O amor de uma vida escrita por SwenLove


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, Swens!

Primeiro, desculpa não responder os comentários, a vida está uma loucura! Mais continuem comentando, é isso que move a fic e me deixa ainda mais feliz e inspirada. Vocês são demais *-*

Sem enrolar, já basta ter demorado na atualização não é? Segue então o capítulo pra vocês, por sinal um enorme capítulo como desculpas pela demora!

Uma ótima leitura, beijos!

Atualização provavelmente até o final da semana.



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Ao encostar a porta atrás de si, Regina não conseguiu segurar mais o aperto no coração e as lágrimas incendiaram seu rosto. Soltou o corpo na porta e chorou. Killian foi o primeiro a ver e logo foi pra perto da irmã, abraçando-a de forma terna. - Não chora, não fica assim. - Murmurou.

Obviamente essas palavras não era o que Regina queria ou precisava escutar. Ser forte ela já sabia que teria que ser, caso quisesse realmente ajudar Emma. Pela primeira reação não seria uma missão tão fácil, nem pra loira e nem pros que estariam ao seu lado.

Logo os médicos Whale e Ramoray se aproximaram, seguido pelos outros membros da família.

– A reação que Emma teve é bem comum. - Whale quem falava. - Não sabemos o que a pessoa sente quando está em coma, alguns dizem ser um sonho e nesse sonho tudo está bem. O problema é o choque quando acorda, a realidade de que muitas vezes não se encontra assim.

– Como o caso de Emma. - Ramoray quem falou. - Pelas breves coisas que ela se lembra desse período, ela tinha os movimentos inferiores sobre controle e ao acordar e não conseguir mexer chega a ser um fato perturbante. E qualquer outro caso de paralisia pode acontecer isso. A primeira reação nunca é positiva.

– O primeiro passo será esperar ela acordar amanhã, pois por agora já houve uma grande melhora em seu estado. - O dr. Whale quem falava. - Iremos fazer uma sessão minuciosa de exames para analisar tanto a lesão quanto as conseqüências e ver qual maneira proceder.

– E pela rapidez com que Emma acordou. – O médico moreno dizia com alguns gestos. – Sem dar alguns sinais normalmente puxa um enorme esforço da pessoa. É provável que Emma durma até amanhã cedo e vocês deviam fazer o mesmo.

– E por acaso eu poderia continuar no quarto? – Perguntou a morena.

Os médicos se encararam em dúvida. Com a reação explosiva da loira, ambos falaram para a família que seria melhor uma visita na próxima manhã, porém com Regina havia sido diferente, Emma a quis perto, mesmo que eles não soubessem o motivo e nem os devia respeito esse por que.

– Acredito que não haja problema. – Dr. Whale disse.

Não demorou meia hora e Regina se despediu dos familiares, os quatro seguiram para a mansão informar aos de lá sobre as novidades. Já a morena conversou alguns minutos a mais com Dr. Whale, agradecendo pelo empenho em relação a Emma, a ponto de sair da cama em plena madrugada.

– Então amanhã estarei aqui Regina. – Whale se despedia, pois voltaria ainda para casa terminar suas horas de sono, mesmo que fossem poucas agora.

– Até amanhã Doutor. – Regina respondeu, observando ambos os médicos se afastarem.

Com o coração a mil, a empresaria voltou para o quarto da esposa. Emma tinha agora as expressões bem mais leves do que quando em coma, sorriu imensamente ao pensar isso. Emma não estava mais em coma. Sua amada estava acordada, na próxima manhã veria seus olhos como há pouco.

Permaneceu por longos minutos observando Emma, controlando suas emoções e felicidade. Pouco conseguia pensar e entre tantas as possibilidades que passavam na sua cabeça sobre como seriam os próximos dias, preferiu não se agarrar a nenhuma. Despediu-se da loira com um beijo na testa e voltou-se para o sofá, dormindo pelo resto da madrugada.

Não demorou para que Regina acordasse, logo quando os primeiros raios de sol adentraram o quarto, os olhos castanhos estavam abertos e a morena já estava arrumada. Ficou dividida entre um banho ou apenas uma água no rosto, escolheu a segunda opção. Continuou com a mesma calça da noite passada e trocou apenas a camiseta social cinza por uma camiseta menos social, branca pólo sem estampa. Não se deu ao trabalho de passar maquiagem, pois se quer levou. Olhou para o espelho e abriu um sorriso, tentando ser sincera. - Você está linda. - Murmurou pra si só. - Não Regina, você está horrorosa. Uma maquiagem iria te fazer tão bem. - Com esses pensamentos, voltou ao quarto, encontrando a esposa ainda dormindo.

Por segundos Regina suspirou aliviada por ter a total certeza de que não havia sonhado. Não foram longos dias, nem uma semana completa, mas todo o nervosismo que sentiu, toda a preocupação desses últimos dias, saber que Emma estava acordada lhe enchia de vida. Aproximou da beirada da cama e selou um beijo na cabeça da esposa. - Eu te amo. - Sussurrou indo até a porta, com o intuito de ir a lanchonete tomar um café.

No corredor, antes mesmo de pegar o elevador, Regina escutou alguém chamar seu nome e logo reconheceu ser a ruiva enfermeira de Emma.

– Bom dia Merida. - Regina abriu um largo sorriso.

– Bom dia, Regina. - Estendeu o copo de café que estava na mão. - Imaginei que depois da sua madrugada , esse seria um ótimo companheiro. - A ruiva sorriu.

– Obrigada! Estava indo buscar um. - Pegou o café. - Então está sabendo? - Uma pergunta cuja a resposta foióbvia.

– Claro, além de estar acompanhando ocaso, quando temos noticias boas, diferente da maioria dos hospitais, elas correm mais que as ruins. - Se limitou a dizer acompanhando os passos da morena em direção ao quarto.

– Ela estava dormindo quando sai. - Disse Regina quando entrou no quarto. - Na verdade, ainda está. - Completou.

–Vou só medir a pressão dela que daqui meia hora o Dr. Whale deve estar aqui. - A ruiva se aproximou da cama, enquanto puxava cuidadosamente o braço da loira, voltou os olhos para Regina. - Você deve estar radiante.

– Parece até uma pegadinha da caminha cabeça. - Confessou, bebericado o café. Agora ela quem acompanhou os passos da ruiva, mesmo que do outro lado, até a cama de Emma.

Enquanto conversavam e a enfermeira seguia os procedimentos básicos até a chegada do médico, a loira se moveu, soltando um gemido de dor e susto ao sentir que alguém lhe tocava.

– Desculpe Senhora Swan... Mills... – A expressão confusa foi formada no rosto da ruiva mais logo desfeita quando se apresentou, tomada por um sorriso. – Meu nome é Merida, sou sua enfermeira desde que está no hospital.

– Não tem problema. – Disse com a voz sonolenta. Logo voltou os olhos para a esposa parada do lado oposto da enfermeira. – Oi. – Abriu um sorriso receoso e tímido.

– Bom dia. – Regina sorriu com a expressão mais adorável no rosto da esposa.

– Bom, vou aguardar o dr. Whale chegar. – Merida disse indo até a porta. – Qualquer coisa, toque a campainha. – Sorriu se retirando do quarto.

Regina não respondeu verbalmente, mas seus olhos confirmaram. A enfermeira então se retirou, deixando duas mulheres completamente no silêncio.

Emma tinha os olhos fixos na janela enquanto a morena deu alguns passos para mais perto da cama, não tinha a visão perfeita do rosto da loira, pois estava na direção oposta da janela, mas era perceptível o sofrimento em sua expressão.

– Como você está se sentindo? - Regina quebrou o silêncio, dando outros passos em direção a janela. Na verdade queria ver o rosto da amada, o sorriso que iluminava seu dia e o olhar que tanto sentiu falta nos últimos dias.

Quando a loira percebeu as intenções dos passos da morena, virou o rosto, agora olhando para o canto que há pouco Regina estava. - Por que isso? - A morena perguntou.

– Acho melhor eu ficar sozinha. - Murmurou, tentando em vão esconder a dor na voz.

Para Regina o tom choroso na voz de Emma foi facilmente identificado. - De novo? - Lembrou-se da madrugada triste. Já perto o suficiente, ela deslizou os dedos sobre a pele clara, pra baixo de onde estava localizado alguns pontos. - Eu sinto muito querida, mas esse é um desejo seu que eu não posso realizar.

Os olhos verdes viraram-se para a morena, puxou o ar como quem toma coragem. - O que aconteceu?

Regina refletiu alguns segundos tentando entender a profundidade da pergunta de Emma, afinal, muitas coisas estavam acontecendo.

– Comigo Regina. - A loira se esforçou para se levantar, apenas a cintura pra cima respondia a seus comandos. Regina se aproximou mais um pouco, ajudando-a a ficar quase sentada. - Passei a noite pensando sobre antes do acidente, nossa situação, o acidente, coma e essa merda que não me permite mexer... - Antes que continuasse, sua voz falhou. Seus olhos já eram tomados por lágrimas, mesmo que ainda não escorressem pelo rosto.

A morena engoliu a seco sua própria angustia junto das lágrimas, olhou para a esposa e sentou-se na beirada da cama. - Esses assuntos não são bons pra conversamos agora, Emma. - Disse num tom baixo. - Concentre-se apenas na parte que você ficará boa.

– Não dá, simplesmente não tem como não pensar. - Choramingou. - Eu queria te fazer uma surpresa...

E nesse instante Regina sentiu seu coração doer ainda mais. Ela sabia que Emma preparava essa surpresa, não pelo fato das coisas em sua porta como também pelo anel encontrado junto das roupas da loira. - Eu sei. - Seu tom ainda era baixo. - Eu ia ao seu encontro quando David me ligou... - Regina desviou o olhar por alguns segundos, estava doendo encarar os olhos verdes misturado no vermelho causado pelo quase choro. - Mas agora, por mais difícil que seja não é hora de pensar nisso, não pensa em nada de ruim ou que traga sentimentos tristes, meu amor. Você vai ficar boa e em breve estará andando e jogando bola com Henry.

E nessa hora Emma não aguentou, deixou as lágrimas escorrerem. - Henry... Como ele está? - Sua voz foi fraca.

– Preocupado. Ele veio te ver, sabia? - Seu tom agora era pouco mais contente.

– Sério? Não sabia que crianças podiam entrar aqui. - Tentou forçar um sorriso em meio a tristeza estampada em seu rosto.

– Sério, ele estava ficando doente de tanto chorar, não queria dormir e nem comer. - Enquanto a morena falava, seu coração sentia-se pouco a pouco mais em paz, ao ver a tristeza dando espaço a uma expressão melhor. - Foi ontem, inclusive.

– Ele sabe... - Emma não sabia como perguntar, na verdade ela não sabia como dizer as palavras que poderiam transformar seu futuro.

– Sabe o risco, como todos nós sabíamos e provavelmente se já tiver de pé, deve estar enlouquecendo sua mãe para vir te ver.

Emma abriu um pequeno sorriso. - Meus pais estão aqui?

– Claro Emma! Vieram no mesmo dia que souberam. Não só eles, existe tantas pessoas desesperadas pra te ver. - Regina também tinha um sorriso. Ver Emma superando aquela expressão sofrida estava lhe enchendo de felicidade.

– Quem tanto?

Regina sorriu ainda mais, o sorriso nos lábios de Emma era mais acolhedor que antes, talvez pela saudade de vê-los mexendo. - Citar nome por nome pode ser trágico, você sabe que esqueceria de uns dois pelo menos. - A loira riu, Regina sempre foi boa de memória, porém se numa ordem fosse pra citar nomes em grande quantidade, falharia. - Mas pra você imaginar a preocupação das pessoas, alguém voltou da China. - Disse tentando, inutilmente, criar um suspense.

Emma sorriu ainda mais e seus olhos poderiam brilhar. - Não! - Disse não acreditando. - A Cora voltou? - Até a morte do Senhor Mills, e por mais rígida que a mais velha fosse, o relacionamento entre Emma e a mulher era extremamente agradável e pacifico.

– Pra você ver querida. – Disse em meio a um suspiro apaixonado, não se cabia de felicidade por Emma estar acordada.

A troca de olhares naquele momento foi maior do que qualquer outra palavra. Os olhos verdes observavam de forma apaixonada para a esposa e a mesma retribuía o olhar. Ambas estavam felizes e naquele momento foi como se o tempo parasse, como se não houvesse acidente e dúvidas, eram só as duas. Para Emma, depois de viajar por um mundo totalmente desconhecido e psicodélico, estar tão perto de Regina após as últimas lembranças de sofrimento era uma sensação tranquilizante, uma sensação que durante toda sua vida, só Regina conseguia fazer com que ela sentisse, além de ter certeza que tudo ficaria bem. E para a morena, não que as dúvidas tivessem evaporado, mas naquele momento só importava o sorriso rosado a sua frente e os olhos que lhe devoravam. Seus pensamentos não poderiam competir com a saudade e nem com a vontade de estar ao lado da loira.

A maior aproximação fora dada por Regina, sentando-se ainda mais perto de Emma, e como um imã, como se uma fosse pólo positivo e a outra o negativo, seus lábios se atraíram e lentamente deram inicio a um beijo que acima de desejo, matava a saudade dos corpos.

Um beijo calmo onde as línguas eram sincronizadas, em um ritmo único, deu espaço para que as mãos da morena segurassem o rosto da amada enquanto as mãos da loira percorriam o tronco levemente inclinado de Regina, atos que aceleraram o dançar das línguas. Se não fosse a batida na porta, o beijo teria se prolongado por mais tempo.

– Entre! - Regina quem disse, após se afastar de Emma e ajeitar suas vestes, sentindo suas bochechas corarem ao ver Merida entrando no quarto.

– Trouxe uma surpresa...

E antes que a ruiva terminasse de falar, Henry entrou no quarto com o maior dos sorrisos. - Mamãe! - Gritou, correndo até a cama e quando prestes a pular em cima de Emma, Regina o puxou, pegando-o no colo para colocá-lo com cuidado na cama. O garoto então esticou os braços, pegando a mãe loira extremamente surpresa, para um abraço saudoso.

– Meu amor! - Emma murmurou, deixando as lágrimas invadirem seu rosto.

– Não chora mamãe. - Ele disse rindo, ao se afastar e encontrar Emma em prantos. - Você acordou!

Para o garoto, nenhuma notícia no mundo tiraria aquela felicidade ou se quer seria tão boa quanto foi acordar bem mais cedo do que seu costume para ser avisado sobre Emma ter acordado.

Foram minutos ali, um matando a saudade do outro, sobre o olhar emocionado de Regina. Sua família estava novamente reunida e juntos enfrentariam qualquer consequência do acidente, Henry foi seu motivo para manter-se firme enquanto a esposa estava em coma, e agora ambos seriam seu porto para se manter de pé nessa fase difícil que se iniciaria. Regina teria que ter a maior força, se ela desabasse, seria tão óbvio ninguém aguentar.

Emma permanecia na cama e Henry encostado em seu corpo, deitado com as costas na mãe, enquanto Regina estava sentada na beirada da cama, admirando os dois conversando até que a pergunta feita pelo filho chamou sua atenção.

– Vocês não estão mais brigadas?

Essa assunto ainda estava na cabeça da loira, remoendo dentro dela as chances de Regina perdoar o acontecido, de superarem sem que fosse pelo sentimento predominante agora "pena". Sim, mesmo que Regina dissesse o contrário, era a única coisa que Emma pensava. Amor? É claro, o amor existia e exalava das duas, mais claro ficou após o beijo dado a pouco, mas os olhos firmes de Regina decidida ao divórcio não saia da sua cabeça, tão pouco o sofrimento que causou em quem mais ama. Se estavam brigadas? Não saberia responder e menos ainda queria arriscar uma resposta. Os olhos verdes encararam a morena como quem diz "Fale você".

Regina abriu e fechou aboca três vezes, as palavras pareciam correr e nunca fora tão grande o esforço de falar. - Por que essa pergunta? - Nada melhor que responder com outra pergunta para um a criança.

Henry forçou uma expressão confusa, ele odiava essa estratégia que Regina sempre fazia, o respondia com outra pergunta quando queria fugir do assunto. - Eu e Merida... - Olhou para a enfermeira, que no mesmo momento sentiu suas bochechas corarem além da vontade de correr dali. - Nós estávamos vindo pro quarto, em silêncio para fazer uma surpresa e quando abrimos a porta, vocês duas estavam bem juntinhas. - Ele disse com uma cara sapeca e sua timidez estava a mostra.

– Sei que devíamos ter batido... - Merida começou a falar mais logo fora interrompida por Regina.

– Não se preocupe. - A morena sorriu.

A enfermeira que já não tinha por onde estar mais sem graça, pediu licença com a desculpa de ir atrás do médico.

– E o que o senhor quer dizer por bem juntinhas? - Emma o olhou, imitando um tom infantil no final da frase, assim como o menino havia dito.

– Como vocês ficam em casa, fazendo aquela coisa nojenta com a língua. - Uma careta expondo a própria língua fez com que Emma e Regina caíssem na gargalhada, mas o garoto que permanecia sem sua resposta insistiu na pergunta. - Então essa risada é um sim? - Seus pequenos olhos até poderiam brilhar.

O silêncio entre elas se fez presente, assim como o olhar da loira voltou. - Diga algo. - Regina conseguiu ler seus lábios.

Dizer algo? Algo? Qualquer coisa... O pensamento da morena era confuso e novamente as palavras não saiam. O que dizer se nem ela sabia o que estava acontecendo? Ela só tinha a certeza de que queria estar ao lado da loira e beijá-la fez ter ainda mais certeza de que nunca deixaria de amá-la, mas dizer que estavam bem, como antes de Vancouver, era mentira grande para o filho. - Acho que isso é conversa pra mais tarde. - Respondeu sendo o mais sincera possível, não só com o garoto, mas também com Emma.

– Vou levar essa resposta difícil como um sim. - O menino abriu um largo sorriso, puxando a mãe morena para um abraço em trio.


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Notas finais do capítulo

Merecendo reviews? Beijo Swens!



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