Eternamente escrita por Mayara


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Amores, espero que gostem da minha nova história.
Beijos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/564001/chapter/2

Mais uma semana estava começando, e não via a hora de ir à escola aonde eu dava aula. Aquele lugar era tão especial, desde quando eu fazia estágio, e hoje acabei virando professora. Sinto orgulho e muito feliz pela profissão que escolhi, porque ensinar é como um dom que você nasce ou não, e graças a Deus, eu nasci com vontade de ensinar crianças. Não vou dizer que é fácil, pois já passei por alguns perrengues, mas tudo se resolvia no final.
Estava tomando o meu café da manhã, o meu tão querido café, que era sagrado, pois acho que sem ele eu não consigo acordar, ou me movimentar durante o dia, fora a dor de cabeça que me dá quando não tomo todos os dias. Deve ser a maldita cafeína que me fez ficar viciada, mas que era bom, ah... Isso era. Assim que me levantei meu telefone tocou, e eu já sabia muito bem quem era, pois aquela ligação era como o meu café... Sagrado.
– Bom dia, príncipe! falei animadamente ao telefone, sem precisar olhar o identificador de chamadas.
– Princesa, bom dia! Gabe falou, um pouco desanimado.
– O que aconteceu com o todo poderoso Gabe Hunter? perguntei preocupada.
– É segunda, e você sabe que eu não gosto de segundas.
– É claro que eu sei. Mas ninguém mandou você ficar até tarde em alguma balada no sábado e acordar tarde ontem. Você sabe no que dá, Gabe.
– Argh, eu sei... Mas o meu sábado valeu a pena, sai com duas gatinhas, que olha...
– Ah Gabe, poupe-me dos detalhes sórdidos da sua noite com essas... Moças.
– Somos amigos, e eu nunca escondo nada de você, e sobre elas não seria diferente.
– Ok. Olha, eu estou acabando de me arrumar para ir à escola.
– Estou chegando a frente ao seu prédio.
– Estou descendo.

Fiquei esperando no saguão do prédio, até que eu avistei o seu Audi SUV preto. Caminhei até ele, e parecia que as pessoas que passavam todos os dias por ali não haviam se acostumado com aquele carro, já que era grande e bonito demais.
– As pessoas ainda olham para o carro como se ele fosse se transformar no Optimus Prime. falei sorrindo.
– Logo eles acostumam, apesar de que eu posso vir com outro carro, se você quiser.
– Não precisa, logo o meu carro estará de volta.
– Princesa, eu já te falei que se você quiser eu compro um carro pra você, até porque aquele já está bem velhinho.
– Hey, não fale mal o meu bebê. Eu gosto dele, e ele sempre me fez companhia e nunca me deixou na mão.
– Até algumas semanas atrás.
– Eu sei, eu sei... Mas ele sempre esteve comigo, e com você também. Ou se esqueceu de que quando você não tinha carro, andava com o meu bebê também?
– Não esqueci Emy. Ele foi nosso companheiro no começo da faculdade, mas está na hora de aposentar, comprar outro carro, e eu posso te ajudar com...
– Não! Eu vou continuar com ele, até que eu possa comprar outro, mas com o meu dinheiro.
– Como você é teimosa, viu. falou bravo.
– Você sabe que sim. Vamos mudar de assunto? falei, dando um sorrisinho.
– Claro. Preparada para as férias? ele perguntou, sem tirar os olhos da rua.
– Sim, apesar de que vou sentir falta das minhas crianças. Mas eu realmente quero férias, para poder descansar a minha cabeça e meu corpo. Relaxar totalmente, sem pensar em mais nada... falei sorrindo.
– Uau, então você já tem um destino para uma viagem? perguntou curioso.
– Não, ainda não. Tenho tempo, já que as férias só começam em duas semanas. E você, sabe aonde vai passar as férias?
– Trabalhando.
– Nada disso, você irá descansar também. Todas as férias você só trabalha e trabalha, mesmo não estando no escritório.
– Eu não tenho culpa que tenho tanto trabalho, mas eu posso sair nos finais de semana, e curtir com algumas colegas.
– Colegas? É assim que você as chama?
– Claro. As que eu sempre transo são as minhas colegas de prazer, e tem as novatas, que podem se tornar fixas. disse piscando.
– Gabe pelo amor de Deus! Você não muda, não é?! falei incrédula.
– Mudar? Pra que? Estou bem assim.
– Se você diz... dei de ombros, tentando acabar com aquele assunto.
Gabe é o meu melhor amigo, acho que não existe e nem existirá pessoa que me entenda melhor do que ele. Sempre fomos como queijo e goiabada, inseparáveis. Porém, eu sabia que faltava algo nele, algo que ele não queria nunca admitir que estivesse faltando... O amor. Ele era um cara totalmente lindo, forte, muito forte, mas não levava as mulheres com seriedade. Para ele, era só diversão e não passava disso, apesar de que eu cheguei a conhecer algumas dessas mulheres fixas, e elas eram realmente a beleza em pessoa. Sempre com as curvas perfeitamente desenhadas, coxas bem malhadas, altas, e totalmente o oposto do que sou, era esse tipo de mulheres que ele gostava de ter algum tipo de relacionamento, quer dizer, o relacionamento mais longo que ele já teve com alguma delas foi de um mês. Achei tempo até demais para esse caso deles, e a moça era estonteante, muito linda e poderia causar inveja em qualquer mulher que estivesse perto. Ele nunca tentou nada comigo, muito pelo contrário, sempre respeitou a nossa amizade, e me respeitava como mulher, afinal, nos conhecemos desde sempre, e eu sei os seus segredos, e ele sabe os meus... E eu agradeço por tê-lo comigo todos esses anos, pois sem ele, acho que não sei o que seria de mim, a princesa dele, como ele adora me chamar.
– O que a princesa tanto pensa, hein? ele perguntou, fazendo meus pensamentos irem embora.
– Na nossa amizade. falei sorrindo.
– Está pensado se é bom ou não ser a minha amiga?
– Claro que não, seu bobo. Estava pensando em quanto nos conhecemos.
– Isso é verdade. Acho que nem minha mãe me conhece tanto como você.
– E isso é bom, imagina a tia sabendo dos seus casos com essas parceiras fixas.
– Deus me livre! Ela me mata!
– Mata mesmo. Estou até imaginando ela falando para você: como assim parceiras fixas? Você tem que arrumar uma namorada. Logo estará velho, e eu quero netos, muitos netos... falei, imitando a voz certinha da minha tia.
– Princesa, você conviveu muito com a minha mãe, porque até a voz dela você sabe imitar. gargalhou.
Não demorou muito para que ele chegasse à escola. Ele desligou o carro, e virou-se para mim.
– Princesa, eu te pego no horário da saída.
– Gabe, eu posso pegar um táxi, ou ir de ônibus.
– Nada disso. Hoje o escritório está tranquilo, então faço questão de te buscar.
– Jura? Você sabe que eu não me importo de ir de táxi, ou ir de carona com alguma colega de trabalho.
– Eu sei disso, mas eu me importo. Eu quero vir te buscar, e mesmo se estivesse cheio de coisas para fazer, você seria a minha prioridade.
– Eu te amo, sabia?
– Sabia sim, quem não me ama?
– Convencido!
– Também.
– Tenho que ir. Obrigado pela carona, e até daqui a pouco.
– Até, princesa.
Despedimos-nos com um abraço e ele com um beijo em minha testa, assim como sempre fazíamos.
Do mesmo jeito que as pessoas que passavam a frente do prédio onde eu morava, as pessoas que passavam perto da escola, ou as pessoas que trabalhavam na escola também olhavam para o carro com uma certa dúvida. Acho que eles pensavam: Nossa, como será que ela conseguiu um carro desse? Ou, nossa, como será que ela conseguiu fisgar alguém que tem um carro desses. Eu sei disso, porque já escutei algumas mães e babás falando. Eu não me importo mais com esses comentários, apesar de que no começo eu fiquei brava com toda essa fofoca da minha vida, mas, o Gabe era o meu amigo, e não delas.
Fiquei esperando os meus alunos na sala de aula, e não demorou para que todos estivessem presentes. Saímos para fazer toda a rotina, e seguimos para a sala de aula.
A parte da manhã foi normal. Eu dava aula para o primeiro ano do fundamental I, então eles não me chamavam de professora, era só tia Emy pra cá, e tia Emy pra lá, fora quando não me chamavam só de tia, ou até de mãe. Aquelas crianças eram incríveis, e eu iria sentir muita falta deles.
– Meus amores, como foi o final de semana de vocês? eu sempre fazia essa pergunta, porque era legal eles falarem como era a rotina na casa deles, e era importante eles falarem e saberem respeitar o outro para começar a falar.
– Tia Emy, no sábado, eu fui ao aniversário da minha prima? Loren disse. Ela era uma menina encantadora, com seus cabelos loiros e seus grandes olhos castanhos.
– Jura Loren? Amores, a Loren foi ao aniversário da prima dela, não é legal?
– Sim! responderam em uníssono.
– Querida, venha aqui na frente da sala, e nos fale como estava o aniversário.
Loren foi, e contava tudo, nos mínimos detalhes. E assim, todos foram e falaram o que tinha acontecido de mais interessante no final de semana.
O resto do dia foi cercado de atividades para eles. Enquanto eles faziam aulas de natação, balé e futebol, eu adiantava as atividades e corrigia as lições de casa.
– Emy, está ocupada? perguntou Joan.
– Pode entrar.
Joan era uma das minhas colegas de trabalho. Ela sempre dava um jeito de ir conversar comigo.
– Como foi o final de semana? perguntou.
– Normal. Fiquei em casa, assistindo filme e engordando. falei sorrindo.
– Como sempre, Emy. E o seu amigo gatão?
– Gabe saiu.
– Você um dia tem que me convidar para sair com você, ai chama o bonitão.
– Só marcarmos.
– Emy, jura que nunca aconteceu nada entre vocês? perguntou curiosa.
– Eu já disse que não, Joan. Ele é meu melhor amigo, como se fosse um irmão pra mim.
– Ah, se eu tivesse um irmão como ele, com certeza, eu me bateria. Ele é muito lindo, fora aquele corpo, aqueles olhos profundos, aqueles cabelos loiros escuros...
– Terra chamando Joan...
– Desculpe-me, mas é impossível não ficar lembrando-se daquele advogato.
– Advogato? gargalhei.
– Você ri porque convive com ele diariamente, mas eu sofro sabia. Vendo-o e não podendo ter aquele corpo pra mim.
– Ok, Joan. Vamos mudar de assunto.
Joan era maluquinha pelo Gabe, e seu assunto preferido era sobre ele. Eu nunca cheguei a falar para ele sobre essa paixão platônica dela para ele. Com certeza ele iria gostar de saber que é desejado por alguém do meu trabalho.
Era hora de ir embora, e me esperei todos os meus alunos irem embora para eu poder ir também. Gabe já estava estacionado, e esperava do lado de fora do carro. Seu terno que deve ter custado uma fortuna, estava meio amarrotado, seu cabelo bagunçado, e sua gravata estava frouxa. Assim que me viu, acenou.
– Desculpe a demora, mas esperei todos os meus alunos irem embora.
– Atenciosa como sempre, princesa. disse me dando um beijo na testa, e um abraço apertado. Vamos?
– Sim.
O caminho todo, ficamos conversando como tinha sido o nosso dia. Ele estava comentando sobre um caso que estava tentando adiantar o máximo que podia, para poder aproveitar as férias.
Chegamos ao meu apartamento, e subimos. Tínhamos a rotina de toda segunda jantar na casa do outro, e algum outro dia da semana jantar em algum restaurante.
– O que teremos para o jantar? ele perguntou abrindo a geladeira.
– Macarrão?- perguntei.
– Não, você está cansada. Podemos pedir pizza.
– Não precisa Gabe, eu posso cozinhar.
– Eu sei que pode princesa, mas você está cansada, e quero que descanse. Tudo bem? perguntou, enquanto sorria para mim.
– Tudo bem. Eu vou tomar um banho, se quiser pode ir. Acho que tem roupa sua aqui.
– Ok. Vou pedir a pizza. Não demore no banho, hein!
– Eu nunca demoro. saí dando risadas
Tomei um banho considerável rápido. Coloquei o meu pijama e fui para a sala. Gabe estava descalço, e havia tomado banho no outro banheiro que tinha no apartamento. Estava com uma calça de moletom, e sem camisa, sim, sem camisa. Dava para ver os belos gominhos da sua barriga e seus poucos pelos, e o seu caminho da felicidade estavam chamando a atenção. Suas costas largas tinham algumas pintas, e até poderiam formar um desenho, e elas ainda tinham alguns pingos dágua. Eu fiquei alguns segundos admirando-o, até cair em si, e lembrar que ele era o meu amigo, meu melhor amigo. Eu já o tinha visto sem camisa, mas porque estava com esses pensamentos?
– Droga Emy, você fica tendo essas conversas com a Joan, e depois fica com coisas na cabeça. pensei. Ele é seu amigo, então pare de ter caraminholas na cabeça. E você já o viu sem camiseta.
– Cheguei. falei, tentando parar de pensar sobre os gominhos perfeitinhos, e o caminho da felicidade do meu melhor amigo.
– Finalmente. Eu já estava indo te buscar naquele banheiro.
– Não precisa. E ai, já pediu a pizza?
– Já, ela deve estar chegan...
– Chegou. Deixa que eu abro a porta.
– De jeito nenhum. falou carrancudo.
– Por quê?
– Você viu o tamanho do seu pijama? É perigoso o cara querer entrar e comer a pizza com a gente, ou querer comer outra coisa.
– Gabe! Claro que não, eu sempre usei esse pijama.
– Usou quando eu não estava aqui, mas hoje eu estou então, eu abro a porta. disse indo em direção à porta.
– Homens. reclamei.
Sentei-me no sofá, e fiquei esperando ele chegar com a pizza. Em cima da mesa havia copos, guardanapos, e uma garrafa de refrigerante.
– Prontinho. disse, trazendo a pizza, e sentando ao meu lado.
Não quis olhar para ele. Sei que parecia infantil, mas ele me proibir de abrir a porta por causa de um pijama? Era demais!
– Vai ficar brava comigo?
Eu não respondi. Fiquei ali com a cara virada para a parede.
– Poxa Emy, vai ficar brava comigo por aquilo?
– Aquilo? Você me proibir de abrir a porta do meu próprio apartamento, só porque eu estava de pijama.
– Eu não te proibi, eu só pedi para não abrir dessa vez. E não é porque você está de pijama, é porque você está com esse pijama.
– Hum... foi a única coisa que eu consegui responder.
– Não vai conversar princesa? Então acho que vou ter que apelar para algo mais grave.
Grave? O que será que ele iria fazer? Gabe quando quer algo, ele consegue.
– Isso.
Ele começou a me fazer cócegas e mais cócegas. Aquilo era o nível mais alto de pedidos de desculpas, ou para um voltar a falar com o outro. Eu não suportava nem um segundo de cócegas, e já pedia para parar.
– Para Gabe, por favor! Eu não estou aguentando. falei entre uma gargalhada e outra.
– Vai voltar a falar comigo?
– Sim, sim. Mas pare.
Eu estava sem fôlego, enquanto ele ria sem parar. Ficamos deitados no carpete, até a minha respiração voltar ao normal.
– Você não aguenta um segundo de cócegas, princesa.
– Eu nunca consegui suportar muito tempo, e você ainda usa esse método de persuasão.
– É o único que faz com que você faça o que eu quero. E eu sempre consigo, sempre mesmo.
– Você usa desses métodos com as suas colegas? perguntei rindo.
– Oh não, com elas o método é mais forte e duro, já você é minha amiga e não posso ser assim com você. Bem, você não iria querer saber, e nem experimentar.
Droga! Aqueles pensamentos pervertidos novamente me veem à tona. Ele é seu amigo Emily, seu irmão.
– Vamos comer? eu falei, tentando para de pensar nos outros métodos que ele usava.
– Vamos. Eu estou morrendo de fome.
Durante o jantar assistimos alguns filmes que estavam passando na televisão. Rimos bastante e conversamos mais ainda.
Gabe decidiu dormir aqui. Fui arrumar o quarto de hóspedes, enquanto ele lavava a louça e guardava.
– Prontinho princesa, a cozinha está impecável.
– Que dono de casa prendado. Já pode casar. - brinquei.
– Casar? perguntou engasgando.
– Brincadeira. Sua cama está arrumada.
– Obrigado princesa! Não precisa de mais nada?
– Não, pode ir dormir. Qualquer coisa é só ir até o meu quarto, apesar de que esse apartamento é como se fosse seu.
– Então, boa noite princesa!
– Boa noite, príncipe.
Demos um beijo e um abraço e fomos dormir em seus respectivos quartos.

Acordei com o barulho do despertador, e não demorei em levantar e fazer toda a higiene. Percebi que tinha um bilhete e uma flor em cima do meu travesseiro, e já deduzi que era do Gabe.
Princesa, eu acordei mais cedo para poder trocar de roupa. Estarei te esperando no horário de sempre para te levar. Um beijo do seu príncipe Gabezinho.
Sorri ao ler aquele pequeno pedaço de papel, e sorri mais ainda o ver que ele havia assinado como príncipe e Gabezinho, seus apelidos dados por mim quando eu era criança.
Peguei a pequena flor e guardei junto com o bilhete, e fui direto para a cozinha para tomar o café.
Gabe estava pontualmente me esperando, e assim como todos esses dias, ele sai todo imponente de seu carro e abre a porta pra eu entrar.
Durante o caminho conversamos normalmente, e ele me deixou na porta da escola, com a promessa de que iria me buscar também.
O dia transcorreu normalmente, os alunos estavam agitados, mas muito carinhosos. Fizeram as atividades propostas e as outras atividades da escola. Joan foi novamente até a minha sala, e ficou falando mais um pouco do Gabe, e até pediu para que eu arrumasse um encontro para ela, e eu apenas queria desviar um pouco desse foco.
Era fim da tarde, quando Gabe foi me buscar. Ficamos conversando, até que eu lembrei que Joan queria porque queria sair com ele.
– Tem uma moça que trabalha comigo que é doidinha por você, Gabezinho.
– Uma moça? Como ela é? Quem ela é? O número dela?
– Bem, ela é seu número. Do jeito que você gosta, Gabe.
– Ela fala de mim?
– Todo o santo dia. Bem que você poderia sair com ela.
– Eu saio. Só me passar o número dela, e quem sabe no final da noite eu não me divirta.
Revirei os olhos, e tentei ignorar aquele assunto.
– Mudando de assunto, eu vou ter que passar no escritório para pegar um papel com um dos advogados. Tem algum problema?
– Nenhum. falei sorrindo.
O prédio de advocacia do Gabe era enorme. Eu lembro quando ele começou, e hoje é um dos prédios mais bonitos, e ele um dos advogados mais requisitados da Califórnia.
Eu sentia tanto orgulho dele, pois merecia todo esse sucesso e gratificação por parte dos seus clientes. Eu vi o quanto ele se esforçou, passou noites em claro estudando, e vi o quanto batalhou para ser esse sucesso que é hoje.
Eu estava conversando com a secretária dele. Uma moça jovem, que estava namorando um dos seus melhores amigos.
– Ah, a sua história é muito linda.
– Obrigada, Srta Campbell.
– Pode me chamar de Emily ou Emy. Mas olha, essa história parecem aquelas de contos de fadas.
– Pois é, parece mesmo. Você tem namorado?
– Oh não. Eu sou solteira.
– Eu achei que você e o senhor Hunter fossem namorados.
– Somos melhores amigos, desde sempre.
– Melhores amigos? perguntou sorrindo
– Hey, somos amigos mesmo. - falei rindo
– Eu não disse nada. sorriu.
Ficamos mais alguns minutos, até que escutei a voz do Gabe e de mais um homem, e quando eu fui olhar, meus olhos paralisaram no homem ao lado do Gabe.
– Olá. ele disse, me cumprimentando com um beijo em minha mão.
– Oi. falei morrendo de vergonha.
Gabe ficou olhando para nós dois com a sobrancelha levantada, até que o moço o chamou e fez com ele falasse alguma coisa.
– Princesa, esse é Maxwell Gleen. Max, essa é Emily Campbell, minha melhor amiga.
Gabe nos apresentou, dando ênfase ao minha melhor amiga. Max era muito bonito, muito mesmo, mas parecia que a beleza do Gabe era maior do que a de todos os homens que eu já tinha visto.
– Então essa é a princesa do Gabe. Ele fala muito de você, e eu estava curioso para conhecê-la.
Eu estava vermelha de vergonha. Não sabia o que responder, então apenas agradeci.
– Então Emy, vamos embora? Gabe perguntou.
– Sem pressa, Gabe. Então princesa, que tal sairmos para jantar.
Uau! Ele era direto, muito direto. E havia me chamado de princesa, e pela cara do Gabe, ele não havia gostado nem um pouco, já que só ele gosta de me chamar assim.
– Max, o nome dela é Emily. disse nervoso.
– Mas você a chama de princesa.
– Isso mesmo. Eu posso chamá-la assim, porque sou amigo dela.
– Bem, então podemos nos tornar amigos também. Aceita jantar comigo, doce Emily?
Responda algo, Emily, responda algo. Droga! Eu estava vermelha e nenhuma palavra saia da minha boca. A única coisa que eu consegui fazer foi acenar e sorrir.
– Ótimo. Vamos então?
– Hoje? Vocês vão jantar hoje?
– O mais rápido melhor. Max disse.
Gabe me puxou para um canto, sem pedir licença para o colega.
– Princesa, eu não acho que você deva jantar com ele.
– Por quê?
– Bem, eu não confio nele.
– Não confia nele? Como assim?
– Vamos embora que eu te explico, por favor. Gabe pediu, com aquele maldito sorriso de lado.
– Ok. Eu só vou porque estou cansada.
Fui em direção ao Max, e me desculpei por furar com o nosso compromisso. Ele me fez jurar que iria ligar para ele, e que iríamos combinar alguma coisa para essa semana. Eu apenas concordei, e dei o número do meu telefone.
Gabe estava com uma cara de poucos amigos, e como eu o conhecia, sabia que iria escutar muito, muito mesmo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Eternamente" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.