O Agente escrita por Manu, GabiElsa


Capítulo 19
Mantêm o amigo próximo, e o inimigo mais próximo ainda.


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente. Como foram de Páscoa? Comeram muito chocolate? Nós não, trágico né.
Vocês nos magoaram em relação aos comentários, só postamos por conta do número de visitantes nesses últimos dias e o número de acompanhamentos. Eles são enormes, mas cade os comentários? Sério gente, magoou.
Pensem nisso.
Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/563760/chapter/19

Casa Berk 06:37pm

Após sua conversa com Hiccup, Jack foi para seu quarto refletir sobre as pistas que juntara há pouco tempo, tanto da conversa com Rapunzel quanto da conversa com Hiccup, as quais se interligavam de uma certa forma.

Entrando no quarto, o qual se encontrava vazio e pouco iluminado, Jack tira seus tênis, os arremessando para qualquer canto do quarto, ficando apenas de meias brancas. Jack também tira sua regata e a joga sobre a cama, fazendo seu peitoral ficar desnudo.

Após sua ação, Jack apanha seu notebook e se senta em um puff azul próximo a janela, ficando de frente a mesma com um semblante pensativo. Sendo incomodado pelo calor, que o atormentava no quarto, o jovem levantou, pôs seu notebook no lugar onde sentara e abriu a janela, permitindo que o ar entrasse e abrandasse o calor, e deparando-se com duas jovens brincado no meio da rua, na qual havia pouco movimento de automóveis. Essas jovens eram Anna e Elsa. Jack deduziu que acabaram de voltar da praia, pelas vestes que estavam usando.

Com seus olhos fixados em ambas, Jack pegou seu notebook e se sentou novamente no puff com um pequeno sorriso em seus lábios.

A diversão que as irmãs traziam para o jovem era inevitável. Os sorrisos, as gargalhadas, as feições de alegria e principalmente o amor que elas tinham uma pela outra, deixavam o coração de Jack menos frio.

Dês de criança Jack precisava ser frio e durão com algumas pessoas, pois se tivesse um coração amável e ingênuo, como o de Anna - percebido pelo o albino - poderia estar morto no momento.

Com um leve manuseio de suas mãos, o jovem apanhou um lápis em sua escrivaninha, que estava próxima do mesmo. Após pega-lo, anoutou algumas iniciais dos nomes que estavam relacionados no caso. Porém, um grito o assustou fazendo-o parar de imediato e olhar para fora da janela.

Seu coração disparou por completo no mesmo momento em que olhou para a rua e percebeu que as duas não estavam mais lá.

Com um movimento rápido, Jack se levantou, correu para o armário, pegou uma arma, que no caso era uma faca pequena e saiu do quarto correndo o mais depressa possível para o andar de baixo.

Chegando em seu destino, Jack ouve algo vindo da sala de estar e se depara com uma cena bizarra e hilariante. Suas batidas cardíacas diminuíram ao ver Elsa e Anna em cima do sofá, no entanto, os gritos esganiçados de ambas o fizeram ficar confuso e ao mesmo tempo atento.

– Gente! O que foi? Por que estão gritando? - Pergunta Jack.

– MATA! MATA! - Grita ambas ao mesmo tempo enquanto apontavam freneticamente para algo na mesa de centro.

Jack acompanha o olhar das garotas, que pareciam estar com pavor. Ao se aproximar da mesa de centro, Jack vê uma barata. Após isso, Jack começa a gargalhar sem parar, fazendo Elsa ficar irritada e nervosa, mais do que ela já estava.

– PARA DE RIR E SEJA O HOMEM DA SITUAÇÃO! - Esbraveja a mesma. Anna a abraça e tenta correr, mas Perna-de-Peixe se pronuncia com o veneno em suas mãos.

– Eu cuido disso garotas - Fala o loiro lançando o veneno no inseto. Porém, a barata voa em sua direção, deixando-o aterrorizado a ponto de sair correndo do local gritando feito uma mulherzinha, fazendo Jack gargalhar ainda mais.

– Meu herói - Comenta Anna sarcasticamente.

– Que gritos são esses? Sabia que eu tenho que me arrumar para meu encontro? - Fala Hiccup descendo os degraus da escadas e se deparando com a cena - Oh meus Deuses! - Exclama o moreno - O que está acontecendo aqui?

– Hiccup meu amor, mata esse troço - Pede Anna e Kristoff aparece.

– Quem é seu amor aí? - Pergunta o loiro.

– No momento, qualquer um que matar essa praga! - Exclama Anna fazendo Kristoff observar a barata voando.

– Ual! - Exclama o loiro sem interesse em matar o inseto.

– KRISTOFF! - Grita as garotas. Jack encerra sua crise de risadas, pega sua faca que trouxe consigo e arremessa no inseto, que é atingido em cheio e fica prensado na parede,caindo as asas do mesmo.

– O que foi isso? - Pergunta Hiccup suspreso pela ação cometida pelo amigo e Jack faz sua encenação de surpreso.

– WOAH! Vocês viram isso? Cara que irado! Isso nunca aconteceu antes...galera fiquei sem fala - Encena Jack, fazendo os ali presentes acreditarem.

– Imagina a gente - Fala Anna descendo do sofá e abraçando Kristoff, que continuava bestificado com a ação de Jack.

– Isso foi épico - Comenta Hiccup - Mas agora tenho que me arrumar - Fala o mesmo saindo do ambiente, deixando alguns curiosos no caminho.

– Então tá né - Fala Elsa se sentando no sofá - Desculpem nosso escândalo.

– Que nada, garotas são assim mesmo - Fala Jack se jogando no sofá - Sempre temem de algo que poucos homens temem - Anna e Elsa se entreolham e fitam o rapaz.

– Não tem nada a ver - Rebate Anna - Nós mulheres não temos tantos medos.

– Verdade, tem mais frescuras - Fala Kristoff pegando a barata sem Anna reparar ou até mesmo notar a separação feita pelo mesmo, por conta de sua pequena discussão com Jack.

– Não é verdade - Alega Elsa.

– A não? - Pergunta Jack com a sobrancelha arqueada e lançando um olhar desafiador para a loira.

– Anna olha isso aqui - Fala Kristoff segurando a barata com uma das mãos atrás de Anna, que ao se virar se dá de cara com a barata, literalmente.

– AHHHHHHH...- Grita ela batendo na mão do loiro, fazendo a barata voar e cair em Jack, que se assusta e solta um pequeno grito saindo de perto da praga e indo para o sofá onde Elsa se encontrava.

– Depois é a gente que é medrosa - Comenta Elsa rindo. Jack a encara indignado com o comentário feito e se levanta, pegando-a pelas pernas e erguendo-a no ar, pondo a nos ombros. Assim começa a girar fazendo a loira gritar.

– PARA! - Grita ela sem sucesso. Jack para após ficar um pouco tonto e ambos caem um em cima do outro, fazendo Kristoff e Anna gargalharem.

– O bando de palhaços, a barata tá bem aí - Alerta Kristoff fazendo-os saírem com um semblante enojado - Eu vou comer um brigadeiro - Fala Kristoff e Anna toma sua frente, desafiando-o a uma pequena corrida até a cozinha.

Ao chegarem lá, ofegantes, Kristoff abre a geladeira à procura do doce, porém não o encontra, desanimando o rapaz.

– Esses esfomeados devem ter comido - Fala Kristoff fechando a mesma.

– Ah não! - Fala Anna sentando-se na cadeira do balcão de mármore.

No mesmo momento Melequento entra no local com uma tigela em uma das mãos e na outra segurava uma colher, a qual estava lambendo porquê possuia vestígios do doce.

– Eai gente - Comprimenta Melequento, pondo a tigela junto a colher na pia. Kristoff e Anna se entreolham indignados.

– Já sei onde foi parar - Fala Anna sorrindo sem um pingo de alegria, pois oque tinha em mente era fazer ele engolir a colher sem dó, nem piedade.

– Foi parar oque? - Pergunta Melequento confuso, encarando o casal.

– Nada, esquece - Fala Kristoff, procurando algo nas prateleiras de cima.

– Já que ta falando - Fala Melequento dando os ombros e saindo do local.

– Argh, era só porque eu queria comer chocolate - Comenta Anna, pondo a cabeça sobre as mãos com um biquinho nos lábios e um olhar tristonho.

– Então não preciso abrir isto - Fala Kristoff estendendo a caixa de chocolate - Você falou "queria" - Anna eleva o olhar, que brilharam ao fixar a caixa de bombons.

– Não, eu quero - Fala Anna sorrindo, e estendendo uma das mãos.

– Você acha que eu não sei disso? - Pergunta Kristoff, mesmo sabendo da resposta. Ele abre a embalagem, e senta em outro banco ao lado de Anna.

– Acho que você me conhece bem demais. - Comenta Anna apanhado o doce da caixa.

– Não deveria? - Pergunta Kristoff.

– Claro - Fala Anna sorrindo. Olhando para o chocolate em suas mãos teve um lampejo de idéia - Vamos dividir? - Pergunta Anna manhosa se referindo ao doce com a mão.

– Já estamos dividindo - Fala Kristoff, fazendo com que Anna ficasse séria. Percebendo a reação da garota, ele logo se adianta, e coloca a metade do doce em sua boca. Anna se assusta, porém morde a matade antes que Kristoff a beijasse. Causando uma certa fúria no loiro - Achei que era para dividirmos e nos beijarmos depois - Anna rir se limpando.

– Foi mal - Foi a única coisa que Anna disse após engolir o chocolate.

Kristoff fica sério, mas rir logo depois ao perceber Anna pegando mais um bombom e enfiando-o direto a boca.

Com um pouco de desânimo, Kristoff come seu chocolate em silêncio. Anna percebe o desânimo no olhar do namorado e lhe dá um beijo na bochecha. Kristoff sem entender nada fica corado e a encara com um pequeno sorriso nos lábios.

– Pode me beijar se você quiser - Afirma a garota e o semblante de Kristoff muda na hora, causando uma pequena risada de Anna, a qual se cerrou com um beijo do loiro, o qual a mesma correspondeu.

–--

Na sala de estar, Elsa gargalhava com a travessura que Jack fazia. O albino estava espionando Anna e Kristoff e avisando Elsa todas as ações que ambos faziam. Jack ainda estava sem camisa, fazendo Elsa ficar desconcertada, como todas as vezes.

– Eles são fofos juntos - Fala Jack se sentando próximo a loira.

– Realmente. Acho que Kristoff foi a primeira pessoa que eu fiz transpirar só para sair com minha irmã - Sorrir Elsa ao se lembrar da noite em que Kristoff lhe pediu a bênção do namoro.

– Oxê. Você dá medo às vezes - Comenta Jack rindo, fazendo Elsa franzi as sobrancelhas e forçar um biquinho.

– Não é verdade - Argumenta Elsa.

– Você lança um olhar tão frio, que parece que nossa voz fica nas pontas dos pés - Elsa bate em Jack, fazendo-o rir ainda mais - Tô brincando.

– Bom mesmo - Fala Elsa lançando o olhar gélido.

– Tá vendo só? - Fala Jack - Ih caramba, não vou dormir hoje - Fala Jack zombando da loira.

– Sério mesmo que às vezes dou medo? - Pergunta Elsa intrigada com a situação.

– Quando você está brava, dá um pouquinho sim - Fala Jack sorrindo - Mas fique tranquila, que hoje vou tentar não perder o sono, afinal, amanhã tem aula e não quero ficar babando na carteira - Elsa rir e encara Jack.

– Somos dois - Jack sorrir.

Elsa era tão linda. Pensava Jack.

– Oi meu povo - Ambos ouçam a voz de Flynn, que bate a porta despertando-os do pequeno transe.

Jack o acompanha com o olhar, era a pessoa que o mesmo queria ver.

– Ham...Elsa eu preciso ir lá em cima, já volto okay? - Fala Jack se levantando rapidamente, causando uma curiosidade na loira, que apenas observava com as sobrancelhas franzidas.

– Okay - Jack correu para a escada e subiu rapidamente os degraus.

Ao chegar no piso superior, Jack caminhou até o quarto de Flynn, onde o mesmo se encontrava separando roupa do armário. As quais vestiria após seu banho.

– Oi Jack - Fala Flynn - O que deseja?

– Posso conversar com você? - Pergunta o albino sério, enquanto fechava a porta demoradamente.

– Pode, senta aí - Fala o moreno e Jack permanece de pé - Então tá, fica de pé. Mas será que pode ser rápido? Quero tomar meu banho logo e depois tenho que ir na reunião do time de futebol - Fala Flynn simplesmente.

– Isso dependerá de você - Fala Jack.

– Okay. O que quer falar? - Pergunta Flynn sentando na cadeira encarando o albino.

– Sobre a noite do acidente com Hiccup - Flynn gela e Jack sente isso. O medo e o nervosismo estava o consumindo - Eu andei fazendo umas perguntas e acabei encontrando respostas, e elas me levaram até você - Flynn fica nervoso.

– Acho você deve ter se enganado, porque eu não sei de nada - Mente Flynn - Agora se não se importa, vou tomar meu banho - Fala Flynn levantando-se e seguiu para a porta, mas Jack segurou seu antebraço com força.

– Eu ainda não acabei - Afirma Jack sério.

– Mas eu sim - Fala Flynn tentando se soltar, acaba conseguindo, mas Jack o empurra para o lado oposto da porta.

– Você sabe sim de alguma coisa, eu não estaria aqui se você não soubesse Rider - Flynn encara o albino - Admite Flynn, você bebeu na noite do acidente e Hiccup me falou que alguém que estava na casa havia bebido.

– Tem provas que fui eu? - Indaga o moreno.

– Tenho tesmunha e prova suficiente para te encrencar - Fala Jack e Flynn suspira pesado, já tendo ideia de quem seja a testemunha.

– Tá legal senhor Frost, eu conto. Eu confesso que bebi e fui na Casa Flutuante na noite do acidente. Mas não foi totalmente minha culpa o que aconteceu com o Hiccup.

"Eu estava perambulando pela prainha e percebi uma movimentação estranha na casa. Resolvi ir lá por algum motivo que não lembro. Mas assim que cheguei lá senti um cheiro de gás, parecia que o fogão estava vazando ou esse alguém deixou aberto de propósito, como sou esperto, o desliguei e o deixei ventilar. Mas aí, vi um galão de alguma coisa, acho que era de vinho, pinga ou até mesmo álcool puro. Eu o peguei e fiquei jogando na lareira, mas acho que derramei próxima a ela e foi por isso que espalhou o fogo"

" Eu andei pela casa e vi que tinha uma máscara no chão, eu a apanhei e acho que sem querer minha corrente quebrou. Eu fui tentar arruma-la, mas alguém chegou, e acho que era o Hiccup, mas na hora eu não sabia até porque estava chapado. Saí correndo e nem olhei para trás."

– Você ainda tem a máscara? - Pergunta Jack.

– Tenho - Confirma Flynn e o mesmo a pega no fundo de seu armário. Logo depois a entrega para Jack, que analisa a mesma com o máximo de atenção - O que vai fazer?

– Não sei, vou ver o que posso fazer - Fala Jack saindo do quarto.

A máscara era preta, se semelhava com uma de esquí. Porém no inverso dela havia um símbolo desconhecido pelo jovem. Jack havia conseguido mais uma pista, mais uma peça. E além de tudo, menos um suspeito que o albino não desejava que seja.

O que resta a fazer agora, era apenas investigar mais fundo.

–--

Algumas horas depois

Hiccup estava em seu quarto trocando de roupa pela centésima vez. O moreno estava muito animado para seu "encontro" com Astrid. Suas vestes eram um tanto elegantes sem perder seu estilo, como uma calça jeans um pouco larga, fazendo seus tênis ficarem cobertos, mostrando apenas a frente do mesmo. Uma blusa social onde havia uma gravata relaxada. E em sua cabeça uma touca.

Hiccup estava lindo.

– Será que a gravata ficou elegante demais? - Pergunta Hiccup para Banguela. Que miou em resposta - Eu sei que fico fazendo várias perguntas, mas me ajuda amigão - Banguela se espreguiçou e foi comer seu peixe posto em sua tigela. Hiccup suspirou e encarou espelho. Com um manuseio rápido, Hiccup pôs seu colar e sorriu logo em seguida.

Seu celular vibrou em sua escrivaninha. O moreno fitou o aparelho e caminhou até o mesmo. Deslizou seus dedos sobre a tela e viu uma mensagem de Astrid. Ela dizia "Estou na sala de estar da sua casa, desce logo, meu estômago vai me devorar". Hiccup riu e logo se aprontou de descer. Porém ao sair, Jack o encontra.

– Puxa, como ele tá gato - Comenta o albino, deixando Hiccup um pouco constrangido.

– Mas esse não é para você, pois esse gato já tem dono - Jack zomba e ambos caminham até o final do corredor, chegando na escada.

–--

Astrid estava conversando com Anna, Elsa, Kristoff, Melequento e Perna-de-Peixe sobre esse jantar que terá com Hiccup.

– E então, você gosta dele? - Pergunta Anna.

– Gosto - Responde a loira, nem sabendo que Hiccup descia a escada - mas como amigo - Hiccup para no mesmo momento.

– Então, vocês estão em uma espécie de amizade colorida? - Pergunta Kristoff.

– Acho que sim. Eu gosto de beija-lo e também gosto de ficar junto, mas eu não sei se realmente gosto dele daquela forma - Fala Astrid normalmente.

– Jack - Sussurra Hiccup para Jack, que parou assim que notou a feição do amigo.

– Fala - Fala Jack temendo a próxima fala do amigo.

– Fala para Astrid que eu não estou muito bem - Sussurra ele novamente subindo alguns degraus.

– Tem certeza? - Pergunta Jack. Hiccup pensa.

– Tenho - Fala o mesmo em um suspiro.

Jack suspira e desce alguns degraus vendo o amigo subindo a escada com pura tristeza nos olhos.

– Astrid, ham...não sei como te dizer isso, mas...Hiccup tá meio mal - Fala Jack e Astrid encara o chão antes de rolar seus olhos para cada rosto presente.

– O que ele tem?

– Não sei. Creio que é começo de gripe ou dor de cabeça - Mente Jack. Astrid fica decepcionada e se levanta.

– Então é melhor eu vê-lo - Jack se põem na frente, a impedindo de passar.

– Ele não quer ver ninguém. Sabe? Ele tá realmente mal - Astrid franzi as sobrancelhas e se afasta.

– Okay. Eu já vou - Fala Astrid caminhando até a porta e a abrindo, seguindo em rumo ao restaurante.

– Tá legal, o que realmente o Hic tem? - Pergunta Elsa.

– Desilusão amorosa - Fala Jack se sentando no sofá comprimindo os lábios.

– Tadinho - Fala Anna.

– Fazer o que - Fala Melequento.

–--

Ao chegar no quarto, Hiccup tira a roupa que escolhera para o encontro e a joga no chão com brutalidade.

O quarto pouco iluminado foi o suficiente para o moreno se atirar na cama e se cobrir com o edredom.

Seu coração estava partido, lágrimas invadiram seus olhos mesmo contra sua vontade. A dor em seu peito era inevitável. Como pudera doer tanto, se sentia um fracote, um covarde por querer chorar ou até mesmo se sentir tão fraco por conta de uma garota.

Ela o via como amigo, ele a via como a garota que sonhara se tornar sua namorada. Seu amor por Astrid se quebrou em pedaços, como um biscoito pesoteado sem misericórdia. E a dor o consumia mais e mais.

– Hiccup? - Uma voz feminina ecoou nas paredes do quarto - Hiccup? - O moreno ergueu um pouco a cabeça e se deparou com uma amiga, a sua amiga, a garota que ele gostou sem perceber e a mesma que ajudara com seus problemas. Merida estava ali, na sua frente o fitando com dó em seu olhar - Você tá bem? - Como o momento era inapropriado para uma conversa, Hiccup com bastante ignorância tentou responde-la.

– Não quero ver ninguém, me deixa sozinho - Fala ele e Merida se surpreende com a atitude do rapaz.

– Se você acha que eu vou deixar você aqui sozinho, nesse aspecto de tristeza. Está completamente enganado - Argumenta Merida se aproximando da cama.

Hiccup se vira e se cobre ainda mais.

– Vai embora Merida - Ordena ele, porém Merida o ignora prontamente.

– Só irei embora quando você disser que está se sentindo melhor - Afirma ela se sentando ao seu lado.

– Não vem bancar uma de Baymax que não vai colar - Alerta ele, Merida revira os olhos e o fita desanimada, mas uma ideia lhe aparece.

– Vem, levanta desta cama - Fala a ruiva se levantando, mas ao ver que o moreno nem fez questão de se mover, ela puxa o edredom, vendo o moreno apenas de cueca.

– Oh! - Exclama ele. Merida bufa e revira os olhos.

– Eu tenho três irmão, não se preocupa com isso - Fala ela indo para o armário do moreno. Hiccup tenta cobrir com o travesseiro boa parte de seu corpo, e acaba conseguindo de certa forma - Vamos lá - Fala Merida jogando peças de roupas no moreno, que estranha a atitude feita pela ruiva.

– Vamos pra onde? - Pergunta ele.

– Para qualquer quer lugar que não seja a universidade - Responde ela esperando-o se vestir. Hiccup se veste constrangido e encara a ruiva.

– Pronto, está feliz? - Pergunta ele.

– Muito - Responde ela - Agora vamos - A ruiva o puxa pela mão e caminha até a janela.

– Espera, não é melhor sairmos pela porta? - Pergunta Hiccup.

– Para sua farsa ser descoberta? - Pergunta ela e Hiccup nega - Então bora - Hiccup pula a janela e segue Merida até a escada. Ambos pulam no carro e Merida sobe em sua moto - Sobe aí nerd - Hiccup engole em seco e pega o capacete oferecido pela ruiva. O mesmo sobe na moto com medo e Merida parte para esse tal qualquer lugar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí gostaram?
Comentem, por favor gente.