O Agente escrita por Manu, GabiElsa


Capítulo 26
Encarcerado


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente. Não temos muito o que falar então, boa leitura.



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Casa Berk 6:33AM

Em um dos quartos da casa, dois jovens estavam dormindo serenamente. Porém, para tirá-los do conforto de seus sonhos, o som alto e estressante do despertador ecoa ambos os ouvidos, fazendo com que os rapazes, donos do quarto, despertassem do sono profundo que se encontravam até então. No entanto, dos dois garotos, apenas Kristoff se levanta, indo para o banheiro do corredor, já que no quarto não possuía um privativo.

Depois de alguns minutos trancado por lá, Kristoff volta para o quarto com a aparência mais radiante, com seu rosto mais corado e seus olhos mais abertos.

– Levanta aí bebezão – Kristoff fala enquanto chicota o amigo com uma toalha úmida e torcida, fazendo o moreno gemer um pouco.

– Qual é? – Retruca Flynn contra seu travesseiro, deixando sua voz abafada. – É feriado. – Não tardou para que Kristoff raciocinasse as palavras ditas, preparando outras para rebater tal argumento feito pelo moreno, que ainda se encontrava de baixo dos lençóis.

– Você vai ter que acordar do mesmo jeito, por que não agora? – Fala Kristoff apanhando sua muda de roupa, tirada de seu roupeiro.

– Porque agora são seis da manhã – Fala Flynn já desperto olhando no visor de seu celular. Rider possuía uma feição sonolenta, denunciado por seus olhos remelentos e sua pele pálida que continha resquícios de saliva acumulada nos cantos da boca.

– Ontem eu falei que ia colocar despertador – Tenta argumentar o loiro enquanto socava outras mudas em sua mochila. Já Flynn resmunga um palavrão e enterra com brutalidade seu rosto no travesseiro.

Kristoff optou em vestir algo básico. Seu cabelo estava molhado e os fios loiros estavam desorganizados, tratou de arruma-los imediatamente com o pente. Usou seu perfume de sempre, que por coincidência era oque Anna adorava.

Depois de dar sua certificada no espelho, Kristoff pega sua bagagem e sai, nem se preocupou em se despedir de seu amigo, pois o mesmo já estava no mundo dos sonhos e babando no travesseiro novamente.

–--

Os fios loiros balançavam com o bater o vento. Os olhos castanhos claros direcionavam-se para lugares aleatórios como quiosques, panificadoras, praças com diferentes tipos de fonte, prédios de todos os tamanhos, lagoas que contrastavam com o extenso gramado verde ao redor, e por fim as fraternidades que apresentavam estar vazias. As mãos masculinas exerciam algumas funções como trocar a marcha do Jeep preto e girar o volante revestido a couro. O suor provocado pelo calor escorregava na face daquele rapaz belo e atraente, não só no rosto como também nas axilas e no peitoral definido que aquele loiro havia adquirido nos anos anteriores por conta do futebol.

Kristoff Bjorgman é assim. Um garoto belo e convicto de suas opiniões, mesmo elas sendo desrespeitosas, ele abre a boca para opinar. Mas é o jeito dele de demonstrar carinho e amor para as pessoas mais próximas a ele, como a família e Anna, que já estão acostumadas com esse tal jeito.

Falando em sua família, Kristoff já sonhava com o tal reencontro, porque afinal, não via nenhum de seus parentes há meses.

A música que saía dos alto-falantes provocava em Kristoff uma sensação de alegria e paz no seu interior. Sua boca cantarolava conforme o ritmo e uma de suas mãos batiam no volante acompanhando a batida da música.

Ao estacionar o carro de frente a uma panificadora, Kristoff saiu do Jeep ainda cantarolando a música que ouvira. Com passos longos, o loiro deu meia volta no veículo se prontificando para adentrar o local.

Após trancar o veículo, o rapaz caminhou para a porta principal, mas, ao se assustar com um buzina, o mesmo parou e direcionou seu olhar para um Porshe cinza, estacionado atrás de seu xodó.

Com os olhos crispados, Kristoff se aproxima com um quê surpreso. Primeiramente, ele admirou o carro com o lábio inferior erguido. Realmente era um carro muito bonito, mas Kristoff nunca foi de invejar-se por coisas materiais, por causa disso um sorriso nos lábios se formou.

– Kristoff! – Uma voz grossa chamou a atenção do loiro, que repentinamente ergueu o olhar e encarou a figura ruiva que o fitava até então com um semblante carismático.

– Hans? – O rapaz revirou os olhos e bufou, tornando-se a caminhar para o local que inalava cheiro de pão.

– Espera! Kristoff, podemos conversar? – Pergunta Hans seguindo o loiro com passos rápidos.

– Não tenho tempo pra gastar minha saliva com você – Responde Kristoff com completa ignorância, não hesitando tirar o celular de seu bolso traseiro para ligar para Anna.

– Mas você nem sabe o que vou falar – Insiste Hans angustiado, como se precisasse dizer tudo de vez.

Hans Weselton sempre teve uma natureza competitiva e agressiva, que, em grande parte, mostra através de hostilidade para com as pessoas que tentam ser como ele. Ele é misterioso e bem galanteador com as garotas quando quer. Mas uma coisa que o ruivo detesta, é se sentir inferior a alguém. Ele sempre procura ser o melhor em tudo que faz. E praticamente implorar para ter uma conversa com um antissocial como Kristoff, o fez se sentir inferior.

– Tá bom, fala – Fala Kristoff o fitando desinteressado, deixando o ruivo nos nervos, mas manteve-se no controle.

– Irei ser o mais breve possível, não se preocupe – Disse Hans ao reparar na pressa do loiro – É que nesse feriado, vai acontecer uma social lá no campo. Sabe? Para comemorarmos essas vitórias que estamos tendo. E como você é um membro do time e é namorado da Anna, achei que queria ir com ela – Kristoff semifechou os olhos e arqueou uma das sobrancelhas, demonstrando surpresa ao ouvir tais palavras.

– Que dia?

– Sexta – Responde prontamente Hans – Você vai?

– Eu não sei. Tenho compromisso nesse feriado, mas acho que vai dar pra ir.

– Okay então – Hans oferece sua mão a Kristoff, que, após observar, faz um "soco bate" com o ruivo – Te vejo lá.

Hans partiu para seu carro e Kristoff entrou na panificadora, ainda confuso. Ele não é de ser convidado para festas, muito menos das fraternidades populares do campus. Mas fazer o que né? Já que foi convidado, por que não ir? Certo?

–--

Casa Arendelle 6:48am

No amplo cômodo o sol começava a invadir, deixando-o completamente claro, fazendo com que as duas garotas se cobrissem por causa da luminosidade, incomodando-as.

O celular de Anna começa a tocar na cabeceira da cama, se assustando com o barulho abafado. A garota levantou seu tronco ficando sentada na cama esfregando seus olhos com os nós dos dedos, tentando se acostumar com a luz, apanha o aparelho que permanecia tocando e o atende bocejando.

– Alô – Fala Anna com a voz recém-acordada.

– Bom dia amor – Fala Kristoff com sua voz animada – Já está pronta? Porque estou indo te buscar.

– Não, eu acabei de acordar – Fala Anna bocejando e logo em seguida olha pra Elsa, que mantinha um braço mole em cima de seus olhos, uma tentativa de escapar da claridade.

– Se arruma que eu já estou saindo, tá bom? – Fala Kristoff.

Anna se levanta indo em direção à janela, fechando as cortinas com a intenção de desaparecer com aqueles raios solares tocando sua pele e incomodando seus olhos.

– Tá bom, beijos – Fala Anna indo ao banheiro para tomar um banho rápido e fazer sua higiene matinal.

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Após o banho, Anna vai para seu quarto com uma toalha enrolada em seu corpo. Soltando seus cabelos enquanto abria a porta, Anna logo adentrou o cômodo e tomou partida até seu roupeiro desorganizado, pegando uma roupa e sua pequena mala, que organizara há dois dias.

Sua roupa era um vestido azul esverdeado com borboletas roxas e alguns detalhes em verde escuro. Seu cabelo ficou solto e com um truque antigo que sua vó lhe ensinara, ela cacheou as pontas, fazendo com que seu cabelo ficasse com movimento. Nos olhos ela passou apenas um rímel, e em seus pés um salto prateado aberto, ganhando um pouco mais de altura.

Após sua arrumação, Anna pega sua mala que continha alguns produtos de beleza, sua escova de dente, peças intimas, roupas casuais, tênis, um par de botas entre outras coisas; E desceu evitando arrastar as rodinhas no piso para não fazer barulho.

Para sua sorte, ela não acordara ninguém enquanto descia a escadaria. Pensou que não havia mais nenhuma garota acordada na casa a não ser ela "Claro que todas estão dormindo, é feriado, quem acorda cedo no feriado? Aé! Eu." Pensou Anna bufando de raiva. Ela odiava acordar cedo mesmo quando era preciso.

Ela foi para a porta de entrada, aguardando seu amado, sentada na escada. Colocou sua malinha ao seu lado, e se apoiou pelos cotovelos.

– Eita já ia esquecendo o celular – Fala alguém atrás de si fazendo-a olhar para trás. Era Elsa. Anna encara a mais velha e vê que ela trajava um robe azul bebê e um par de pantufas de boneco de neve.

– Ainda bem que tenho você – Fala Anna se levantando apanhando o celular.

– Nem ia falar tchau, né? – Elsa cruza os braços em frente aos seios, fazendo um biquinho questionador, igualmente quando Anna foi pedir a bênção para se casar com um garoto que Anna pensava em ser um príncipe, e que eles iriam viver felizes para sempre com seu amor verdadeiro. Obviamente Elsa disse "Não".

– Elsa você estava dormindo – Explica Anna.

– Mesmo assim, era só me acordar – Fala Elsa descruzando os braços em meio de um suspiro.

– Você estava até roncando, não ia te acordar – Elsa arregala os olhos com as palavras da mais nova, já com um pressentimento de ser uma brincadeira feita pela mesma.

– Eu não ronco – Argumenta a loira com uma voz esganiçada.

– Um pouquinho – Gesticula Anna com uma das mãos, usando seu dedo indicador e o polegar.

A conversa entre as irmãs é finalizada quando uma buzina as chama atenção. Um carro estaciona de frente a casa, e elas reconhecem o motorista. Era Kristoff, que trajava uma bermuda jeans, uma camiseta branca e nos pés um tênis Vans branco.

– Tchau – Elsa dá um abraço em Anna que retribui.

– Tchau - Anna apanha sua mala, termina de descer a escada e entra no carro. Kristoff acena pra Elsa que faz o mesmo.

A loira acompanha o carro com os olhos até sumir de vista. E entra na casa, sentindo seu coração apertar-se.

A meia albina caminhou até a cozinha, colocando primeiramente uma chaleira sobre as chamas do fogão e despejando um pouco da água sobre um coador, assim que chegou lá.

– Bom dia – Elsa dá um sobre salto ao sentir mãos quentes enrolando seu tronco, mas assim que sentiu cachos caindo sobre seus antebraços, se acalmou, mas não retribuiu, pois suas mãos se encontravam de baixo da torneira ligada.

– Bom dia Meri – Responde Elsa – Vai viajar agora? – Pergunta ela com uma voz de espanto, mas na verdade seu sentimento era de pura decepção.

– Minha mãe disse que meu voo está marcado para as nove. Então eu tive que levantar agora, se não me atraso – Merida responde se sentando no balcão, enquanto via Elsa organizando os ingredientes de sanduiche em cima da ilha da cozinha.

– Você vai encontra-los no aeroporto? – Questiona a mais velha sem encarar a ruiva.

– Sim. Na verdade, já era para eu estar lá – Fala Merida descendo do balcão e indo de encontro com Elsa, esticando os braços para lhe envolver em um abraço de urso, já que não se verão esse feriado – Tchau – Elsa retribui o abraço e logo vê Merida caminhando para a porta da frente, pegando sua mala e indo em direção a um taxi que chamara.

A ruiva se senta no banco e se despede da rua mentalmente, olhando cada detalhe pelo vidro claro da janela daquele carro amarelo.

–--

Aeroporto de Miami 07:02AM

Com as rodinhas da mala pesada se arrastando naquele enorme piso, e o cartão de embarque em mãos, Merida logo encontra sua família despachando as enumeras malas.

– Vem cá. Estamos indo viajar para a Escócia ou ir morar lá? – Questiona a garota ao se aproximar de seus entes queridos, os fazendo direcionar seus olhares para ela.

– Merida! – Grita seus irmãos correndo até ela, fazendo com que se abaixasse para ficar na altura dos três pestinhas.

– Hubert, Harris, Hamish, que saudade de vocês – Fala ela os abraçando – Oi pai – Fergus abriu um sorriso de orgulho ao se deparar com a filha, que, pelo percebimento do homem, estava mais linda e mais mulher do que da última vez que a viu.

– Minha danadinha – Fala ele a abraçando.

– Olá filha – Fala Elinor depositando um beijo suave na testa da filha, que sorriu e se afastou para pegar sua mala e despachá-la junto com as outras – Merida, eu tenho uma péssima noticia – Fala a morena encarando-a.

– O que aconteceu? – Pergunta ela reparando na cara tristonha.

– Eu havia marcado nossos lugares, mas parece que ouve um erro e mudaram alguns – Elinor ficou um pouco hesitante na hora, e tal hesitação não passou despercebida pela ruiva.

– Tudo bem mãe, eu me sento ao lado de um estanho, não se preocupe – Fala ela, para a alegria de Elinor.

– Tudo bem então. Vamos se apressar para não perdermos o horário – Elinor foi dando pequenos empurrãozinhos em Merida e Fergus, que não contiveram e dar uma pequena troca de olhares que só pai e filha entendem.

–--

Após comer um enorme sanduíche, Merida acompanhou sua família até o avião, onde se separaram e se sentaram em seus devidos lugares. Por sorte, o casal se sentou um do lado do outro, enquanto seus filhos dividiam três poltronas do meio do avião. Merida foi parar bem longe da família, em uma poltrona no corredor junto com um jovem que nem fez menção de se apresentar formalmente. Ela apenas se sentou, colocou o cinto e procurou em sua bolsa seus óculos escuros, para tentar dormir um pouco.

O jovem ao seu lado trajava tênis escuros que contrastavam com o jeans da calça. Em cima, uma camisa branca sendo coberta por uma blusa verde musgo e uma jaqueta jeans.

Merida não percebeu, mas o jovem a encarava profundamente, como se a conhecesse.

– Merida? – A ruiva abre os olhos lentamente e os direciona para o rapaz, que havia a chamado – Não acredito que é você – Merida abaixa o óculos e fita o moreno, reconhecendo-o.

– Hic? Ah tá de zoeira – Fala ela com o tom elevado, sendo reprovada por alguns passageiros, que ignorou despreocupada – Como pode isso?

– Também queria saber – Fala Hiccup não contendo um sorriso – Você também vai para a Escócia? – Merida assente.

– Tenho família por lá – Hiccup compreende e se encosta-se ao acolchoado ainda não acreditando – Meu, que coincidência maluca.

– Pois é – Murmura ele – Muita coincidência – Sua mão apanha a dela, que sorri com o ato, não deixando de corar por isso.

Sim, era coincidência. Até demais.

–--

Carro de Kristoff 07:06AM

Sentada ao lado de Kristoff, Anna coloca o cinto e fica encarando a pista. Já o loiro fita a namorada e percebe que ela estava nervosa. Com uma mão pendente ele segura a da garota, que estava gelada por sinal, fazendo com que ela abaixasse o olhar e observasse as mãos unidas. O canto de seus lábios se estica formando um sorriso.

– Tá nervosa? – Pergunta o garoto massageando a mão da garota com o polegar.

– Não – Fala Anna em um suspiro, como se estivesse prendendo a respiração desde que sentou no banco em couro preto – Só ansiosa pra conhecer seus parentes – se explica.

– Relaxa. Eu tenho certeza que eles vão adorar você – Fala o garoto apertando ainda mais a mão da garota – Na boa, quem não gosta de você?

– Por que todos me perguntam isso? – Fala Anna levantando a cabeça para encarar seu amor.

– Deve ser porque é verdade – Fala Kristoff sarcástico. Fazendo Anna rir. – Eu comprei cappuccino, pra enganar o estômago – O loiro apanha uma sacola no banco traseiro e entrega pra namorada. – Não comprei nada pra comer, porque lá minha tia vai fazer várias coisas, então...

– Várias coisas... Tipo? – Questiona Anna.

– Browne, chocolate quente, bolo, panqueca...enfim – Responde Kristoff.

– Hum... Acho que vou voltar uma bola – Fala Anna rindo.

Após alguns minutos de conversa, Kristoff e Anna decidem ficar em silêncio absoluto, deixando com que apenas o barulho do motor trabalhando e o bater do vento no carro, fizessem uma sincronia harmônica. Obviamente, a garota não se conteve em ficar tanto tempo calada, ou ao menos com a boca fechada, então decidiu ligar o rádio, pondo na sua estação preferida.

A música que ecoou nos ouvidos de ambos, os fez se fitar por breves segundos, no entanto, profundamente. Essa fora a primeira música que ouviram em seu primeiro encontro, em um restaurante próximo a universidade.

–--

Mais alguns minutos de viajem se passaram e ambos ficaram conversando sobre vários assuntos durante o percurso, até que chegam ao destino. Kristoff para de frente para um portão verde musgo, só para pegar um molho chaves e apertar um botão que vinha junto ao molho.

Após o loiro apertar a pequena caixinha preta, o portal se abre.

O carro atravessa o portal e Anna se depara com uma pista reta acompanhada de árvores na calçada.

Não se contentando com pouco, Anna abre sua janela, e coloca sua cabeça para fora, recebendo o vento frio contra seu rosto, e alguns fios de cabelo voando. Kristoff estaciona o carro perto de uma casa.

Ele abre a porta e sai, dando a volta para abrir a porta para a namorada e a ajuda a sair do automóvel. Anna encara a casa com receio de adentra-la. "Será que devo?" Pensa Anna mordendo o lábio inferior.

Uma mão quente paira sobre suas costas, fazendo com que a tirasse de seus devaneios.

– Vamos. Pego sua mochila depois – Fala Kristoff lançando um olhar confortante e Anna assente.

A casa era bem bonita, Anna não seria tola de negar, na parede havia uma massa rústica, levemente ondulada e fosca, além do piso de cimento que a loira pisou com muita hesitação. Mas algo chamou sua atenção após subir nas escadas que levava a porta de entrada: Havia dois trolls, um do lado direito e um do lado esquerdo da porta. Isso causou uma curiosidade na jovem, que com certeza iria indagar Kristoff horas depois.

Kristoff apertou a campainha, e logo em seguida a porta foi aberta por uma mulher baixa, com cabelos castanhos com algumas luzes em verde, olhos pretos como se fossem duas pedrinhas no lugar da íris, e um sorriso nos lábios. Ela trajava um vestido longo verde musgo com um colar de pedras coloridas.

– Kristoff chegou – A mulher abriu os braços e o abraçou com carinho, e logo depois várias crianças o abraçaram também.

– Oi tia Bulda – A cumprimenta Kristoff, se separando do abraço – É muito legal ver você, mas cadê o vovô Pabbie? Queria apresentar uma pessoa a ele.

– Ele está dormindo – Fala um garotinho – Olha achei um cogumelo – Ele mostra o fungo que encontrara.

– Eu ganhei um cristal de fogo – Fala outro garotinho, lhe-mostrando a pedra.

– Tive pedra no rim de novo – Fala um homem junta as crianças.

– Kristoff me pega – Um garotinho que Anna cogitou ter no máximo 5 anos, pulou em cima de Kristoff que o pegou.

– Ual como você cresceu! Que coisa legal – Kristoff comenta segurando o pequeno, porém outro garoto que parecia da mesma idade pulou em cima de Kristoff que o levou ao chão, fazendo com que Anna desse um pequeno riso.

– Ah! Ele trouxe uma garota – A mulher que atendeu a porta falou muito impressionada.

– Aé, gente essa aqui é a Anna, minha namorada – Fala Kristoff pondo as duas mãos no ombro de Anna. Ela deu um sorriso tímido.

– Hum... Deixe-me ver – A tia Bulda falou, apanhando as duas mãos de Anna a fazendo-a abaixar para ficar de sua altura, ela abre os olhos de Anna, logo depois arrebita o nariz e por fim usa seus dedos para puxa a boca de Anna e analisa os dentes. Anna olha pra trás vendo Kristoff rir e rir junto – Sim, ela é perfeita para nosso Kristoff.

– Que bom que vocês acham isso – Fala Kristoff abraçando Anna por trás e depositando um beijo no ombro da mesma.

– Owwww... – Fazem um coro todos que estavam presentes. Aparentemente suas maçãs devem está bem mais parecidas com a cor do cabelo de Merida do que o seu próprio.

– Vocês devem estar com fome. Certo? – Pergunta Bulda. Anna assente, ela não havia tomado café da manhã devidamente, aquele cappuccino não a satisfez. O loiro dá um pequeno sorriso e Anna compreende muito bem o 'por quê?' de ele ter feito isso.

Kristoff apanha sua mão e eles adentram a casa. A casa por fora já era grande, por dentro era muito mais. Tinha uns três sofás pretos em couro com algumas almofadas em volta de uma mesinha de centro de vidro. E na parede havia uma TV de 60 polegadas encaixada e um painel com uma estampa de pedra e uma listra preta – Eu vou pegar uns lanches – Tia Bulda vai em direção a um corredor que levava a cozinha – VÊM ME AJUDAR MENINOS – Grita ela lá da cozinha e os pequeninos a obedecem, e o homem faz caretas pra eles, como se dissesse "hahaha" – TODOS – Os meninos fazem o mesmo e o mais velho vai com eles, deixando Anna e Kristoff sozinhos.

Kristoff puxa a mão de Anna, ainda unida a da dele, e a guia para se sentar no sofá de frente a TV.

– Falei que eles iriam gostar de você – Fala Kristoff depositando um beijo na bochecha de Anna, fazendo a mesma sorrir.

– Ainda bem, né? – Comenta Anna ainda sorrindo fazendo o loiro sorrir também. Kristoff eleva sua mão e acaricia a bochecha da garota com as costas dos dedos, e Anna segura à mão de Kristoff que outrora estava em sua face e a arrasta por toda a extensão da bochecha até chegar aos lábios e a beija. E com a mão pendente, Kristoff a puxa pra si na nuca fazendo seus lábios se tocarem em um selinho demorado e logo em seguida um mais intenso. Uma exclamação os assusta fazendo com que ambos se separassem rapidamente e encarassem o individuo na entrada para a cozinha.

– Ham... A tia Bulda me mandou avisar que o lanche já está pronto – Fala o menino que mostrou o cristal de fogo. E logo depois sai correndo para a cozinha rindo. Kristoff e Anna se encaram por segundos e começam a rir.

– Então bora.

–--

Casa Arendelle 08:10AM

– Oi Jack – Fala Elsa após atender a porta.

Nosso agente havia ido à fraternidade Arendelle para se certificar que tudo estava bem. E ver Elsa sorridente o alegrou, fazendo confirmar sua teoria.

– Bom dia – Jack fala entrando na casa sem formalidades, mas Elsa não se sentiu desconfortável com a folga do rapaz, apenas fechou a porta e lhe deu um selinho – Cadê a Anna? Eu trouxe chocolate – O albino varreu a sala de estar procurando pela garota.

– Se quiser levar pra ela – Elsa fala em um tom irônico, pois sabia que há esta hora Anna já se encontrava longe.

– Ela tá dormindo? – Pergunta – Se for eu deixo aqui e ela come mais tarde.

– Digamos que ela está muito mais longe do que o quarto dela – Fala Elsa se sentando no sofá, achando graça da ingenuidade de Jack, que sentia seu coração se acelerar com o rumo da conversa.

– Onde ela tá? – Pergunta o albino se sentando demoradamente no acolchoado de frente a Elsa.

– Ela viajou com o Kristoff. Partiram hoje cedo – Responde a loira curiosa com a preocupação do rapaz – Mas não esquenta, ela volta na quarta – Prossegue, mas abaixa o olhar mordendo o lábio inferior – Eu espero – Murmura pra si, deixando Jack muito mais nervoso – Ah Jack são só três dias. Ela volta.

– Você sabe o que pode acontecer em três dias?! – Eleva o tom de voz, assustando-a – Por que não me avisaram?

– Porque o que a Anna faz ou deixa de fazer não é assunto seu – Rebate Elsa, fazendo Jack se calar – Eu nem sei por que você estar desse jeito. Eu que deveria estar assim, não você – Ambos se calam. Jack não tinha percebido até então, mas Elsa estava muito pior que ele.

– Desculpa – O rapaz se aproximou e a envolveu em um abraço – É que pra mim Anna é uma irmã, não sei porque, mas sinto que devo protegê-la de tudo e de todos. – Um riso fraco chamou a atenção de Jack, que acariciou os fios loiros de Elsa – Olha. Eu vim me divertir com você. Só porque a Anna viajou, não tem motivos para você ficar assim – Elsa arqueou a sobrancelha e Jack viu que o que falou não fizera sentindo – Enfim, além de chocolate eu trouxe filmes, jogos, e até skate pra você aprender, se estiver afim – Fala Jack mostrando sua mochila – E aí? Quer se divertir ou ficar se lamentando? – A loira respondeu com um sorriso, fazendo Jack se animar – Então vamos começar a brincadeira.

–--

Chácara dos Bjorgman 10:20AM

Após eles comerem deliciosos Muffins de chocolate, Kristoff os guia para a parte exterior da casa, onde tinha uma área, o piso era composto de uma cerâmica branca lisa, um pequeno banco de madeira e acompanhado de uma mesa de centro. E nas paredes possuía uma cor clara com alguns vasos de flores pendurado. Havia um degrau que separava o piso branco com o gramado. Anna olhou em volta além da cerca que rodeava a casa, e reparou que era imenso o local onde passará o fim de semana, mal podia se conter para explorar o terreno, sempre fora assim, gostava muito de uma aventura desde pequena.

Quando os pais separaram Elsa e Anna, pelo simples motivo de que ambos precisaram trabalhar, eles entraram em um acordo, o pai ficava com a Elsa e a mãe ficava com Anna, quando chegava às férias a família se reunia novamente e ficavam hospedados na mansão que se encontrava em Arendelle na Noruega, que pertencia à família a várias gerações. Quando Anna ficava entediada, ela explorava a enorme casa inteira e se o tempo fosse favorável, a garota explorava também o jardim.

– Psit - Anna ouve um barulho e se vira, ela encara Kristoff e assisti o namorado andando para a cerca e parando assim que a viu parada no mesmo lugar – Vem cá – Fala o loiro a chamando com a mão. Anna caminha até o namorado com cuidado, pois ela estava de salto, e andar de salto na grama é um pouco complicado.

– Oque foi? – Pergunta Anna já próxima.

– Eu quero te mostrar um lugar – Fala Kristoff pulando a cerca e logo em seguida ajudou a namorada a pular também.

– Pera! A gente vai andar muito? – Pergunta Anna.

– Não até que é perto, por quê? – Responde Kristoff assistindo a garota se apoiar nele para tirar o salto, após retira-los ele arqueia uma de suas sobrancelhas.

– Oque? Meus pés estavam doendo – Kristoff rir da ação da garota, e apanha sua mão. Eles andaram alguns metros de distância da casa, e quando já era possível de ver o lugar que Kristoff falara, Anna arregala seus olhos - Um... Celeiro?

– Sim, vem – Ainda surpresa, Anna acompanha o namorado até a parte inferior. Era grande, e era composto de alguns animais, havia galinhas, duas vacas e um cavalo. O celeiro era todo vermelho tanto fora quanto dentro. Anna anda pelo local prestando atenção em cada detalhe – Anna aqui – Fala Kristoff, a garota o procurou com os olhos, mas não o encontrou, e o seguiu pela voz. Quando o achou ele subiu em cima de um cubo de feno e puxou uma escada que levava a parte superior do lugar – Sobe – Anna larga os sapatos em um canto e segura nos degraus da escada, coloca um pé e começa a subir logo atrás Kristoff.

Anna se depara com um canto bem tranquilo, ela se manteve de pé e esperou Kristoff ficar também. O lugar parecia um sótão, só que bem mais arrumado havia algumas ferramentas de agricultura em um canto perto de uma janela, também havia um sofá de três lugares encostando-se ao outro lado do local.

– Era aqui que eu gostava de ficar – Fala o loiro se apoiando em uma coluna de madeira que se encontrava perto da entrada que ambos passaram.

– Muito legal – Comenta Anna dando um leve sorriso.

– Tinha vezes que eu até dormia aqui, pegava um colchão, lençóis e montava uma cabana, me sentia o dono da minha própria casa – Ele falou sorrindo, de certa forma sua infância foi muito divertida.

– O único lugar que eu dormir assim... Fora de casa e perto da natureza, foi no acampamento.

– Então, quer dizer que você nunca dormiu num celeiro? – Pergunta ele.

– Não, nunca tive oportunidade – Responde simplesmente.

– Que tal hoje a gente dormir aqui – Sugere Kristoff se aproximando da garota.

– Eu não sei, pode ser – Fala Anna espalmando suas mãos no peitoral do loiro, que segurou sua cintura.

– Então eu vou falar com a tia Bulda – Fala Kristoff beijando a testa da namorada que sorrir, e Anna escorrega suas mãos para enlaçar o loiro pelo pescoço fazendo seus corpos se colarem. Os lábios se tocaram de leve e separaram para juntar novamente em um beijo urgente, as línguas dançaram uma valsa sincronizada dentro das bocas, eles se separam por conta do ar. Anna enterra a cabeça no pescoço do loiro, e começa a dar leves mordidas. Fungando uma vez ou outra atrás da orelha. Enviando arrepios por toda a coluna. Kristoff pede os lábios novamente e os consegue, ele encerra o beijo puxando o lábio inferior em um modo ousado e sedutor. Ele desce os beijos para o pescoço da namorada dando o troco com a mesma moeda.

– KRISTOFF VOCÊ TÁ AÍ? – Fala uma voz máscula vinda do piso inferior. Kristoff para de uma vez oque estava fazendo se assustando, ao contrário de Anna que ficou tranquila. O loiro se separa indo em direção ao portal vendo seu tio que se preparava para subir.

– SIM – Responde o loiro.

– Sua tia esta chamando vocês – Fala o mais velho, após dar seu recado ele vai embora.

– Porque nos interrompem nas melhores partes? – Resmunga Kristoff e Anna rir.

–--

Casa Arendelle 11:20AM

Jack saiu da parte interior da casa, pegando seu celular e ligando apressadamente para a agência.

– Jack! Meu amigo. Quais são as novidades? – Uma voz em um sotaque russo atendeu Frost.

– North! – Exclama Jack – Eu tenho um trabalhinho pra vocês.

– Diga!

– Procura aí a localização da Anna.

– Tudo bem – Jack ficou esperando a resposta batendo o pé freneticamente no chão – Ela está em Homestead. Mas pergunta, POR QUE ELA ESTÁ LÁ SE VOCÊ ESTÁ EM MIAMI?! – Jack afasta um pouco o celular de seu ouvido.

– Eu não sabia que ela tinha viajado. Agora que eu fiquei sabendo – Responde Jack – Mas sabe se lá é seguro?

– Como eu vou saber? Olha. Fica aí protegendo a Elsa que vou mandar uns agentes para ficarem de olho nela – Jack suspirou aliviado.

– Valeu – Jack desliga e corre para dentro da casa, se batendo por ter feito uma burrice dessas.

Jack estava se sentindo encarcerado pela preocupação.


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram?
Capitulo super Kristanna, mas preciso.
Que coincidência né? Meio suspeito.
Quem ficou com dó da Elsa? Euuu.
Enfim, esperamos que tenho gostado.
Por favor, comentem