Janeiro,2000 - 0h00min

Nasce então aquela garota,a primeira coisa que notaram estranho foi o sorriso estampado em seu rosto ao ser retirada do útero da mãe,nenhum sinal de choro. Nesta situação todos estavam tensos,prestes a considerar aquela criança morta até que finalmente houve-se o tão esperado desespero da recém-nascida,lágrimas saíam de seu pequeno e pálido rosto. Foi entregue a mãe,onde logo se acalmou.

Mal se passaram os minutos daquele instante de paz entre os médicos por terem ouvido o som da vida ecoar por aquela sala quando a mesma criança foi diagnosticada com um certo problema na pele, a palidez. Retirada então dos braços da mãe a mesma fora levada nas pressas para uma incubadora,

onde por lá irá receber banho de luz pelos restos dos dias que pelo hospital passar.

Noite após noite passaram e nenhum resultado obtido,a pele da garotinha não passava do pálido,a cada vez que era carregada e analisada pelo pediatra ria com os seus olhinhos ainda fechados. Quando os abriam mostravam diversas vezes os olhos com tonalidade diferente. O que para eles passou isso a ser estranho.

E finalmente chegou o tão esperado dia da alta da mãe,mas o bebê ficava para ser cada vez analisado. Mas isso custaria um preço de que a mesma não sonharia que teria que um dia pagar. Nada mais fez do que rejeitar toda e qualquer opção dada pelos pediatras,somente,com suas roupas já postas em malas fora embora com seu marido e filho que aparentava ter 6 anos.
Há dois anos passados,a mesma mulher tentava cuidar dessa criança sozinha. Dias e noites com horários já costumeiros para que o casal brigasse pelos problemas caros que a menina enfrentava. E o filho mais velho tomado pelo ciúme de não ter mais aquela amada mãe só pra ele.

E chega o dia do basta. A paciência esgotada daquela mulher com olheiras bem escuras. Cansou-se das brigas,das pirraças do filho, resolveu abandonar a menina com apenas 5 anos na floresta e por lá mesmo se matar...

“ A garota que por antes estava tão concentrada na escrita teve a linha de seu raciocínio cortada quando alguns de seus amigos à chamavam pela conversa no notebook.. Deixara então seu caderno e caneta guardados no seu criado-mudo.

Perdido o foco, a mesma havia esquecido de sua história,não ousou de tocar no caderno ou nem na caneta se quer.. deixando-os guardados por dias...”