Entre Deuses, Reis e Heróis. escrita por Lady Rogers


Capítulo 1
Capítulo 1 - No começo


Notas iniciais do capítulo

O primeiro de muitos. Espero que gostem, e perdão se houver algum erro.



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No começo...

Muitos acreditam que antes do Universo nada existia o que é incorreto afirmar. Havia trevas, dor, angústias, lamentações, e estas sobreviveram.

Hélium, até então um reino pacífico, regido por uma espécie avançada de tecnologia, e governado por Patrícius, de repente se vê envolvido em uma terrível e desastrosa batalha contra os Serpentilinianos, seres vindos do mundo obscuro de Karáx. Uma raça de aparência horripilante muito similar a uma serpente, de personalidade inescrupulosa, que percorriam a galáxia com um único objetivo, apoderar-se do máximo de mundos que pudessem com o intuito absurdo de criarem uma nova espécie. Aqueles que aceitassem formar uma aliança teriam a piedade dos Serpentilinianos, e poderiam viver entre eles. Mas aqueles que se opusessem, tornariam-se seus inimigos mortais, e não restaria alternativa a não ser a destruição. O povo de Hélium obviamente não concordou com tamanha atrocidade, o que irritou ainda mais os Serpentilinianos. Patrícius, soberano de Hélium, em uma última tentativa, tentou convencê-los a desistir disso tudo, mas foi inútil. Logo a guerra estava formada.


O povo de Hélium sempre foi conhecido por toda a sua coragem e determinação, e foi assim, de posse de algumas armas mais poderosas da Galáxia, e embalados por estes sentimentos, que os soldados Helinianos partiram para a batalha.

...

Na sacada do palácio, Patrícius estava, olhava para os seus soldados já no campo de batalha, precisa ter com eles uma última palavra.

− Lutaremos até o fim! – Exclamou Patrícius para seu impetuoso exército. – Daremos até nossa última gota de sangue pelo nosso povo. – Completou. Toda a seriedade que Patrícius mantinha em seu rosto naquele momento foi desfeita ao ouvir os gritos de Ágata, sua pequena filha a lhe chamar.

− Não quero ir para Íction. – Falou. Seus olhos estavam inundados de lágrimas. – Quero ficar com o senhor. – Acrescentou.

− Minha filha, − Patrícius se abaixou, e colocou suas mãos nos ombros de Ágata. – É preciso que vá com sua mãe para lá, é o único lugar seguro neste momento de guerra. – Falou. Helena, mulher de Patrícius se aproximou e tomou Ágata em seus braços.

− Por favor, − Helena sentiu um nó se formando em sua garganta. − Volte para nós. – Disse ela. Tais palavras fizeram Patrícius sentir uma enorme dor em seu peito, mas ele tinha que se manter firme.

− Eu voltarei. – Disse. O mesmo selou seus lábios aos de sua esposa dando-lhe um beijo calmo, que naquele momento transmitia a dor de estar deixando sua família. Patrícius manteve seu rosto junto ao de sua esposa por algum tempo, queria senti-la, não estava sendo fácil ter que se separar das pessoas mais importantes de sua vida. – Vão, − Disse ele dolorosamente. – Vão logo! – Completou.

Não demorou sequer um minuto após a saída de Helena e Ágata do local, para que o céu de Hélium fosse tomado por naves Serpentilinianas. Tal fato deixou Patrícius muito preocupado, temia que sua mulher e sua filha não tivessem tido tempo de sair, e fossem atacadas. Mas naquele momento ele não podia abandonar seu posto, não podia deixar seus homens para trás. Ele então elevou seus olhos para os montes, de onde cada vez mais surgiam naves vindas de Karáx.

– Chegou a hora! – Disse ele. Patrícius deu um salto da sacada do palácio caindo em cima de seu cavalo, empunhou sua espada, e a ergueu. Ato que foi repetido por todos os soldados ali presentes. – Por Hélium! – Exclamou! “Por Hélium” – Os soldados repetiram as palavras de seu Rei.

As naves que abrigavam os Serpentilinianos imediatamente começaram a atirar contra os Helinianos, que se protegiam atrás de seus escudos. Aqueles vindos de Karáx, além de todos os seus atributos físicos, como força, agilidade, e um leve poder de regeneração, também possuíam um conhecimento sobre a tecnologia não como o povo de Hélium, mas o suficiente para lhes permitir criar armas poderosas. A batalha se mantinha equilibrada, o número de Helinianos que estavam ao chão, parecia ser o mesmo de Serpentilinianos. Patrícius desceu imediatamente do cavalo, queria estar lado a lado de seus guerreiros. Ele era um exímio lutador, tanto em combate armado, quanto desarmado. Sua rapidez era realmente impressionante, assim também como a sua força física. Mas ele não conseguia tirar sua mulher e sua filha de sua mente, a preocupação era inevitável, até que... Até que um grito ecoou por todo o campo. Patrícius de imediato reconheceu a voz, era Ágata que gritava seu nome, ao virar-se se deparou com sua mulher e filha sendo feitas reféns por aquele que parecia ser o líder dos Serpentilinianos.

– Se quer que sua amada esposa e sua filha sobrevivam, ordene a seus homens que abaixem as armas. – Gritou. Os Serpentilinianos estavam com suas armas apontadas para os Helinianos, que também estavam de posse das suas, mas estavam imóveis esperando que Patrícius se pronuncia-se. – Não ouviu? – A criatura perguntou. – Dê-lhes ordens para que abaixem as armas. – Completou.

– Façam o que ele mandou. – Disse Patrícius, que teve suas ordens acatadas.

– Muito bem. – Sorriu cinicamente.

– Fiz o que você pediu agora as solte. – Patrícius pediu.

– Achou mesmo que seria tão fácil assim? – A criatura perguntou. – Não me reconhece? Não sabe quem sou? – Ele se aproximava, e em seu poder estava Ágata.

– O que você quer? – Perguntou Patrícius.

– É incrível! – Exclamou. – Não me reconheces irmão? – Aos poucos, ele tira a máscara que cobria o seu rosto, deixando todos espantados, ainda mais Patrícius.

– Karl? – Perguntou surpreso.

– Olá irmão, saudades minhas? – Perguntou ele.

– Karl, por favor, me escute, o que ganha com tudo isso? – Perguntou Patrícius.

– Muitas coisas – Karl sorriu de forma maléfica. – Sabe, quando me baniu de Hélium, os Serpentilinianos me acolheram me transformaram em seu superior, não é lindo? – Sorriu. Patrícius se irrita e avança para na direção de Karl, mas para ao vê-lo aproximar ainda mais a adaga do pescoço de Ágata que estava apavorada. – Isso não é uma boa ideia. – Falou ele. – Por que... Por que me expulsou? Hélium também era meu lar. – Karl parecia perturbado.

– Você sabe muito bem o que me levou a tomar aquela decisão. Diga-me logo o que quer. – Patrícius o encarou.

– O que eu quero? – Karl perguntou. – A sua cabeça em uma bandeja. – Disse.

Patrícius olhou para Ágata, e depois para sua mulher, Helena, que lhe lançou um olhar estratégico, que seu marido logo o interpretou. Algumas mulheres de Hélium possuíam uma aptidão enorme para lhe dar com magia, Helena era uma dessas, Patrícius sabia o que sua mulher tentaria fazer, apesar de lhe doer o coração, aquela parecia à saída mais viável.

– Você nunca terá o que deseja Karl. – Falou ele.

– É? E o que te faz ter tanta certeza? – Karl perguntou.

– Eu. – Helena falou. Karl olhou para ela e percebe seus olhos esbranquiçados, aqueles que a prendiam não mais faziam isso, pois haviam caído por terra, os Serpentilinianos realmente ficaram sem saber o que fazer, Karl, em desespero, tentou segurar Ágata mais suas mãos queimaram ao tentar toca-la.

– Tola! – Falou ele para Helena. – Se fizer isso, nunca mais a verá, ela não terá lembranças de seu passado, nem de vocês. Mal se lembrará de seu próprio nome. – Disse em alta voz. Ágata não sabia o que se passava, mas seu corpo estava sendo envolto por uma espécie de campo energia, que cada vez mais aumentava.

– Eu te amo minha filha. – Helena falou. O campo de energia ficou ainda maior, praticamente encobria todo o campo de batalha, e então, de repente todo ele se desfez, causando uma explosão. Quando a densa poeira baixou, Patrícius se levantou e correu até Helena que estava caída no chão e a colocou em seu colo.

– Perdão, naquele momento em achava que era a coisa certa a se fazer. – Disse ela.

– Você estava certa, protegeu a nossa filha. – Patrícius falou.

– Sua imbecíl, agora está sem a sua amada filha! – Karl se ergue do chão interrompendo o momento entre Helena e Patrícius. Ele é rendido e preso por soldados de Hélium.

– Acabou Karl, acabou. – Patrícius olhou para seu irmão com um olhar pesaroso. Os Serpentilinianos que sobreviveram e estavam no campo, assim como aqueles que invadiram o castelo, foram rendidos.

− Não acabou irmão, a guerra só está começando. – Falou Karl. Patrícius seguiu o olhar de Karl, que mirava o céu naquele momento, ele então se deu conta que ainda estavam em conflito, apesar de ser um numero menor de guerreiros que se aproximavam o cuidado de tinha que ser ainda maior. As consequências da guerra não seria apenas a destruição, a dor, estava sendo a pior delas. Ágata, para onde teria sido mandada? Seria o fim da civilização de Hélium?

...
Nova Iorque, Manhattan, 20H35.

A noite estava realmente linda, o céu estrelado embelezava ainda mais. Edward e Margareth aproveitaram para passear um pouco, sentar em algum lugar alto para observar as estrelas era um dos hobbies preferidos dos dois. Porém naquela noite...

– O que é aquilo? – Edward apontou para algo brilhante que vinha na direção de ambos.

– Eu não sei, será um ovni? – Margareth perguntou com um sorriso divertido.

– Margareth, isso não é hora para brincar. – Edward a repreendeu. – Seja o que for, está vindo para cá. – Disse. Ambos levantaram-se rapidamente, ao ver o objeto se aproximar, e cair em uma espécie de campo que tinha ali perto.

– Vamos ver o que é. – Disse Margareth.
...

Ao chegarem ao local, ambos se surpreendem. Tratava-se de uma espécie de casulo, que abriu uma comporta e uma linda menina com roupas diferenciadas saiu de dentro.

– Meu Deus, será que isso é um sonho? – Edward se perguntou.

– Ei, – Margareth se aproximou da menina, que ela presumiu ter mais ou menos uns cinco anos de idade. – Quem é você?

– Meu nome é Ágata. – respondeu a menina.

– Ágata, onde estão seus pais? – Margareth perguntou novamente.

– Eu não sei. – A menina respondeu.

– De... – Edward foi cauteloso com sua aproximação. – De onde você veio? – Perguntou.

– Eu não sei. – Disse a menina.

– E agora, hein? O que faremos? – Margareth olhou para Edward, que volta seus olhos para o céu, intrigado com tudo aquilo. – Edward! – Margareth o chamou pedindo sua atenção.

– Eu não faço a menor ideia. – respondeu ele. – Não mesmo!


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Notas finais do capítulo

Logo estarei postando o próximo. Abraços!



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