O amor de uma vida escrita por SwenLove


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas! Olha quem surge em plena madrugada hahaha

E mais uma vez atrasei para postar e peço desculpas. Imprevistos são imprevistos x) Mais segue ai um capítulo para vocês. Esse capítulo é necessário para que possamos introduzir Cora na história após poucos detalhes sobre ela.
Prometo aproveitar o domingo e tentar postar, se não até terça teremos atualização.
Responderei os comentários anteriores amanhã também!

Um beijo e ótima leitura!



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Com o pôr do sol, Regina sentiu que mais uma noite de insônia estaria por vir. Sentada ao lado do telefone e o celular nas mãos, se quer deu o trabalho de ficar em pé quando Killian entrou seguido por Cora.

– Você está se saindo um filho melhor para Cora do que para sua mãe. – O moreno escutou a amada falar, seguido de um beijo rápido em seus lábios.

– Regina, minha filha... – A voz da senhora ecoou na sala, tirando Regina de seus pensamentos “Que isso seja um terrível pesadelo”.

Sem alternativa, a empresária ficou de pé em frente à mãe. – Sou obrigada a acreditar que o avião não caiu. - Seu tom irônico foi perceptível.

– Eu vim em missão de paz e pra tentar reparar o sofrimento que te causei...

– Talvez não seja a hora certa pra isso, se é que pras suas atitudes há possibilidade de reparação. – Interrompeu. – Mas como bem está sabendo, eu estou passando por um terrível momento e tudo que eu menos quero é uma pessoa extremamente egoísta e pessimista...

Antes de continuar um provável sermão, Regina sentiu os braços de Cora lhe envolver em um abraço que por oito anos desejou. Desde que soube da morte do Senhor Henry Mills, seu ex-marido e grande amor, Cora se isolou. Porém do ponto de vista de uma filha que acabou de perder o pai e se quer recebeu um abraço de consolo da mãe, apenas um bilhete confessando todo o amor que nunca deixou de transparecer, Cora foi uma mulher extremamente egoísta e que além de lhe faltar no momento de dor, lhe faltou durante os oito primeiros anos do único filho.

– Regina... – Escutou a voz de Cora, voz que demonstrou o sofrimento pelas atitudes. – Me desculpa por ter sido uma péssima mãe e avó, mas sei que Henry gosta de mim, não só pelos presentes como pelas cartas também, pois logo que aprendeu a escrever já me respondia.

Regina transpareceu uma expressão confusa. – Cartas e presentes?

Cora sorriu. – Emma e Henry realmente cumpriram o trato do nosso acordo. Eu pedi para que eles não comentassem com você sobre isso. – Observou a filha, de confusa para zangada, igualmente quando criança. – Mas não é bem sobre isso que quero pedir desculpas, meu amor. Quero pedir por não ter estado aqui quando seu pai faleceu. Eu não esperava por isso, não mesmo. – A mais velha aproximou a mão do coração. – Muito me dói ainda lembrar do seu pai. – Abriu um sorriso. – Perdi ao vivo o crescimento do meu neto, perdi os primeiros passos e a chance de te ensinar a cuidar de um filho, mas agora estou aqui para te apoiar. Sei que não é tarde. – Cora tinha lágrima nos olhos assim como a filha. – Eu não vim ser pessimista, eu desejo e acredito de verdade na recuperação positiva de Emma.

– Eu também. – Regina murmurou em lágrimas, tomando agora Cora para um abraço. Esse abraço que tanto lhe faltou nos momentos de dores e desesperos, nos momentos de alegrias e comemorações.

Após o jantar, Regina pediu licença e seguiu para o jardim, pra ser mais exata, em baixo de uma macieira que plantou com Henry, em seus primeiros anos. Desde plantaram a árvore aquele lugar tornou-se um dos mais especiais e ponto de relaxamento para a morena. Era como se escutasse a risada da loira e do filho e os três estivessem ali revivendo aquele momento de felicidade.

– Meu doce. – Cora murmurou de forma simpática.

– Mãe... – A voz de Regina parecia um alivio. Seu coração já estava com problemas demais para que ficasse remoendo ainda o passado, naquele instante não era aquilo de negativo que ela precisava.

– Posso? – Perguntou, referindo a sentar-se ao lado.

– Claro. – Regina tentou sorrir.

Ficaram nos primeiros segundos em silêncio. Cora desejava o perdão da filha, mas naquele momento as palavras pareciam sumir e o mesmo acontecia com Regina, e no mesmo momento a morena não queria discutir sobre o passado. Os problemas que ela estava enfrentando precisavam ser partilhados com mais urgência e como uma bomba despejou detalhadamente toda a história que aconteceu em Vancouver até o presente momento do acidente e conseguiu explicar para a mãe exatamente como se sentia. Cada dor, cada sentimento, cada conflito que tentava entender

– Eu a amo tanto, tanto que sinto cada vez que seu coração bate. – Regina dizia segurando o choro com todas as forças possíveis. – No entanto, não consigo imaginar o nosso casamento depois desse episódio, dessa dúvida. – Murmurou com pesar. – Eu estou com muito medo de não conseguir estar ao lado dela nesse momento que ela tanto vai precisar. – Confessou deixando as lágrimas escorrem por seu rosto.

Cora abraçou a filha de forma terna e cuidadosa. – Regina, veja bem... Você quer estar ao lado dela ou estará por obrigação e até mesmo dó?

– Eu quero estar pelo amor que eu sinto, quero apoiar ela e mostrar que tudo ficará bem.

– Se é o que eu coração quer, o escute agora. Mesmo que não seja pra sempre, por hora filha, passe por cima dessa incerteza.

– Não é fácil eu passar por cima dessa incerteza, não é como comer arroz e feijão separados.

– Eu entendo, eu imagino perfeitamente o seu lugar. – Cora abriu um sorriso sentido. – Traição, esse foi o verdadeiro motivo que seu pai e eu nos separamos, mas naquela noite não houve dúvidas. Henry e uma mulher qualquer estavam nus na cama de um motel de quinta.

– Meu pai... – Regina acreditava a vida toda que Cora havia sido a culpada pela separação. Não que a mãe tivesse traído o pai, mas sim pelo seu amor ao dinheiro ou coisa parecida, era muito pequena quando aconteceu o divórcio e tinha poucas lembranças.

– Eu nunca quis que você ou qualquer outra pessoa que fosse soubesse que o grande Henry Mills era um traste de homem e havia feito isso comigo. – Cora observou a filha e sorriu. – Você sempre me lembrou seu pai, desde pequena com seus primeiros gestos. Eu o amei com todas as minhas forças, todas as forças do mundo, mas problemas são inevitáveis e confesso que me arrependo até hoje de pedido o divórcio. Nosso relacionamento estava um pouco rotineiro e parado, alguns meses antes eu tinha traído seu pai e ele descoberto. – Levou a mão no peito relembrando o quando sofreu. – Ele me perdoou, disse coisas lindas como bem entendeu o meu lado. Não sei o motivo, se foi um troco ou uma noite passageira, mas eu não conseguia acreditar que seu pai me trairia. Ele sempre foi louco por mim, só tinha olhos pra mim... Não superei. – Confessou. – Ele morreu me amando e sabendo de todo meu amor por ele.

– Eu não imaginava... – Regina tentava juntas as palavras.

– Nós sempre fomos amigos por esse motivo, pelo nosso amor. Nunca mais depois que o peguei com outra tivemos uma noite juntos, mas sinto até hoje seus lábios me devorando. – Se abriu um pouco mais. – E o que quero tirar disso tudo, minha filha, é um conselho pra você. Faça o que seu coração está pedindo, não dê a chance de você olhar para trás e se arrepender por ter faltado a ela nesse momento, principalmente se vocês vierem a se divorciar. Tente até o máximo que conseguir, se for o que você realmente quer irá conseguir.

Regina se sentiu muito mais encorajada a estar com Emma, ao seu lado logo que acordar e ser a primeira a dizer que tudo ficara bem, e isso era o que seu coração sentia imensamente, que mesmo Emma estando num estado até estável, que não era uma coisa tão boa, ela iria ficar cem por cento. Entretanto, também sabia que naquele primeiro momento conseguiria passar por cima dessa dúvida, só naquele primeiro momento, cedo ou tarde Regina iria tocar no assunto.

Por longos minutos ficou ao lado da mãe conversando algum assunto aleatório sobre sua infância, em outros minutos sem qualquer conversa, apenas escutando o vento correr naquela quase escuridão se não fosse as estrelas e em meio aos pensamentos para juntar forças, mal imaginava que o próximo dia seria de boas noticias.


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Notas finais do capítulo

Reviews, reviews? *-*