Battle escrita por Lady Morgan


Capítulo 22
Feliz Natal... Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Desculpem o sumiço, mas também não vou ser hipócrita: Na maioria dos dias, não postei por preguiça mesmo u.u Então me perdoem, de verdade. Mas cá estou eu, e cá está a primeira parte do banquete de Natal de Battle. Boa leitura :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/563805/chapter/22

Eu não me empolgava com aquela data havia anos. Afinal, na minha casa nós não comemorávamos um natal de verdade, repleto de felicidade, harmonia e sinceridade. Na verdade, tudo era falso, e eu ganhava presentes caros, comprados com o dinheiro sujo dos “homens da minha mãe”.

Mas lá estava eu, arrumando a sala especial de Kate – que na verdade não era bem uma sala, era como se fosse um quarto, bem espaçoso por sinal – e brincando como criança.

– Hanna, terminaram a árvore? – Gritei para a garota.

– Quase. – Ela respondeu.

Terminei a minha parte – espalhar luzes por toda a sala – e fui ver a árvore e os demais enfeites.

No geral, ficara linda. Repleta de brilho e de cores, os enfeites deram mais vida àquela “sala”. Da comida, Kate e eu cuidaríamos, então depois da decoração, parti para a cozinha do refeitório com ela.

Mas como nada pode ser perfeito, encontrei o babaca, ops, Christopher e Allison no meio do caminho, ela deu um sorriso discreto para mim, eu retribuí.

– Hey, Walker. – Ele sorriu. – Hey, Kate.

A loira sorriu, o que me irritou, afinal, de que lado ela estava?

– Querida, vou adiantando tudo. Te espero na cozinha. – Ela piscou pra mim, revirei os olhos em resposta.

Ela saiu andando, e me deixou sozinha com os dois, cruzei os braços, mostrando estar impaciente.

– Fala logo, Lahey. – Revirei os olhos. – Tenho coisas mais importantes a fazer.

– Calma, Cath. – Allison se intrometeu, com um sorriso meigo nos lábios. – Não é ele quem vai falar... Sou eu. Em nome de todos quero fazer um pedido, será que poderemos passar o natal com você?

Fiquei calada por alguns segundos, pensando se estaria mesmo ouvindo aquilo. Então o poderoso Lahey, que queria me manter fora do colégio para suas férias perfeitas, estava pedindo para que ele e sua turminha passassem o natal comigo? Chegava a ser cômico.

– Então é isso? Além de quase ter me expulsado daqui nas férias, você se mostra covarde o suficiente pra fazer a garota falar? – Acusei, semicerrando os olhos e dando um passo a frente.

– Bem, a Alli se tornou sua amiga, o que me favorece. Além do mais, não tente esconder sua felicidade em me ter por perto. – Ele sorriu de lado, dando uma piscadela para mim.

– Escuta aqui, seu imbecil. – Comecei, elevando meu tom de voz e partindo para cima dele.

– Em nome do natal, Cath. – Allison gritou, me segurando. – Vamos, por favor, só iremos eu e ele... E vamos ajudar no que for preciso.

Pensei melhor, Alli não merecia passar o natal sozinha com aquele infeliz, por isso permiti que se juntassem à nós:

– Tudo bem, Alli, mas só porque tenho pena que tenha que aturar esse daí sozinha. – Dei de ombros. – Vão à sala da senhora Holdman perguntar no que precisam de ajuda.

...

– Ainda acho que vocês dois tem certa química. – Era a quinta vez que Kate repetia aquilo, se ela não fosse tão adorável, já teria a atirado pela janela.

– E eu acho que você deveria ficar calada. – Ameacei. – Pegaria mal empurrar uma professora pela janela.

Ela riu, tirando os últimos biscoitos do forno.

– É sério, meu amor. – Ela continuou, e lá vamos nós de novo. – Acho que só consegui te ajudar porque ele me falou, deve ter imaginado que seria inútil ele mesmo ajudar, já que é rebelde desse jeito.

Congelei com aquelas palavras, não esperava por aquilo. Okay, aquilo já tinha passado pela minha cabeça, mas eu não dei importância... Afinal, por que diabos meu “inimigo mortal” me ajudaria em algo?

– Ahn... – Foi a única coisa que consegui dizer. – Olha, quer saber? Dane-se. Problema dele se quis me ajudar ou não. Eu posso muito bem sobreviver sem a ajuda de pessoas como ele.

Depois daquilo, ela permaneceu calada, o que me deixou um pouco mal. Mas não pude fazer nada, eu não iria dar o braço a torcer.

Quando tudo estava pronto, já era fim de tarde, imaginei que as meninas já haviam acabado a decoração, mas não custava nada ir dar uma olhada.

– É tão bom que... – Greta parou de falar assim que me viu. Lancei um olhar severo.

– Mas o que tá acontecendo aqui? – Exclamei alto o suficiente para assustar quem estava de costas pra mim também.

Não acreditava, minhas garotas estavam mesmo se relacionando com o nosso inimigo? Parecia que o destino conspirava para que eu batesse em alguém naquele dia.

Elas pareceram assustadas, e ninguém mais sorria. Decidi deixar meu espírito natalino falar por mim, então fechei os olhos e dei um leve sorriso ao sair da sala. Só não pude evitar o barulho da porta batendo atrás de mim.

– Mas que merda, Walker. – Ele bateu a porta atrás de si, havia me seguido e estávamos sozinhos no dormitório. – Será que nem no natal você aceita uma trégua?

– Não me esqueci da última vez em que demos uma “trégua”. – Falei, respirando fundo para não bater nele.

Ele riu, essa foi sua única reação. Rolei os olhos para o alto e pensei: O que havia de mal em parar com tudo aquilo? Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, certo? E o Lahey era idiota, mas não o suficiente para aprontar algo assim duas vezes...

– Okay. - Resmunguei

...

As luzes de natal enfeitavam a enorme – nem tanto – sala da professora de Arte. Um verdadeiro banquete estava posto sobre a mesa, e haviam decorado com diversas imagens e símbolos do natal todo o lugar, foi então que senti uma alegria inesperada, aquele sentimento que vem de repente e que nos faz querer cantarolar e saltitar por aí. Eu estava com uma família, a minha mais nova e estranha família.

– Tô com fome. – Alli resmungou.

Hanna assentiu ao seu lado, as duas pareciam amigas de longa data, o que era estranho, afinal estavam em lados diferentes há dias atrás.

Greta já estava sentada à mesa, e Lisa estava ao seu lado. A maioria havia ido para casa, assim como o resto dos nossos grupos.

Christopher ainda não havia chegado, nem Kate. Então sentei em uma das poltronas e esperei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, mores? Merece comentários? Desculpem mais uma vez, juro que não vai se repetir. Beijoos!