar tanto Gilbert quanto Vash.

–- Resolvam isso depois que as aulas acabarem! – Francis encarava ambos com um olhar amedrontador.

Então ele puxou Gilbert pelo braço e segurou a mão de Matthew na outra. Seria melhor evitar qualquer tumulto logo em frente ao colégio. E por se tratar dos problemas de Gilbert, ele sabia que no fim iria terminar em pancadaria.

“Não quero virar a sua mãe, Gilbert...”

Vash olhava atentamente para as duas companhias de Gilbert. Eles seriam um casal? Ou o menor de óculos estaria saindo com Gilbert e não com o cara de barba? Afinal, ele estava muito próximo de Gilbert quando ele chegou.

–- Ele tem os olhos do Rodderich...

–-- X ---

Lovino estava lendo um livro qualquer sobre pratos típicos da Espanha quando se deparou com um barulho vindo do corredor. E a voz que ele escutava não era estranha. Ele logo se levantou de sua cadeira e saiu da sala para testemunhar uma coisa totalmente idiota a seu ver.

“Bastardo do tomate... pare com essas merdas!!”

Antonio estava em uma rodinha de “amigos” jogando e gritando. E pelo o que ele pode ver, tinha até dinheiro rolando no meio daquilo tudo. Ele queria ser expulso do colégio ou algo do gênero? Lovino não pensou duas vezes antes de se aproximar e dar um belo soco na cabeça de Antonio.

–- Aiaiaiaiai~~! Quem foi que fez iss—Lovi! ♥

–- O que é isso, bastardo?

–- Ah? Isso? – ele apontava, alegremente, para um monte de cartas – Um jogo.

–- Isso é óbvio, eu não sou cego! Eu quero saber sobre esse dinheiro aí em cima!

–- São os valores que cada um está apostando~~ ♥

Lovino apertou o cenho e começou a ranger os dentes. Como alguém apostava tudo aquilo sem ter o mínimo de chance de ganhar? Ele era algum tipo de idiota? Por que estava fazendo aquilo? Ele só queria dar mais um soco na cabeça dele para ver se ele aprendia. Mas ele logo parou quando Antonio o puxou para baixo e o fez chegar muito perto de seu rosto.

–- Estou tentando conseguir dinheiro para poder te levar a um lugar legal. – Antonio cochichava para Lovino, o fazendo corar logo em seguida.

Ele não tinha certeza se ele sentia vergonha e saía daquele lugar cheio de gente ou se dava mais um soco na cabeça daquele ser. Antonio sorria alegremente como se esperasse alguma resposta positiva, mas só conseguiu ouvir uns insultos e testemunhar uma face avermelhada de seu amante.

–- IDIOTA! Tente arranjar um emprego se que conseguir dinheiro!! – Lovino voltou a sala de aula para esperar sua aula.

Antonio só fez sorrir com aquilo tudo e logo voltou sua atenção para o jogo de cartas. E mesmo sabendo que perderia, ele nem se importou tanto. Parece que Lovino tira todas as suas preocupações.

“Só preciso dele...”

–-- X ---

Matthew tinha tanta coisa na cabeça que não conseguiu escolher em qual pensar primeiro. Tinha a questão de Arthur lhe incomodando. Ele ter fugido de casa e não querer falar sobre Alfred. Isso era muito ruim, e o pior é que ele não sabia como resolver.

“Droga... Eu queria ser mais útil...”

Logo em seguida, surgiam esses problemas de Gilbert. E mesmo que não fosse assunto dele, Matthew se importava com o albino. Ele era uma pessoa legal no fim das contas. E o ver chorando e exaltado daquele jeito mexia com ele também.

Ele não sabia lidar com nada. Parecia que cada vez ele descobria uma fraqueza nova, e isso o incomodava. Ele só queria poder ajudá-los, mas parece que seria inútil. Ele não entendia nem como Francis se interessara por alguém tipo ele...

“Francis...”

Sim. Ainda tinha mais dois problemas, e ambos envolvendo Francis. Mas eram problemas que ele não conseguiria falar abertamente com o mais velho. Isso seria assim devido ao grande momento inoportuno que eles estavam tendo.

“Como a minha família irá reagir ao saberem de Francis...?”

Aquela dúvida era algo que ele pensou desde o momento em que Francis se afastou do beijo que dera nele. E de certa forma, era algo comum a se pensar. Mas depois do que soubera que Alfred amava Arthur, a sua família poderia reagir diferente em relação a ele e Francis.

“Francis me ama ou só sente atração física...?”

Mesmo que fosse um tanto idiota pensar naquilo, essas coisas afligiam a mente do pequeno Matthew. Ele soube que Francis fazia sucesso com qualquer um. Homens ou mulheres. E provavelmente, ele já saiu com várias pessoas... Ele sentiu amor em todas elas? Isso era um pouco exagerado para se pensar. Mas devido ao fato de ter sofrido e se decepcionado inúmeras vezes com as pessoas, Matthew não descartava nada.

–- Espero que ele me ame...

–- Ele com certeza te ama.

Matthew olhou para trás e se deparou com o albino de olhos escarlates. Ele teria sorrido se não tivesse lembrado do que tinha dito.

–- Não duvide do amor do Francis. Essa é a primeira vez que eu o vejo apaixonado de verdade! KESESESES~

“O que Gilbert fazia em sua sala? E como ele já estava sorrindo daquele jeito?”

Gilbert puxou até uma cadeira para sentar ao lado do menor. E mesmo estranhando aquilo, ele permitiu. E sem demorar muito, Gilbert pega o celular e mostra para Matthew.

~CHAT~

“Alfred F. Jones: Gil, eu acho que poderei ir para a cidade no sábado mesmo.

Gilbert Beilschmidt: Que bom! Estou precisando de amigos! KESESESESE

Alfred F. Jones: Talvez eu aproveite e faça uma visita para o meu irmão mais novo.

Gilbert Beilschmidt: Você tem um irmão mais novo?? E o que ele faz aqui?

Alfred F. Jones: Ele estuda. Acho que deve estudar no seu colégio pelo que eu me lembre.

Gilbert Beilschmidt: E qual o nome dele?

Alfred F. Jones: Matthew Willians. Você não deve conhecê-lo. Ele é do primeiro ano.”

–-- X ---

O sinal parecia até um som divino. Todos já estavam se organizando para saírem da sala. Mas Matthew esperou todos saírem, pois ele precisava daquela sala. Era o seu refúgio. O seu conforto. Ele precisava ir para a sala de música.

Ele precisava esquecer-se dos problemas. Precisava esquecer um pouco dos NOVOS problemas. Ter que lidar Arthur e Alfred seria ruim, principalmente no estado delicado que Arthur se encontrava. Mas ele preferia lidar com tudo isso depois. O principal no momento era chegar à sala de música.

“Preciso ver aquele piano...”

E depois de correr por alguns minutos, ele encara a porta com a placa escrita “Música” e logo se anima. Então ele abriu a porta e adentrou logo no recinto. E ao ver aquele piano, Matthew fez uma coisa totalmente diferente do que fazia toda vez que ia para aquela sala. Ele puxou um banco, sentou e se colocou à frente do piano. Ele precisava tocar alguma coisa, mesmo que não soubesse nada.

“Talvez só experimentar algumas notas me ajudem...”

Então ele tocava, aleatoriamente, as notas do piano. Ele ria quando o som saia engraçado ou quando soasse estranho. Mas aquilo o fez esquecer um pouco dos problemas. Mas isso só durou por pouco tempo, pois a sensação de que as coisas só iriam complicar tinha voltado.

–- Eu pensei que você soubesse tocar.

Aquela voz misteriosa fez com que Matthew tomasse um susto e se virasse bruscamente para ver quem era. E talvez a escolha de se virar fosse a pior.

–- O q-que você e-está fazendo aqui?? – Matthew gaguejava ao saber quem era.

–- Estava procurando Gilbert. Afinal, o cara de barba disse para nos resolvermos depois que as aulas acabassem.

Vash tinha surgido do nada. Como ele chegara naquela sala? E por que ele estava falando com ele? Nada daquilo fazia mais sentido. Matthew havia deixado sua mochila cair, fazendo com que algumas folhas saíssem dela, e Vash logo se prontificou a juntar.

–- Me desculpe por ter te assustado. Eu só estava procurando aquele ser. Por acaso você o viu? – Matthew mexeu a cabeça com um sinal de negação – Bem, eu não posso fazer nada se ele também vive fugindo... Mas me desculpe por incomodá-lo.

–- F-Fugindo...?

–- Ah? – Vash encarou Matthew ao escutar aquilo – Sim. Ele também vive fugindo.

–- Mas ele não faz isso!

–- Claro que faz! Tanto ele como Rodderich são dois idiotas. Por isso que vivem fugindo um do outro.

–- Pelo que sei, Gilbert queria evitar mais sofrimento.

–- E fugiu para evitar isso.

Matthew começou a assemelhar alguns fatos que ocorreram em sua vida com as de Gilbert. Ambos estavam tendo problemas, e resolveram se distanciar deles para tentar esquecê-los ou superá-los. Mas acabou que não deu certo. E eles agora têm que lidar com o passado.

Será que ele só estava fugindo dos seus problemas? Talvez o ideal era de ter permanecido e encontrado uma outra forma de resolvê-los? Mas ele já tinha tentado tanto... Ele não aguentaria mais uma decepção.

“Eu sou tão fraco assim...?”

Acabou que Matthew não resistiu e começou a chorar ao ligar alguns fatos. Ele era tão imprestável que nem conseguia resolver seus problemas sozinho. Sempre era fraco demais. Ele odiava isso.

–- Ei, por que você está chorando? – Vash segurou nos ombros de Matthew para tentar entender o que estava acontecendo.

–- Me desculpa... você não precisa ficar aqui...

–- Eu não estou entendendo nada. Olha para mim! – Matthew levantou a cabeça e Vash presenciou os seus grandes olhos violetas – São realmente iguais ao daquele idiota...

–- O q-que? – Matthew estava confuso.

–- TIRE AS MÃOS DELE! – uma grande voz surgiu, fazendo com que ambos se virassem para ver quem era – VOCÊ JÁ TIROU RODDERICH DO GILBERT! NÃO VAI TIRAR MEU DOCE MATTHEW DE MIM!

“Por que Francis estava na porta?”


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Notas finais do capítulo

~CONTINUA~
Eu ainda estou pensando como irei resolver tudo isso (x-x)
Eu até parei de escrever a outra longfic Franada porque eu estava pensando nessa! Eu só espero que a Fernanda não me mate (para quem não lembra, essa fic é uma fic de agradecimento à Fernanda por me ajudar com essa outra longfic Franada)!
Prometo que vou voltar a escrevê-la logo!
Mas espero que tenham gostado do capítulo, mesmo ele estando meio... bagunçado...
Até o próximo capítulo~~



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