O amor de uma vida escrita por SwenLove


Capítulo 37
Capítulo 37 - O fim


Notas iniciais do capítulo

E como diria Los Hermanos: Todo carnaval tem seu fim. E para nossa tristeza, fanfics também.

Antes de vocês partirem pro capítulo, queria agradecer a cada uma que leu, que acompanhou, que comentou e também as que se mantiveram em anonimato. Vocês é que me inspiraram ainda mais com a história, os comentários, a recomendação, enfim. Vocês são lindas e eu estou muito feliz pela repercussão história. Obrigada, Swens, de verdade e de coração, obrigada por serem fantásticas e, pra mim, fazer parte desse fandom é muito motivo de orgulho. E ah, agradeço também a paciência de vocês relacionado as demoras, as ausências de resposta nos comentários... Enfim, nem todo o agradecimento do mundo representa o tanto que estou feliz.

Segue agora o último capítulo de O Amor de uma Vida, uma ótima leitura. E até breve com uma nova fanfic.

Ps. Capítulo por Regina.

Viva la SwanQueen, por que aqui é endgame!



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Ah aquela segunda festa de casamento rendeu, me lembro como se fosse ontem do momento que fugi com Emma para longe de todos, a fim de aproveitar minha esposa que estava maravilhosa naquele vestido branco. Era pra ter sido uma saída à francesa, mas a consciência falou mais alta e avisamos nosso garoto.

Meus olhos ainda não acreditavam com clareza na imagem de Emma de pé, eu sorria ao olhá-la correndo ao meu lado e isso me parecia o mais belo sonho. Não controlei meus impulsos e quando avistei o carro prensei Emma contra o mesmo, não havia ninguém no tal estacionamento.

– Você está tão sexy correndo. – Mordi meus lábios timidamente enquanto acariciava seus braços colados um de cada lado do carro, afastados.

Ela gargalhou em resposta. – Sentiu saudades? – Acrescentou sussurrando da maneira mais sedutora que conhecia.

– Demais, você sabe o quanto suas pernas me excitam. – Gemi, atrevendo-me no movimento ao deslizar meu nariz por todo seu pescoço, inspirando aquele aroma que me levava a loucura. Pressionei meu corpo ao dela e permiti com que minhas mãos deslizassem por seu corpo até pousar em seu quadril. – Você inteira me excita. – Completei.

Agora o suspiro pesado saiu de seus lábios e senti mover seu quadril contra eu corpo, céus como senti saudades daquilo. – Você me deixa louca Regina.

– Eu vou te deixar louca. – Ressaltei o verbo no futuro. Sim, eu queria deixá-la louca como nunca, sentir toda sua excitação e seu gosto doce, queria comê-la de todas as formas e isso eu faria, só não seria nesse estacionamento. – Eu vou acabar com você.

– Eu quero. – Ela gemeu e então eu a beijei, ato este que até o momento não havia acontecido. O beijo começou intenso e urgente, nossas línguas exploravam-se na sintonia perfeita, mas lentamente me afastei atrás de ar. – Precisamos ir agora meu amor, ou vou arrancar seu vestido.

Pouco nos importamos com a quantidade de estrelas que tinha o hotel mais próximo, eu queria era matar meu desejo por aquela mulher, pela minha mulher. E corrigindo, matar esse desejo é algo impossível, cada vez que eu a olho ele só aumenta.

Tantos anos haviam se passado e eu mal conseguia acreditar que já passava mais de quatro décadas do primeiro casamento, era emocionante pensar em como minha vida havia sido perfeita ao lado de Emma.

Após o segundo casamento, coisa de um ano após a data, Emma me surpreendeu com o pedido que gerou, junto a ela e Henry, a coisa mais importante da minha vida. Nossa pequena Alice.

Sim, nós tivemos outro filho. Dessa vez foram meus óvulos e a barriga de Emma, Henry havia adorado a novidade e torcia por um menino, porém a idéia de ter uma irmãzinha o fez imensamente feliz e ele participou de todas as etapas, acompanhou tudo se não fosse o parto e algumas consultas médicas. Seus dez anos seriam os mais marcantes, até o momento que me fizesse subir de cargo, avó.

Isso aconteceu mais de uma vez, no nosso aniversário de 40 anos de casamento, Alice nos presenteia com a noticia de que nosso terceiro neto está a caminho, o primeiro de sua parte. Henry havia se casado há pouco tempo com uma jovem inglesa que nos encantava, Grace era seu nome e não demorou muito para que tivéssemos a incrível noticia do primeiro neto e aos quatros meses de gestação, outra surpresa, dose dupla. Gêmeos! Nosso garoto, que era um homem, parou por ai, não teve mais filhos.

Festejamos e não foi pouco, demos e damos todo o amor do mundo há nossa família.

E agora cá estou, completando meus três quartos de um século ao lado dos melhores amigos e familiares. Sentada em um restaurante com uma mesa enorme, rodeada por gente que me queria bem, gente que acompanhou minha carreira e fez parte da minha história.

Por um momento rápido passei a observar as demais pessoas que estavam ali e me doeu ver como o tempo havia passado de forma até drástica, os anos envelheceram demasiadamente meus amigos e meu irmão, mas a vida havia sido boa para todos nós mesmo que com inúmeras dificuldades.

Nenhum de nós tinha mais os pais vivos e eu sofri pela saudade que sentia dos meus, inclusive dos meus sogros. Esses quatro foram às pessoas que mais me ensinaram e me apoiaram na vida.

Observei Ruby e sorri, ao seu lado estava meu irmão. Ambos haviam se divorciado, porém a relação entre eles era formidável e nenhum dos dois havia se envolvido com outra pessoa, se encontravam praticamente todos os dias, isso quando Ruby estava na cidade. O motivo da separação era a ausência da atriz que até os dias de hoje brilhava nas telonas, mas mesmo com tantas viagens, a atriz estava sempre presente na vida das filhas, Alex e Nicky, essas que moravam com Killian. Por sinal, Ruby geralmente ficava na casa do ex-marido quando retornava a cidade. Lembro que um dia após a separação ela me confidenciou que o amaria até a morte e a cada ano que passa, acredito ainda mais.

Meus olhos rodaram a mesa e encontrei Tinker, minha mais velha amiga. Suspirei com isso. A garota que tinha uma vida conturbada quando o assunto era relacionamento estava atualmente solteira, porém ao lado estava uma antiga namorada e amiga da família até os dias de hoje, Nala. Isso, a fisioterapeuta que teve um enorme papel na minha vida e minha amiga desde a infância terminaram o namoro quatro meses depois que me casei novamente com Emma, e nunca soube o motivo. De vez em quando elas relembravam os bons tempos, mas nada que recuperassem o antigo status.

Novamente girei os olhos na mesa e acabei pousando-os em David, esse que sorria enquanto brincava com seu neto de seis anos, o mesmo que levava seu nome e filho do seu único filho, Neal. A história do meu cunhado sempre me comoveu. Quando me casei pela segunda vez Mary estava grávida e tudo indicava que seria uma garotinha, em contra partida a isso, no dia do parto houve algumas complicações e o bebê veio a falecer. Todos nós sofremos com isso, mas Mary nunca superou e passou uns cinco anos em depressão, até conseguir uma brecha e por fim em sua vida com uma arma que David mantinha por segurança. Ele nunca se perdoou por ter a arma em casa e se repudiava por isso. Mesmo com tantos anos passados, ele insistia que não precisava de mulher pra um relacionamento sério, se divertia de vez em quando e tudo bem. Havia criado o filho e tinha orgulho do homem que ele se tornou.

Então olhei ao meu lado e não contive o sorriso seguido do olhar mais bobo e feliz. Minha família, meu sangue junto da pessoa que amei e amarei até meu ultimo suspiro. Emma Swan havia dado uma senhora maravilhosa, se bem que nem eu e nem ela aparentamos ter a idade de que temos. Uns cinco a menos pra mim e já fico feliz, afinal, sempre fui complexada com idade e quando mais os anos se passaram isso só aumentou. Já Emma, nunca se importou com isso, nem mesmo quis pintar os cabelos brancos que surgiam em meio ao louro, confesso que isso a deixava ainda mais sexy.

O companheirismo do inicio mantinha-se firme mesmo com todos os anos que passou, houveram brigas por variados motivos, na maioria das vezes por assuntos não tão importantes, e claro que houve as reconciliações, desde momentos românticos até arranhões que deixariam cicatrizes. O desejo era interminável, aquele aroma de canela continuava me enfeitiçando e deixando meu corpo queimando.

Naquele instante que estava perdida em meus pensamentos observando minha amada, ela me flagrou e sorriu.

– Um real pelo seu pensamento. – Surpreendeu-me sorrindo.

Sorri junto a ela. – Apenas no quão sou sortuda querida. – Pronunciei olhando seus olhos verdes, a minha perdição e meu porto seguro.

Quando notei, Emma estava de pé na minha frente. – Levanta, vem comigo.

Levantei rapidamente e a segui pelo restaurante. Antes, deixa-me explicar. O restaurante que estávamos era num antigo casarão, mesmo sem as paredes que dividiam os cômodos, salvo a cozinha. E como um casarão, havia um quintal. Um enorme jardim pra ser especifica e o local estava vazio, iluminado por tochas e havia alguns bancos para sentar-se. E foi o que fizemos, sentamos em um deles.

– Que? – Perguntei ao notar seu olhar fixo em mim.

– Sabia que eu também vivo pensando no quão sortuda eu sou. – Sussurrou e nesse instante segurou minha mão e levou até seus lábios, beijando-a. – Eu tirei a sorte grande quando encontrei você e agarrei com todas as minhas forças. Isso é apenas uma lembrança da nossa história. – Entregou-me uma caixa quadrada e grande, um colar com certeza.

– Oh querida! – Sorri em surpresa, ela já havia me presenteada na mesma manhã, junto a nossos filhos e netos, então não esperava por mais alguma coisa. Típico de Emma me surpreender. – Não precisava de mais nada, você é o melhor presente da minha vida. – Selei rapidamente seus lábios, olhei para a caixa aveludada em preto que tinha nas mãos e a abri. Uma corrente de prata maravilhosa com um pingente retangular todo trabalhado em brilhantes que formavam a minha inicial “M” e a sua inicial “S”. Incrivelmente delicado para o pequeno tamanho, logo notei ser um relicário. Com enorme cuidado o abri e o sorriso foi inevitável. – Emma... – Suspirei. – Que lindo! - Observei cada detalhe da foto antiga, pois nem cabelo branco eu tinha. Uma de suas mãos estava na minha cintura enquanto a outra estava no ombro de Henry, em seus vinte anos, maior que nós duas, e no nosso meio tinha nossa linda garotinha com dez anos, Alice.

Emma me surpreendia todos os dias e não só com seus gestos há anos apaixonados como também por suas atitudes, as vezes era alguma lembrança assim e outras era um jantar supostamente entre nós e as crianças e surpresa: “A família toda veio para o jantar”. Eu amava isso nela, era uma característica única. Ela amava me fazer feliz, dizia que essa era a sua felicidade.

Após viver setenta e cinco anos posso falar com a boca mais cheia do mundo o quanto sou realizada. Vivi uma história digna de contos de fadas, encontrei o meu amor verdadeiro e tenho minha família maravilhosa e meus amigos, tenho um reino – minha empresa – nas mãos, viajei pra inúmeros lugares e vivi dramas dignos do cinema, mas acima de tudo eu encontrei meu final feliz. E todos os dias eu agradeço a cada momento vivido, eles me tornaram essa mulher extremamente feliz e orgulhosa da história que construiu.

Fim


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Notas finais do capítulo

Últimas reviews? Vocês são ótimas e sentirei saudades