Eternamente escrita por Mayara


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oi, amores!

Obrigada pelos comentários. E vocês, leitores fantasmas, apareçam! Eu preciso saber se estão gostando da história.

Pra quem me desejou boa sorte pelo meu emprego, obrigada! Graças a Deus deu tudo certo!

Esse capítulo vai para as minhas lindas do grupo do Whats, que me receberam muito bem: "Cantinho das leitoras", Em especial para a Duda, minha amiguinha do Whats, haha... Meninas, vocês são demais! Obrigada por gostarem da história!



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Assustada, era essa a palavra que poderia definir como e estava me sentindo naquele momento. Eu nunca tinha visto Gabe daquele jeito. Os olhos dele estavam vermelhos de raiva, suas mãos fechadas em punho, e sua respiração acelerada. Todas as vezes que ele se alterava, seu rosto ficava vermelho, como se todo o sangue do seu corpo parasse ali. Eu ainda estava estática no lugar, sem saber o que falar ou agir.
– Gabe você ficou louco? Porque você fez isso? perguntei assustada, querendo saber o motivo daquela loucura.
Ele não respondeu nada, nem ao menos olhou direito pra mim. Eu estava preocupada vendo ele naquele estado.
– Gabe me responde. Você está bem?
Então, ele levantou a cabeça e pude perceber que ele estava com os olhos cheios de lágrimas. Lágrimas? Porque será que ele estava daquele jeito? Será que tinha se machucado? Droga, eu precisava saber.
– Meu Deus! Gabe você está assim? Está machucado?
– Eu estou bem. Não, eu não estou bem. Estou com raiva, muita raiva. ele gritou nervoso, enxugando as poucas lágrimas que caíram em seu rosto.
– Porque você está bravo?
– E ainda pergunta?
– Eu preciso saber, porque não tem motivo.
– Tem sim. Esse motivo tem nome e sobrenome: Chad Collen.
– Chad? Mas o que ele fez?
– Ele apareceu. Isso que ele fez. Ele vai voltar a te atormentar de novo, como fez no passado.
– Nós somos amigos. Fomos namorados, mas somos amigos agora.
– Amigos? Você o encontrou, e nem teve a decência de me falar. Eu sou seu namorado. falou alto.
– Decência? Eu não te falei mesmo, até porque você não me falou sobre a Patrícia, não é?
– Não vamos falar sobre isso.
– Chumbo trocado não dói. E nós nem somos namorados de verdade. falei baixo.
– Então você quis se vingar? E, sim, nós somos namorados, queira você ou não.
– Não quis vingança, só não queria você desse jeito. Você e Chad nunca se deram bem, e eu estava evitando isso.
– Evitando, sei. disse sarcasticamente.
– Eu acho melhor paramos com essa discussão. Estou cansada, e quero dormir.
Ele me olhou e percebeu a caixa na minha mão. Sem que eu esperasse, ele pegou a caixa e abriu desesperadamente. Assim que viu o conteúdo, me olhou nervoso, e eu senti que estava se segurando para não fazer uma besteira.
– Que merda toda é essa? - gritou
– É algumas fotos, só isso.
– Não é só fotos, são fotos de vocês dois. Tem de vocês abraçados, sorrindo, sua sozinha, e se beijando. falou incrédulo.
Fotos de nós dois nos beijando? Meu Deus! Agora que o Gabe pira de verdade. Eu já estou pirando com isso. Como o Chad teve coragem de guardar essas fotos, ou melhor, como ele teve coragem de me enviar. Gabe olhava foto por foto, e eu sentia a tensão. Sentia que ele poderia arrancar a minha cabeça, ou a de qualquer um que aparecesse agora.
– Dê-me as fotos, Gabe.
– Pra que? perguntou nervoso.
– São minhas.
– Não são não. Ele já começou a enviar coisas do passado, daqui a pouco vai querer interferir de novo.
– Ele não vai tentar nada. Por favor, Gabe, eu estou cansada, dê-me as fotos.
– Ok. Se você quer essas malditas fotos, aqui está. falou nervoso, e saiu pisando quente.
Suspirei fundo e fui para o quarto. A noite tinha sido horrível, mas iria piorar se Gabe descobrir que eu irei sair com o Chad. Deus ajude-me!
Estava tomando o café da manhã, mas sem a presença do Gabe, o que eu achei normal depois da briga que tivemos ontem. O vaso não estava lá, o que provavelmente a empregada tenha limpado. A madrinha notou a falta do Gabe, e notou a falta do vaso, então eu falei que eu havia quebrado sem querer. Decidi não falar sobre a nossa briga, porque senão ela ficaria preocupada.
Após o café, eu fiquei esperando na sala, com esperança de que ele poderia descer e falar comigo. Eu odiava brigar com ele, odiava ficar sem falar com ele. O máximo de tempo que já ficamos assim foram de cinco minutos. Eu não sabia como iria enfrentá-lo, não sabia como iria reagir perto dele. Gabe sempre foi alegre, divertido, e engraçado, mas ontem ele havia extrapolado todo o nível de nervosismo do seu corpo.
Havia passado horas e horas, e nada dele descer. Será que estava bem? Será que estava com fome? Eu até pensei e ir até lá, mas provavelmente a porta estaria trancada, ou eu levaria um chute na bunda. Decido ir para o meu quarto, quando eu o vejo descendo as escadas. Assim que me viu fechou a cara e virou o rosto. Nem um oi eu ganhei, um beijo, um abraço. Ele estava realmente magoado, e eu estava triste com toda aquela situação. Percebi que ele foi para a cozinha, então fiquei esperando ele aparecer para conversarmos. Graças a Deus ele logo apareceu, e eu o puxei em um canto, mesmo a contragosto dele.
– Gabe, não fique chateado comigo.
Ele não me respondia nada, apenas me olhava profundamente e balançava a cabeça negativamente.
– Eu sei que eu errei, nós erramos, mas somos amigos.
Nada, absolutamente nada.
– Eu encontrei com o Chad na oficina. Eu não sabia que ele estava trabalhando por lá, e assim que eu o vi, fiquei assustada. Ele foi legal comigo, mas só isso. Eu não quero nada com ele.
Ele respirou fundo e saiu sem me dizer nada, sem me xingar, sem um abraço, um beijo, sem nada. Sentia-me desprotegida e infeliz naquele momento. Porque será que ele tinha que ser tão cabeça dura? Ele tinha que entender que o passado fica no passado. Eu não iria estragar o nosso disfarce. Não iria querer voltar no tempo.
Meu dia tinha sido um martírio. Fiquei deitada o tempo todo, e mal comi também. Estava pensando em desistir de sair, mas eu já tinha combinado e isso seria chato. Fui escolher a roupa sem o menor ânimo. Minha mãe veio avisar que estava de saída, e disse que chegaria tarde, então fui me arrumar para o tal encontro. Não demorei em ficar pronta, e fui esperar Chad na sala, mas assim que eu entre deparei-me com Gabe sentando vendo televisão. Assim que me viu arregalou os olhos.
– Aonde pensa que vai? perguntou incrédulo.
– Eu não penso, eu vou.
– Com quem?
– Agora está falando comigo? Estranho, né? !
– Emily, com quem você vai sair?
Vamos lá, Emy! Hora da vingança!
– Vou sair com o Chad.
– O que? Nem por cima do meu cadáver. E ainda mais com essa roupa.
– Sinto lhe informar, mas eu irei sair, e nem você, nem ninguém vai me impedir. E a minha roupa está ótima, não está? perguntei, dando uma volta.
Eu sabia que ele detestava aquele vestido, mas eu fiz questão de usá-lo.
– Porra! Eu sou seu namorado. Você sabe que eu odeio esse vestido. Ele mal cobre o seu corpo. disse nervoso.
– Mas eu gosto dele, e vou usá-lo. E somos namorados de mentirinha.
– Não interessa. Eu não sai com nenhuma mulher desde que chegamos.
– Nada te impede.
Claro que eu iria impedi-lo. Seria demais se ele saísse com alguma mulher, porque os dois iriam acabar na cama dele, diferente de mim, que apenas quer colocar tudo em pratos limpos com o Chad.
– Jura? Então amanhã irei sair com alguma mulher por ai.
– Nem pensar.
– Chumbo trocado não dói, Emily.
Respira Emily, respira...
– Gabe, eu vou sair com o Chad para conversarmos. Eu vou colocar em pratos limpos o nosso namoro. Vou acabar com qualquer esperança que ele tenha comigo, se é que ele tem. Não iremos fazer nada.
Ele parecia ter entendido, pois não falou mais nada. Voltou a sua atenção para a televisão e ficou ali, sem olhar pra mim. Escutei a buzina do carro, e sai correndo, sem dar espaço para o Gabe correr na minha frente.
Chad estava me esperando encostado no carro. Estava lindo, mais do que já era. Sua roupa marcada, e seu cabelo loiro o deixaram mais sexy. Seus olhos verdes e profundos brilharam assim que me viu. Ele abriu o sorriso e me dei um beijo na bochecha.
– Boa noite, docinho! disse sorrindo, e abrindo a porta do carro pra mim.
– Boa noite, Chad! retribui o sorriso.
O caminho até o restaurante não foi longo, e logo estávamos sentados em uma mesa no canto. O restaurante ela muito bonito, e era italiano. Assim que peguei o cardápio, lembrei-me do Gabe, pois ele adorava massas, e cozinhava muito bem também.
– Em que você está pensando? ele me perguntou, olhando profundamente.
– Em nada. Estou tentando escolher alguma coisa do cardápio.
– Eu posso dar uma sugestão?
– Claro.
Escolhemos uma massa, que ele falou que era uma delicia. Chad escolher um vinho muito bom. Começamos a falar sobre o emprego dele, e ele perguntou como era trabalhar com criança. A comida estava ótima, e eu poderia facilmente comer muito mais que aquilo. Chad começou a falar do passado, sobre como éramos felizes juntos, dos nossos momentos bons, dos planos, dos aniversários, de tudo.
– Emy, eu sei que já se passaram muito tempo, mas pra mim é como se o tempo estivesse parado.
–Chad eu...
– Deixe-me falar, por favor. falou segurando a minha mão. - Eu sei que mudamos com o passar do tempo. Sei que pessoas entram e saem das nossas vidas constantemente, mas você nunca saiu da minha. Nunca mesmo! Eu te amei assim que te conheci. A menina doce e inteligente, capaz de fazer qualquer um feliz. Eu fui feliz durante a nossa relação, e nunca mais me senti assim, desde que você foi embora. Pode parecer loucura, mas eu não parei de pensar em você, em nós, um só segundo. Eu guardei todas as fotos, todas as nossas lembranças, com a esperança de você voltar para a casa, e aqui está você. Isso parece um sonho, e eu não quero acordar. Eu te amo, Emily. Amo-te muito! Você é especial, e a cada dia que passa esse meu carinho, e a minha esperança aumenta. Vamos ficar juntos, docinho. Eu nunca te esqueci, nem um minuto sequer da minha vida.
Meu Deus! Senhor! Eu achei que ele poderia ter alguma esperança, mas não que ele me amasse como ele me falou. Chad estava apaixonado por mim ainda, mas eu não estava. Eu gostei dele, mas foi há tanto tempo, e o que eu sentia era um carinho, uma amizade. Queria poder ficar bem com ele, já que tivemos um passado juntos, mas não um romance, um namoro. O que tivemos já passou, e eu não quero de novo, não mesmo. Mas como falar sem decepcioná-lo?
– Chad, eu nem sei o que dizer. falei sem jeito.
– Diga que aceita o nosso amor. Que me aceita de volta.
– É complicado.
– Por quê? Se for por causa da distância, você pode morar aqui. Logo você arruma um emprego, e poderá ficar perto de mim e dos seus pais.
Isso era um dos motivos do nosso término: ele nunca aceitou a minha mudança. Sempre pediu para eu ficar por aqui, mas era o meu sonho!
– Chad, eu já tenho a minha vida por lá...
– Você pode fazer por aqui. Sei do seu potencial, docinho.
Chega! Está na hora de acabar com as esperanças furadas dele.
– Eu não vou sair da Califórnia. Eu gosto de lá, gosto muito, e mesmo morrendo de saudades da minha família, eu tenho uma vida feita.
– É por causa dele, não é?!
– Quem?
– Gabe. Ele é que te proíbe de vir pra cá.
– Não! Gabe não me proíbe de nada.
– Então porque você não quer voltar com o nosso namoro, e não quer ficar aqui?
– É porque estou namorando.
– Você o que? perguntou nervoso.
Isso! A primeira parte eu falei, agora falta falar o nome do meu namorado.
– Eu estou namorando... Com o Gabe. falei com os olhos fechados.
Eu não precisava me sentir culpada com isso, porque Chad não era nada meu, mas saber que ele poderia ficar triste com isso me deixou mal.
– Eu não acredito nisso. Vocês estão namorando? Mas aquilo que vocês tinham não era apenas amizade? falou nervoso.
– E é... Quer dizer, sempre seremos amigos, mas agora somos namorados. disfarcei nervosa.
Ele me olhou com uma cara estranha.
– Mas e nós? perguntou.
– Não existe mais. Chad, isso foi há muito tempo, e eu não sinto mais nada. Eu não queria te magoar, mas a vida é assim. A nossa vida teve que ser assim. Aprendi com o tempo que passei com você, porém não dá mais.
– Não dá mais? É estranho ouvir-. Isso soa estranho quando eu ainda tinha esperança de volta.
– Eu sei. Mas não dá mais.
– Podemos ser amigos? Ou colegas?
– Claro que sim. Sempre seremos amigos. Eu tenho um carinho enorme por você, e quero que seja feliz.
– Obrigado. Não vai ser fácil assim, mas quem sabe um dia. Posso te fazer uma pergunta Emy?
– Pode.
– Você o ama?
– Ama?
– O Gabe. Você o ama?
Oi? Ele quer sofrer, só pode. Porque ele quer saber dos meus sentimentos pelo Gabe?
– Amo. falei. Eu não menti, pois eu amava o Gabe, porém como amigo, mas ele não precisava saber deste detalhe.
– Hum... falou sem graça. Eu iria te fazer um convite, no entanto, não sei se vai aceitar.
– Pode fazer. falei aliviada pela mudança de assunto.
– É que o pessoal que estudou com a gente lembra? Então, eles estavam combinando de acampar naquela floresta pequena que tem por aqui. Daí eu iria te chamar para ir com a gente.
Acampar? Eu gostava daquilo. Fazia muitos anos que não acampava com o pessoal. Muito mesmo.
– Jura? Será que o convite ainda está de pé?
– Claro. Você está mais do que convidada.
Sei de alguém que não gostar de saber disso, mas depois eu cuidava disso. Depois da nossa conversa, decidimos ir embora. Chad ficou quieto o caminho todo, e eu nem me atrevi a falar nada.
Assim que ele chegou a frente à casa, me deu o telefone para combinarmos o lugar que o pessoal iria se encontrar amanhã. Despedi-me dele e entrei sem fazer quase nenhum barulho. Assim que ascendi a luz, assuste com o gabe sentado no sofá e me olhando seriamente.
– Isso são horas de chegar?
– Por favor, hoje de novo não. Eu quero dormir, ok?! falei, indo para o meu quarto.
– Como foi o jantar?
– Bom.
– Só isso? Nada de mão aqui ou ali...
Paciência...
– Não.
– Você falou para ele sobre nós.
– Falei.
– E ele?
– Aceitou.
– Aceitou na boa? Sem reclamar? Sem tentar nada, ou falar que nunca te esqueceu, e blá, blá blá...
Gabe conhecia Chad viu, porque até ele sabia que ele iria falar alguma coisa. Mas, eu estava cansada, e não queria prolongar aquela conversa.
– Ele não tinha que falar nada. É a minha vida! Se eu quisesse ficar com ele, eu ficaria.
– E você quer? Porque depois que formos embora daqui, vai que você quer voltar. disse ansioso.
– Eu estou bem onde estou. Tenho uma vida por lá, e tem você também. Eu não iria te abandonar. O que eu tive com ele passou, e mesmo a ele não gostando, ele teve que aceitar.
– Nunca me abandonaria mesmo? Nem se eu errar um milhão de vezes?
– Você sabe que não.
Ele me abraçou e beijou a minha cabeça. O dia poderia ter sido uma merda, mas sentir o Gabe saber que ele estava aqui comigo, o meu dia melhorava.
– Desculpe por ontem, por hoje de manhã, por tudo. Eu estava com medo disso Emy. Estava com medo de você querer voltar atrás na sua vida. Sei que não me abandonaria, mas só de pensar em ficar longe de você, eu morreria! Eu juro que morreria! Eu quase morri por ficar sem falar com você essa amanhã.
Ele estava chorando? Gabe sentimental e fofo era a coisa mais lindo do mundo! Eu sentia o mesmo por ele, e não me imaginava longe dele. Jamais! Sempre estivemos juntos, e não via outro jeito, outra vida.
– Eu também quase morri por ficar sem falar com você. Senti uma tristeza, um vazio. Fiquei com medo de você nunca mais querer falar comigo.
– Eu fui bobo, princesa. Você me conhece, e sabe que eu preciso me isolar para pensar. Eu errei, e estava com vergonha. Mas você me desculpa? falou, fazendo carinha de cachorro arrependido.
– Claro que sim, seu bobo. falei, o abraçando mais forte ainda.
Depois de fazermos as pazes, ele saiu. Fui me arrumar para dormir, mas antes fiquei olhando para as fotos que Chad tinha me mandado. Algumas eram engraçadas, outras ele estava sério e eu rindo, mas tinha uma que me chamou atenção: estava eu e Chad com a nossa antiga turminha juntos em alguma festinha, e Gabe estava do meu lado, como sempre, me segurando forte, e olhando de cara feia para o Chad. Acho que essa foto foi uma das últimas fotos que eu tirei como namorada dele, porque logo depois eu fui prestar o vestibular e depois passei. A cara do Gabe estava demais!
Acordei cedo e depois de avisar aos meus pais sobre o acampamento, decidi ir arrumar a mochila. Chad havia me ligado, e falou que eu iria ao carro com ele, e que não precisava de barraca. E eu apenas concordei, já que não podia falar demais. Estava quase terminando de arrumar a mochila, quando o Gabe entra no quarto todo feliz, mas o seu sorriso morre assim que vê a mochila feita.
– Aonde você vai? perguntou nervoso e assustado.
Sabe aquela hora que você quer sair correndo para não ter que enfrentar alguma coisa ou alguém? Pois bem, eu queria fazer isso agora mesmo. Estávamos bem e não queria estragar isso.
– Você vai embora perguntou segurando o meu rosto, e olhando em meus olhos.
– Não Gabe, eu só vou acampar com alguns amigos. falei dando o meu melhor sorriso.
– Amigos? Quais amigos? Os seus amigos são os meus também.
– Eu sei, é que...
– Chad Collen vai? perguntou sério.
Eu não poderia mentir, então lá vamos nós enfrentarmos a fera.
– Vai. Foi ele que me chamou. Disse que todo o pessoal vai também.
– E eu não fui convidado?
– É porque você e o Chad não se dão bem.
– Mas você nem se lembrou em me chamar?
– Argh! Eu estava brava com você, e queria que você explodisse ontem. Sei que errei, mas eu já combinei com o pessoal, Gabe.
– Tudo bem, pode ir.
– Você não vai explodir? Não vai querer quebrar nada?
– Não. Ah, tenho que ir princesa. Até mais.
– Até. falei sem acreditar que ele aceitou tão fácil.
Liguei para o Chad e confirmei o lugar que iríamos nos encontrar. Assim que me despedi de todo, o táxi chegou. Assim que o táxi estacionou, Chad veio ajudar com a minha mochila. Todos estavam ali, e eu fiquei emocionada em revê-los. Muitas meninas que eu conversava e me dava super bem, os garotos que eu achava chatos, mas que com o tempo foram se mostrando ótimas pessoas, e eu acabei amiga deles. Chad me falou que iriam de carro, porque seria mais fácil. Ficamos conversando e esperando o último rapaz que ainda não havia chegado, e ele estava super atrasado. Do nada, todos olharam para a rua e avistaram um carrão que buzinou para nós. Eu conhecia aquele carro, mas não seria possível. Não poderia ser ele. O motorista estacionou e desceu do carro, e para a minha surpresa e de todos, era ele: Gabe. Eu não estava acreditando, pois eu me despedi dele e ele não me falou nada. Nada mesmo!
Gabe foi cumprimentando todos, um a um. Seu cabelo bagunçado e sua blusa sem manga o deixou mais lindo do que já era. E falava em alto e bom som que iria acampam conosco também, pois era da turma. Chad olhou para mim sério, e se fosse possível, tinha faíscas saindo dos seus olhos. Gabe chegou perto de mim, sorriu e piscou. Deus! Eu amava aquela piscadinha! O filho da mãe deu aquele maldito sorriso lindo, que tira qualquer um do eixo. Ele agarrou a minha cintura, como se a vida dele dependesse daquilo, e me deu um longo selinho, igual ao do jantar, só que mais forte.
– Oi amor. Desculpe a demora, mas aqui estou eu. falou alto, como se fosse para o Chad ouvir também.
– Oi. a única coisa que saiu da minha boca foi um simples oi. Droga!
Chad fica nos olhando e finge tossir. Gabe o olha com cara de escárnio e sorri.
– Você deve ser... Chad Collen. O ex-namorado da minha mulher. Você não mudou nada. ele disse rindo, exaltando a palavra ex-namorado e minha mulher.
Chad olhou nervoso para o rosto do Gabe e eu percebi a sua respiração elevada. Espero que eles não peguem por aqui.
– Gabe Hunter. disse fervendo de raiva.


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