A festa estava acontecendo no jardim, já que ele era enorme e tinha um significado para nós. Estava tudo tão perfeito e decorado do jeito tão romântico. As luzes, as flores, a música... Ah, tudo tão bem planejado pelo meu noivo, quero dizer, marido. Meu querido e amado marido tinha deixado do jeito que eu sempre sonhei. Todos os nossos amigos e familiares estavam presentes, até o príncipe estava aqui, e não parava de correr atrás da Vic. Meus pais e padrinhos estavam mais animados do que qualquer outra pessoa aqui. Eles dançavam, bebiam e estavam se divertindo a cada segundo. Já eu, eu estou tentando cumprimentar os convidados, porque o senhor com quem eu acabei de me casar está praticamente grudado comigo. Gabe estava parecendo um carrapato de tão grudado que estava.

— Gabe, não precisa andar colado comigo, querido. – virei-me para ele, e sorri.

— Minha rainha, e se você cair? Deus me livre e acontecer alguma coisa com você e com os nossos filhos. Eu preciso te segurar!

Ele me chamou de rainha? Ai, esse homem me surpreende.

— Porque me chamou de rainha?

— Porque você agora é a rainha da minha vida. Sempre será minha princesa, mas agora é a rainha e eu o rei, e daqui a pouco irei te mostrar o meu mastro do poder.

— Gabe! – ele sempre dizia essas coisas em horas que não se devia dizer. – Quando eu achei que você seria apenas romântico, você solta uma piada.

— Piada é a minha melhor amiga, querida.

— E eu sei muito bem, marido.

— Ouvir você me chamar de marido é tão bom, assim como ouvir você gemer.

— Além de piadista é um safado!

— O seu safado! – sussurrou.

Ai, eu queria que as invejosas da escola vissem o homem com quem eu me casei. Sempre tem aquelas vacas que te fazem sentir mal durante toda a sua vida escolar, e algumas conseguem te fazer se sentir mal até quando saem do colégio, porque as coisas absurdas que elas diziam rondam a sua cabeça por anos. Elas sempre falaram que eu nunca me casaria, ou que ninguém iria se apaixonar, e agora eu estou com esse pedaço de pecado em forma de homem, apaixonado por mim e meu marido. Meu marido! Eu vou acordar e dormir com ele! Eu vou ter filhos com ele! Caramba, eu transo com ele! É muita sorte!

— Rindo do que? – perguntou.

— Ah, nada de importante, marido. – beijei-o. – O importante, é que agora somos apenas nós dois. É o nosso momento, Gabe, e eu quero aproveitar com você, nossa família e amigos.

— Eu queria aproveitar de outra forma, bem fundo e gostoso, mas você não quer ir.

— Eu te falei que ainda é cedo para irmos embora, Gabe. Temos que aproveitar a festa.

— Querida, de festa entre quatro paredes eu entendo. Sou o promoter do sexo. Do nosso sexo, claro. Eu tenho um jeito de abalar as estruturas do quarto, e sei tocar muito bem, se é que me entende.

Ah, eu entendo muito bem.

— A gente pode aproveitar a nossa festa, e depois irmos para a nossa festa particular.

— Eu acho maravilhoso, e vou contar os segundos para fazermos a cama tremer.

Eu ri dessa animação do Gabe, e eu não estava atrás. Era os hormônios, misturados com o tesão de vê-lo nesse terno e a saudade. Eu até queria sair daqui, mas eu queria aproveitar a nossa festa. Eu iria me casar só uma vez, e nós éramos o centro das atenções. Caramba, eu sou a noiva! Eu sou a noiva da vez! É muita emoção!

— Podemos acabar de cumprimentar os convidados? – perguntei.

— Claro! Eu vou pegar uma bebida, mas eu já volto.

E assim fizemos. Cumprimentamos e agradecemos um por um pela presença e nem precisei falar para se divertirem, porque já estavam fazendo isso. Lis veio correndo, e me abraçou fortemente.

— Amiga, eu estou tão feliz por você! – ela falava, alegre demais para a conta dela.

— E eu estou feliz por você estar comigo nesse momento, Lis. – sorri.

— Você e o Gabe são tão perfeitos! – ela girou, e quase caiu.

— Obrigada, amiga. E você está bem bêbada, né?

— Só um pouco.

— Sei. Não fique bêbada para tentar esquecer aquele idiota do seu ex.

Lis uma vez ficou bêbada por causa do término de um namoro. Ela bebeu tanto, que tivemos que levá-la ao hospital.

— Ei, eu não vou beber por causa daquele idiota. Ele não merece uma lágrima. Eu estou bebendo porque estou feliz pela minha melhor amiga e um dos meus amigos. Você e o Gabe se merecem!

— Eu sei. Eu e o Gabe somos almas gêmeas. – pensei no meu lindo marido.

— Eu quero ter uma alma gêmea.

— Lis, você tem, só falta prestar mais atenção ao seu redor. A sua alma gêmea pode estar muito perto de você. – apontei a cabeça para o George, que conversava com um dos convidados.

— Você acha? – ela perguntou. – Ele foi um fofo comigo, e eu fiquei encantada com ele, mas não sei se rola algo mais sério.

— Nunca vai saber se não tentar. Eu e o Gabe começamos de um jeito torto, mas estamos aqui. Quem sabe você e O George não fiquem juntos.

— Ele é um arraso de homem. E aquele sorriso, você percebeu? É de tirar o fôlego! – ela se abanou.

— Ele tem um lindo sorriso, mas o meu marido não pode nem sonhar que eu falei isso. – ri.

— Quem tem um lindo sorriso, Emily?- ixi, Gabe chegou e me chamou pelo nome.

— Você, meu amor. Lis estava falando que somos perfeitos juntos.

— Somos mesmo. Somos tão perfeitos, que Deus nos concedeu a honra de sermos pais de gêmeos. – beijou-me delicadamente.

— Que fofo! Bem, agora eu vou atrás do meu feliz para sempre. Tchau casal. – despediu-se e saiu.

— De quem ela está falando? – Gabe perguntou, abraçando-me.

— Do George. Digamos que eu dei uma ideia para ela para ela para investir nele.

— Bela ideia, porque ai o Gasparzinho para de ficar assombrando a nossa vida. Aliás, que história é essa de você convidá-lo?

— Não venha com isso, Gabe, porque você sabia muito bem do meu convite para ele.

— Eu sei, mas eu achei que você tinha desistido dessa ideia.

— Eu nunca desisto, querido. – sorri.

— Não sei o que eu faço com você, Emy.

— Eu sei, e não é bom.

— Porra, eu vou ter uma ereção na frente de todos, até do padre, que está olhando para nós. – ele acenou para ele. – Será que padre tem ereção?

— Gabe! Não fique pensando nisso, deve ser pecado.

— O que? É uma dúvida que eu tenho.

— Fique com ela.

— Seria legal se eu fosse perguntar, né?

Virei-me para ele e neguei com a cabeça.

— Não faça isso, pelo amor de Deus! – implorei.

— Emy, não irei fazer isso, mas eu fiquei com vontade.

Ufa!

***

Gabe colocou as mãos em minha cintura, e me levava com a maior leveza do mundo. Estávamos dançando a nossa primeira dança como marido e mulher, e Gabe havia escolhido Ed Sheeran para tocar, e eu fui ao delírio quando ele sussurrou ao meu ouvido um trecho da música.

Querida, eu te amarei

Até que tenhamos 70 anos

Amor, meu coração ainda se apaixonará tão fácil

Quanto quando tínhamos 23

*

Estou pensando em como

As pessoas se apaixonam de maneiras misteriosas

Talvez apenas o toque de uma mão

Eu me apaixono por você a cada dia

Eu só quero te dizer que eu estou

Posso dizer que sou a mulher mais sortuda do mundo? Eu não me canso de olhar para este homem, e agradecer a Deus por tê-lo colocado em minha vida. Se eu não o conhecesse, eu não seria nem metade do ser humano que eu sou. Gabe me dá forças, é o meu porto segura e meu mundo. Nosso destino estava traçado antes mesmo de nascermos, e o destino nos juntou, de um jeito meio torto, mas o importante era que estávamos juntos e felizes.

— Eu te amo, Emily! Eu não vivo sem o meu coração, e você é ele. Eu irei fazer de tudo para que você e os nossos filhos tenham tudo e que sejam felizes.

— Eu te amo, Gabe! Você é o homem dos meus sonhos, meu eterno herói e príncipe encantado. E eu já sou feliz, muito feliz, porque eu tenho você.

— Sempre terá, meu amor. – beijou-me, e eu escutei as palmas de todos.

— Posso dançar com a minha filha? – papai perguntou.

— Claro! – Gabe beijou-me, e deu espaço para o meu pai.

— Minha pequena cresceu, e é tão difícil acreditar que você não será mais a minha menininha e que você não irá precisar mais de mim.

— Pai, eu sempre vou precisar do senhor. Filhos são para sempre! Eu sempre serei a sua pequena e estarei ao seu lado. Você é o meu paizinho lindo, e eu amo o senhor mais do que a mim mesma. Além do mais, logo o senhor terá os seus netinhos ou netinhas, e ai será só festa e muito vovô pra lá e pra cá.

— Olha ai, eu já sou avô! Meu Deus, eu estou ficando velho!

— Velho? Só que não, pai. O senhor está lindão.

— Sua mãe gosta. – riu.

— O importante é isso, pai. – ri.

— Sabe, eu sabia que você seria do Gabe desde que você nasceu. O jeito que ele te olhou a primeira vez, o jeito que te segurou e sorriu para você, entregou que você havia o conquistado por completo. Eu conheço o Gabe desde que ele nasceu, e ele só foi completamente feliz quando você nasceu. O tempo foi passando, e eu achei que aquilo era coisa da minha cabeça, mas o Gabe te protegia como um animal feroz e tinha ciúmes até do ar. Até que vocês foram viajar e eu imaginei que poderia acontecer algo entre vocês. Eu nunca impedi um romance, porque eu confio nele e sei que ele não iria te magoar. E, bom, ele não fez isso, Emy, Gabe te defendeu de todo o mal que apareceu no caminho de vocês. Eu o tenho como um filho, e agora vocês são uma família. Eu tenho muito orgulho do que vocês construíram e vão construir ainda.

— Oh, papai, eu te amo muito! Eu quero que eu e o Gabe tenhamos a metade da felicidade que você e a mamãe têm.

— Vocês terão, acredite. – beijou a minha bochecha e me abraçou.

Era bom ouvir aquelas palavras do meu pai. Ele era sábio e o melhor pai que Deus me deu.

*

Eu dançava animadamente com as meninas, enquanto o Gabe ia pegar uma bebida para nós. Ele tinha me proibido de dançar com salto, então estava usando um chinelo. As meninas dançavam sem parar, e eu tentava acompanhar o ritmo delas, mas estava difícil por causa dos bebês. Minha barriga estava crescendo muito rápido e já estava pesando. Será que teremos um menino ou meninos aqui dentro? Se for, eu estou ferrada, porque o Gabe é alto e se puxarem ao pai... Meu Deus!

Eu olhei para os lados para procurar o Gabe, e o encontrei conversando com um dos caras da banda. O que será que ele está aprontando? No quesito criatividade, o Gabe ganhava disparado.

— Senhoras e senhores, iremos interromper por alguns minutos. – o moço entregou o microfone para o Gabe, que sorriu.

— Oi, pessoal! Eu espero que vocês estejam se divertindo, porque isso custou dinheiro. Brincadeira, gente. Podem se divertir ao máximo. Enfim, eu estou aqui para fazer uma homenagem a minha linda mulher. Emy, por favor, suba até aqui.

O que? Ai. Meu. Deus! O que o Gabe está aprontando?

— Sobe lá, Emy! – Beck me empurrou.

Fui até lá, e Gabe me ajudou a subir.

— O que você vai fazer, Gabe? – sussurrei.

Ele me ignorou e fez um sinal para o cara da banda.

— Emy, eu quero que cante comigo essa música, pois ela fala o quão sortudo eu sou.

Meu Deus, os toques de Lucky da Colbie Caillat e do Jason Mrarz. Essa música era a nossa cara, ele está cantando pra mim. Meu Deus! Ele cantava, e olhava diretamente nos meus olhos.

Garoto, eu te escuto nos meus sonhos

Escuto seu sussurro através do mar

Eu mantenho você comigo no meu coração

Você torna isso mais fácil quando a vida fica difícil

*

Tenho sorte estou apaixonada pelo meu melhor amigo

Sorte por ter estado onde estive

Sorte por estar chegando em casa de novo

OOhh oh oh oh ooh ooh ooh ooh

Cantávamos como se estivéssemos apenas nós dois. Era uma conexão forte que tínhamos e que só a gente entendia.

Gabe colocou uma flor no meu cabelo, e pegou as minhas mãos. Ele cantava tão bem, e sussurrava algumas palavras no meu ouvido. Era um amor tão único, que eu não sei explicar o sentimento. Amor era pouco para o que sentíamos um pelo outro.

Assim que acabamos, ele me beijou delicadamente, como se houvesse apenas nós dois na nossa bolha.

— Eu te amo a cada segundo, minha melhor amiga.

— Eu te amo a cada segundo, meu melhor amigo.

Ele agachou, e beijou a minha barriga, e eu sorri com aquela imagem. Meus grandes amores.

*

— Emy, eu tenho uma surpresa para você.

— Outra, Gabe? Você não cansa de me surpreender? – perguntei, abraçando-o.

— Eu vou viver para fazer surpresas para você, minha linda.

Ok, eu me derreti toda!

— Hora de cortar o bolo! – ele falou, animado.

Fomos até a mesa, e eu me deparei com dois bolos.

— É o nosso...

— Bolo de chocolate, Emy. Ele não poderia faltar. Quando casávamos de mentirinha ele estava presente, e não poderia faltar no nosso casamento de verdade.

— Eu amei! – beijei-o.

Cortamos os bolos, e Gabe me deu um pedaço de bolo na minha boca, e eu repeti o gesto. Esse bolo tinha um sabor especial, porque representava nós dois.

Tiramos milhões de fotos e de vários jeitos, principalmente do Gabe beijando a minha barriga.

Era a hora do buquê, e as meninas estavam eufóricas, até a minha madrinha e minha mãe estavam no meio.

— Eu vou jogar! 1, 2 e... Será que eu jogo?

— Sim! – gritaram.

— Então vamos lá! 1, 2 e... 3. – joguei, e quando eu me virei, Lis estava com ele nas mãos, e Gabe empurrava o George para o lado dela e falava alguma coisa para os dois.

Lis estava sorrindo, e George tinha um brilho nos olhos.

— Ótimo, agora podemos ir, não é? Por favor, podemos ir, Emy.

— Ok! Podemos ir, Gabe!

— Graças a Deus! – sorriu.

Despedimo-nos de todos os convidados, e agradecemos a presença de todos.

— Agora vem a melhor parte: a lua de mel.

— Está ansioso? – perguntei.

— Você não imagina o quanto! As paredes vão tremer, querida.

— Jura, maridinho safado?

— Ah, eu juro e cumpro, esposinha gostosa. – falou, mordendo o meu pescoço.

Ai, essa lua de mel promete.

Gabe

A festa estava do jeito que eu havia planejado e que a Emy sonhava. Tudo tinha que sair do jeito que eu sabia que ela sempre quis e eu iria fazer de tudo para realizar esse sonho. Nossa família dançava animadamente, e nem preciso dizer da vovó, que já tinha falado com a Emy sobre os bisnetos. Vic estava suada de tanto correr, e eu aposto que o príncipe deve esta pedindo socorro de tão cansado eu deve estar.

Emy reclamava que eu estava grudado demais com ela, mas o que eu posso fazer? Eu queria saber se estava tudo bem com ela, ou alguma outra coisa chamado George, o fantasminha descarado. Sim, ele é um fantasma que aparece a ainda vem ao meu casamento.

— Gabe, não precisa andar colado comigo, querido. – virou-se para mim, e sorriu.

— Minha rainha, e se você cair? Deus me livre e acontecer alguma coisa com você e com os nossos filhos. Eu preciso te segurar!

Sim, eu a chamei de rainha, porque ela subiu de cargo na minha vida. Brincadeira. A Emy sempre seria a minha princesa, mas no meu castelo, ela agora é a rainha e eu o rei.

— Porque me chamou de rainha?

— Porque você agora é a rainha da minha vida. Sempre será minha princesa, mas agora é a rainha e eu o rei, e daqui a pouco irei te mostrar o meu mastro do poder.

Um belo mastro. Querem ver? Brincadeira. Não posso mais mostrar para ninguém, a não ser para a Emy.

— Gabe! Quando eu achei que você seria apenas romântico, você solta uma piada.

— Piada é a minha melhor amiga, querida.

— E eu sei muito bem, marido.

O som da voz dela me chamando de marido me faz ter orgasmos.

— Ouvir você me chamar de marido é tão bom, assim como ouvir você gemer.

— Além de piadista é um safado!

— O seu safado! – sussurrei.

Um belo safado, diga-se de passagem, mas eu sou todinho dela. Olhei para a Emy, que sorria de alguma coisa. Ah, esse sorriso safado que eu amo.

— Rindo do que? – perguntei.

— Ah, nada de importante, marido. – beijou-me. – O importante, é que agora somos apenas nós dois. É o nosso momento, Gabe, e eu quero aproveitar com você, nossa família e amigos.

— Eu queria aproveitar de outra forma, bem fundo e gostoso, mas você não quer ir.

Não me levem a mal, mas eu quero transar com a minha mulher. A nossa primeira transa como marido e mulher. Isso vai ser foda, mas ela não quer ir embora agora e eu não quero uma simples rapidinha.

— Eu te falei que ainda é cedo para irmos embora, Gabe. Temos que aproveitar a festa.

Festa. Eu posso fazer a maior festa em um quarto, e é só ela pedir.

— Querida, de festa entre quatro paredes eu entendo. Sou o promoter do sexo. Do nosso sexo, claro. Eu tenho um jeito de abalar as estruturas do quarto, e sei tocar muito bem, se é que me entende.

Vocês me entendem, né? Eu toco como ninguém, e é uma maravilha.

— A gente pode aproveitar a nossa festa, e depois irmos para a nossa festa particular.

Já que não tem outro jeito.

— Eu acho maravilhoso, e vou contar os segundos para fazermos a cama tremer.

— Podemos acabar de cumprimentar os convidados? – perguntou.

— Claro! Eu vou pegar uma bebida, mas eu já volto.

Peguei uma água pra ela, e fomos acabar de cumprimentar o pessoal. Assim que estavam todos devidamente cumprimentados, eu fui pegar uma bebida pra mim. Emy estava conversando com a Lis, então eu a deixei um pouco, só um pouco.

Fiquei observando o pessoal, e todos estavam se divertindo. Meus pais e padrinhos estavam animados; a Vic corria e dançava com o príncipe e a minha vó ria sem parar de alguma coisa. Não vi Joan, graças a Deus, mas vi o fantasminha descarado do George. Ele conversava com alguém, mas eu sinto que olhava para outra coisa, e eu espero que não seja para a Emily, porque o pau vai quebrar. Ela agora é uma mulher casada, e merece respeito. Não, eu ainda não gosto dele, e não sei se terá a minha simpatia. Talvez um dia agente se dê bem, mas não será hoje e nem amanhã. Voltei para lá, e ela estava dizendo que alguém tinha um sorriso bonito. Quem será?

— Quem tem um lindo sorriso, Emily?

— Você, meu amor. Lis estava falando que somos perfeitos juntos.

— Somos mesmo. Somos tão perfeitos, que Deus nos concedeu a honra de sermos pais de gêmeos. – beijei-a delicadamente.

— Que fofo! Bem, agora eu vou atrás do meu feliz para sempre. Tchau casal. – despediu-se e saiu.

— De quem ela está falando? – perguntei.

— Do George. Digamos que eu dei uma ideia para ela para investir nele.

— Bela ideia, porque ai o Gasparzinho para de ficar assombrando a nossa vida. Aliás, que história é essa de você convidá-lo? – era o nosso casamento, essa coisa aparece.

— Não venha com isso, Gabe, porque você sabia muito bem do meu convite para ele.

— Eu sei, mas eu achei que você tinha desistido dessa ideia.

Tinha aquela pontada de esperança, né?

— Eu nunca desisto, querido. – sorriu.

— Não sei o que eu faço com você, Emy.

— Eu sei, e não é bom.

Caralho! Essa mulher que eu goze nas calças? Puta que não me pariu! O padre estava olhando para nós, e eu quase explodindo a calça. Isso é pecado, né? Foda!

— Porra, eu vou ter uma ereção na frente de todos, até do padre, que está olhando para nós. – acenei pra ele, que sorriu e voltou a conversar com o meu pai. – Será que padre tem ereção?

O que? Gente, eu sempre tive curiosidade para saber isso. Padre é homem, e eu conheço a mente masculina, porque eu tenho quase todos os pensamentos.

— Gabe! Não fique pensando nisso, deve ser pecado.

Ixi, verdade! Perdão, Deus! Será que eu tenho que me confessar?

— O que? É uma dúvida que eu tenho.

— Fique com ela.

— Seria legal se eu fosse perguntar, né? – eu pensei em ir até lá, mas não sei se teria coragem de falar.

— Não faça isso, pelo amor de Deus! – implorei.

— Emy, não irei fazer isso, mas eu fiquei com vontade.

Quem não tem vontade de tirar uma dúvida com alguém, né? Teve uma vez que eu perguntei para a minha professora se, todas as vezes que ela chegava feliz na escola era porque ela tinha transado. Não aconteceu nada comigo, eu apenas fui para a diretoria e fiquei de suspensão. Só isso, mas ela não respondeu a minha pergunta.

***

Era a hora da dança. Eu dançava, mas não era um bailarino de primeira. Fiz algumas aulas para não passar vergonha na frente de todos, e eu acho que estava dando resultado. Eu a levava com uma leveza, e não tinha pisado em seu pé, graças a Deus. Quando eu dei a ideia da música, eu não pensei duas vezes e escolhi uma do Ed Sheeran. Essa música era tão nossa. Sussurrava alguns trechos no ouvido dela, e eu via o quanto ela ficava arrepiada.

Querida, eu te amarei

Até que tenhamos 70 anos

Amor, meu coração ainda se apaixonará tão fácil

Quanto quando tínhamos 23

*

Estou pensando em como

As pessoas se apaixonam de maneiras misteriosas

Talvez apenas o toque de uma mão

Eu me apaixono por você a cada dia

Eu só quero te dizer que eu estou

Eu a amarei até o fim de todas as vidas que eu tiver. Ela seria a primeira e última mulher da minha vida. Sou um homem abençoado por tê-la e por ter a sua amizade e o seu amor.

— Eu te amo, Emily! Eu não vivo sem o meu coração, e você é ele. Eu irei fazer de tudo para que você e os nossos filhos tenham tudo e que sejam felizes.

— Eu te amo, Gabe! Você é o homem dos meus sonhos, meu eterno herói e príncipe encantado. E eu já sou feliz, muito feliz, porque eu tenho você.

— Sempre terá, meu amor. – beijei-a, e nós escutamos as palmas de todos.

— Posso dançar com a minha filha? – meu padrinho pediu, e eu não poderia negar um pedido dele.

— Claro! – beijei-a e sai.

Fiquei olhando os dois conversarem, até que eu senti a presença da minha mãe. Ela me abraçou e começou a chorar.

— Mãe, está tudo bem? – perguntei, preocupado.

— Eu estou muito feliz por vocês, meu amor. Meu bebê casou!

— Mãe, eu não sou seu bebê faz muito tempo. – ri.

— Eu sei, mas você sempre será o meu bebê. Você foi muito desejado por mim e pelo o seu pai. Quando eu descobri que estava grávida, eu chorei e ria de emoção. Eu teria um bebê! Você foi feito e criado com muito amor, Gabe. E eu fico orgulhosa por saber que você foi para o caminho do bem, e que hoje é um homem casado, feliz e que será pai.

— Mãe, eu sou tudo isso porque eu tive uma família maravilhosa. Você e o papai são tudo pra mim, e eu devo a minha vida a vocês. Vocês me deram uma boa educação, me deram amor, bronca e comida, que é mais importante. – ri. – Eu te amo, mãe! Você será uma excelente avó, e de gêmeos.

— Estou bem ansiosa para isso. – abraçou-me.

— Eu também estou, mãe. – sorri.

***

Emy dançava animadamente com as meninas, enquanto eu estava bebendo tranquilamente um drinque. A festa rolava bem animada, e a bandava tocava grandes sucessos. Olhava para os convidados, quando me deparei com a cena mais assustadora da minha vida: Joan dançando. Sangue de Jesus em poder sobre essa pobre coitada, ela não sabe da vergonha que está passando. Ela está parecendo um bonecão do posto, só que com os braços pequenos. Não rebole, pelo amor de Deus! Meu pai, que isso? Que imagem aterrorizante. O que? Ela está tentando seduzir um pobre rapaz? Coitado! Fique na luz, não vá para a escuridão, rapaz. Não vai a onde dela! Eu deveria ir avisá-lo? Não, eu gosto de ver o circo pegar fogo.

— Gabe! – olhei para o lado, e George estava me chamando.

— Oi! – mantenha a calma, Gabe!

— Olha, eu sei que a gente não se dá muito bem, e eu te entendo, porque eu iria ficar do mesmo jeito.

— Ah, que lindo! Você é tão compreensível, George. Fico até emocionado.

— Nunca deixa o sarcasmo de lado, né?

— Não, porque matar ainda é crime. Quem sabe um dia, não é?

— Eu sei que você está incomodado com a minha presença, mas foi a Emy que pediu para que eu viesse.

— A Emy tem ataques de loucura, sabia. Não se deve confiar nela quando ela tem isso.

— Eu quero que saiba que o meu sentimento por ela mudou. Eu a tenho como uma irmã e amiga. Ela é muito especial pra mim, e eu não quero perder a amizade dela. E eu também estou de olho em outra garota.

— Aleluia! Olha, milagre existe. Quem a garota?

— A Lis, amiga da Emy.

— Jura? Uau! A Lis é uma garota muito linda e especial pra mim. Ela é minha amiga, e eu espero que você não a faça sofrer, senão eu furo os seus olhos com as unhas dela. – sorri.

— Eu fiquei com medo, mas eu não fazer nada que ela não queira. A Lis me encantou de um jeito, que eu quero conhecê-la melhor.

— Vá em frente, e não esquece a camisinha. – ri. – Brincadeira.

— Foi bom falar com você, George, mas agora eu preciso fazer uma coisa. – me senti maduro depois dessa conversa. Eu não briguei, então é sinal que estou crescendo, mentalmente.

Eu iria fazer uma surpresa para a Emy. Escolhi uma música que uma vez cantamos, e na época rimos dela, porque era algo que não iria acontecer com a gente. Conversei com o pessoal da banda, e eles concordaram com a minha ideia.

— Senhoras e senhores, iremos interromper por alguns minutos.

— Oi, pessoal! Eu espero que vocês estejam se divertindo, porque isso custou dinheiro. Brincadeira, gente. Podem se divertir ao máximo. – ri. - Enfim, eu estou aqui para fazer uma homenagem a minha linda mulher. Emy, por favor, suba até aqui.

Ela olhava assustada pra mim, e eu achei que ela não fosse subir, até que a Beck a empurrou.

— O que você vai fazer, Gabe? – sussurrou.

Fiz um sinal para o músico, e ele começou a tocar.

— Emy, eu quero que cante comigo essa música, pois ela fala o quão sortudo eu sou.

Garoto, eu te escuto nos meus sonhos

Escuto seu sussurro através do mar

Eu mantenho você comigo no meu coração

Você torna isso mais fácil quando a vida fica difícil

*

Tenho sorte estou apaixonada pelo meu melhor amigo

Sorte por ter estado onde estive

Sorte por estar chegando em casa de novo

OOhh oh oh oh ooh ooh ooh ooh

Estávamos na nossa própria bolha particular. Eram nós e mais ninguém. Eu olhava em seus olhos, e sentia o amor que tínhamos um pelo outro. Coloquei uma flor em seu cabelo, deixando mais linda e natural. Sussurrei palavras ao sue ouvido, e cantei o refrão, demonstrando o meu amor por ela.

— Eu te amo a cada segundo, minha melhor amiga.

— Eu te amo a cada segundo, meu melhor amigo.

Agachei-me, e beijei a sua barriga. Eu queria passar o meu amor para os meus filhos. Que eles sentissem o quão feliz os pais deles estão. Era um amor quadriplicado e único.

*

— Emy, eu tenho uma surpresa para você.

— Outra, Gabe? Você não cansa de me surpreender? – perguntou, abraçando-me.

— Eu vou viver para fazer surpresas para você, minha linda.

O que não pode faltar em uma festa? Comida! Então, eu pedi para que a minha madrinha preparasse a nossa sobremesa favorita: o bolo de chocolate. Ele tinha um significado para nós, e não poderia faltar em um dos momentos mais importantes das nossas vidas.

— Hora de cortar o bolo! – falei, animado.

Quando ela olhou e viu que tinham dois bolos, ela abriu a boca.

— É o nosso...

— Bolo de chocolate, Emy. Ele não poderia faltar. Quando casávamos de mentirinha ele estava presente, e não poderia faltar no nosso casamento de verdade.

— Eu amei! – beijou-me.

Eu peguei um pedaço e coloquei em sua boca. Eu queria era lambuzar aquele chocolate sobre o corpo dela, mas reprimi esses pensamentos, por enquanto.

***

Emy estava preparada para jogar o buquê, e eu só vi o mar de mulheres esperando para pegá-lo. Alex e eu ríamos do desespero delas, porque ali não existia amizade, era soco, pontapé e porrada. Até as minha mãe e madrinha estavam nesse meio.

— Eu vou jogar! 1, 2 e... Será que eu jogo?

— Sim! – gritaram.

— Então vamos lá! 1, 2 e... 3.

A Emy jogou, e eu vi que iria cair nas mãos da Joan! Não! Ela iria infernizar a vida de alguém. Eu tinha que fazer alguma coisa. Já sei! Empurrei a Joan para lado, e empurrei a Lis em direção ao do buquê. Isso! Ele caiu certinho nas mãos dela. Puxei o George, que ria sem parar.

— Olha que lindo, Lis. O sopro de Deus te trouxe um buquê. Isso é o destino, não é, George?

— Com certeza. – sorriu para ela.

— Isso é sinal, sabia? Vocês devem ficar juntos. A mão de Deus quer uni-los. Casem-se, tenham filhos e me chamem para o casamento, já que você veio para o meu. Até logo!

Joan me olhava sem entender, e eu sorri, mas fazendo uma oração para que ela não viesse até a mim.

— Ótimo, agora podemos ir, não é? Por favor, podemos ir, Emy. – perguntei, querendo ir embora dali e aproveitar a minha esposa.

— Ok! Podemos ir, Gabe!

— Graças a Deus! – sorri.

Despedimo-nos de todos os convidados, e agradecemos a presença de todos.

— Agora vem a melhor parte: a lua de mel.

— Está ansioso? – perguntou.

— Você não imagina o quanto! As paredes vão tremer, querida.

— Jura, maridinho safado?

— Ah, eu juro e cumpro, esposinha gostosa. – falei, mordendo o seu pescoço.

É hoje que eu enlouqueço essa mulher. Essa lua de mel vai ter surpresas e muito amor. Ah, muito suor, gemido e cama rangendo até não querer mais. Que venha a minha lua de mel.