– Impossível. EU tentei o reviver. Ele ESTA morto.

– Não, ele não está. Esta nesse departamento, neste mesmo corredor, em coma.

– Não tem... Mas...

– Não esta feliz?

– Quero ve-lo...

– O que?

– EU QUERO VER ELE!

– Acalme-se. Não é tão fácil assim. Não conseguiremos acorda-lo do coma, sem os impulsos certos...

– Entendi... Então, todo o enterrogatório foi em vão? Tudo o que eu falei aqui VOCÊS já sabiam? POR QUE PRECISAM TANTO DE MIM, ENTÃO?

– Queriamos saber o por que de uma pessoa tão inteligente ter dado o chip mais Perfeito para uma pessoa normal como você, sem nada de Perfeito.

– Também me perguntei muito isso por um tempo. Por que me salvar, se não tenho nada para oferecer de bom? Por que ele me salvou? Por que prefiriu ser Imperfeito e salvar uma Imperfeita, em vez de se salvar? Sabe o porque?

– É isso que queremos saber.

– Vou te contar o porque. Louis me salvou, me tornou Perfeita, pois ele não era um Perfeito comum. Ele não era nem sequer Perfeito. Ele era 100%. E temo que ele foi o único que exixtiu.

– O que é um 100%?

– Não é Perfeito. Nem Imperfeito. Ele era 100% em tudo. Na inteligencia, na agilidade, na competência, na compaixão, no amor. Na vida. Ele foi 100% humano. Por isso ele me salvou. Talvez ele tenha cometido um erro ao me salvar naquele dia, mas diferente dos humanos normais, tenho certeza de que ele não se arrepende de seus erros. Talvez, não me matar no beco, como ele devia ter feito, mostrou que ele tem 100% de compaixão. Eu podia ter o batido com o taco, mas não consegui. Eu podia ter o levado para o Governo e ter ganhado muito dinheiro como recompensa, mas não consegui. E teve tempos nos quais me arrependi de não ter conseguido, e sinto vergonha de pensar que me arrependi. Se fosse Loui, não teria se arrependido de nada, pois ele sabia que estava fazendo a coisa certa. Para os outros. Não para si mesmo... Então, peço que aceitem isso. Passei anos tentando aprender como Loui fazia isso...

– Seu chip? Mas sem ele você...

– Não importa. Não tem como ser recolocado. Eu mesma não sei como fazer isso.

– Você quer que usemos isso nele?

– Sim. Se possível, não o contem que lhes entreguei o chip. Ele pode não se arrepender, mas ainda sente Dor...

– Não contaremos. Senhorita Grey..?

– Me chame de Sarah...

– Senhorita Sarah...

– Sim?

– Obrigada.

FIM DA TRANSMISSÃO