O amor de uma vida escrita por SwenLove


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Boa noite Swens, quero pedir desculpas pelo atraso. Tive alguns problemas aqui e não consegui postar antes, inclusive, pretendo responder os comentários amanhã.

Cada dia que passa fico mais feliz com os comentários de vocês, são tão lindos! Fico feliz em saber que estão gostando *-*

Vou adiantar uma coisa, talvez a conversa entre Regina e Emma possa não ser a que vocês estão esperando. Proposital.

Enfim, uma boa leitura pra vocês e se tudo correr bem, final da semana vem outro capítulo.

Ps. como não estou conseguindo dar os espaços para não ficar tão sequência, colocarei uns traços ok?



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Regina e Emma permaneceram alguns segundos no silêncio, apenas se olhando, até a loira pedir para ir dormir. Ela já sabia que não seria no seu quarto, só não imaginava encontrar um colchão ao lado da cama que pertenceria a ela. Sorriu por pensar que Regina quisesse dormir ao seu lado, mas logo a rispidez tomou seu corpo e decidiu ignorar o fato. Em seguida a morena ajudou a loira, quase que a pegando no colo, colocando-a na cama.

– Qual pijama você quer? – Perguntou docemente.

– Tanto faz. - Respondeu no seu já habitual tom quando a conversa era com Regina.

– Já sei. - A morena sorriu de modo que Emma percebeu alguma coisa por de trás dele e seu coração parecia aquecido, então a esposa pediu para que esperasse.

Os minutos não demoraram e logo que a porta foi aberta, Emma quem sorriu, sendo esse o sorriso mais sincero que dava desde que resolvera descontar toda sua angustia em Regina. A morena estava linda, usava um pijama curto de seda, rendas no decote e shorts que deixavam a mostra aquelas pernas que tanto amava. E nas mãos possuía uma antiga camiseta, por sinal era bem maior que o manequim da loira, preta com a estampa de Star Wars.

– Desde que nos casamos você diz não gostar dela. - Murmurou à loira, já sem seu sorriso.

Regina nada disse e sorriu, não seria a ultima tentativa de agradar a loira. Emma, por sua vez, notou que aquele sorriso não era sincero e seus olhos não tinham brilho, não era a expressão que demonstrava sua felicidade e todo seu amor, notou ser a melhor das piores que a esposa usava para disfarçar a tristeza e perceber isso a fez sentir-e a pessoa mais estúpida do mundo.

Regina se aproximou e fez com que a loira se sentasse. – Vou te ajudar com a roupa. – Sem esperar respostas puxou delicadamente a camiseta básica que Emma usava e controlou todas as suas forças e desejos para não tirar vantagem daquela situação. Rapidamente trocou a loira.

– Como que levanta essa cama? – Emma disse já vestida, querendo mais quebrar o silêncio instaurado no quarto.

– Espera, hei. - Disse Regina, vendo que a loira mexer. – Que falta de paciência, hein? - Murmurou aproximando-se da cama, onde na lateral, alguns botões tinham várias funções, como levantar e deixá-la reta. - Quando estiver bom...

– Tá bom. - Emma interrompeu, já estava num angulo mais alto. - Vem cá. - Ambas já estavam próximas, mas a loira pedia para que Regina sentasse ao seu lado.

– Eu est...

– Eu digo aqui, senta. - Pediu, observando a esposa sentar-se. Regina nada disse, dando espaço para que Emma falasse. - Não sei por onde começar... - A loira pigarreou, numa longe pausa. - Se por um agradecimento pela festa, por desculpas relacionadas ao divórcio ou se desculpa pelo mal que ando te fazendo.

– Você não...

Novamente Emma interrompeu. – Não minta Regina, não venha dizer que está tudo bem. Estou vendo a dor que estou te causando.

– Não é...

– Por favor, me deixa falar. - Emma interrompeu pela terceira vez. Regina permaneceu quieta. - Eu estou sendo idiota e otária e qualquer outra coisa que você quiser definir. Eu sei que estou. - Fez uma pausa como quem toma fôlego. - Mas eu não tenho culpa se toda hora eu me pergunto o motivo pra você estar sendo tão incrível comigo e a maior parte diz que é por pena.

– Não ouse repetir isso, Emma. – Regina falou sustentando o olhar fixo nos verdes avermelhados, seu tom de voz era firme. – Nunca mais repita que estou ao seu lado por dó! – Dizer que sabia o que passava na cabeça da loira, era mentira. Uma situação dessas nunca esteve em seu histórico e o mais perto que chegou foi quando arranjou a cicatriz que tinha na parte superior dos lábios, nada que duas horas no hospital não resolveu após um cachorro atacá-la na infância, o que também não deixou nenhum trauma, mas agora Emma a acusar de estar ao seu lado por esse sentimento, por dó? Era algo inadmissível. Elas poderiam não estar no melhor dos seus dias, enfrentando um divórcio, mas é claro que não era por dó. Regina estava realmente sofrendo, estava sim confusa, mas tinha a certeza do motivo por estar ao lado da loira, não era dó, era sim o amor que sempre existiu e ainda existia entre elas.

– Não existe outro motivo...

– Não existe Emma? - Perguntou seriamente. - Depois de vinte anos você tem coragem de falar que não existe outro motivo pra eu estar do seu lado? - Seus olhos castanhos eram submersos pelas lágrimas, não deu tempo de que a esposa respondesse. - Então realmente você fez bem em assinar o divórcio. - Segurou a vontade de chorar, respirando fundo se colocando de pé indo até a porta. - Se precisar de alguma coisa, aperte este botão do seu lado que eu desço.

– Regina... - Emma chamou, não queria ter estragado aquele momento, queria pedir desculpas pelo sofrimento causado na morena. Não apenas o dos últimos dias, e sim por todos os anos, por qualquer lágrima, por qualquer razão que a deixou triste. Mas as palavras certas morreram antes de sair. - Ahm... Esse colchão é...? - Perguntou. "Droga! Não era isso."

Regina, que já estava de costas quando escutou seu nome, engoliu novamente as lágrimas que estavam prestes a sair, sentindo uma enorme esperança dentro de si até ouvir a pergunta. - Amanhã mandarei tirá-lo, não se preocupe.

– Pra quem era?

– Pra alguém que não vê o menor sentido passar a noite aqui. - Dizendo isso, Regina passou pela porta e novamente escutou Emma chamar seu nome. - Diga Emma.

– Dorme comigo? - Os olhos verdes estavam mistos de vermelhos.

– Droga Emma! - Disse Regina, voltando para dentro do quarto bufando toda sua raiva. – Qual é o seu problema?

– Desculpa Regina, desculpa! - Gritou a loira, deixando com que as lágrimas devorassem seu rosto. - Eu sei que estou sendo ridícula com você, mas é difícil controlar tudo isso e não pedir pra morrer. Minhas pernas, droga! Essa inutilidade, essa insegurança, esse medo e esse ciúme absurdo... Tudo isso está acabando comigo. – Já tinha lágrimas dominando seu rosto. – É difícil agüentar.

Durante o discurso, Regina já se encontrava sentada na beirada da cama, envolvendo Emma em um abraço. - Você não está sozinha, meu amor. Eu estou e pretendo estar ao seu lado para todo o sempre. – Murmurou segurando seu próprio choro.

– Não é fácil assim. – A loira disse em baixo tom, sem corresponder o abraço de Regina.

– Não há motivos para insegurança querida, em pouco tempo você estará andando. – Afirmou em bom tom, terminou o abraço mais manteve a proximidade com a loira. – Você não é inútil e não tem que ter medo, você precisa confiar na sua melhora. – Disse segurando o rosto da esposa entre os dedos.

– E ciúme? – Questionou sem pensar, logo se arrependeu. – Digo, eu não sei se nós estamos juntas e me recordo uma única vez que disse esse nome. – Manteve os olhos verdes fixos nos castanhos e sentia sua intensidade de nervosismo ser correspondida.

– Tudo bem. – Regina murmurou enquanto puxou o ar vagarosamente. – Eu imaginei que você lembraria, mas ela foi um detalhe do meu passado e nada mais que isso. Hoje não me representa nada. – Mantinha os olhos na esposa. – Você sim Emma, não só representa como é o meu presente e continuo querendo que seja o meu futuro.

Perdeu as palavras com a forma terna e carinho que Regina a olhava, notava o tom sincero de suas palavras e a maneira como isso confortava seu coração. Sentiu novamente os braços da morena a envolver, era como estar em casa, sem angustia e ciúme. Aquele momento se fez tão intenso que loira cedeu e correspondeu ao abraço, desmanchando seu muro no instante que as lágrimas tomaram seus olhos.

No quarto que Emma estava instalada, além de conforto e espaço, havia também entretenimento. Uma enorme televisão com aparelho pago, a mesma foi ligada para assistirem clássicos de desenhos animados no Cartoon Network e encher o ambiente de felicidade, a risada predominava chegando a superar o próprio áudio do desenho.

Não fora necessários beijos, somente carinho para que Regina se acomodasse no peito de Emma e apoiou uma das pernas por cima da loira. Sentiam-se completas e se o mundo estivesse enfrentando o apocalipse, o final estava sendo perfeito, ainda mais quando o pequeno Henry apareceu na porta perguntando o porquê da risada àquela hora da madrugada. Rapidamente o garoto juntou-se a elas, deitando-se do outro lado da mãe loira.

–--------------

Os raios de sol invadiram o quarto com delicadeza, fazendo Regina acordar primeiro e logo esboçar um enorme sorriso, após reconhecer onde estava, permaneceu a noite toda no peito da amada e o filho do outro lado. Levantou-se com cuidado e logo foi pra cozinhar preparar um café da manhã.

– Bom dia Isaura. - Regina cumprimentou a empregada com um abraço.

– Então Senhora Mills, ela realmente está em casa? - Perguntou alegre.

Regina respondeu com um enorme sorriso e logo teve que pedir para a empregada se acalmar ou Emma acabaria acordando. A mais velha sorria imensamente e disse para a patroa voltar pro quarto que logo a chamaria, pois iria preparar um café digno de rainha.

A morena agradeceu e voltou os passos em direção ao quarto de Emma. Durante o caminho Regina encostou-se na coluna, não por algum mal estar e sim para acalmar sua cabeça. Estava com medo de voltar para o quarto e deparar com uma Emma fria e pronta para afastá-la, mesmo que na noite passada a loira tivesse demonstrado o oposto. Suspirou e continuou os passos. Sem bater, entrou nos aposentos da esposa e o sorriso se fez presente ao encontrar o filho sentado em frente a mãe e ambos pareciam conversar animados sobre algum assunto.

– Estou interrompendo? - Perguntou enquanto encostava a porta.

– Claro que não, sente-se aqui. - Henry respondeu animado batendo num espaço ao lado da outra mãe.

Emma sorriu quando Regina entrou e não tirou o mesmo até a morena se sentar. - Por que não nos acordou?

– Bom... - A morena sentiu a pele corar levemente. - A verdade é que vocês dormiam como anjos, a cena era linda demais para que eu mesma acabasse com ela. - Sentia-se mais aliviada pelo modo carinhoso como Emma a olhava. - Mais se vocês não acordassem por bem, logo teria que acordá-los. - Suspirou.

– Por...? - O pequeno perguntou enquanto se colocava de pé.

– Motivos de que já a doutora Nala chega.

Emma soltou uma leve bufada em sinal de frustração, Regina percebeu.

– Vou trocar de roupa. - Henry disse. - Quero estar bonito. - Saiu correndo com um enorme sorriso.

Permaneceram sozinhas no quarto, apenas se olhando.

– Hei. - Regina a chamou com um olhar repreensivo. - Eu quero animo querida. - Sorriu carinhosamente.

– É complicado Regina, você quer que eu tenha animo mais não imagina como é duro tentar a todo custo, com toda sua força mexer a perna e não conseguir. - Falou cabisbaixa.

Regina realmente não sabia, não imaginava como isso devia ser difícil pra loira. Arrastou-se pela cama até ficar próxima a Emma. - Eu realmente não sei, mas eu estou do seu lado e acredito que teremos bons resultados muito em breve. No hospital você estava dando indícios de fortalecer as pernas, agora que está em casa acredito que seus rendimentos irão melhorar.

– Pode me passar todo seu otimismo. - A loira pediu com a voz baixa. - Por que por mim eu desisto.

– Emma, hei! - A repreendeu de novo. A loira levantou a cabeça e com dificuldade sustentou o olhar fixo nos castalhos da esposa. - Eu não quero ouvir você falar isso nunca mais, está me entendendo? - Sua voz era tão séria quando sua expressão.

O olhar até agora melancólico tornava-se intenso, ter Regina tão perto era algo que balançava as estruturas da loira. O sentimento que uniu as duas existia tão forte como surgiu, e como tantas outras vezes, dois dias longe que fosse já era difícil de agüentar, agora a situação era um pouco diferente. Estava perto mais não estavam tão juntas, não para que Emma a beijasse apaixonadamente como seu corpo gritava para que ela o fizesse.

Regina sustentou o olhar na imensidão verde, seu corpo clamava igual as chamas que enxergava refletindo neles. Seu coração estava ainda machucado, sua confiança estava ainda quebrada, mas o amor que por ela sempre teve era maior. Acariciou o rosto delicado da esposa, já não tão marcado. - Eu sou o seu lado otimista meu amor.

E com essas palavras, Regina acabou com o curto espaço entre elas, tomando os lábios de Emma com o seus, iniciando um beijo cheio de amor e carinho. Só pela falta de ar perceberam que precisavam se afastar, mas permaneceram com as testas coladas e os narizes encostados.

– Você ainda acredita no nosso amor? - Emma perguntou com uma das mãos acariciando o rosto da amada.

– Eu nunca tive dúvidas. - Regina respondeu, selando os lábios rosados.

–--------------

Dias depois

Algumas coisas haviam mudado em pouco mais de uma semana. Henry havia voltado pra escola, Cersei e Jaime voltaram pra Storybrooke com a certeza de que em semanas voltariam pra ver a filha. As gravações do novo filme de Ruby haviam começado, sendo assim os horários que ela aparecia na mansão eram incertos. Killian e David retomavam também a freqüência no trabalho. E Regina também, pelo menos uma hora pela manhã ela passava na empresa, após deixar o filho na escola. Emma dava sinais de evolução, mínimos por mais que a carga horária da fisioterapia tivesse triplicado, sendo cedo, a tarde e a noite.

Durante esses dias, a Emma fria e distante de Regina estava presente na maior parte do tempo, mas a morena se esforçava ao máximo para compreender a razão das atitudes, principalmente depois da última conversa, e ela aproveitava os minutos de espaço que a esposa dava. Regina também já havia percebido que a presença de Nala era uma das razões pelas atitudes da loira, mas também sabia que a fisioterapeuta estava sendo a maior ajuda que Emma estava tendo.

Mesmo sentindo-se insegura no nível máximo com a presença da fisioterapeuta, Emma reconhecia o quanto estava melhorando, da estaca zero já tinha saído. Raras vezes conseguia movimentar numa metade de segundo o pé e quando parecia não agüentar mais, querer desistir da fisioterapia, mudava de idéia após alguns minutos de conversa com a mesma e por esse único motivo estava disposta a ter Regina e Nala convivendo juntas.

E para Regina, a presença de Nala era como se conhecesse outra pessoa e não havia resquício de sentimento. A mulher era madura, inteligente e não tinha pensamentos egoístas como outra hora tivera, parecia ter mudado e estava sendo uma boa pessoa para conversar sobre as crises de Emma.


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Notas finais do capítulo

Reviews? *-*



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