Eternamente escrita por Mayara


Capítulo 6
Capítulo 6 Bônus Gabe


Notas iniciais do capítulo

Oi, amores!

Eu ia postar esse capítulo bem mais cedo, mas acabou a força :( haha

O Nyah ainda está ruim comigo, haha...

Ele ficou bem grande, e é narrado pelo nosso lindo Gabe!



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Trabalho, trabalho e trabalho. Esse é o meu ritmo durante toda a semana, e de todos os dias desde quando me formei. Confesso que até gosto disso, porque foi através desse esforço todo, que eu me tornei um dos melhores advogados. Eu passo a manhã toda, tarde e um pouco da noite trabalhando em vários casos, mas claro, eu também me dou um pouco de diversão, já que ninguém é de ferro.

Pela manhã eu passo no prédio da Emy para busca- lá, já que o carro dela, que já estava bem velhinho, decidiu parar, ou melhor, o coitado se aposentou. Ele foi o nosso companheiro na época da faculdade, e foi uma mão na roda para nós. Eu já tentei comprar um carro pra ela, mas o que eu levei foi um belo não. Ela insiste em tentar recuperar o carro, mas aquele lá está sem vida, completamente. Eu posso muito bem ajuda-lá com isso, mas eu sempre escuto: eu quero comprar com o meu dinheiro, Gabe! Por enquanto eu aceito, mas logo darei um jeito nisso.

Confesso que eu não gosto muito de segundas. Elas são tão chatas, que nem deveriam existir, porque curtimos o final de semana, acordamos tarde, para que na segunda tenhamos que acordar cedo. Odeio, simplesmente odeio!

A princesa sempre está bem humorada, e eu admiro muito essa sua capacidade, pois poucas pessoas são assim de manhã. Com ela não tem tempo ruim, só quando está na TPM, bem, ai qualquer mulher está em seu tempo ruim.

Assim que eu a vejo, meu sorriso se alarga. Somos tão amigos, e eu não me vejo sem ela, jamais! Sempre vou querer o bem dela acima de qualquer coisa. Ela é merecedora de tudo de bom que há de acontecer, pois ela lutou para conseguir todo o estudo que teve, e eu me orgulho da minha princesa. Mas, convenhamos que ela seja bem teimosa, bem teimosa mesmo. Ela começa a falar em férias, e eu confesso que faz tempo que não viajo, principalmente para visitar os meus pais. Sempre que dá, eles aparecem por aqui, mas eu raramente vou para lá. Acho que por falta de tempo, ou seja, lá o que for que eu ainda não descobri.

Emy tenta insistir para eu sair de férias, mas estou tão atolado de processos dos clientes, entre outros milhões de papéis no escritório, que eu acabei decidindo passar as férias por aqui mesmo, trabalhando e curtindo as minhas colegas.

Sim, eu tenho as minhas colegas do prazer. Não são muitas, porque poucas se tornam fixas, mas muitas novatas acabam se saindo tão bem, que entram para a minha querida agenda. Lá eu coloco o nome, número do telefone, a data que eu transei pela última vez com ela, até para não ficar repetindo, e uma notinha, avaliando se foi bom, muito bom ou excelente. Eu não quero um relacionamento sério, principalmente se for com alguma delas. Se um dia eu apresentasse para a minha família, a minha mãe, avó, tia e madrinha teriam um treco. Digamos que, elas não são tão de família assim. Eu as respeito, até porque são mulheres, mas não são para se apresentar para uma família como a minha. Todas são gostosas, com um corpo que faz qualquer marmanjo babar, do jeito que eu gosto. Agradam-me muito vê-las nuas, com aquelas coxas que só se pode conseguir em academia, ou com algum produto comprado. Seios com silicone, barriga seca, parecendo que não tem percentual nenhum de gordura, ah, me agradam muito. E você deve estar s perguntando: Gabe, você nunca tentou nada com a Emy? Afinal, ela é mulher!

E a resposta é não! Eu nunca tentei nada, e não é porque ela totalmente diferente na questão corpo, mas é porque ela é minha amiga, minha melhor amiga. Eu a vi crescer, assim como um irmão mais velho. Compartilhamos segredos. Eu sei os medos delas, e ela sabe os meus. Ela é perfeita, não só na beleza exterior. Ela é linda por dentro, inteligente, generosa, doce, leal, meiga, legal, engraçada, entre outros milhões de adjetivos. Ela merece um cara legal, mas um cara que realmente a ame de verdade. Emy é a minha princesinha. Minha! Se um cara tentasse destruir a nossa amizade, eu destruiria a cara dele em mil pedaços. E se, algum idiota, destruísse o coração dela, eu iria até o inferno, mas eu acabaria com a vida do infeliz. Ela sim era garota para se apresentar para uma família.

Assim que chegamos à escola, nos despedimos. Eu insisti para buscá-la, e como sempre, ela disse que iria de ônibus ou de táxi. Nunca que eu iria deixá-la ir de ônibus, se eu posso muito bem sair mais cedo para poder pegá-la.

Por incrível que pareça, o dia no escritório estava tranquilo. Revisei algumas causas e conversei com alguns outros advogados do escritório. Nas segundas, eu nunca marco nada de importante, nada que me prenda até tarde no escritório, porque é dia de jantar com a princesa. O nosso ritual de segunda era sagrado, para colocarmos o papo em dia, falarmos sobre a vida de alguém, de algum famoso, ou mesmo sobre o nosso trabalho. Emy estava atrasada, e eu comecei a ficar preocupado. Quando a vi saindo, dei um suspiro de alívio, porque eu tenho medo de acontecer alguma coisa.

Conversamos sobre o meu trabalho. Falei que estava tentando adiantar um caso muito importante, para que eu tentasse entrar de férias. Sim, eu estava pensando em passear, mas ainda era uma hipótese.

Ao chegarmos ao apartamento, ela queria fazer macarrão. Mas de jeito nenhum que eu a deixaria cozinhar, principalmente quando estava visível o cansaço em seu rosto. Decidimos pedir uma pizza. Enquanto ela tomava banho, eu fui arrumei algumas coisas em cima da mesa e fui para o banho. Não demorei muito, mas parecia que a princesa tinha morrido no banheiro. Fiquei ali na cozinha esperando tanto, que quase morri de susto quando ela avisou que estava chegando.

Assim que eu me virei, dei de cara com a Emy, com um pijama nada legal para a vista de um homem. Eu tentei não olhar, mas foi praticamente impossível. Ainda bem que ela não tinha percebido, senão eu seria um cara morto.

– Finalmente. Eu já estava indo te buscar naquele banheiro. falei, tentando disfarçar o meu nervosismo.

– Não precisa. E ai, já pediu a pizza? perguntou sorrindo.
– Já. Ela deve estar chegan...

E nem deu tempo de terminar a frase. A companhia tocou e ela correu para atender. Sem esperar, eu já fui entrando na frente, a proibindo de abrir a maldita porta, e dar um belo vislumbre do seu corpo, e do minúsculo pijama para o entregador. Eu até cheguei a ser sem educação, falando que o cara, ao invés que querer comer a pizza com a gente, ele queria comer outra coisa. Mas afinal, eu estava mentindo? Eu como homem, se fosse outra mulher, tentaria alguma coisa. Por isso que eu evitei o rosto do rapaz, do soco que ele iria levar.
Assim que eu paguei e fechei a porta, percebi que ela havia ficado chateada. Mas porra, ela deveria me agradecer. O cara já estava de olho só de vê-la de longe, imagina se fosse de perto. Ela provavelmente levaria uma cantada barata, um sorriso amarelo e olhares pelo seu corpo. Tentei conversar com ela, mas o que eu recebi foi a rejeição. Ela só olhava para a parede, só isso. Odiava brigar com ela, mesmo que fosse só um pouco. Tentei explicar que eu não a proibi de abrir a porta porque ela está de pijama, apenas não a deixei abrir com aquele pijama. Parecia que de nada iria adiantar, até eu se lembrar de uma coisa infalível, que usávamos bastante quando éramos crianças: cócegas.

E foi infalível mesmo. Eu fazia cócegas e mais cócegas, e o meu maldito olho só tinha os
olhos para o seu decote. Maldito decote! Maldito olhar! Não demorou muito para que voltássemos a conversar. Decidimos comer e assistir alguns filmes que passava na televisão.
Terminamos de comer, e eu fui lavar a louça. Não tinha pressa, já que dormiria por aqui mesmo por causa da preguiça de ir embora. Assim que acabei, nos despedimos e fomos dormir.
Acordei mais cedo que o habitual. Precisava em casa, me arrumar e voltar para levá-la ao trabalho. Deixei um bilhete junto com uma flor delicada, pois sabia que ela iria adorar, principalmente por causa da assinatura que eu deixei: Gabezinho. Só ela me chamava daquele jeito, bem, eu só deixava ela me chamar daquele jeito.

Deixei-a na escola, como todos os dias e fui direto para o escritório. Diferente do dia de ontem, hoje era um dia em que eu estava um pouco cheio. Apesar de gostar de trabalhar, era um inferno quando tinha milhões de papéis para ler e casos que eu não queria resolver. Maxwell, que era um dos advogados que trabalhava na empresa, entrou em minha sala, e foi logo me entregando mais papéis.

– Gabe, aqui está aquele caso que você pediu para eu resolver. falou, se sentando na cadeira em minha frente.

– Ah, e verdade. Eu preciso te entregar um papel para que você assine. Coisa burocrática desse caso.

– E então, você decidiu se vai resolver aquele caso do traficante?

– Já. A minha decisão é não. O cara é traficante, bate em mulheres, foi acusado de assassinato, e ainda quer liberdade?

– Mas ele tem dinheiro. E esse caso está valendo muito.

– Eu não quero saber. Se ele tem dinheiro, que pague outro advogado. A minha integridade vale mais. falei sério.

– Gabe, pensa bem. O dinheiro vai alavancar mais a empresa. E ele já deixou claro que quer você no caso.

– Então que fique preso. Eu sei do valor que ele quer pagar, mas eu já pensei e não quero saber.

– Tem certeza?

– Eu já disse que sim, Maxwell. falei impaciente.

Esse era o caso que mais me perturbava. O cara era um bandido total, e ainda queria ser solto. Nem habeas corpus ele merecia ter. Max tinha um ar de ambicioso, mas eu não queria saber deste caso, por dinheiro nenhum. Por mim, ele poderia apodrecer atrás das grades. Fui tirado dos meus pensamento sobre esse cara, depois que Max ficou olhando demais para o porta retrato que estava em cima da minha mesa.

– O que você tanto olha? perguntei curioso.

– Essa menina é linda. Qual o nome dela? perguntou com um sorriso idiota no rosto. Sem tirar os olhos na foto em que estava eu e ela com o rosto colado um no outro, durante a nossa viagem à Disney.

– Porque você quer saber? perguntei já irritado.

– Sei lá. Ela é tão bonita, parece até uma boneca. Esses olhos azuis, essa pele clarinha. Quantos anos ela tem, Gabe?

– Não interessa a idade dela. falei nervoso.

– Por quê? Eu só quero saber o nome dela e a idade. Custa me dizer?

Aquele idiota ainda estava tentando descobrir a idade da princesa e o seu nome. Daqui a pouco a minha mão vai voar na cara dele. Ai eu quero o ver querer saber de alguma coisa.

– Custa. Ela é minha melhor amiga. E não é para os eu bico, entendeu?!

– Isso está cheirando a ciúmes. Vocês estão namorando?

Ok! Eu vou arrebentar a cara desse idiota.

– Não estamos namorando, mas isso não te dá o direito de ficar fazendo perguntas idiotas sobre ela. Eu nunca deixaria a minha princesa chegar perto de você. Ela não é para o seu bico, Maxwell! Entendeu?!

Ele abriu um sorriso horrendo em seu rosto. Saiu da sala sem dizer mais nada, o que foi bom, porque se ele falasse mais alguma asneira, eu não iria responder por mim.

Sai apressado da empresa, já que eu estava um pouco atrasado. Aquele assunto do bandido, o Maxwell e suas perguntas idiotas, e o trabalho, acabaram me fazendo perder a hora.
Dei graças pelo fato da princesa não estar me esperando. Assim que a vi, abri a porta e fomos o caminho todo conversando. Ela começou a falar sobre uma colega de trabalho que queria sair comigo. Emy disse que era o meu número, e ela me conhecia muito bem. Ela disse que iria me passar o número da tal garota, e eu achei bom, porque teria com quem me divertir. Lembrei-me do maldito papel que eu tinha que pegar com o chato do Max. Então teria que voltar à empresa, e ainda bem que era perto.

Desci e Emy veio junto comigo. Pedi para que ela não entrasse comigo, pois o bastardo do Maxwell estaria ali, e eu não queria que ele a encontrasse. Ela ficou conversando com a secretária, e pelas risadas, parecia que tinham se dado bem.

Fui direto para a sala do bastardo, e o idiota estava falando e sorrindo ao telefone com sei lá quem. Desligou e veio perguntando o que eu queria.

– Os papéis, claro. Eu assinei, e quando eu fui te entregar, você já tinha saído.

Ele me entregou, e eu me apressei para sair dali, mas parecia que o idiota tinha ouvido a voz da Emy, e veio atrás de mim, e antes mesmo de fazer alguma coisa, o bastardo já estava beijando a sua mão e com um sorriso idiota em seu rosto. Será que o maldito não sabia obedecer? E ela ainda respondeu gentilmente. A educação me fez apresentá-los, mas apenas isso. Ela não era para ele. Dei ênfase no MINHA amiga para que ele se lembre do meu aviso. Eu queria sair dali o mais rápido possível, mas Emy estava dando corda para o babaca, e isso estava me irritando. Mas, o fim pra mim foi quando ele a chamou de princesa. Com que direito ele pode chamá-la assim? Eu nunca deixei ninguém, e nem vou deixar. Só eu podia, eu era o melhor amigo dela, eu havia colocado esse apelido nela. Eu, somente eu! O filho da puta além de chamá-la de princesa, ainda a convida para jantar. Tive que contar até mil para não partir para cima do babaca.

– Max, o nome dela é Emily. - falei nervoso e sem paciência.

– Mas você a chama de princesa. falou sorrindo.

O que? Será que ele ainda não entendeu que só eu posso chamá-la assim?! Ou ele é surdo, ou se faz de idiota.

– Isso mesmo. Eu posso chamá-la assim, porque sou melhor amigo dela. falei em paciência.

– Bem, então podemos nos tornar amigos também. Aceita jantar comigo, doce Emily?

Não! De jeito nenhum que ele iria sair com ela. Eu mataria o bastardo filho da puta. Mas para a minha surpresa, Emy tinha aceitado o maldito jantar, e ele queria que fosse hoje. Nem por cima do meu cadáver. Puxei-a para um canto e já fui falando que ela não deveria sair com ele e que não confiava nele também. Eu sabia que ela iria teimar em sair, então decidi dar um sorriso, aquele sorriso que ela não consegue dizer não pra mim. E bingo! Eu havia conseguido furar o maldito encontro do bastardo, mesmo ela dando o número do telefone dela para ele. Mas eu iria fazer alguma coisa com isso, com toda a certeza. Toma, Max!

Decidimos jantar em um dos nossos restaurantes favoritos. Ele era pequeno, mas a comida era maravilhosa e caseira. O chef era muito gente boa, e a o lugar aconchegante. Eu pedi um vinho e ela um suco de laranja. Ficamos nos encarando para ver quem iria começar a conversar. E era óbvio que eu não queria ter essa conversa, muito menos em um jantar com ela. Emy já veio querendo saber do motivo pelo qual ela não pôde sair com o Max. Isso não era óbvio para ela? O cara já tinha cara de que dava cantadas baratas, e ela ainda perguntava isso? Bufei com a pergunta e não quis responder. Ela insistiu, falando que nunca escondíamos nada um do outro. Eu não poderia esconder a verdade dela, então fui falando que ele era um mulherengo, e que logo iria querer cair em sua calcinha. Ela tentou intervir, mas eu continuei. Falei que já vi mulheres caindo de amores por ele, o que não era mentira nenhuma. Eu sei que sou igual a ele nesse aspecto, mas desde o começo eu aviso o que eu quero, e elas também só querem isso. Emy é diferente. E eu sabia que o maldito do Max não iria querer apenas um jantar. E bem, mesmo depois de salvá-la ela ainda me recriminou pela cara que eu fiz. Falei que era o trabalho, mais precisamente o caso que do traficante, com a cantada deslavada do Max, mesmo com o meu aviso. Tinha sido um dia de merda. Eu precisava sumir por alguns dias, ou apenas horas, para que todos esses problemas no trabalho desaparecessem um pouco.
Quando eu olhei para a princesa, ela estava com aquele dedinho conhecido. Queria fazer as pazes do jeito que fazíamos quando éramos crianças. Eu não resisti e sorri timidamente, abrindo um enorme sorriso em meu rosto. Cruzei o dedo e assim podemos desfrutar do nosso jantar.

A manhã seguinte foi rotineira. Parei em frente ao prédio da princesa e pedi para que o porteiro avisasse dobre a minha chegada. Fiquei esperando, até que duas mulheres vieram ao meu encontro. Enxerguei de cara que elas eram interesseiras, mas eu poderia pelo menos aproveitar uma noite com a loira alta que estava em minha frente. Ela não era das mais inteligentes, e não tem nada a ver com a relação de loira ser burra, porque eu já conheci algumas que eram inteligentes. Mas, aquela ali parecia que só queria ver cifrões em sua frente. Ela foi logo me dando o número, e eu acabei aceitando de bom grado. Quando ela me chamou de gatinho me deu vontade de rir na cara da garota, e avisar que ela não precisa colocar apelidos, já que só iríamos nos ver uma vez na vida. Percebi que a Emy presenciou toda aquela cena, e ainda veio me chamando de gatinho. Ah, não, ela também não. Quando ela veio falando da loira como se fosse uma Barbie do Paraguai eu não me aguentei de rir. Ela tinha uma criatividade e tanto. Mas o que eu não fazia para ter uma noite boa, e ela parecia que aguentava bastante. Mudei de assunto e ela começou a falar da amiga dela que queria sair comigo. Como era mesmo o nome dela? Droga! E não poderia esquecer. Joan? Ah, isso mesmo, o nome dela é Joan. Não queria dar o meu número para ela. Porque a minha regra número um é: nunca, em hipótese alguma dê o número do seu celular. Uma vez eu fiz a burrada de dar, e eu me arrependi amargamente. A louca não parava de ligar pra mim, como se eu fosse uma obsessão.

Assim que chegamos à escola nos despedimos. Fui direto para o escritório para mais um dia de trabalho. Fiquei ali no escritório boa parte da manhã, mas a minha cabeça ainda estava no maldito do Maxwell e a sua intromissão com a princesa. Sem pensar duas vezes fui até a sala dele. Ele estava lendo alguma porcaria, e já entrei chamando seu nome em alto e bom som.

– A que devo a honra, Gabe? perguntou irônico.

– Bem, ontem eu avisei a você sobre a Emy, mas parece que você sofre de deficiência
auditiva. Então eu acho que você deve usar um aparelho.

– Como assim?

– Não se faça de idiota, Maxwell. gritei.

– Isso é sobre ontem? Gabe, a garota é solteira, e parece que gostou de mim. Por qual motivo eu não posso sair e me divertir um pouco? perguntou com aquele sorriso que eu odiava.
Cheguei perto dele, a ponto de querer socar a minha mão na cara dele.

– Pelo simples fato de que, ela não é uma das garotas que você vai conquistar e depois jogar fora. Eu te conheço, e sei do tipo das mulheres que você sai, e sei como você é. Ela não é para o seu bico, e nunca vai ser.

– Parece que estou vendo alguém apaixonado aqui?!

– Diferente de você, eu e ela somos amigos, de verdade. Por isso que eu a protejo de canalhas como você.

– Ora, ora. Mas que eu saiba você também não é um santo, Gabe.

– Não interessa a minha vida para você. Eu vou avisar apenas uma vez, fique longe dela, ou você irá se arrepender! exclamei.

Decido sair da sala antes que eu faça alguma besteira. Assim que cheguei perto da porta, o maldito solta uma, que me faz virar e arrebentar a cara dele.

– Talvez ela só precise de alguém que a coma direitinho. Aquele corpo gostosinho pede uma boa foda, e eu posso muito bem satisfazê-la, já que vocês são tão amigos assim...

Não dei tempo para ele falar mais nenhuma merda. Eu soquei a cara do filho da puta uma, duas, três vezes, até não querer parar mais. Levantei e dei um chute em seu pinto pequeno. Isso era pouco, eu queria acabar com a raça dele. Os seguranças vieram e me tiraram de cima dele. O que foi uma pena, porque eu queria acabar com ele.

– Nunca mais, entendeu? Nunca mais ouse falar dela, chegar perto dela ou pensar nela. Ou da próxima vez eu irei arrancar as suas bolas e seu pinto pequeno. Até porque, você mal consegue satisfazer alguém com essa coisa desnecessária. A Emy é minha! Ela é minha amiga, e eu a defenderei de homens como você. gritei.

O filho da puta ficou gemendo de dor, e eu pouco me importava com ele. Fui direto para a minha sala para tentar me recompor, e para descansar a minha cabeça.

A tarde toda eu quis ocupar a minha cabeça com o trabalho. Eu não ouvi falar do bastardo o resto do dia, o que foi ótimo. Sai para buscar a Emy, e tentei esquecer o ocorrido, pois não queria que ela descobrisse ou desconfiasse de alguma coisa.

Estacionei o carro e fiquei esperando. Assim que a vi, sorrindo para mim, esqueci completamente de todos os problemas. Ela começou a falar como tinha sido a aula do dia, e eu amava ouvi- lá falar dos pequenos com tanta paixão e amor. Ela citou sobre as férias, e me surpreendeu quando disse que estava pensando em ir para a casa dos nossos pais. Eu realmente queria ir também, mas não sabia se eu poderia abandonar as coisas por aqui. Ela me repreendeu e eu disse que pensar. Eu iria pensar mesmo. Estava com saudades de todos, da nossa casa, da comida, da cidade...

Ela me entregou o telefone da tal amiga, e pediu para que eu ligasse e não esquece o nome dela. Claro que eu não iria esquece, até porque anotei em um pequeno papel. Mas essa tal Joan teria que esperar o outro dia, porque hoje iria me divertir com a loira de hoje cedo. Mandei uma mensagem para ela de outro celular, porque vai que ela descobre o número. Marcamos de nos encontrar em um Motel, já que ela disse que não queria jantar, pois estava de regime.
Arrumei-me e fui buscá-la em casa. Assim que a vi, achei que ela estava nua, porque a roupa que usava era tão curta que dava para o rim da garota. Durante o caminho ela só ficou falando sobre o emagrecer, regime, emagrecer, regime... Aquilo já estava me cansando, e eu queria chegar logo para poder fazer com que ela ficasse quietinha, ou que pelo menos fosse boa em alguma coisa.

Escolhi o motel que eu sempre frequento. A moça já me conhecia, até porque era praticamente sócio daquele lugar. A loira só sabia rir e me chamar de gatinho. Não quis esperar muito, eu queria ter uma boa foda e acabar com aquilo. Falei que não queria relacionamentos sérios, que aquilo seria divertido para ambos, e ela apenas concordou sorrindo. Ela se deitou na cama, e eu comecei a tirar a pouca roupa que tinha ali. Ela estava sem sutiã, o que facilitou o meu trabalho. Os seios eram grandes e durinhos, o que eu deduzi ser silicone. Mas eu pouco me importava, eu queria era chupar aquelas maravilhas. Comecei a passar a língua levemente, e ela gemia loucamente. Aumentei a frequência e comecei a chupar. A garota estava indo à loucura com aquilo. Fui descendo, até que parei na bocetinha dela. Sim, ela estava sem calcinha. Estava prestes a fazer um oral maravilhoso, mas ela gritou para que eu parasse.

– Não, gatinho. Eu quero te chupar primeiro. falou gemendo.

– Tudo tem a sua hora.

– Ah não. Eu quero ver esse monumento primeiro, e fazer você pirar.

Bem, já que ela queria assim, então será assim. Tirei a calça e a cueca. Meu amigão já estava animado, nem tanto como eu achei que estaria, mas estava. Ela começou a passar a mão, e eu de olhos fechados tentei me focar o máximo que eu podia nela.

– Puta que pariu! Nunca vi um negócio tão grande assim. Gatinho, eu não sei se isso é de família, mas olha, eu já vi vários homens na minha vida, mas nenhum tinha um monumento tão lindo e grande desse jeito. Estou até com medo.

– Não sinta. Bem, o meu amigo está esperando a sua boquinha aqui. falei apontando para o meu pênis.

Ela o agarrou e começou a chupá-lo. No começo estava bom, mas ela meio que fazia uns barulhos estranhos, e miava. Sim, ela miava. Teve uma hora que eu achei que estava transando com um gato, do tanto que ela fazia aquilo. Eu achei que poderia gozar facilmente, mas quando ela começou a passar os dentes, e até apertar com força, foi demais. Não nos sentido bom. Aquilo estava horrível! Até uma virgem seria capaz de fazer um oral melhor do que o dela. Decidi parar com aquilo, antes de ficar sem o meu amigão aqui.

– O que vai fazer agora, gatinho? perguntou com uma voz chata.

Eu não respondi. Apenas sorri, coloquei a camisinha e entrei dentro dela. Digamos que não era o que eu esperava. Sei lá o que eu senti. Apenas não foi prazeroso para mim. Eu entrava e saia, mas parecia que aquela voz, o jeito dela, não me agradou. A garota miava cada vez mais e mais, e isso já estava me irritando.

– Ah, gatinho... Isso, mais rápido para a sua garota.

Minha garota? Nem nos sonhos...

– Que delícia! Isso que é potência! Isso que é homem! Ah, eu vou gozar... Ah, eu estou gozando... falou gemendo.

E num piscar de olhos ela gemeu mais alto que podia. E eu? Bem eu tive que me aliviar como se fosse um adolescente. Merda!

Assim que acabamos, fui tomar um belo banho para poder tirar todo o suor do meu corpo. A garota insistente veio para se juntar comigo, mas eu pedi para ficar um tempo sozinho.

– Está entregue. falei assim que cheguei à frente ao prédio dela.

– Nossa noite foi sensacional. ela falou, enquanto passava a língua nos lábios. Isso era para ser sensual? Porque parece que estava com a boca ressecada.

– Foi mesmo. menti.

– Então, podemos sair outra noite.

– É... quem sabe... Eu te ligo.

– Estarei esperando ansiosamente. disse me dando um beijo no canto da boca. Deus! Que garota insuportável!

Cheguei ao meu apartamento, comi alguma coisa, fiz a minha higiene e fui dormir. Amanhã seria outro dia, e eu espero que seja um dia melhor.
Queria desabafar com a Emy sobre a minha noite passada, mas sabia que ela não iria querer saber dos detalhes. Apenas falei que tinha ficado decepcionado, porque todo aquele corpo magnífico e aqueles longos cabelos não eram tudo o que eu esperava. Definitivamente ela não tinha entrado para a minha agenda.

Começamos a falar da amiga dela. Eu esperava que ela fosse boa, porque a minha noite anterior... Emy disse que ela era legal com ela, mas quem não era legal com a princesa? Só se for um burro para não gostar dela.

Deixei-a na escola e fui para o escritório. Estava rezando para não encontrar com o bastardo do Maxwell, mas eu queria ver se tinha feito algum estrago em seu rosto, nem se fosse só um pouco.
Cheguei perto da minha secretária e perguntei dele, e ela apenas me disse que ele não havia chegado ainda. Achei ótimo. Era bom se ele não aparecesse mais. Passei a tarde resolvendo algumas coisas, e fiquei feliz que consegui resolver um caso, e que tinha dado tudo certo no final.

Eu estava feliz e queria dividir com a princesa a minha felicidade. Ela sorria e me dava parabéns pelo sucesso do escritório e do caso. Ela então falou da amiga Joan, mas eu já havia mandado uma mensagem perguntando o endereço da casa dela. Não demorou dois segundos e a garota respondeu.

Despedimo-nos e eu fui me arrumar para mais uma noite. Estávamos em um restaurante e a conversa estava boa, Falávamos sobre os nossos empregos. Sobre o que gostamos entre outras coisas. Ela parecia ser bem legal e divertida. Não era tão fútil quanto eu achei que fosse. Eu fui pagar a conta, e fomos para o carro, rumo à nossa diversão.
Fui ao mesmo motel da noite passada. Nem deu tempo de chegar direito e ela já me agarrou e foi me beijando. O beijo era bom, e ela me agarrava fortemente. Joan não me deixava respirar, e era bem selvagem no beijo. Joguei-a na cama e fui arrancando a sua roupa, tentei ser delicado para que ela não ficasse sem nada para ir embora, mas ela pedia para ser fodida, e eu queria foder. Ela fechou os olhos por alguns segundos, e eu já fui tirando a roupa, e quando ela abriu, seus olhos foram passeando para o todo o meu corpo. Ficou olhando minha barriga, pernas, mas seus olhos arregalaram quando viu que o amigão lá embaixo já estava feliz. Ela falava que nunca tinha visto algo tão grande e grosso. Bem, eu não tinha culpa que eu tinha sido abençoado. Falou que se eu pegasse uma virgem eu poderia acabar com ela, mas eu não pego garotas virgens pela falta de experiência. Apesar de que está tão raro encontrar mulheres virgens.

Minha língua foi de encontro com a sua pele depiladinha. Eu lambia e sugava sem parar, e ela gemia sem parar. Apertei levemente o clitóris dela com o meus dedos, e via o quanto a satisfazia. Não demorou muito para que ela gozasse.

– Meu deus, Gabe! Eu mal consigo respirar. falou sem fôlego.

– Isso porque você só provou os meus dedos e língua. Está na hora de provar o principal.

– Mas será que eu dou conta?

– Ah, Joan. Todas dão conta, pode acreditar.

Coloquei a caminha e fui entrando nela. Ela segurava os lençóis e gritava o meu nome a toda hora. Entrava e saia sem parar. O suor começou a brotar em nossos corpos, assim como atrito das minhas bolas em sua bunda. Ela não conseguia se manter de olhos abertos, e eu parecia que tinha um ponto fixo na parede. Eu queria que ela sentisse total prazer, e queria sentir prazer também.

– Gabe... Eu vou morrer! Isso está tão bom... Meu Deus! Acho que vou entrar em coma.

– Não irá não, Joan. Sinta o prazer que estamos sentindo. Desfrute deste momento o máximo possível. Está gostando? perguntei sorrindo.

– Com certeza! Nunca senti algo assim em toda a minha vida. falou em um sussurro.

Ficamos ali por mais alguns minutos, até eu senti que ela iria gozar. Aumentei mais as minhas estocadas, e ela gozou em alto e bom som. Eu não demorei muito, e logo gozei também.
Deitei ao lado dela, e ficamos tentando voltar com a respiração regular. Quando abri os olhos, ela estava sorrindo para mim.

– Está bem? perguntei.

– Maravilhosamente bem, mas eu quero mais.

– Mais? Mas acabamos agora, e...

– Eu quero mais, Gabe. Eu preciso ter um pouco mais de você.

Bem, e lá vamos nós para mais uma rodada, ou duas. Aquela mulher era insaciável.
Depois da noite que tive eu queria era chegar ao meu apartamento, tomar um banho e dormir. Acordei com o som do despertador, e segui para a minha rotina. Fiquei esperando belos minutos em frente ao prédio da Emy, e eu estava ficando preocupado. O telefone caia na caixa postal. Estava me preparando para subir, quando a vi fui abrir a porta do carro, dando partida em seguida para a escola.

Perguntei se tinha acontecido alguma coisa, porque ela nunca se atrasa. Eu percebi que ela estava cansada, pelo fato de ter bocejado. Achei que ela tinha ficado vendo filme até tarde, mas me surpreendi ao saber que Joan tinha ido até a casa dela, e ainda por cima para falar de mim. E quando a princesa me disse que ela foi agradecer, eu tive que rir. Sabia que era irresistível, mas não sabia que era a ponto de alguém agradecer a minha amiga. Emy começou a corar, e eu imaginei na hora que, Joan tinha falado sobre a nossa rodada de sexo, mas para a minha surpresa ela não falou. Comecei a rir, imaginando Joan exemplificando passo a passo da noite anterior. Ela era maluca, sim, mas era uma delicinha. Emy me parou na hora, com medo de que eu chegue a contar também. Claro que eu não iria fazer isso. Eu a conheço, e sei o quanto que ela fica desconfortável. Olhei para ela novamente, e a carinha de piedade estava estampada em seu rosto. Ela iria pedir alguma coisa, tenho certeza.

E sim, ela me pediu para que eu saísse com ela novamente. Mas como assim? Confesso que gostei de sair com ela, mas não ao ponto de sair duas vezes seguidos. Quando ela me falou que: quem sabe vocês não namoram, eu quis bater em uma madeira o mais rápido possível. Eu, namorar? Achei isso uma ótima piada, ou uma praga. Ela me pedia muito, mas eu não sei se queria sair de novo com ela. Fiquei pensando todo o caminho, e olhei diversas vezes para a carinha da princesa, e via o quanto ela estava indecisa e com medo de alguma coisa. Pensei e pensei, e decidi que iria ajudar a Emy, pois eu sabia o quanto ela não gostava de magoar as pessoas, e eu poderia dizer para a Joan que não iríamos ter nada mais do que aquilo. O sorriso da Emy se alargou quando eu falei que sairia novamente. Eu estava fazendo pela minha princesa, só por ela. O resto do meu dia foi como todos os outros. Eu ia buscar a princesa, ficávamos conversando, e isso se arrastou até na sexta. Claro, eu sai durante essa semana com a Joan, e cheguei a ser claro com ela sobre o que tínhamos ou melhor, sobre o que não tínhamos. Ela ficou um pouco deslocada, mas acabou aceitando numa boa, o que resultou em sexo.

O sábado havia chegado, e eu estava preso no escritório. O maldito do Maxwell não tinha aparecido no escritório desde o ocorrido, e eu soube que ele estava de atestado. Bem, o estrago deve ter sido feio, e eu fiquei feliz com isso. Então, todos os compromissos dele vieram pra mim. Até queria sair na hora do almoço, mas estava tentando adiantar o máximo que eu podia. Estava prestes a sair, quando o telefone toca.

– Gabe Hunter falando. falei seco.

– Filho, que saudades!

Era meu pai, meu querido e amado pai.

– Pai, que saudades do senhor. falei sorrindo ao telefone.

– E ai filhão. Como estão as coisas por ai?

Eu falei sobre como estava o escritório, e todos os caos que eu havia ganhado. Ele, claro ficou orgulhoso.

– E a pequena Emy, como está?

– Está bem. Linda como sempre.

– Diga que mandamos um enorme beijo para ela.

– Ah pai, eu acho que ela irá passar as férias por ai.

– Jura? Que felicidade. E você vem junto, não vem?

Droga! Eu queria muito ir, mas a minha família vai vir com aquele papo de namoro, de construir família e tudo mais.

– Eu ainda não sei.

– E a sua namorada vai ficar com você.

Droga de novo! Eu tinha esquecido que havia inventado uma namorada para mim. Poxa, meu pai todas às vezes ligava e perguntada sobre namoro, que eu estava na hora de virar um homem sério, até que um dia eu soltei que estava namorando. E só fui perceber da burrada, depois de feita.

– Eu não sei pai. Talvez ela viaje para ver a família dela.

– Filho, nós queremos conhecer a sua namorada.

– Vocês irão, logo, logo.

– Acho bom. Sua mãe vive perguntando se você mandou alguma foto ou pelo menos falou o nome da garota. Se você não vier, iremos até você.

O QUE? Por Deus, não!

– Pai, eu tenho que desligar. Estou saindo do escritório.

– Ok. Mande um beijo para a nossa pequena Emy. Diga que a amamos, e estamos esperando por ela, por você e pela a sua misteriosa namorada.

– Direi papai. Até mais. E mande um beijo para todos.

– Até, meu filho.

Morto! Sim, eu estou morto! Como eu vou arrumar alguém para se passar como namorada. Eu não posso apresentar nenhuma das mulheres que eu saio, nem se eu quisesse também. Joan? Não, definitivamente, não. Ela era legal, mas se já achava que tínhamos algo sem ao menos eu mentir sobre uma namorada, imagina se ela se passasse por uma.

Fiquei pensando e pensando. Eu precisava de alguém, mas não qualquer uma. Pensa gabe, pensa. Fiquei ali sentado, mapeando a minha agenda, e não tinha ninguém, ninguém mesmo.
Quando eu achei que estava perdido, uma luz ascendeu em minha cabeça.

– Claro, porque eu não pensei nisso. Emily seria a garota perfeita. Meus pais a idolatram, e a conhecem desde sempre. É minha melhor amiga, me conhece como ninguém e vice versa. Ela é a garota ideal. Eu só preciso que ela aceite, o que torna as coisas mais difíceis pra mim. Mas eu preciso que ela me ajude, pelo menos um pouco.

Sai do escritório e fui direto para o apartamento dela. O porteiro, que já tinha virado um amigo, liberou a entrada pra mim.

Toquei a campainha, e logo a Emy abriu com um sorriso meio desanimador.

– Gabe, é você? falou, enquanto me dava um beijo e um abraço.

– E quem mais seria princesa? perguntei curioso.

– Um rapaz que eu vou sair. falou sorrindo imensamente.

Eu a olhei assustado. Ela raramente saia com alguém, e ela sempre me falava antes.

– Rapaz? Que rapaz é esse? perguntei mais curioso ainda.

– Eu o conheci hoje.

Hoje? Ela vai sair com algum bastardo que ela conheceu hoje?

– Você vai sair com um estranho? perguntei irritado.

– Não! Eu vou sair com o George.

Ah, então esse era o nome do idiota. George. Nome ridículo.

– E quem diabos é George?

– George Adams.

– Quem? Princesa, eu acho que perdi metade da história.

Ela então começou a contar que tinha conhecido ele por acaso. Que ele tinha derrubado a sua sacola, que era tio de uma das suas alunas, que ofereceu carona, pelo fato de ter a feito perder o táxi, entre outras coisas que eu não estava a fim de ouvir.

– E você vai sair com um estranho?

– Ele não é estanho. Ele é tio de uma aluna minha, e é super legal e engraçado.

Ah, e eu não estava nem ai para o grau de parentesco com a aluna dela, e muito menos se o cara era isso ou aquilo. Eu não estava acreditando ainda naquilo.

Ela saiu e foi para o quarto se arrumar. Fiquei sentado, esperando alguma chama de esperança. Talvez ele nem apareça, ou talvez ela esteja brincando com você, Gabe.

– E ai, ficou bom? perguntou sorrindo.

Puta que pariu! Que vestido era aquele? Eu queria arrancá-lo para que ela nunca mais use. Aquilo era curto demais, mostrava toda a sua perna, e que pernas...

– Eu achei curto demais. falei emburrado, tentando segurar a minha raiva.

– O que? Mas ele não é curto.

Eu acho que ela está precisando aprender a medir. Se ela não sabe a diferença entre grande e curto, teremos um grande problema.

– Pra mim está. Ele vai querer te levar pra outro lugar se continuar usando isso.

– Claro que não! Gabe, porque está assim?

Porque eu estou assim? Bem, vamos lá: estou com maldito problema com o Maxwell, meu pai me ligou cobrando conhecer a minha namorada, e a minha melhor amiga está saindo com um rapaz desconhecido, e ainda por cima com um vestido curto, que estava colado em seu corpo ainda por cima. Mas é claro que eu não iria falar para ela.

– Só estou preocupado com você. Você mal o conhece! E eu estou com muito trabalho no escritório. falei.

E ela veio com papo de que eu saia com muitas mulheres, mas porra, elas sabiam e sabem o que eu quero, e muita delas querem a mesma coisa. E eu sei me defender se acontecer alguma coisa comigo, mas e ela? E se esse cara fizer alguma coisa?

– Machista? Eu também sei me defender, mas eu também sei que não será preciso.

Cansei. Se ela quiser sair com ele que saia. Eu estou tentando ajudá-la, mas parece que eu sou o errado.

Pelo o que me parece o cara era pontual. Estava prestes a atender, quando vejo Emy correr na minha frente. Escuto-o dar boa noite, e vejo lhe dar um beijo em sua bochecha, seguido por um buquê de rosas vermelhas, as preferidas dela.

Ela agradece e corre para colocar em um vaso na cozinha. O tal George entra e me cumprimenta.

– Oi, eu sou George Adams. falou sorrindo.

– Gabe Hunter. falei seco.

– Você é o famoso advogado Gabe Hunter?

– O próprio. George, em que lugar você vai levar a Emy?

– Nós vamos jantar.

– Ah, sim. assenti, tentando não transparecer a minha raiva.

Ela chegou à sala, e ele foi elogiando. Eu, claro, não fiquei para trás.

– Ela é linda mesmo. Não é atoa que é a minha melhor amiga.

Ponto pra mim! Isso mesmo, George. Eu era o melhor amigo dela, eu a conhecia melhor do que ninguém.

– E ela é minha acompanhante da noite! o bastardo falou olhando pra mim.

Idiota! Ela é sua por essa noite, mas eu estou com ela todos os dias, todos!

– Vamos? ela perguntou.

– Daqui a pouco eu já vou embora. Eu tranco tudo por aqui.

Ela veio até a mim e me deu um beijo. Eu apenas sorri com aquele gesto. Sempre quando estava nervoso, os beijos dela estalados na bochecha era o melhor remédio.

– Obrigada! Você é o melhor amigo do mundo!

Eu apenas sorri e sussurrei em seu ouvido.

– Você está perfeita! A mulher mais linda do mundo! Boa sorte no seu encontro!

Ela sorriu e agradeceu. Saiu por aquela porta nervosa, já que ela sempre ficava quando iria se encontrar com alguém.

E eu? Era óbvio que eu estava ferrado com todos os meus problemas, e eu ainda nem tinha falado para a Emy se ela poderia ser minha namorada de mentira. Se eu iria embora? Claro que não! Iria esperar ela voltar para saber se chegou bem em casa, e se esse tal de George não tentou nada demais, afinal, ela é a minha princesa.


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Notas finais do capítulo

Fotinha dele: http://weheartit.com/entry/157714017/search?context_type=search&context_user=vivioszonics92&page=2&query=ryan+guzman



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