Break a Leg escrita por Anny Taisho


Capítulo 1
Capítulo Único




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/56341/chapter/1

Break a leg

O dia que Riza aparece com a perna quebrada, Roy resolve lhe fazer uma visitinha querendo resposta a antigas indagações.

Capítulo Único

Começava mais um dia de trabalho na sala do coronel Mustang. Ou melhor, já era quase meio dia e aquele lugar estava um pandemônio.

Tinha folha para tudo quanto é lado, nada do que devia ser feito estava. Os rapazes conversavam animadamente e Roy estava com os pés sobre sua mesa lendo o jornal.

Mas não é estranho que a jovem tenente Hawkeye não colocasse ordem naquele circo? Sim, era estranho. No entanto, ela não estava ali, não tinha aparecido aquele dia.

- E AI... MEU DEUS! QUE PANDEMONIO É ESSE? – Maes entrava na sala para sua visitinha diária e quase caí para trás – O que vocês fizeram com a Hawkeye para ela não lhes impedir de fazerem essa zona?

- Agora que você falou... A tenente não apareceu por aqui hoje.

- É mesmo, que estranho! Ela sempre é a primeira a chegar...

Roy que também estava adorando não ter uma arma apontada para a cabeça, percebe que era estranho a mulher não ter aparecido e nem ter avisado nada.

- Fuery.

- Senhor?

- Ligue para a tenente e descubra o que aconteceu.

- Hai. - ele pega o telefone e disca o número –

- Olá, você ligou para Riza Hawkeye, no momento não estou. Se for importante deixe um recado após o bipe.

- Ela não está em casa. Vou tentar o celular.

O silêncio reina. Todos queriam saber o motivo da falta dela.

- Essa é a caixa de mensagens do número 91163228, por favor deixe seu recado após o sinal.

- Tenente, aqui é Fuery, o que aconteceu? Já é quase hora do almoço. Retorne assim que der. – ele desliga – Ela não está no celular.

- Caramba... Isso é estranho.

- Estranho? É... É... Impensável!!

- Será que a tenente foi seqüestrada?

- Ou será que ela estava em casa lavando a louça e uma garfo escorregou da mão dela e acertou a testa dela!

- E ela perdeu a memória e não sabe quem é!!!

- Méuuu Déussss!!

- Será que dá para parar com a viagem na maionese? Ela só...

- Que balburdia é essa aqui?

Todos levantam os olhos para a porta e vêem a loura. Mas não fardada. Usava calça Jeans, uma blusa preta e um casaco mais longo. No entanto, tinha um detalhe: na perna esquerda que estava dobrada, tinha um gesso que fazia com que a calça desse lado estar dobrada, fora o par de muletas.

- Tenente!!!

- Que bom que a senhora está bem!

- Nós já estava pensando que um garfo tinha acertado a sua testa.

- Ou que tinha sido seqüestrada.

- Garfo? Sequestro? Hã? – ela caminha, ou como se chama o jeito de andar de muletas e se senta em uma das cadeiras – Eu só quebrei a perna.

- O que????

- Eu fui arrumar em cima do meu armário e usei uma escada, só que ela estava sobre um tapete e acabou escorregando. – pausa – Eu caí e quebrei a perna, liguei para a portaria e o porteiro chamou uma ambulância. Fiquei no hospital a noite inteira. Só tive alta agorinha.

- Viu, a teoria do garfo não foi tão absurda assim!

- Calado, Breda!! – Roy se vira para a tenente – Por que não ligou para avisar, ficamos preocupados.

- Garanto que só notaram que eu não estava aqui quando o Maes perguntou por que esse lugar estava um pandemônio.

- Er...

Eles ficam sem graça e ela ri timidamente.

- Não tem problema, bem, mas isso não muda o fato de que não vou poder cuidar da sua segurança por algum tempo, taisa.

- Imagine, você não teve culpa de se esborrachar no chão.

- Obrigada por me lembrar da dor nas costas e no braço, Taisa. – ela suspira cansada – Eu vou ficar engessada por três meses, mas o médico disse que só posso voltar, mesmo que para fazer burocracia na segunda.

- Não tem problema. Espero que melhore logo.

- É! Depois a gente leva umas flores para a senhora.

- Oh... Tudo bem, não vou sair de casa mesmo. Bem, já vou indo e... Tentem manter o mínimo de organização, por favor.

 - Quer que eu mande um carro levá-la, tenente?

- Não, obrigada. Eu pego um táxi, ainda tenho que passar no RH para levar meu atestado médico.

- Eu insisto! Havoc, acompanhe a tenente até o RH e depois a leve para casa.

- Hai.

Os dois saem e os outros voltam a fazer o que estavam fazendo antes, menos Roy que passa a pensar. Riza estaria em casa, sozinha, indefesa... Não poderia deixar de responder aquela perguntinha que deixara no ar alguns meses atrás.

---------------------------------

Depois de passar no RH, Riza acaba por aproveitar um pouco da carona e vai ao supermercado. A despensa em casa estava vazia, tanto tempo trabalhando, mantendo as coisas em ordem não deixava muito tempo para cuidar de alguns detalhes em casa. Fora o tempo que tinha passado cuidando de Roy, foram alguns meses fora de casa.

- Não precisa, Havoc, o porteiro me ajuda.

- Não mesmo, sério, eu não me importo, fora que também não tô com a menor vontade de voltar para o quartel e fazer aquele monte de papelada.

- Muito bonito. – ela usava um tom de desaprovação –

- Hehe.

Ele pega o pacote e os dois entram no prédio.

- Bom dia, Vicente. – ela cumprimenta o porteiro –

- Bom dia, Riza-san... Vai usar o elevador?

- Vou sim, acho que não encaro oito andares de muleta.

- Bem, é que o elevador acabou de entrar em manutenção.

Oh certo! Aquilo não era bom.

- Mas amanhã cedinho vai estar funcionando.

- Oh...

Oito andares.

Dores nas costas, no braço, as muletas...

- Bem, eu acho que tenho a solução. – Havoc põe o pacote sobre uma mesinha – Será que você poderia levar isso aqui enquanto eu levo a moça?

- Hã? O que?? Não, não... Por favor, Havoc!

- O que? Você não vai conseguir subir os oito andares sozinha.

- Mas são oito andares. Não mesmo. Não poderia te pedir isso.

- Mas ele tem razão, Riza-san. A queda foi feia, eu vi, ajudei a tirá-la do apartamento, não deve fazer esforço.

- Olha, eu aceito que me ajude com as compras porque não consigo mesmo, mas me carregar não!

- Não seja teimosa. Que tipo de cavalheiro eu seria? Fora que preciso ver se as horas de treinamento com o Major tem valido a pena.

- Mas são oito andares!

- Não se preocupe com isso, ou acha que vou te deixar cair?

- Não... É que...

- Então vamos. – ele se aproxima – Com licença.

Ele se aproxima e a tira do chão. Ele não parecia estar fazendo muito esforço. E realmente não estava, Riza não era pesada.

E assim, subiram os oito andares. Quando chegaram ao fim o loiro estava um pouco cansado, ela podia não ser pesada, mas a subida era longa...

- Obrigada. – Ela pega as muletas com o porteiro e Havoc pega as compras –

- De nada, com licença e qualquer coisa é só chamar.

Riza e Havoc entram no apartamento e ela o guia até a cozinha. Onde ele se senta em uma das cadeiras.

- Água?

- Um litro, por favor.

- ela ri – Eu avisei.

- O problema não foi você, foi a escada. Caramba, se o elevador não for reparado logo o pessoal vai matar o sindico.

Ele ri.

- Concordo. – ela pega uma jarra de água e um copo, um de cada vez e põe sobre a mesa – Quer mais alguma coisa?

- Não, só água.

Ela vê o rapaz virar uns quatro copos de água.

- Cuidado para não engasgar.

- Ahhhhhh – ele suspira – Bem, hora de ir.

- Não quer nada mesmo? Um pedaço de bolo...

- Não, não, se eu demorar mais a galera vai falar que eu estou vagabundando. Valeu pela água e cuidado...

- Obrigada você e olha a boli ...

Ele chuta um brinquedo de Black que estava no chão e o bichinho vem correndo e pula no Havoc que cai.

(N/A: Okay, confesso que a idéia foi seqüestrada. Mas imaginei a cena do Black pulando no Havoc e tipo, ri muito!! Sorry!!)

- Black feio!

O bichinho de orelhinhas baixas sai da cozinha.

- Ai meu Deus, como um cachorrinho desse faz isso?

Ele começa a se levantar.

- Desculpe mesmo. Ele fica meio agitado com o barulho do sininho dentro da bolinha.

- Meio? Esse cachorro precisa de terapia. Ainda bem que não foi o Breda que veio.

- os dois riem – Com toda certeza.

- Então até mais.

- Até mais.

Ela o leva até a porta.

- Havoc...

- O que?

- Fale para o Major que o treinamento está adiantando.

Ele fica corado.

- Ele vai ficar feliz em saber.

-----------------------------------------

Depois do incidente, o cachorrinho ficou quietinho num canto da sala e Riza resolveu tomar um banho. Agradecia pelo gesso que usava não ser feito de gesso, na verdade, era uma tala. Assim, podia tirar para tomar banho.

Claro, que não podia nem pensar em encostar o pé no chão ou esbarrar em alguma coisa para que o osso fraturado não saísse do lugar.

Por isso, para evitar qualquer tombo, usou a banheira.

Demorou até mais que o necessário ali e quando teve que sair foi uma luta. Tinha que tomar o maior cuidado possível. Não queria piorar a situação.

Colocou um vestido soltinho, por ser mais fácil, roxo e branco. Um chinelo num pé e no outro a tala e foi para sala. Iria ler e ouvir um pouco de música.

Se ajeitou no sofá e colocou a perna avariada sobre um puff.

O cachorrinho começou a se aproximar de fininho. Como quem não queria nada e se sentou perto da dona com a cabeça sobre o pé dela.

- Eu não estou mais brava com você.

Ela viu o bichinho fechar os olhos e adormecer. Black era sua mais constante companhia. Não costumava namorar, não tinha muita paciência para alguém vigiando sua vida e também não tinha tempo.

Claro que às vezes saia com alguém e tinha alguma coisa, mas nada demais. Nada que acabasse em casamento como o avô queria.

Acabou adormecendo ali.

-------------------------------

Já passava das sete quando um grupo adentrou a portaria do prédio onde Riza morava.

Esse que era composto por: Roy, Maes, Havoc, Fuery, Scieska, Elycia, Gracia, Breda e Armistrong.

Carregavam consigo um bolo, alguns refrigerantes e algumas pizzas. Vieram fazer uma visitinha de melhoras para Riza.

- Boa noite, o que desejam?

- Viemos ver a Riza, do oitavo andar.

- Claro, claro... Podem subir.

O porteiro não fez mais perguntas, reconheceu Havoc daquela tarde.

- O elevador tá quebrado...

- O que?? Vamos ter que ir de escadas até o oitavo andar?

- Não reclama não, cara. Eu subi os oito andares com a Riza-san no colo.

Naquele momento todo mundo olhou para ele com aquela cara de: Conta essa história direito!!!

- Relaxa ai, o elevador estava quebrado e vocês não queriam que ela subisse oito andares de muleta?

- É, faz sentido...

- O treinamento passado de geração em geração fez efeito.

- Com certeza, Major.

E lá foi a galera subir os oito andares.

Quando chegaram ao terceiro já estavam todo esbaforidos e tinham certeza de que nunca mais apareceria para fazer uma visita a Riza sem antes saber se o elevador estava funcionando.

Foi árduo. Duro. Cansativo.

Mas conseguiram chegar.

- Ai meu Deus...

- Que isso, gente! Tô morto!

- Graças ao treinamento passado de geração em geração eu não estou cansado! Na verdade podia subir mais uns oito andares.

Okay, nem todos estavam cansados.

- Breda dá um tapinha nas costas de Havoc – Parabéns cara, subir isso aqui com a tenente no colo... Minha nossa!

Roy é que não gostou muito de ouvir aquela história, devia ele mesmo tê-la levado até em casa.

Tocaram a campainha e logo a moça veio atendê-los.

- Oi, Riza!!

Ela ficou meio atônita. Tinha sido acordada pela campainha e agora via aquele monte de gente ali.

- Viemos fazer uma visitinha!

- É!!

- Minha bonequinha Elycia queria te ver para desejar melhoras.

- Claro, entrem...

Ela sai da porta e o pessoal entra.

- Desculpem a bagunça, eu estava arrumando a casa quando me acidentei.

O apartamento da loura nem de longe estava desorganizado. Os livros da estante estavam separados por ordem alfabética entre outros detalhes que mostravam o gosto por ordem dela.

- Que isso!

- Desculpe a invasão... – Gracia sorriu – O Maes chegou lá em casa com o pessoal e eu não consegui tirar essas idéias da cabeça deles.

- Não tem problema. Fiquem a vontade.

O pessoal ajeitou as coisas na mesinha de centro e se arrumaram pela sala. Diga-se que no sofá menor só coube Alex que fez um discurso sobre a melhora dela.

O tempo foi bem divertido, agradável. Fazia um tempão que não se divertia tanto. Alex era uma figura a parte. Fora o medo de Breda pelo cachorrinho.

E é claro que não levaram bebida porque imaginavam que ela estava tomando remédios.

Gracia arrumou as coisas apesar da insistência de Riza para deixar ali que ela chamaria uma diarista no tempo que ficaria de tala.

Por fim, todos foram embora.

Okay, nem todos. Roy estava sentado em seu sofá com Black do lado lhe fazendo carinho.

- Então o Havoc te carregou oito andares?

- É.

Ela se sentou no outro sofá e esticou a perna.

- Nossa. Ele deve ter ganho o dia, chegou lá na sala com uma cara de besta.

- Oh... Na verdade o Black pulou nele e o derrubou.

- Bom garoto. Vou te comprar um osso bem gostoso amanhã. – Roy afundou mais a mão na cabeça do bichinho –

- Você por acaso andou bebendo?

- Não. Eu só fico feliz em saber que não sou o único que repugna a idéia do    Havoc te carregando.

- Certo, o que você quer?

- Sempre direta. Será que você não pode deixar um cara tomar a iniciativa, não?

- Não. Como já deve ter notado não sou muito apegada a esse tipo de padrão.

- Claro, claro... – ele suspira – Sabe, eu queria mesmo saber o motivo de você praticamente enfiar aquela maçã inteira na minha boca quando eu tentei falar umas coisinhas para você.

- Você não estava falando coisa com coisa. Sabe, se não importa, gostaria que se retirasse, estou muito cansada e com muitas dores.

- Eu estava falando sério. E eu me importo sim, não vou sair daqui até ter a resposta que quero.

- Olha ser chato tem limite. Eu cai de uma escada, tô tomando três analgésicos diferentes, fora os hematomas... Não dá para você vir me alugar outro dia, não?

- Só me fala o motivo do que tanto de repugna no fato de eu poder realmente estar interessado em você. Não vai me falar que você prefere aquele estranho do Havoc?

- Nunca daria certo. Somos opostos. Temos concepções diferentes do que queremos do futuro.

Ela se levanta e pega as muletas.

- Então só me dá um beijo. E eu prometo que nunca mais me aproximo de você.

Ela vira para ele.

- O que?

- Vai, só um beijo.

- Errr...

Ele não espera resposta. Se aproxima de loura com cuidado e sela a distância entre seus lábios e os dela. Um beijo cálido e gentil, ele não queria pedir mais do que ela poderia lhe dar.

O interessante foi que ela podia lhe dar mais, podia dar o que ele queria. Ela correspondia. Tantos anos se perguntou se era recíproco e era.

Tiveram que parar para respirar, mas não se afastaram, ficaram ali um olhando para o outro. Os olhos dele eram profundos, perigosos e intensos.

Sentiu o joelhando falhar, ele não podia fazer isso com ela.

- Cuidado. – ela sentiu os braços dele lhe impedindo de cair – Pode soltar as muletas, eu não vou te deixar cair.

- Não...

- Confie em mim.

Ela só ouviu o som do metal bater no chão, estava longe demais.

Se sentaram no sofá e ele puxou o braço esquerdo dela.

- Quantos hematomas...

O moreno beijou cada um dos roxos na pele dela.

- Tem mais algum lugar que precisa da minha atenção?

Roy sorriu e ela correspondeu.

- Muitos.

- Então acho que vou ter que te fazer muitas visitas...

The end

 

 Gente!!

Uma coisinha que fiz no meu tempo sem postar!

Eu sei que é meio sem noção, mas não custa nada comentar!!

PS - Eis as sinopses dos meus novos projetos para vocês!

 Viva os noivos! [ titulo provisório]

O que aconteceria se o marechal decidisse fazer uma festa junina? Toda festa junina tem que ter quadrilha, toda quadrilha tem que ter uma noiva e um noivo, mas por porque logo ela?! Perguntava-se a jovem tenente.

Snow queen secret

 

 

 

 

 

A muralha de Briggs guarda muitos segredos de sua rainha, mas nada dura para sempre e mesmo o mais escondido dos segredos uma hora acaba revelado.

Logo logo vão sair, que tals? Vão ler?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Break a Leg" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.