One Night Stand escrita por Gabi P


Capítulo 11
Troca de papéis... e de mochilas


Notas iniciais do capítulo

Oioi :D não demorei taaanto dessa vez, viram? (Acho que porque eu já sabia o que ia fazer nesse capítulo :3). Enfim, boa leituraaa, e não esqueçam de comentar, people ^^



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Trent bateu com força na porta de Thomas. Não gostava de entrar lá o tempo todo para fiscaliza-lo, mas aquela situação exigia atitudes drásticas. O empresário estava furioso com a ignorância e arrogância do irmão, então só bateu mais uma vez antes de abrir a porta grande e pesada.

Como ele imaginava. Tom acordava aos poucos, com os olhos pequenos do sono. E ao seu lado, era possível identificar a silhueta de uma mulher embaixo de seus lençóis.

Como você ousa, Thomas? — Trent perguntou, claramente desapontado.

— Ouso? Ouso quê? — o caçula perguntou, confuso, enquanto cobria o rosto para se proteger da claridade. A garota em baixo da coberta fina se mexia, indicando que também estava quase acordada.

Outra garota! Como se o esforço todo para consertar sua besteira não importasse! — Trenton bufou e passou a mão nos cabelos, se perguntando se tentaria ajudar mais uma vez ou se simplesmente se demitia.

Thomas ainda olhava para o mais velho sem entender. Mas logo direcionou o olhar para a garota ao seu lado, de costas para cima e com os cabelos negros espalhados pelo travesseiro. Ele logo entendeu e riu para Trent, que o encarou descrente.

— É melhor tirar esse sorrisinho do rosto antes que eu quebre seus dentes — avisou. Mas tudo o que Thomas parecia conseguir fazer era rir, alto e exagerado. Riu tanto até ficar sem ar, teve de se sentar para evitar os soluços.

— Você é engraçado, Trent. Tão preocupado... — Tom disse, soltando mais um soluço e retomando a risadinha.

— Quer saber? Eu me demit... — Sim. Ele estava convencido de que não queria mais ser babá de alguém tão inconsequente como Thomas Madden, mas logo se interrompeu. A morena despertava-se mais a cada fala dos dois, e logo se virou, irritada. Sentou na cama com uma expressão previsível e aborrecida, que era impossível não reconhece-la, mesmo com o cabelo todo bagunçado e o rosto inchado. — Kim?

O Madden mais velho encarou a garota, perplexo. Desviou o olhar para seu irmão e depois voltou a examinar demoradamente Kimberly — provavelmente porque a coberta havia descido, deixando uma visão bem clara do seu sutiã rosa de renda guipir italiana.

— O que você dizia? — perguntou Tom, ainda com soluços e seu sorriso sacana nos lábios.

Trenton só respirou fundo e balançou a cabeça. Ele fez um gesto com as mãos como quem diz “podem continuar aí com esse relacionamento esquisito de vocês”, e depois saiu do quarto.

Kimmie provavelmente ainda não tinha acordado direito, porque ela só deitou na cama novamente e se virou para Thomas.

— Ele sempre entra no seu quarto de manhã?

— Sempre que acha que eu fiz besteira — o ator respondeu, rindo para ela.

— Faz sentido, você sempre faz besteira.

— Isso não é verdade — ele deitou ao seu lado, satisfeito por ela não ter acordado gritando novamente. — eu faço várias coisas certas.

— É — ela concordou sarcasticamente, o que soava mais normal nos padrões Kimberly Sheen. — como me embebedar para dormir comigo de novo, ótimo trabalho.

Mas você que quis beber uma garrafa inteira sozinha!

Ela respirou fundo, soltando uma risadinha, depois virou rolou para longe dele na cama.

— Eu sei — disse, dando de ombros — e na verdade, eu não estava tão bêbada assim.

— Espera... — Thomas franziu o cenho, sem entender. — você não está chateada?

Kim só balançou a cabeça em negativa.

— Talvez o álcool tenha me influenciado, mas eu estava muito bem ontem. Lembro de tudo.

O ator não pode conter a surpresa. Não era sua intenção fazê-la beber para repetirem os acontecimentos da noite anterior, mas ele não imaginava que ela dormiria com ele por pura vontade. Mas porque ela conseguia lembrar e ele não?

Sorte a sua — Thomas murmurou para si mesmo, num tom de resmungo, que fez Kimberly encara-lo com uma expressão divertida.

Você não se lembra de nada? — ela riu, e só aumentou sua diversão com a carranca que o ator fez para ela — Que pena, quem sabe quando... ou melhor, se você terá outra chance de dormir com a grandiosa Kimberly Sheen novamente?

Tom revirou os olhos, mas logo os estreitou para ela, num ar desafiador.

— Eu tenho meus métodos.

— Só se for o álcool mesmo — Kimmie sugeriu, convencida — eu não tenho culpa se nossos bêbados interiores são muito atraídos um pelo outro.

— Dizem que o que fazemos com influência da bebida, na verdade é o que queríamos fazer sóbrios.

A morena não respondeu, só sorriu para ele antes de se levantar e começar a catar sua roupas. Kim sabia que dentro dela havia uma vozinha minúscula gritando para negar tudo isso e se afastar dele. Mas a garota estava tomada por satisfação e bom-humor de pós-sexo, e ela tentava se controlar para não dar pulinhos e cantarolar enquanto abria a mala para pegar suas roupas limpas. Vestiu uma saia justa estampada com girassóis, e uma blusa preta de botões, de mangas compridas.

— Para quê a pressa? — Thomas lhe perguntou, assim que ela achou sua jaqueta bege atrás de uma cômoda.

— São vinte para o meio-dia — ela disse, consultando o seu relógio de pulso, e se assemelhando a uma mãe apressando o filho preguiçoso. —, e eu estou indo num brunch com minha amigas, então até depois.

Dito isso, a morena acenou um “tchau” com uma mão enquanto pegava sua mochila com a outra, e saiu do quarto apressada. Se Trenton estava ali, ela não o viu. Então simplesmente seguiu para o pátio do lado de fora da mansão, onde um motorista numa Mercedes S63 esperava que alguém tivesse para onde ir.

* * * * * *

Kimberly já estava no meio do caminho para uma lanchonete em plena Times Square, onde o trânsito estava quase congelado. Ela bem sabia o porquê das garotas terem combinado esse lanche tão em cima da hora, claro, ela não tinha esclarecido absolutamente nada nas poucas vezes que se falaram desde o dia anterior. E a garota passava o tempo no carro tentando prever as perguntas e ensaiar as respostas, como se estivesse indo para algum tipo de entrevista ou algo assim. Bom, na sua cabeça, ela estava mesmo.

Quando Kim começou a se sentir mal por gravar a conversa que teria com as próprias amigas, balançou a cabeça, numa tentativa desesperada de abandonar esses pensamentos paranoicos. Então abriu sua bolsa, procurando o celular e já pensando em avisar para Gwen que estava chegando no Le Pain Quotidien.

Mas claro que alguma coisa tinha que dar errado. Ela deu um gritinho furioso e confuso consigo mesma, ao perceber que aquela mochila não era sua.

Ao invés de uma bolsinha delicada de couro marrom claro da Coach, ela havia pegado um mochilão de alça atravessada, estilo carteiro, e que era obviamente masculino. Kimmie não tinha ideia como havia trocado, mas estava claro que aquilo era de Thomas, então ela respirou fundo.

O máximo que podia fazer nessa situação era ligar para suas amigas do celular dele mesmo, caso estivesse ali dentro. A morena hesitou muito antes de começar a revirar as coisas de seu “namorado”, mas o fez mesmo assim, tirando objeto por objeto com cuidado.

Era possível encontrar todo o tipo de coisa, de papel de bala até DVDs e garrafas de água, e Kimberly abria todos os bolsos escondidos, a procura de algum aparelho telefone. Só depois de retirar todas as coisas maiores ela chegou à conclusão de que não estaria ali, e abaixou os ombros sem mais esperanças.

— Você está bem? — o motorista perguntou, examinando-a pelo retrovisor.

— Mais ou menos — Kim suspirou — acho que deixei meu celular na casa.

— Quer que eu volt...

Não! — ela se assustou, ao imaginar ter de percorrer todo aquele ninho de automóveis na Times Square novamente — Não precisa.

— Pode usar o meu se quiser — ele sugeriu, por fim.

E a garota desabou de alívio. Já estava em desespero por ter de encontrar suas amigas sem nenhum tipo de comunicação, num lugar completamente estranho e cheio de gente. O motorista passou o seu celular por cima do ombro, para que ela o pegasse no banco traseiro, e Kimmie murmurou alguns “obrigada”.

Antes de discar, ela começou a arrumar a mochila de Tom exatamente como achara, tentando encaixar todas aquelas revistas dentro da bolsa carteiro. A maioria delas exibiam mulheres seminuas na capa, e a garota se surpreendeu ao notar a semelhança — além de serem revistas pornôs, é claro.

Todas elas mostravam somente mulheres asiáticas. Agora sim ela entendia porque Trent dissera que Kimberly era “exatamente o tipo de Thomas”. Afinal, quem tem tantas revistas de um só tipo? Ele tinha alguma obsessão, por acaso?

A morena guardava cada uma delas com a testa franzida. “Busty Asian Beauties” era a que mais aparecia. Não era a revista que Dean lia na série Supernatural? Ela então só revirou os olhos, e guardou todas de vez. Pegou o celular do motorista, e discou o numero de Gwen, fazendo uma nota mental de mencionar isso para as suas amigas mais tarde.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Essas revistas de Thomas, hein hmmmmmm. E QUEM AMOU KIM CHATEANDO TOM? (por isso o título: troca de papéis heuheuehe). Comentem o que estão achando, deem sugestões, reclamem, sei lá, mas prometo que respondo tudo! :D Até o próximo ^^