Battle escrita por Lady Morgan


Capítulo 4
Novas amigas?


Notas iniciais do capítulo

Hey! Adivinha quem não conseguiu esperar até quinta para atualizar a fic? Isso mesmo, eu! Boa leitura



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Abri os olhos lentamente, a claridade já tomava conta do quarto. Olhei em volta, as outras garotas pareciam ainda dormir, o despertador não foi o suficiente para acordá-las.

Felizmente o internato não exigia uniforme – o que é bastante estranho – então optei por uma calça jeans escura meio rasgada e uma blusa simples com um casaco por cima.

Depois de uma ducha rápida, escovei o cabelo rapidamente e passei o de sempre no rosto, lápis em excesso, assim como rímel e não usei batom.

Quando saí do banheiro, as meninas já tinham acordado e escolhiam suas roupas. Saí do quarto murmurando um “Bom dia” e batendo a porta.

Caminhei rumo ao refeitório, onde sentei em uma mesa afastada, começando a tomar meu café.

– Catherine, certo? – Essa pergunta parecia me perseguir. – Sou a Hanna, Hanna Sullivan.

Observei a garota à minha frente, continha um sorriso no rosto. Seus cabelos eram de um tom de castanho claro, iam em cachos volumosos até os seus ombros. Usava lentes na cor vermelha – o que achei bem interessante – e vestia roupas em tons harmoniosos.

– Posso me sentar com você? – Ela perguntou, indicando a cadeira à sua frente.

Assenti ainda calada. Quanto mais eu queria me esconder, mais se aproximavam. Revirei os olhos com esse pensamento.

– Aham. – Falei por fim, o que não teve muito sentido.

– Então, você foi incrível ontem! – Ela falou em um tom “eufórico”. – O jeito como falou com o Christopher!

– Oi? – Tornei a fazer aquela expressão confusa. – O que eu falei e quem é Christopher?

– Não sou tão burra quanto pareço. – Ela brincou. – Quando ele foi te chamar pra a festinha ontem, você deu um fora nele!

Ela deu uma pequena gargalhada logo em seguida. Acabei de entender a situação.

– Ah... – Murmurei, ainda observando a garota. – Escuta, se aquele sem noção te mandou aqui, pode dar meia volta pra onde você estava. Okay?

– Uau, calma. – Ela falou assustada. – Eu apenas gostei do que fez e muitas de nós não teríamos feito nem metade. Você precisava ver como ele chegou à festa ontem, todo bravo e xingando.

Foi inevitável, eu ri muito. Já não era mais eu quem observava alguém ali. A garota me olhava com uma expressão assustada.

– Olha, se não fazem isso, é porque não querem. Porque ele merece ser pisado por todas desse colégio. – Falei naturalmente, bebendo um gole do suco.

– Não, a gente tem medo de nunca conseguir uma chance com ele de novo. Daria tudo por mais uma noite com aquele garoto! – Seus olhos brilhavam, parecia estar hipnotizada ou algo do tipo.

– Querida, se veio aqui pra dizer o quanto ele é “gato”, pode sair. – Falei, começando a me irritar.

A menina riu, olhando em volta.

– Na verdade queria ser sua amiga. – Ela falou me olhando. – Nem te conheço, mas te acho tão... Incrível por ser tão assim!

– Obrigada. – Murmurei - Eu acho...

Finalmente o sinal havia tocado, nunca tinha desejado tanto que aquilo acontecesse. Levantei-me rapidamente.

– Tenho que ir, até logo, Hanna. – Pisquei sorrindo, saí em seguida, em passos rápidos.

...

Suspirei pesadamente, se tem uma matéria que eu odeie tanto quanto matemática... é física.

– Então alunos, vou passar dois exercícios sobre esses assuntos que acabamos de ver agora. – O senhor Gray dizia enquanto escrevia algo rapidamente na lousa. – A atividade pra hoje é resolver esses dois cálculos simples, vamos começar com algo leve.

Realmente, se aqueles cálculos eram “leves”, imagino como serão os “pesados”.

Copiei na caderneta e comecei – ou melhor, tentei – a resolver.

Depois de uma longa hora de aula, finalmente estava livre! Corri para o meu armário, a fim de guardar os materiais. Quando acabei, percebi alguém se aproximando.

– Hey, Cath! – Procurei para ver quem havia se sentido no direito de me chamar pelo meu “apelido”.

– Primeiro, quem é você? – Perguntei observando a figura de cima a baixo, com um olhar irônico. – E segundo, se não te conheço, você não tem intimidade nenhuma comigo pra me tratar desse jeito.

– Okay, Okay... – A garota suspirou. – Se eu não tivesse falando com você exatamente pelo seu jeito de ser... Sairia daqui agora! Meu nome é Greta Monroe. Sabe, você me parece legal, gostaria de ser sua amiga.

– Uau, o que deu nas pessoas daqui hoje? – Perguntei irônica, aquilo realmente estava estranho. – Olha, obrigada. Agora tenho que ir.

Caminhei em direção ao refeitório. Hanna estava em uma das mesas do meio, ela acenou pra mim e quando acabei de pegar a bandeja, fui até ela.

– Hey! – Ela falou, sorrindo.

– Olá. – Respondi, olhando rapidamente as outras garotas e sentando-me.

– Então, essas são Lisa, Violet e Greta. – Todas elas sorriram, me encarando.

Cumprimentei com um aceno leve de cabeça. Foi estranho tudo aquilo, mas foi uma refeição agradável. Assim que terminei me despedi do que infelizmente pareciam ser “minhas novas amigas” e rumei para os dormitórios.

De repente alguém parou na minha frente, impedindo que eu passasse, era o tal do Christopher, com aquele sorriso irônico que já estava virando rotina. O encarei com raiva.

– O que foi dessa vez? – Perguntei, já estava ficando sem paciência.

O garoto não respondeu, continuou me encarando e segurou meu braço, apertando com uma força maior que a necessária.

– Você ficou louco? – Retruquei assustada, tentando me livrar dele.

– Não, isso é só um aviso de que você é mais fraca do que eu. – Ele se aproximou de mim, sussurrando ao meu ouvido. – Não tente chegar ao meu nível, Walker, não tente.

A raiva tomou conta de mim e eu tirei forças sabe-se lá de onde pra me soltar e dar um tapa forte em seu rosto.

– Você vai me pagar por isso! – Christopher praticamente gritou enquanto passava a mão em seu rosto, havia uma marca da minha agressão.

– Ui! – Levantei uma das mãos, fingindo tremer e rindo. – Estou com muito medo. Oh senhor, por favor, não me machuque!

Não pude conter o riso, e ele me olhava com muita raiva, eu podia sentir.

– Se você quer guerra, é guerra que vai ter. – Ele sussurrou novamente ao meu ouvido.

Meu sorriso se desfez, voltei a encará-lo.

– E que os jogos comecem. – Sussurrei de volta, saindo dali com um sorriso no rosto.


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Notas finais do capítulo

Isso não significa quem eu não atualize quinta, okay? :3 Então, até lá! E obrigada pelos comentários e pelas 9 pessoas - mesmo que a maioria seja fantasma - acompanhando a fanfic. Até mais! :)