A Filha das Trevas escrita por Manda Mikaelson


Capítulo 2
O passado daquele homem acaba comigo


Notas iniciais do capítulo

Como eu disse dois capitulos seguidos!
Espero que gostem!!
Boa Leitura!!



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1: O passado daquele homem acaba comigo

15 anos depois...

Observo Rose e James conversando animadamente, logo Alvo e Hugo chegam rindo, respiro profundamente e abro meu livro de Defesa Contra as Artes da Trevas. Ninguém parece me notar, o silencio que me envolve chega a ser irritante, às vezes eu odeio o fato de não conseguir fazer amizades, meu medo que me descubram é maior que tudo. Sinto meus olhos se encherem de lagrimas e enfim caio no choro, tampo minha face entre minhas pernas e tento controlar o choro. Mesmo eu os observando todos os dias em todas as aulas nunca me aproximei, na verdade nunca tive coragem era perigoso, mas velos na minha frente só me ajudava a lembrar do passado que eu não vivi, mas que me marcou para sempre. Ouvi passos em minha direção e em seguida uma mão em minhas costas, me assustei e dei de cara com Alvo me olhando com aqueles lindos olhos verdes

– Você está bem? – ele pergunta, acho que dos Potter e Wesleys ele foi o único até hoje que me notou.

– To, não se preocupe – limpei minhas lagrimas rapidamente, ficando com meus dedos sujos de lápis e rimel

– Por que você estava chorando? – ele pergunta com ternura e se senta ao meu lado na grama do jardim

– Não sei, eu costumo chorar a toa – os olhos dele me encaram, mas não consigo encarar ele de volta, observo que James, Rose e Hugo não se encontram no mesmo lugar, deveriam ter saído para conversar em outro lugar

– Deveria conter isso, seus olhos não merecem lagrimas – ele passa a mão em meu rosto com ternura, e noto que ele está limpando minhas lagrimas, sorrio de canto e finalmente consigo encará-lo

Alvo e eu entramos em Hogwarts no mesmo ano e estamos na mesma casa, Grifinória, eu sei que tenho tudo para ser da Sonserina, mas eu nunca aceitaria isso, sempre fiz de tudo e mais um pouco para ser diferente do homem que me fez nascer. Nunca o chamei de pai por que ele nunca mereceria esse posto, nunca assumi o nome dele e as única marca física que tenho dele são meus olhos azuis e minha pele palida, já o resto pertencem a minha mãe, meus cabelos são negros como o dela, tenho um cabelo levemente ondulado mas faço questão de não me importar com isso e ainda tenho o mesmo temperamento que ela calmo e tímido. Alvo pega em minha mão e sorri, nunca entendi ele, no nosso 2° ano em Hogwarts tivemos que fazer um pequeno trabalho juntos desde então ele resolveu se aproximar de mim e aqui estamos no 4° ano e ele sempre da um jeito em falar comigo e me tratar como se eu fosse a melhor pessoa do mundo

– Você é bom demais para mim – eu digo em um sussurro e depois me arrependo ele me parece surpreso e então se aproxima de mim prestes a me beijar quando eu me afasto e em seguida me levanto, pego minhas coisas e o deixo ali sem entender nada, saiu em disparada para a minha próxima e ultima aula do dia, Poções, a aula demora para começar por que eu tinha um tempo livre mas que graças ao meu medo havia perdido, então fiquei matando o tempo lendo, até que sinto alguém se aproximando e sentando ao meu lado

– Vi você conversando com Alvo hoje – diz Scorpius, eu olho para ele e reviro os olhos

– Não tem nada para fazer? – pergunto, ele sorri e depois faz um bico pensativo

– Tenho aula! Junto com você – mesmo Scorpius sendo da Sonserina ele nunca teve preconceito com sangue trouxa ou coisas que pessoas da Sonserina odeiam, sinto que Draco cuidou dele diferente do que o avó cuidou do pai, ele mostrou ao filho que se quisesse ser feliz tinha que respeitar a todos

– Engraçadinho – mesmo minha mãe fazendo de tudo para esconder a gravidez o homem que me colocou no mundo deixou uma ordem clara aos Malfoy que cuidassem do seu herdeiro sempre já que ele não esperava que minha mãe cuidasse certo de mim, então em toda Hogwarts o único que sabe quem sou é Scorpius – e eu vi você conversando com Rose – ele riu

– Não compare- os alunos começaram a chegar e ele sorriu para mim e se levantou indo para seu lugar, mesmo que ele tenha passado a infância ao meu lado na escola nunca ficávamos conversando em publico, já que para todos sou apenas uma mestiça, filha de uma bruxa e um trouxa, mas para os Malfoy sou uma sangue puro, A filha do Lorde das Trevas, sinceramente? Prefiro morrer a me considerar filha dele.

Ele não quis ter uma filha para se redimir com alguém ensinando algo bom, ele quis ter um herdeiro para que de continuidade em suas maldades, ele só não contava em perder a batalha, ele engravidou minha mãe 4 semanas antes da batalha final, ele só queria que ela gerasse um filho, sem prazer, apenas fertilidade, acontece que minha mãe não teve coragem de me abortar ou algo do gênero então encontrou uma poção infinitamente antiga para que a gravidez durasse mais, e durou! A gravidez durou anos, mas enfim por grande coincidência no ano em que Alvo nasceu à poção parou de fazer efeito e aqui estou eu, viva, crescida e culpada.

O professor entrou na sala e nós mandou ler a pagina 154 do livro “fabricação de Soros intermediários” enquanto ele corrigia os trabalhos. A aula foi cansativa, mas até que passou rápida, sai de lá novamente em disparada e fui em direção a sala comunal da Grifinória e em seguida ao meu dormitório, me sentei no chão ao lado da minha cama e li o mais novo e falado livro da atualidade “O menino que sobreviveu” , a brilhante história de Harry Potter, eu gostava de ler sobre ele, e pensar “ quem sabe encontro algo de bom naquele homem?”, mas mesmo sempre lendo sobre ele não consigo ver nada de bom naquele homem que eu deveria chamar de pai.

Minhas colegas de quarto são a coisa mais ridículas do mundo, elas tem pôster de Harry, Hermione e Rony por todos os cantos, sem contar os recortes sobre os seus herdeiros, elas odeiam o fato de que eu só tenha trocado duas palavras com elas que se resumem a “ Oi!” “Xau!”, então quando entram no quarto fofocando me levanto e vou para a sala comunal tentar ler um pouco, novamente meu erro, assim que me sento Alvo e Hugo entram pela sala e me vêem, levanto timidamente meu livro e me abaixo na cadeira, sinto minhas bochechas ferverem e quando ouso passos subindo a escada me levanto e novamente dou de cara com Alvo na minha frente, me assusto e ele ri

– Serio, você tem que parar com isso – eu digo me levantando e indo em direção a porta, mas sinto uma mão segurando meu pulso, o toque dele me faz ficar arrepiada – poderia fazer o favor de me soltar – olhei para trás e ele me encarava com certa ternura e apego

– Por que você não fica mais de 3 minutos falando comigo? Eu fiz alguma coisa para você? – não, eu só não quero que você se arrependa de ter me conhecido quando souber quem sou eu, penso, mas apenas engulo em seco e puxo o meu braço com uma força extra e errada já que quando me soltei dei de cara com o peito de James que me encarou com um sorriso de canto

– Ai não – murmuro fazendo James sorrir mais ainda

– Algum problema entre vocês dois? Por que toda a vez que estão juntos ela sai correndo – James disse apontando para mim, agora realmente estava irritada, por que eu não podia ter paz?

– Olha James, eu tenho varias coisas para fazer então será que poderia me deixar viver a minha vida e quem sabe se não for pedir demais, será que você não poderia cuidar da sua vidinha! – meu tom de voz no mínimos os assustou, afinal, não é sempre que uma anti social que se esconde do mundo é irônica com o cara mais popular da escola

– James, deixa a gente conversar um pouco – James não ficou feliz com a maneira que falei com ele, então Alvo achou melhor tirar ele de perto de mim antes que eu pule no pescoço dele, imagino eu

– Okay, mas espero que vocês realmente se entendam – ele disse ironicamente antes de subir as escadas, suspiro levemente aliviada e noto que Alvo ainda segura o meu pulso, encaro as mão dele até que ele note e solte com a condição de que eu não sai correndo

– O que você quer comigo? – pergunto com medo da resposta

– Entender quem é você! – ele diz calmamente, olho para os lados e noto que a sala comunal está simplesmente vazia

– Então acho melhor esquecer isso por que é uma perda de tempo – eu disse irritada

– Pra de agir assim! – ela aumenta levemente o tom

– Assim como? – sigo o seu tom de voz

– Como se não se importasse com nada e com ninguém! Será que você não pode ser feliz sem se esconder? Você é uma das melhores pessoas dessa escola, mas não fala com ninguém! Será que você não pode simplesmente agir como você realmente é? – ele diz seriamente

– E como eu poderia agir como eu mesma? – pergunto duramente

– Não sei – ele da de ombros – quem sabe ir andar comigo amanha depois da aula, e me mostrar a verdadeira Katherine que você tanto esconde – me arrepiei com ele falando meu nome, já que na minha cabeça ele não sabia meu nome, se bem que as vezes eu me esqueço que não sou invisível e por mais que eu tente, ainda serei notada

– Okay – ele parece supresso com minha resposta – te vejo amanha – me viro e subo para o meu quarto, coloco meu pijama o mais rápido possível e me enfio de baixo das cobertas, assim que começo a pensar direito noto a burrada que eu fiz

Eu não deveria ter aceito, agora eu terei que encarar ele sem tentar sair, pois suspeito que ele não me deixara ir embora sem que esteja satisfeito com minhas ações com ele, fecho meus olhos a fim de dormir e descansar mas a única coisa que consigo são pesadelos onde Valdemort ressuscita e me obriga a dar uma Avada Kedavra em Alvo e sua família, como sempre o resultado não é diferente. Choro em segredo e sinto culpa pelo passado daquele homem


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!!
O proximo capitulo só será postado quando me mostrarem que gostaram então...
Comentemmm!!!!!!
Beijos até o proximo!!



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