Casa Berk 06:20pm

Chegou o tão esperado dia para Jack Frost. O jovem rapaz estava em seu quarto, compartilhado com Breu, se arrumando mimadamente. O albino passava um pouco de gel em algumas mexas de seu cabelo platinado, para não deixar tão bagunçado como de costume.

Suas roupas era um tanto mais casual, mas havia também uma elegância escondida por trás do garoto "swag" como o chamam. Essas roupas eram nada mais e nada menos que uma calça jeans de tecido nobre marrom, uma blusa moletom azul escuro e um sapatênis branco com uma leve tonalidade bege.

Seu reflexo no espelho o deixava alegre. Nunca se sentira tão bonito naquele final de tarde.

– Jack! Já vai? - Pergunta Breu entrando no quarto sem formalidades.

– Não, vou esperar a Punzie lá na fraternidade - Responde o agente colocando seu relógio de pulso, mas não era um simples relógio. Esse era equipado com diversas atividades como: GPS, TV, acesso a internet, gravador de voz, oktok embutido, entre outras.

Jack visualiza Breu e percebe que o colega trajava uma roupa diferente. Com a testa franzida o albino resolve matar sua curiosidade.

– Vai sair? - Pergunta.

– Vou. Marquei um encontro com uma garota - Responde Breu e Jack lança um sorriso malicioso para o moreno.

– Ata - Responde o mesmo pausadamente.

Com um suspiro Jack pega as chaves de seu carro e sai do cômodo seguido pelo amigo.

Ambos descem e vêem Hiccup com Banguela. Deduziram que ambos iriam sair também.

– Vai aonde? - Pergunta Breu.

– Passear com Banguela - Responde Hiccup fitando ambos à sua frente - O veterinário disse que Banguela precisa fazer exercícios com a prótese para se adaptar á ela - Breu e Jack arqueiam as sobrancelhas e dão os ombros.

– Então tá - Fala Jack indo em direção a cozinha. Pois o jovem estava com fome e precisava petiscar algo para não deixar seu estômago vazio.

– Tô indo Frost - Grita Breu da sala fazendo Jack escutar perfeitamente a batida da porta.

Hiccup se aproxima, com Banguela ao seu lado, de Jack que estava lavando uma maçã na pia assobiando.

– Vai na casa Arendelle? - Pergunta o moreno. O mesmo trajava uma calça jeans escura, tênis preto e uma blusa vermelha.

– Vou - Responde o albino se apoiando no balcão que os separava um do outro - Eu e a Punzie vamos na casa flutuante junto com Hans e Elsa - Fala Jack mordendo a fruta.

– Ih não deixa o Flynn escutar isso. Você sabe que ele caidinho pela Punzie - Adverte Hiccup encostando-se na parede com os braços cruzados.

– Relaxa, eu e a Punzie só somos amigos. Só chamei ela para não me deixar segurando vela.

– Humm - Resmunga Hiccup. O moreno fita o chão por alguns segundos e franzi a testa - Falando nele, onde ele tá?

– Acho que saiu com o pessoal lá pra boate - Responde Jack com um ar de não se importar tanto com isso - Pensando bem, faz meia hora que ele vazou - Ambos se fitam e dão os ombros forçando algo com os beiço.

– Então tá. Boa sorte na casa - Fala Hiccup chamando Banguela que ronrona e sai atrás do moreno que logo chega na porta principal e a abre saindo da casa.

Jack fita seus olhos azuis no relógio disfarçado e relaxa sabendo que está bem adiantado.

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Casa Arendelle 7:03pm

Rapunzel estava em seu quarto, que dividia com Merida. O cômodo era divido pela decoração. De um lado a parede era preta, havia posteres de bandas, havia uma guitarra também na parede, fotos, a cama era ligeiramente bagunçada, entre outras diferenças. Já do outro lado a parede era coberta por vários desenhos, a cama era arrumada, havia um violão ao lado da cama, uma coleção de bichinhos de pelúcia, entre outras.

A loira peteava seu cabelo de frente à um espelho com uma escova. Ela mal fazia ideia das horas, por isso trajava apenas um roupão branco, pois acabara de sair de um banho relaxante.

Elsa entra no quarto sem reverências já pronta. Seu olhar parecia está alegre, mas quando fitou Rapunzel do jeito que estava, sua alegria mudou para extrema preocupação.

– Por que não está pronta? Hans e Jack vão chegar daqui a pouco - Fala a quase albina.

– Ainda são seis horas - Fala Rapunzel olhando no relógio. Elsa vê as horas em seu celular e franzi a testa em sinal de confusão.

– São sete - Fala Elsa olhando no notbook conferindo a hora do celular.

– Oque? - Rapunzel se levanta com a voz preocupada. Ao fitar o visor do notbook, ela fica paralisada. Queria falar algo, mas sentia sua boca se secar completamente, impedindo-a de falar alguma coisa em que tirasse daquela enrascada - Como vou me arrumar agora? Não posso dar um bolo no Jack, ele vai ficar zangado comigo. Ai amiga oque faço?

– Calma também, eu vou avisar para eles te esperar, aí vamos todos juntos. Mas primeiro vai logo se arrumar - Rapunzel assente e começa a se apressar.

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Jack estava na sala de estar da casa Arendelle rolando os olhos pelos cantos da casa aleatoriamente.

Algumas garotas o cumprimentavam e outras ruborizavam ao chegar perto do belíssimo rapaz. E o mesmo só lançava um sorriso tímido e um olhar encantador que de vez ou outra fazia certas garotas soltarem suspiros.

Elsa desce os degraus da grande escada. Ela estava bonita. Sua roupa era uma saia que batia em cima do umbigo até acima de seus joelhos e um top. Ambas peças pretas. Seu cabelo estava solto e em seu rosto uma leve maquiagem na escala de cinza. Menos a boca, é claro. Em seus lábios finos, um batom rosa com tonalidade de vermelho, que a deixavam com uma personalidade forte e autoritária, mas ao mesmo tempo gentil e cuidadosa.

A loira se senta em uma poltrona ao lado de um sofá que estava o albino, que ao notar a presença da jovem abre um pequeno sorriso.

– Puxa - Fala ele sentindo a bochechas esquentarem. Mas ele não foi totalmente o único - Então...vamos?

– Vamos ter que esperar a Punzie, ela teve um pequeno problema com o relógio - Fala Elsa sem encarar o albino, mas antes que o mesmo pudesse dizer algo, foi interrompido por uma loira que estava ainda de roupão, mas o cabelo já arrumado.

– Podem ir logo que eu encontro vocês lá - Fala a loira descendo o último degrau.

– Mas Punzie - Fala Elsa se levantando.

– Tá tudo bem eu espero por você - Fala Jack repedindo o gesto feito por Elsa.

– Não, ainda falta algumas coisinhas, vão logo na frente - Fala ela.

– Mas o Hans nem chegou - Fala Jack tentado fazer a garota mudar de ideia.

– Acho que ele vai nos encontrar lá - Fala Elsa.

Rapunzel fita Jack e o mesmo suspira.

– Então tá - Rapunzel sorri e abraça os dois que retribuem - Vejo vocês lá - Fala a garota subindo alguns degraus - Não demoro.

Jack e Elsa se fitando e suspiram com um sorriso. Como puderam ser amigos de uma louca? Nenhum sabe dizer, mas podem afirmar que eles não se arrependem por isso.

– Primeiro as damas - Fala Jack abrindo a porta de seu carro.

– Obrigada - Fala Elsa entrando no veículo. Jack rodeia o carro e abre a outra, feito assim, logo adentra o carro.

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Hiccup passeava tranquilamente com Banguela nas margens de uma pista. No outro lado só se podia ver mata e do outro, uma pista sem movimento algum.

Banguela andava com uma certa dificuldade, mas não desistia tão facilmente.

– Consegue correr garoto? - Pergunta o moreno para o gato que miou como se dissesse um sim. E assim, ambos começam uma caminhada, porém, Banguela para bruscamente e começa a farejar - Oque foi? - Sem obter nenhuma satisfação, Banguela corre para o meio da mata - BANGUELA VOLTA AQUI! - Ordena Hiccup autoritário e ao mesmo tempo desesperado, e esse desespero aumenta quando Banguela não obedece e se perde na imensa vegetação úmida.

Preocupado Hiccup o segue segurando uma lanterna de seu chaveiro. Projetada por ele mesmo.

– BANGUELA! - Grita Hiccup tentando achar o gato, e então o mesmo o acha perto de um bote em uma praia deserta - Qual é seu problema seu gato feio. Quase me mata do coração - Fala Hiccup se aproximando do bichano que fitava com intensidade algo no mar - Oque foi hein? - Banguela mia como se dissesse "Olha pra lá idiota". Hiccup rola os olhos pelo mar até chegar em uma casa que flutuava sobre o mesmo - Então é aqui que é a Casa Flutuante - Banguela revira os olhos.

Hiccup fica sorrindo ao ver a casa, mas ele se desmancha ao ver um movimento estranho na mesma.

– Não pode ser o Jack, saímos antes dele - Fala Hiccup pensativo com um monte de duvidas em sua mente - Será? - Banguela entra no barco e Hiccup o fita - Tem razão Banguela, vamos investigar sobre isso - O moreno empurra o bote de madeira até a água e logo sobe no mesmo, pegando remos e indo em direção aquela casa.

Ao chegar lá. Ele desce e para na varanda.

– Olá. Tem alguém aí? - Pergunta ele, mas não obteve resposta, só um barulho de algo caindo e um barulho de uma lancha saindo. Ele corre para ver quem era, mas não via nada, pois uma névoa o impedia de ver algo, nem o nome da lancha pode se vê - É Banguela, quem quer que seja esteve aqui, bebeu muito - Fala o moreno sentindo um cheiro absurdo de álcool, mas mal sabia que esse cheio inalava das paredes.

Ele entrou e viu que estava esfriando, então resolveu acender a lenha.

– Quando o Jack chegar a gente falar pra ele que alguém estava aqui - Fala Hiccup andando pela casa para certificar que não havia mais ninguém.

E assim o fogo que estava na lareira começou a se espalhar por conta do álcool. Hiccup não sabia que sua vida corria um enorme perigo.

As chamas começaram a se espalhar com rapidez e assim que o moreno voltou para a sala, viu que a mesma já estava em chamas.

– Banguela - Chamou seu gato que tentava se proteger de alguma maneira.

Hiccup se desesperou, tentou apagar o fogo com uma toalha que tirou da mesa, mas não adiantava, o fogo continuava a se espalhar cada vez mais - VAMOS SAIR DAQUI - Grita ele para Banguela e pulou nos braços do mesmo.

Hiccup correu para a porta, mas o fogo atingiu o teto, fazendo a madeira que sustentava parte da porta, caísse.

Por muito pouco Hiccup não foi queimado. Ele tampou seus olhos por conta da luz do fogo. Hiccup foi andando pra trás, sem ao menos ver para onde ia. E com a ação feita, ele bateu a cabeça na quina de um armário e caiu desacordado.

Banguela lambeu o rosto de seu amigo, mas não o reanimava. Preocupado, o gato viu que havia uma pele de couro pendurada na parede, exatamente em cima de Hiccup. Sem mais nem menos, o gato puxou com força o tecido que caiu em cima do jovem inconsciente. Assim o tecido o protegerá de queimaduras graves. O gato se enfiou de baixo do tecido e ficou com seu dono só vendo o estrago feito pelas chamas ardentes, e só pedindo que ao menos isso terminasse logo, antes de ferir ambos.

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Na estrada bem próxima da prainha. Jack e Elsa ficaram em puro silêncio, só vendo a pista completamente vazia.

Para Jack seria um momento perfeito para conversar com a tal.

– Elsa. Eu quero de perguntar um coisa - Fala albino e Elsa apenas abaixa o olhar - Por que você fica com o Hans?

– Por que quer saber?

– Ah sei lá. Ele fica te dando um bolo toda vez que resolvem sair com os amigos.

– Não é verdade.

– Quer ver que ele vai te dar um bolo hoje- Elsa iria argumentar, mas uma fumaça chama sua atenção.

– Oque é aquilo? - Pergunta mesma descendo do carro recém estacionado.

– Incêndio - Fala Jack descendo do carro indo em direção a fumaça.

Quando ambos chegaram em uma praia, viram a casa completamente em chamas.

– Chama os bombeiros - Fala Jack correndo até uma lancha que para a sorte do albino, estava com a chave no painel. Enquanto isso, Elsa ligava para os bombeiros com as mãos trêmulas.

Jack foi até a casa.

– TEM ALGUÉM AÍ? - Grita ele cobrindo seus olhos com um óculos especial. Ele entra na casa e vê um tecido cobrindo algo, e ao ver um pé de fora, logo corre até ele. Ele tira o tecido e toma um choque ao ver a pessoa por baixo. Era Hiccup seu amigo com Banguela encolhido próximo a ele - Vem Banguela - Fala Jack segurando Hiccup e Banguela sobe nas costas do albino, no entanto, ao ver uma especie de colar no chão, ele o pega e coloca no bolso. E assim, ele sobe na lancha, pois viu que havia um botijão de gaz e precisava sair de lá antes que explodisse.

Por sorte ao chegar na costa os bombeiros foram ágeis e cuidaram do problema.

Hiccup foi levado para a ambulância.

Elsa estava aterrorizada, nunca ficou tão desesperada assim. Jack ao notar isso a abraçou com força.

– Calma, tá tudo bem - Jack a conforta acariciando os cabelos loiros da mesma que chorava sobre o peitoral do rapaz.

– E bem pensar que poderia ser a gente - Isso pegou Jack de jeito. Realmente poderia. E isso ficou da mente do albino por alguns minutos. Até que caiu a ficha.

Foi uma armadilha para matar Elsa, e ele vinha de brinde. " Então quer dizer que ele ou ela já sabe quem eu sou?" Pensa o albino.

Agora devia saber quem era esse alguém.