Constância escrita por Mary Ficwriter, Mary


Capítulo 1
Constância.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura e nos vemos nas notas finais!



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Constância

Uma suave brisa soprou, brincando com os fios de cabelos dourados do ninja que estava sentado a beira da calçada, frente ao hospital de Konoha. Os olhos cor de anil observavam as sombras que se formavam ao seu redor devido à luz do sol que já migrava para oeste.

O Uzumaki ergueu seus olhos para cima, o céu tinha uma bonita mistura de tons alaranjados com poucos raios dourados e com parco azul.

Por quanto tempo de espera ele estava ali nem se lembrava, e o porquê de estar lá também era uma incógnita. Não que Naruto estivesse interessado em desvendar o porquê de sua atitude; seus gestos sempre foram impulsivos e nada premeditados.

Mas, como a impulsividade, a paciência não era um dos seus pontos fortes. E, sinceramente, esperar por algo que ele nem tinha total certeza se viria o deixava ainda mais ansioso.

Naruto soltou um suspiro cansado antes de apoiar uma das mãos em seu joelho para colocar-se de pé, batendo as mãos em suas roupas para limpar qualquer sujeira que nela estivesse. Em meio aos seus gestos distraídos, ele perdera a chance de ouvir a porta do hospital abrir, e o seu motivo de espera surgir por de trás delas.

— Naruto? – a voz grave e familiar chamou-o.

O de olhos azuis sentiu suas pernas falharem por um breve instante com o nervosismo que preencheu cada célula do seu ser, e, rapidamente, enfiou suas mãos dentro da calça laranja que usava, ansiando esconder os dedos trêmulos, para só então girar os pés na direção à voz que lhe chamava.

Os anises percorreram com pouca pressa desde os pés calçados nas tão comuns sandálias pretas, subindo um pouco mais viu a calça escura, os braços e o tórax cobertos pela camiseta larga que devido ao pequeno decote em ‘v’ deixava a mostra uma parte da pele claríssima e por fim viu aquela face máscula e bonita com arrebatadores olhos ônix que combinavam perfeitamente com as lisas madeixas escuras.

Encarar a face do ex-companheiro de time fez com que a face com marcas se iluminasse, os anises ganhando a vivacidade anteriormente perdida.

— Hey... – saudou com um sorriso meio sem jeito.

Os olhos negros do possuidor do Sharigan fitaram a figura, sempre tão escandalosa, que agora sorria como uma criança boba para si. Exatamente como se lembrava: aquele sorriso que de tão sincero alcançava os olhos sem o mínimo esforço.

Sasuke não devolveu a saudação, não que o loiro esperasse realmente por isso, o moreno apenas fitou-o demonstrando que esperava a continuação daquela fala.

— Achei que não viria; estava demorando tanto... – o de olhos azuis observou com a voz branda, suspirando ao fim da frase, baixando os olhos não suportando sustentar mais o olhar sobre Sasuke, que parecia não ter pretensão de dizer-lhe nada.

Uma vez bastardo, sempre bastardo.

— Hm... – deu de ombros, seguindo até o de olhos claros. – Sakura me fez ficar no hospital mais do que o necessário. – A voz grave contou-lhe do mesmo jeito que outrora enquanto apontava o polegar por cima dos ombros, sinalizando o local.

— Saquei! – assentiu rapidamente, vendo o Uchiha caminhar em sua direção.

Os passos do moreno eram comedidos e calmos, apesar de Sasuke sentir que seu interior estava sacolejando em tantos pensamentos confusos que não abandonaram sua mente durante os últimos dias de estadia na vila. E ter o culpado por tais ideias bem a sua frente não era de grande ajuda.

Naruto lhe deu um sorriso e logo depois tudo que conseguiu fazer foi voltar-se novamente para frente, decidindo não encarar o outro adolescente.

— Precisava falar comigo? – Sasuke quis saber, diminuindo seus passos quando já estava próximo o suficiente do rapaz de olhos claros.

— Nah... – o loiro deu de ombros, vendo o moreno estacar ao seu lado. Naruto levou a mão á nuca, em um gesto acanhado. – Queria saber se você não estava a fim de dar uma volta. ‘Tá difícil te pegar sozinho agora que você e a Sakura-chan andam tão... Juntos. – comentou erguendo as sobrancelhas de maneira sugestiva enquanto seus lábios desenhavam um sorriso brincalhão.

O Uchiha arqueou uma das finas sobrancelhas para aquele tom debochado, quase malicioso e irônico que o Uzumaki usava com ele ao pronunciar aquelas palavras. Naruto estava tentando insinuar algo?

— Eu sei que isso é difícil para você, mas poderia ser menos idiota uma vez na sua vida? – ele questionou. – Eu não tenho estado junto da Sakura, apenas temos rotinas parecidas desde que Kakashi tornou-se Hokage, e também, ela me disse para vir dar uma última checada nos ferimentos antes de... Bem, você sabe. – completou.

O sorriso divertido que Naruto exibia foi sumindo aos poucos, e, de um instante para o outro, a atenção do loiro tornou-se novamente focada diretamente no Uchiha; as pálpebras caídas e os anises mais escuros devido à cólera que o dominou em questão de segundos fizeram Sasuke franzir o cenho e vacilar a expressão imparcial por breves segundos.

O mais velho anotou em pensamento que agora fazia todo o sentindo que Karin fosse uma Uzumaki. Ele nuca reparara naquele detalhe, mas, se bem lembrava, a sua ex-companheira de equipe lembrava o Uzumaki em alguns aspectos, a bipolaridade fortíssima e uma facilidade enorme em mudar de expressões de uma hora para outra eram um deles.

— Eu não acredito que você ainda está com essa ideia. – o de olhos azuis broqueou, ultrajado, apertando os olhos de maneira perigosa enquanto franzia o cenho.

O Uchiha até tentou, mas não conseguiu conter o ar de contentamento que preencheu seu ser ao ver que ainda conseguia irritar o companheiro com tão pouco esforço e por motivos tão pequenos e relevantes.

— Achei que Kakashi já tivesse te explicado a situação. – retorquiu, bufando em impaciência antes de massagear a ponte do nariz. – Eu preciso...

— Quê ‘mané “precisa”! – interrompeu-o, fazendo um gesto desdenhoso com um dos braços. Em outros tempos Sasuke teria revidado aquela atitude malcriada e mal educada, mas agora não. Ele entendia o motivo de o loiro estar tão furioso consigo. – Você tá é querendo fugir dos problemas só pra variar, como bom Bastardo que é.

Passariam anos e anos, e Sasuke tinha certeza de que Naruto não mudaria o jeito sempre egoísta e piralho, aquela natureza estava incrustada em si. Não que o Uchiha estivesse reclamando, claro que não. Ele acreditava que esse era um dos motivos que o fizera prestar mais atenção no Uzumaki.

Sasuke entendia sim os motivos de o Uzumaki estar furioso, mas não quer dizer que concordasse, e, se ele fazia um esforço para entender o de olhos azuis, o mais novo poderia começar a tentar fazer o mesmo.

Mas era Naruto. E, francamente, o que podia se esperar do ninja hiperativo número um de Konoha?

Sasuke não pôde ignorar a forma como os azuis cerúleos confrontavam-no. Os olhos do Uchiha tinham uma intensidade que brotava de sua alma, transmitindo a Naruto tudo que o não poderia ser dito. Já Sasuke tinha certeza de que nada poderia lê-lo melhor do que os cerúleos, que pareciam enxergar sua alma, vasculhando a mais íntima parte do seu ser.

Os ônix foram os primeiros a piscar em meio a um suspiro que Sasuke soltara, quebrando, assim, a troca de olhares. O de olhos negros passou a dar passos confiantes à frente, até que parou e fitou o loiro por cima dos ombros.

— Vai ficar parado ai como um idiota? – a voz grave soou irônica e divertida. – Não era você que queria caminhar? – completou, assistindo com satisfação palpável quando o loiro mostrou-lhe feições ofendidas e um pequeno bico se formar nos lábios do mais novo.

— Teme... – resmungou, trincando os dentes em meio a um bico de insatisfação. Sasuke estava desviando o assunto, o que deu a entender que ele não voltaria atrás na sua decisão.

Naquele momento, o loiro pensou ter jogado preciosos anos de sua vida no lixo. Ele havia sim prometido á Sakura que traria o Uchiha de volta, mas aquilo se tornou sua própria vontade, pois não podia aceitar que sua outra metade – agora ele compreendia que Sasuke poderia ser denominado assim – estivesse tão perto e tão longe ao mesmo tempo.

Ele tinha total noção de que Sasuke era para si mais do que um amigo, um irmão... O laço que nutriam; apesar do moreno não admitir, era mais forte do qualquer um que tenha construído ao longo dos anos. E justamente quando consegue trazê-lo para o seu lado novamente, o filho da puta decide que quer partir novamente.

Ah, faça-lhe um favor! O Uzumaki não tinha sangue de barata para aguentar as estupidezes de Sasuke quieto. Ele iria ouvir sim, e não seria pouco, mas naquele momento, meio consternado, e ainda irritado com o moreno por não insistir em continuar a discussão, guiou-se para perto do outro adolescente, caminhando juntamente dele.

Não se encaravam. Ambos estavam com as mãos nos bolsos olhando para lados opostos com as caras mais emburradas que podiam fazer enquanto andavam pela vila, cada um concentrado em seus próprios pensamentos.

Esse clima de novo...— pensava o Uzumaki, lembrando-se dos velhos tempos, e até onde podia recordar, aquela situação persistia desde que se entendia por gente.

O de olhos azuis fitou Sasuke pelo canto dos olhos, encarando a lateral da feição inexpressiva que o moreno adotava naquele momento, perguntando-se o que se passa na mente do rapaz de olhos negros. Naruto teria continuado a encara-lo, se o Uchiha não lhe fitasse pelo canto dos olhos, o que fê-lo virar o rosto para o lado oposto rapidamente, com a intenção de disfarçar seu momento de... Admiração à vista.

— Então... Ouvi Kakashi e Sakura falando sobre você e a Hyuuga. – Sasuke comentou de repente, como quem nada quer.

Naruto freou a caminhada e, apesar de não estava comendo nem bebendo nada, engasgou-se com aquela frase repentina. O Uzumaki piscou diversas vezes e seus lábios remexeram-se sem nenhum som sair. Sasuke, dando pela falta do loiro ao seu lado, parou, olhando-o de forma curiosa e uma das finas sobrancelhas arqueadas de forma instigante e curiosa.

— Falaram de mim? – juntou as sobrancelhas. – O quê?! O que eles disseram? – quis saber, vendo o Uchiha erguer o canto esquerdo da boca em um meio sorriso.

— O que sempre esteve na cara, né, Usuratonkachi. – o outro respondeu com sarcasmo na voz, fazendo Naruto fitá-lo com curiosidade. – Na verdade já estava mais do que na hora de você acabar com aquele penhasco que sentia pela Haruno. – complementou.

Naruto não conteve suas expressões faciais ao abrir um sorriso debochado e, cruzando os braços frente ao peito, inquiriu:

— Já com ciúmes, Sasuke?

— Faça-me um favor, Uzumaki. – girou os olhos em descaso ao mesmo tempo em que se voltou para frente prosseguindo a caminhada por Konoha, Naruto também não ficou para trás, e, apertando um pouco o passo, logo estava ao lado do moreno novamente.

O Uzumaki soltou um suspiro. Estava com uma questão na ponta da língua, e muito tentado a fazê-la. Sendo assim, mordeu o lábio inferior e reuniu a coragem para questionar.

— Sobre isso... O que você achou? – o tom de voz era baixo, e os anises fitavam o colega pelo canto dos olhos, que retribuiu o olhar de forma mais direta, intimidando-o, mas ainda assim manteve-se firme, aguardando sua resposta.

— Eu? – o Uchiha riu, como se a pergunta não fizesse sentido, como se fosse uma piada sem graça. Sasuke deu de ombros, enquanto movimentava os lábios de forma pensativa. – Bom para você, né... ? Acho que agora você tem uma grande chance de construir o que sempre ansiamos: uma família; reestabelecer nossos clãs... – murmurou.

Naruto encarou Sasuke como se o Uchiha, de repente, tivesse ganhado uma segunda cabeça.

— Não é como se eu fosse me casar com ela! – o de olhos azuis defendeu-se.

— A gratidão pode fazer milagres, Usuratonkachi. – o rebateu o outro. – Não sei se você sabe, mas Sakura fala mais do que o necessário ás vezes. – suspirou. – Ela me disse o que a Hyuuga fez por você durante o ataque da Akatsuki à vila.

Aquilo era verdade. Foi um dos momentos que fez Naruto enxergar em Hinata, algo que ele não vira em mulher alguma, nem mesmo em Sakura. A Hyuuga colocou-se na linha de frente de um inimigo do qual ela sabia não ter chance alguma de vencer. Por ele, para ele.

Naquele instante o loiro conseguiu sentir algo semelhante à... Admiração, talvez? Mas não era amor, ao menos, não como ele sentia por Sakura por exemplo.

O loiro alisou a nuca, e revirou os olhos enquanto um pensamento lhe corria a mente.

E Sasuke? Já poderia corresponder aos sentimentos da única integrante feminina do time sete? Ele podia acreditar que sim, afinal a última fala do moreno era justamente sobre isso, não é? E, francamente, o que Sakura já havia feito por aquele Bastardo era mais do que se podia contar nos dedos.

— Então... Isso quer dizer que você pode retribuir os sentimentos da Sakura-chan? – questionou o de olhos azuis. – Depois de tudo que ela fez por você, Sasuke, eu acho que...

— Isso é completamente diferente, Naruto. – cortou-o. – Eu tenho gratidão por ela sim, mas não o suficiente para corresponder o que ela sente.

— Você acabou de dizer que a gratidão pode fazer milagres. Por que com você é a Sakura-chan seria diferente? – o de olhos claros indagou, agora totalmente confuso.

— Eu sou mais... Complexo do que você, Naruto. – resmungou.

— Você não é complexo, você recusa a felicidade, Sasuke. – Naruto pronuncia com ironia. – E esse é um dos motivos pelo qual você quer fugir.

Sasuke irritou-se com aquela acusação.

— E já se passou na sua cabeça que eu não seria feliz ao lado dela? – questionou com a voz carregada de ironia. – Você pode ter os braços abertos para o mundo, Naruto. Mas eu não sou assim. – A voz de Sasuke alterou-se um pouco nas últimas palavras, chamando mais atenção do que devia.

Logo sussurros e murmúrios começaram a se espalhar por entre os moradores que por ali passavam. Todos interessados na possível briga que estava por vir.

— O caso já não é mais esse. – o loiro parou, notando que Sasuke parecia aumentar o ritmo de seus passos, tomou o ombro do rapaz e puxou-o para que o fitasse. – Eu não estou falando da Sakura-chan; estou falando de nós! De todos nós que esperávamos pelo dia que você finalmente parasse de ser um imbecil e voltasse para a casa. – esclareceu, fitando os olhos escuros com e a face contorcida em raiva.

Apesar de sentir sua paciência diminuir devido os gestos grosseiros de Naruto ao puxá-lo, Sasuke relaxou as feições irritadas ao encarar o rosto enfurecido do rapaz pouco menor que si. Não entendia, mas o mais velho tinha um verdadeiro prazer em fitar aqueles orbes se tornarem ainda mais densos quando o Uzumaki irritava-se daquela forma.

— Caramba... Você sabe quanto eu esperei para finalmente poder ter todos os meus companheiros juntos de novo? – o de olhos azuis continuou a bronquear-lhe, intensificando o agarre que exercia no tecido negro de sua camiseta, como se tentasse controlar suas emoções para não socar o rosto do Uchiha até desfigurá-lo. – Mas você é sempre egoísta, e nem isso eu posso ter. Droga! – desabafou, largando o Uchiha, este por sua vez deu dois passos vacilantes para trás.

Sasuke olhou em volta, notando que a sua frente três mulheres cochichavam entre si enquanto os fitava sem a mínima discrição, mas quando notaram o olhar do Uchiha para elas, passaram a disfarçar, voltando a fazer as tarefas de antes.

— Como eu vou esfregar o meu titulo de Hokage na sua cara se você não estiver aqui?! – o de olhos azuis questionou, furioso e Sasuke soltou um riso descrente. – Nem quando eu venço, eu venço de verdade.

Naruto sempre seria Naruto no fim das contas.

— Estamos muito longe do seu chiqueiro? – indagou o moreno.

— Como? – o Uzumaki questionou totalmente perdido.

— Sua casa, ou melhor, aquilo que você chama de casa. – esclareceu, em meio a um sorriso de escárnio.

Realmente, Sasuke não estava brincando. Lembrava-se quando fora, com o restando do time sete, incluindo Sai, visitar o loiro que ainda estava de repouso em casa. Fora o Uchiha pisar um pé na residência do Uzumaki e sentir a sobrancelha tremelicar em agonia ao ver tamanha desorganização.

Como Naruto conseguia ser tão relaxado?

— Ora, seu Teme! – trincou os dentes. Naruto não conseguia entender como alguém conseguia lhe levar do extremo relaxamento ao nível mais alto de sua ira em tão poucos segundos. – Me desculpe se não sou tão organizado como a princesa a minha frente. – debochou, arqueando as sobrancelhas exibindo uma expressão debochada. – O que vossa majestade quer na minha casa?

— É meio difícil ter privacidade durante um dialogo com você, Naruto. Você chama atenção demais. – respondeu, sinalizando as pessoas em volta com os olhos.

Naruto olhou em volta, notando que muitos dos moradores da vila andavam de forma lenta, fitando-os com curiosidade. Até aquele momento, o loiro não havia dado atenção nos muitos olhares que havia despertado nos moradores da vila que estavam no caminho. Pequenos murmúrios diziam que o garoto Uchiha havia voltado livre, alguns felizes, outros temerosos, mas todos cientes de que Naruto era a grande causa daquele feito.

E outros simplesmente sendo curiosos e querendo uma boa fofoca para a hora do jantar.

— Oh... – sentiu-se levemente envergonhado por um momento, ficando com as bochechas vermelhas. – Bem... Não acho que minha casa esteja digna de sua presença e olhar critico, mas...

Naruto parou de repente, parecendo refletir sobre algo, até que, de repente, ele virou-se para o rapaz de tez pálida e um sorriso que ameaçou dividir a face com marquinhas ao meio, fazendo o Uchiha erguer uma sobrancelha em dúvida, pois os olhos azuis pareciam brilhar como os de uma raposa que acabou de encurralar a sua presa: maliciosos e brincalhões.

— O que? – inquiriu com curiosidade.

— Eu já sei para onde podemos ir. – contou, não vacilando na expressão em momento algum. Com um breve manear com a cabeça, o loiro indicou o local. E Sasuke revirou os olhos enquanto segurava um sorriso.

***

— Você pretende realmente retornar algum dia? – questionou o de olhos azuis, voltando-se para o moreno, Sasuke, ao contrário, não o fitou para dar-lhe a resposta.

— Provavelmente sim. – seus olhos se voltaram para baixo e ergueram-se novamente. – Não pensei em realmente ficar, mas, não sei... Parece o certo. Ao menos pelo irmão e outras coisas. – completou, e, neste momento, ele voltou a encarar o rapaz de bochechas marcadas.

Naruto remexeu os lábios em um bico desgostoso, e abraçou os joelhos contra o seu corpo. Não foi por um ‘Provavelmente’ que ele lutou todos esses anos.

— Itachi ia querer que você ficasse de vez, seu idiota. – advertiu.

— Ele ia querer que eu encontrasse a plenitude antes de tudo. – pontuou. – E, apesar de eu ter grande parte disso aqui, não estará completa se eu não encontrar a minha libertação. Você não entende agora, mas talvez entenda no futuro.

— Eu nunca vou entender você, Bastardo. Sua cabeça não funciona direito! – o de olhos azuis bufou, fazendo um bico de irritação.

— Plante para colher depois, Usuratonkachi. – retrucou com um sorriso verdadeiro, demonstrando toda a sua felicidade.

Irritar o rapaz de olhos azuis era tão gratificante.

Naruto conseguia levá-lo para dois extremos com uma rapidez que nem mesmo Itachi conseguia. O loiro era capaz de lhe irritar, mas fazê-lo amaciar com extrema facilidade; e por mais que o conhecimento desse fato o incomodasse (e muito), ele sabia muito bem que era bom em fazer o mesmo com o Uzumaki.

— Argh! Você tá parecendo o Ero-Sannin falando desse jeito. – rebateu o Uzumaki com os olhos irritados. – Vocês essas metáforas que eu não consigo entender nada.

— Por isso eu disse que você só irá entender mais para frente. Confie em mim, minha decisão foi o melhor; ao menos por agora – refutou, vendo o loiro fazer uma careta irritada para logo depois voltar seu olhar para cima, fitando o que restava do fim da tarde.

Naquele instante, Naruto tentou, realmente tentou, entender o que havia por trás das atitudes do Uchiha, mas não conseguiu lê-las, diferente do mais velho que não precisava do mínimo esforço para compreender suas ações; ele sempre seria um livro aberto.

— Droga... – resmungou, o que fez Sasuke virar sua atenção para ele com uma sobrancelha arqueada. – Três anos de busca para trazer um cabeça-dura pra casa, para isso. – resmungou irritado. – Itachi confiou você a mim, ele disse claramente. Eu sinto como se tivesse falhado. – completou, enterrando o rosto entre seus braços e joelhos.

Mediante aquilo, Naruto já não fazia mais questão alguma de esconder o quanto estava chateado com a escolha do moreno; o quanto aquela situação estava o incomodando.

Dobe...— o Uchiha pousou sua mão sobre o ombro de Naruto, para chamar a sua atenção.

Meio a contragosto, o loiro ergueu o rosto e voltou-se para o Uchiha com os olhos acusatórios e a expressão claramente magoada. Sasuke não mais lhe exibia feições indiferentes, o mais novo observou aquele pequeno gesto, um curvar singelo de lábios, mas que ele aprendeu a valorizar de todo o coração. Era nesse precioso momento que o Naruto poderia ver toda a face se acender em contentamento.

Ele não conseguia entender como um sinal de alegria tão pequeno poderia causar em si tamanha emoção, fazendo seu coração acelerar dentro do seu peito. De repente ele sentiu como se seu corpo fosse pequeno demais para aprisionar tamanho sentimento que o invadiu.

— O que eu mais preciso nesse momento é rever meus conceitos. Conhecer mais do mundo... – Sasuke explicou calmamente, vendo com clareza as pupilas de Naruto dilatarem. – Assim como tenho certeza de que preciso buscar minha redenção, sei também que algumas coisas se resolvem somente com o tempo. Afinal, eu não sou o único que preciso de entendimento aqui.

— O que quer dizer? – questionou com os olhos curiosos e o cenho franzido.

— Acho que nós dois precisamos desse tempo longe, antes de estarmos completamente resolvidos sobre quê caminho devemos seguir daqui a adiante. – respondeu com sapiência. – Se eu ficar agora, tudo pode se repetir novamente. Você me conhece, eu me conheço e eu te conheço... Eu não quero continuar com o ciclo-vicioso que tem se procedido ao longo dos anos.

— Como Madara e Hashirama.

— Como Indra e Ashura. – o moreno complementou, com um breve sorriso ao notar que o rapaz de olhos azuis entendeu onde ele queria chegar. – Se eu continuar aqui a partir de hoje, sei que estou propicio a cometer alguns deslizes. Ficar perto de você, nesse momento, não será bom para nós dois.

Sasuke sabia ter muitos conflitos diferentes para resolver internamente e externamente. Naquele momento, estava sem rumo. Seu maior desejo agora era conhecer melhor a si mesmo e o mundo e, só então, estabelecer alguma objetivo para atingir. Entenderia seus medos, reveria suas atitudes, compreenderia seus sentimentos e dores do passado que havia abandonado.

Só então poderia retornar para casa.

— Tudo está começando a entrar nos eixos, Dobe... – o maior voltou-se para frente, apreciando o sol sumir no horizonte e a noite finalmente tomar conta. – Não vamos deixar que o egoísmo tome conta de tudo novamente, não vamos cometer os mesmos erros que fizemos no passado.

Naruto compreendeu; Sasuke não estava fugindo. Ele queria conhecer mais do mundo, abrir-se para novas pessoas, buscar respostas e resolver questionamentos. Ele sentia a necessidade de desbravar lugares desconhecidos, conhecer novas culturas, povos, encontrar-se no mundo e dar-se a chance de viver intensamente algo que a sede de vingança e sua busca incansável por poder o impediu de fazer.

O Uchiha queria viver em função de si próprio, e não movido pelo ódio que havia cultivado durante tantos anos. E, só então, ele poderia retornar e zelar por aquilo que seu irmão sacrificou-se para proteger.

— E então, entrou por um ouvido e saiu pelo outro? – o de cabelos escuros indagou com os olhos saudosos e um meio sorriso.

— Eu entendi, idiota. – o de olhos claros murmurou antes de virar sua atenção para o Uchiha. – Mas isso não significa que eu aceite. Eu não sou paciente, você sabe disso. Esperar não é o meu forte. – bufou.

Sasuke exibiu um pequeno sorriso enquanto encarava a expressão contrariada do loiro. Naruto realmente jamais perderia aquela essência única que o moreno demorou á admitir que admirasse.

O Uchiha voltou-se para frente, e então ficaram minutos em silêncio, cada um perdido em seus pensamentos, silenciosamente apreciando a companhia um do outro. Orbes azuis escanearam a figura imponente do Uchiha, admirando os contrastes da pele pálida sob o brilho da lua com os cabelos negros e brilhantes, os olhos escuros estavam distantes, porém, concentrados.

Naquele momento o Uzumaki questionou-se os pensamentos que corriam pela mente do rapaz moreno. Sasuke exibiu um sorriso pequeno que alcançou os olhos, já os de Naruto denotavam surpresa.

— Você é muito teimoso, Usuratonkachi. – pontuou, e foi sua vez de virar-se para o rapaz de olhos claros. Naruto lhe exibiu um sorriso pequeno, não era aquele grande sorriso aberto, era um curvar de lábios mínimo, mas verdadeiro que alcançaram os anises, que se tornaram ainda mais brilhantes pelo sentimento verdadeiro que o atingiu naquele momento.

O gesto fez o Uchiha perder o fôlego, e pela primeira ele se dera conta da falta que o loiro fizera em sua vida durante aqueles anos separados.

O jovem de madeixas loiras se colocou de pé, espreguiçando-se antes de voltar a fitar o colega que permanecia sentado e lhe fitava com curiosidade, aguardando a próxima atitude do outro.

— Eu não gosto de despedidas, sabe... – os azuis ganharam um brilho denso de pura tristeza e saudade precoce. – Mas ao menos dessa vez eu não irei te impedir. Acho que perdermos um braço já foi de bom tamanho, não é? – o sorriso gritantemente sincero surgiu ao termino daquela frase.

Sasuke tinha a intenção de dizer algo para, ao menos, acalentar o coração do Uzumaki, porque apesar dos lábios abertos lhe exibirem a curva que mais aprendera a valorizar, Sasuke sentia magoa durante aquela frase. Mas antes que pudesse pronunciar algo, Naruto já havia saltado do rochedo onde estava esculpido o rosto do Yondaime, e tudo que ele pode fazer foi apenas assistir o jovem de cabelos claros saltar por entre as casas e prédios de Konoha.

Sasuke suspirou, sentindo um sentimento estranho em seu peito. Sua mão passou a formigar, e ele se viu na obrigação de fechá-la em um punho, repreendendo o desejo que teve de poder esticar seu braço para poder agarrar Naruto e trazê-lo para perto de si novamente.

Um sentimento antecipado de perda apossou-se do seu peito de um segundo para o outro, e se havia alguém que poderia acabar com toda guerra que aconteceu naquele instante dentro do Uchiha, esse alguém era aquele a quem o moreno nomeava como Usuratonkachi.

Ao longo de sua vida, Sasuke não possuía muitas certezas. Desde a infância complicada ao lado do pai exigente, a mãe amorosa e o irmão afetuoso, até o massacre de todo seu clã e sua visão da verdade ser totalmente deturpada. Sasuke se via perdido em meio de tantas mentiras e fatos que o cercavam, sempre sendo mantido no escuro por anos e anos.

Mas havia aquele que era sua certeza constante: Uzumaki Naruto. Sasuke jamais entendeu o que havia entre ele e o moleque irritante com quem dividia a classe, atenção dos professores e logo mais tarde o time ao que integraria, mas tinha total certeza de que o que dividiam não era comum.

Apesar de sempre ser irritantemente barulhento e impessoal, ao lado do Uzumaki, Sasuke sentia-se completo e em paz. Não apenas no sentindo de laço afetivo ou qualquer baboseira do gênero. Não. O rapaz de olhos azuis era seu equilíbrio para emoções e conflitos, o único que acalmava seu interior bagunçado, seus pensamentos perturbados e seu coração obscuro.

O Uchiha não poderia dizer quando aquilo teve inicio, mas podia dizer quando teve total certeza daquele fato: durante seu primeiro embate no Vale do Fim. No momento que o tempo se fechava acima de si, e ele encarava a figura ao chão, estirada e inconsciente. Sasuke percebeu que não conseguiria ir contra a sua vontade, mesmo que sua parte mais sombria desejasse, e muito, aquilo. Se fosse qualquer outro, o Uchiha jamais hesitaria em concluir seu intento de dar cabo à vida de alguém para conseguir o Mangekyou Sharigan.

Mas ele não. Não conseguiria. Jamais.

Quando se deu conta de que não alcançaria a força para concluir seu maior desejo, irritou-se furiosamente consigo mesmo. O que havia com ele? Sasuke agarrava-se a hipótese de que apenas não foi até o fim, pois não queria seguir o mesmo caminho que seu irmão; matando o melhor amigo por motivos ambiciosos.

Um grande blefe.

O Uchiha jamais pensou que concordaria com o primogênito dos Uchiha quando este o denominou de fraco, mas agora percebia que Itachi tinha razão. Sasuke era fraco, e sua maior fraqueza possuía nome e sobrenome.

Naruto era seu oposto, era a parte que o completava. Matar o adolescente seria como matar a si mesmo. Porque uma parte dentro deles se desfaria no momento que o último palpitar do coração do outro soasse. Era á isso que o loiro se referia quando dizia que se lutassem, ambos morreriam.

Diante as atuais circunstâncias, a única verdade que o desertor do Sharigan tinha naquele momento era que não queria mais fugir disso como havia feito nos últimos anos.

Ele aceitaria Naruto a seu lado seja como fosse. E a certeza de que o rapaz loiro estaria a sua espera quando retornasse o acalentava.

O melhor amigo foi capaz de destruir a sua dor, e trazer-lhe vida novamente. Fazê-lo abrir os olhos para o mundo. Sasuke não admitiria em voz alta, mas o Jichuuriki da Kyuubi o salvou da escuridão e o moreno sentia-se grato por ele nunca ter desistido.

Quando regressasse, Sasuke esperava poder retribuir todo aquele esforço com a devida vênia que o companheiro merecia.

***

Naruto não esperava que, enquanto aguardava Sasuke despedir-se do restante do time sete, que mais tarde seria tomado por aquele sentimento.

Quando Sasuke deu por sua presença, ele sentiu seu coração falhar em uma batida e perder o compasso em seguida com o peso dos ônix sobre ele. Seu estomago de repente agitou-se, causando em si uma sensação engraçada.

— Não achei que viria... – Sasuke comentou, e tudo que o Uzumaki pode fazer foi resmungar uma resposta inteligível, pois já havia dito demais no dia anterior e não iria limitar a despedida em mais pedidos para que o amigo repensasse sua decisão.

O de olhos azuis desencostou-se da madeira da árvore e enfiou uma das mãos no moletom, tirando algo que fez o Uchiha arregalar os olhos brevemente. O loiro estendeu a antiga bandana com o símbolo de Konoha com um risco na vertical ao Uchiha.

Sasuke desacreditava que o Uzumaki realmente havia guardado aquele objeto durante tantos anos. Naruto realmente era convencido. Ele tinha completa convicção que conseguiria trazê-lo de volta.

Idiota arrogante.

— Aqui... – respirou fundo, tentando manter o emocional inabalável. – Estou devolvendo isso.

Sasuke não conseguiu fazer muito além de exibir um sorriso mediano enquanto erguia a mão trêmula para tomar posse do objeto que anteriormente lhe pertencia.

— Eu vou manter isso até resolvermos as coisas entre nós. – o Uchiha garantiu, mantendo seus olhos presos ao do rapaz mais novo.

Naruto abriu-lhe um sorriso e surpreendeu quando Sasuke espelhou sua expressão. Os anises encontraram os ônix novamente. Seu coração estava tão acelerado e dolorido, que achou que iria ficar doente naquele instante.

Naruto foi o primeiro a soltar o objeto, mantendo o sorriso de lábios cerrados. Fitou o Uchiha mais uma vez, e mordendo o lábio inferior e com o coração aos pulos em seu peito, o loiro impôs dois passos para frente, não mais suportando segurar aquela vontade dentro de si, e antes que o Sasuke pudesse recuar, Naruto o puxou pela nuca, trazendo-o para junto do seu corpo em um abraço. O Uzumaki rodeou o tronco delgado com seus braços, desejando envolver o moreno por completo com seu corpo.

O de olhos azuis respirou fundo e fechou os olhos com força, com medo de voltar a abri-los e perceber que o Uchiha sumiu de sua vida sem que pudesse ter a chance daquele gesto. Ele aspirou o cheiro extasiante que a pele do outro possuía, preservando aquele cheiro em suas lembranças mais significativas enquanto intensificava o aperto em volta do outro.

— Sem despedidas, não é? – a voz grave e mais rouca do que o comum soou quase divertida diante o gesto afetuoso do Uzumaki para consigo.

Naruto soltou um riso baixo.

— Cala a boca, Bastardo. – repreendeu, mordendo o lábio inferior ao fim da frase, tentando conter a tristeza que era despedir-se novamente do amigo.

Atualmente, Naruto se dava conta de que Sasuke tinha um significado muito maior em sua vida, não era apenas um simples companheiro de Konoha ou um amigo. Não. Ele jamais agiria daquela forma e, provavelmente, lutaria durante tantos anos por qualquer outra pessoa por exemplo. Apesar de todos que o cercavam serem de grande importância para ele, nada chegava próximo do laço que dividia com Teme. Aquele sentimento que dividiam desde a infância até os dias atuais era único.

Sorrindo, moreno retribuiu o gesto da mesma forma, levando o braço ainda bom para envolver e acariciar as costas largas do Uzumaki, desejando guardar aquele momento em suas memórias. Temendo que Naruto fugisse dos seus braços, segurou-o ainda mais forte, fechando a mão no tecido de sua blusa do mais novo.

Os corações batiam em uma única sintonia. Ambos sentiam aquilo, mas nenhum se dignou a pronunciar aquela observação em voz alta, dignando-se apenas a apreciar o momento daquele gesto que os faziam sentir como que invadidos por intensos sentimentos que anuviaram todas as existências e unificou ambos na suma beatitude.

O de olhos claros foi o primeiro alargar o aperto que exercia em volta de Sasuke, afastando-se devagar e permitindo-se liberar o ar de seus pulmões para, só assim, poder encarar o Uchiha nos olhos e lhe abrir um sorriso em meio aos anises que brilhavam mais do que o normal devido às lágrimas que queria derramar, mas não se permitiria.

Sasuke ainda não merecia aquele privilegio.

— Espero que você cumpra a sua promessa dessa vez, e torne-se Hokage. – o moreno precatou, fazendo o loiro soltou um pequeno riso.

— Deixa comigo, ‘tebbayo. – assegurou. — Itterashai¹.

Ittekimasu². – soou em meio a um sorriso.

Assim, Sasuke finalmente afastou-se, se virando de costas e passou a seguir pela clareira. Naruto sentiu o coração se apertar, e a vontade de puxar o bastardo para si novamente cresceu.

Levou a mão para apertar o tecido de sua blusa, como se naquele gesto ele pudesse controlar a dor e a vazio que sentia a cada passo que o outro dava, afastando-se mais e mais, até sumir no horizonte.

Naruto se viu ser invadido por sentimentos que outrora pretendia esquecer, porém, a solidão que a distância do companheiro lhe causou mostrou a ele que seria incapaz de viver com aquilo guardado por muito tempo.

Naquele momento, o adolescente de cabelos claros compreendeu que não importava o quanto à vida de ambos se alterasse, o laço constante e inquebrável que possuíam jamais mudaria.

Com um sorriso no rosto, o Uzumaki se fez uma nova promessa: Quando Sasuke retornasse para seu único destino possível, ele jamais deixaria o moreno partir novamente...


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Notas finais do capítulo

Vá com cuidado¹
Estou saindo/vou sair²

Gostaram?
O Nyah!Fanfiction está em uma fase trevosa em questão de comentários, pessoal. Os leitores fantasmas estão matando muitos autores, e isso é desolador. Pensem comigo: Um review pode ser chamado de "sustento" dos autores para algo que eles se dispõe a fazer sem nenhum fim lucrativo, apenas pelo passatempo e divertimento dele próprio e de quem está acompanhando. Aí, já estamos fazendo algo que não recebemos nada em troca e ainda por cima não há retorno das pessoas que acompanham?
Poxa, um review de duas linhas que teria, o que, 13 palavras? Não caí um dedo e deixa a pessoa do outro lado imensamente feliz! Então me deem suas opiniões, por favor! São muito importantes, cada um deles.
Obrigado a quem leu, nos vemos numa próxima!
Beijos!