A dama e o vagabundo -Cobrade escrita por Keth


Capítulo 12
Capitulo 12




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A surpreendi chamando por seu nome. Ao ouvir minha vós ela lentamente se virou, ficando cara a cara comigo. Pude perceber que era a mesmo Jade que tinha me deixado há um ano. Um sorriso doce, um olhar angelical e um ar irônico que sempre me fascinou. Além disso, ela me parecia muito mais madura do que eu estava acostumado. Com certeza ela tinha crescido muito nesse tempo. Assim como eu. Posso afirmar que mudamos muito.

– Cobra... –ela sussurrou- Não esperava encontrar você !

– Eu que não esperava. Não sabia que já tinha voltado. Veio pra ficar?

– Vim. Na verdade eu cheguei ontem e precisava passar por aqui, mas estava muito cansada e resolvi deixar pra hoje. Só não contava que...

– Iria me encontrar.

– É... –ela disse com a cabeça baixa.

– É que eu continuo morando aqui. No mesmo lugar de sempre. –disse em um tom irônico.

– Por favor, Cobra. Não vamos falar disso.

– Não vamos, fique tranquila.

Fiquei em silencio e ela também o fez. Olhava para trás como se estivesse procurando alguém. Não achei conveniente perguntar.

– E você? O que faz por aqui? – perguntei e ela me olhou desconfiada- Relaxa, eu acho que ainda podemos ter uma conversa civilizada. – ri fazendo-a rir também- Como foi sua vida durante esse tempo?

– Foi legal. É um mundo totalmente novo. Foi difícil me acostumar. Mas acho que consegui chegar onde eu queria.

– Fico feliz por você.

– E você? O que fez da vida?

– Eu tentei fazer umas coisas pra sair da rotina. Fiz uns cursos, conheci outro lado além da luta. Me fez bem.

– Fazendo outra coisa além de lutar? Olha... Me surpreendeu! Esse Cobra eu não conhecia.

– Nem eu, mas tive que descobrir. Posso fazer uma pergunta meio indiscreta? –Ela fez sinal com a cabeça para que eu fala-se. – O que te fez voltar?

– Era só por um ano, esqueceu? Está querendo se livrar de mim por mais tempo, vagabundo?

Ela brincou e deixou escapar o apelido pelo qual me chamava quando estávamos juntos. Ela ficou sem graça e suas bochechas começaram a ficar avermelhadas. Comecei a rir e ela me olhou sem entender.

– O que foi? Está rindo de que?

– De você! Você fica linda quando fica sem graça.

Ela riu e abaixou a cabeça. Me aproximei dela e ergui sua cabeça com a mão. Meu olhar estava fixo no dela, e o dela no meu. “Na verdade, você está sempre linda.” Disse e ela voltou a ficar vermelha. Passei minha mão, pegando uma mexa do seu cabelo e colocando atrás da orelha. Encostei minha testa na dela e pude perceber que ela fechou os olhos, fechei também. Já podíamos sentir a respiração um do outro. Aproximei minha boca e depositei um selinho na dela. Ela permanecia imóvel. Aprofundei o beijo e ela, por incrível que pareça, deu passagem a minha língua. Nos beijávamos como se nunca tivéssemos nos separado. Fervorosamente. Podia sentir que juntos podíamos ir ao céu e voltar a terra em um piscar de olhos. Explorávamos a cada canto da boca um do outro. No inicio era um beijo calmo, mas aos poucos ia se intensificando e se tornando desesperado. Ela se separou de mim bruscamente.

– Eu não... Eu não posso. –disse e eu a olhei sem entender.

– Por quê? – perguntei curioso. Ela fechou os olhos e disse:

– Cobra eu... Estou noiva.


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