Amanheceu, acordei com as meninas secando o cabelo e rindo de alguma piada que a Belle tinha contado. Enterrei minha cabeça no travesseiro e reclamei do barulho fora do normal que elas faziam.

Ariel levantou da cama que estava e puxou meu cobertor que eu tentava a todo custo manter sobre meu corpo.

–Para Ariel, ai sai ! Me deixa dormir. -Empurro ela com os pés e ela gargalha.

–Hã, hã Emma, já são 09:45 da manhã, acorda preguiçosa. -Ela ri arrancando o cobertor do meu corpo.

–Férias ! Essa palavrinha te lembra alguma coisa ? Porque a mim ela ela lembra dormir. -Me sento na cama coçando os olhos.

–E a mim lembra curtir, anda, vai tomar banho tirar esse sono de você.

As outras meninas observavam tudo rindo, e me incentivando a levantar, o que era difícil.

–Certo. Já que não se pode dormir mesmo eu levanto. -Saio praticamente me arrastando pelo quarto.

Tomo um banho e coloco um vestido folgado rosa clarinho e pego minha mochila azul que estava nk chão próximo a cama.

–Hey, eu estou indo. - Digo amarrando o tênis.

–Tudo bem. -Belle sorri.

–Certo, Emma. -Regina aparece na porta do quarto.

–Vai lá, mas não vai dormir, por favor. -Ruby brinca jogando um travesseiro em mim.

–Esse é o propósito amiga. -Gargalho pegando a almofada antes que ela chegasse até mim.

Eu iria porque queria falar com Killian, queria me jogar na cama, dormir, ficar lá sem fazer absolutamente nada, porém existe poréns e certamente minha mãe me mandaria fazer algo que segundo ela é "produtivo".

–Tchau ! -Aceno para Regina e as meninas que estavam na porta, dirijo meu fusquinha pelas ruas de Storybrooke até a minha casa. Estacionei em frente ao portão, na vaga de sempre, entrei e procurei meus pais pela casa, mas não encontrei nada além de um bilhete no balcão da cozinha.

"Emma, fomos tomar café no Granny's, voltamos logo. Mamãe "

Peguei uma maçã e subi para meu quarto, tirei os tênis e me deitei na cama, observei o teto, a monotonia que aquilo estava, peguei o celular e olhei as mensagens, tinha umas 500 de um grupo que certamente eu nunca leria e uma do Neal, pensei em apagar antes mesmo de saber o conteúdo, mas levei em conta que o idiota estava bêbado e não teve como evitar a merda que fez, então abri.

"Emma...eu nem sei o que dizer...estou tão envergonhado, não deveria ter bebido e muito menos ter perseguido você, juro que não era essa a minha intenção, jamais faria isso caso estivesse sóbrio, me perdoe , por favor !"

Li a mensagem e respirei fundo, o imbecil estava mais bêbado que eu no meu aniversário passado, eu não seria tão orgulhosa a ponto de não perdoar um bêbado, não é certo guardar rancor de moribundos e nem de alcoolizados sem noção. Depois de colocar na balança os prós e os contras respondi.

"Eu espero que isso jamais se repita Neal, você é meu amigo...ou foi, enfim terminamos e espero que entenda isso, vou te dar um voto de confiança, mas só dessa vez e por favor, não me decepcione. Não irei perdoar outra vez."

Antes que eu pudesse se quer respirar ele me manda um texto de agradecimento, um texto enorme que eu só li a parte do "Obrigado Emma, não irei te decepcionar, serei um bom amigo e não irei mas insistir nada e..."

Já estava estranhando a demora dos meus pais, minha mãe não gostava de tomar café da manhã fora de casa, iria ligar para meu pai, mas antes tentei falar com Killian, ele não tinha me ligado, nem mandado mensagens, isso era estranho, ele não atendia, nem respondia mensagens, resolvi ligar para meu pai, alguém teria que atender o celular, não era possível, mas antes que eu pudesse discar os números a campainha toca, insistentemente.

–Já vai, um segundo ! - Desço as escadas correndo, e mais uma vez a campainha .

–Tô indo porra ! -Estava irritada, não poderia esperar um segundo para tocar, tinha que apertar a cada um centésimo.

–Mas quem diabos...-Abro a porta, e vejo o sorriso mais bonito do mundo, o olhar pelo qual o meu procurava desesperadamente várias vezes ao dia, a boca que não saía da minha mente e pele que eu amava acariciar.

–Sentiu minha falta, love ?