Dust in the Wind - Decadence escrita por NyKaminsky, Blake Wolf
Notas iniciais do capítulo
Olá, povos e povas! Tudo bem com vocês?
Comigo está tudo okay.
Desculpa a demora, mas a faculdade me absorveu demais. Fora que estava sem internet.
Acabei de revisar e estou postando.
Espero que gostem!
Há 15 anos (POV Narrador)
Um garoto, aparentemente de 12 anos, corria pelas ruas chuvosas de abril. A lágrima em seus olhos era evidente, a todo momento ele fechava seu punho. Em sua cabeça os acontecimentos recentes se repetiam. Dado momento suas pernas fraquejaram e por tal circunstância ele parou. Estava debaixo de uma árvore seca, reflexo do seu sentimento.
— P-por q-que..? — Balbuciou, David. Sua casa havia sido demolida há um mês, seu pai havia morrido e sua mãe se isolava. Ele sabia. — É tudo culpa minha! — Disse ao vento, caindo de joelhos, cobrindo seu rosto, escondendo a vergonha de ser um monstro.
Talvez se possa perguntar: Como um jovem rapaz poderia ser culpado de alguma coisa?
Mas ele, realmente, era.
"Certo dia, depois de se cansar dos rabiscos e desenhos espalhados pela parede de seu quarto - na antiga casa demolida, David saiu na rua de areia, do bairro nobre porém esquecido. Ele sentou no degrau do portão e observou os sapos por ali perto. Muitos odeiam sapos, sentem nojo ou repúdio. Mas ele assimilou os sapos a uma lembrança bem mais profunda: Jenny.
Há quanto tempo não a via? Seis... nove meses? Não importava. Ela era a única amiga que ele possuía naquele lugar fútil. Antes, Jenny ia visitá-lo e os dois conversavam sobre assuntos variados, lutavam entre si e aprontavam com a vizinhança. Ela não era como as outras garotas, por ser bem mais velha que ele e homossexual. De certa forma, ela o entendia. Era como uma irmã.
A lembrança mais viva que David guardava dela era sobre o dia que Jenny pegou um sapo nas mãos e o apertou levemente, fazendo o anfíbio jorrar urina por todos os lados e assim, poder correr atrás dele. Era algo nojento de se ver, mas para o pequeno, era engraçado.
O menino segurou a respiração e voltou para dentro de sua casa, havia algo a ser quitado. Um estúpido desejo de vingança rodeava-o como fantasmas demoníacos. Ele queria, a todo o custo, matar seu próprio pai. Havia um motivo especifico para tal desejo insano, mas a verdade é que nada justifica a morte alheia. Infelizmente, ele não sabia disso ainda."
Agora, lá estava David de joelhos na chuva, chorando. Tamanha estupidez havia feito que sua mãe nunca mais seria a mesma, pois ela parecia um robô. Como se isso não bastasse, o destino se vingou dele. Tirando a pessoa que ele mais admirava.
"A casa havia sido demolida, levando consigo toda a lembrança sombria e depois que seu pai morreu, David recebeu uma noticia chocante: Jenny estava morta. Na primeira página do jornal a foto da jovem musculosa de cabelos cumpridos cacheados, sorrindo, intitulava uma enorme tragédia:
Jovem de 20 anos é brutalmente assassinada por colega.
Na noticia, dizia que Jenny voltava de uma festa com um colega em comum, mas quando ele a tentou beijar, à força, tudo mudou. Como a moça negou sua tentativa frustrante, isso o enfureceu. Indícios que uma luta corporal se iniciou. E mesmo ela sendo forte, não o foi capaz de vencer e desmaiou. O resto era óbvio e David não conseguiu terminar de ler. Abuso sexual e assassinato."
— Por quê? — Perguntou chorando. Não só pelo fato de perder Jenny e seu pai, mas por ser o grande culpado de tudo.
Mais um dia se passou e David dormia nas ruas. Seu estado era lamentável e o garoto parecia indefeso. Um renomeado psicólogo o viu largado, como um lixo invisível que ninguém fazia questão de notar. Espantando foi até o menino e ofereceu ajuda. Sua carisma era tão imensa, que nem mesmo David o pôde ignorar. Com o tempo, o rapaz escolheu ser independente, não queria voltar para a casa e se caso alguém o forçasse, ele se mataria. Sabendo disso, Edmund o adotou, sem envolver a justiça.
Atualmente (POV Andrew)
— Descanse em paz, Andrew! — Seu dedo avançou sobre o gatilho.
— "Há tantas coisas que eu queria ter feito e não fiz, tantos segredos escondidos de Cath e nunca fui capaz de lhe contar. Meu passado é uma ferida aberta que nem mesmo o tempo foi capaz de cicatrizar. Se eu pudesse... Se eu tivesse só mais uma chance." — Fechando meus olhos, fiz uma pequena prece. Desejando intimamente que ela escutasse em seus sonhos.
"Cath, nenhuma palavra será o bastante para eu te dizer o quanto você significa pra mim.
Mas sabe quando nos sentimos sozinhos, incompreendidos e temos medo?
Você é a força que me faz reerguer a cada dia.
É um caminho iluminado que nem eu sabia que existia.
Agora, mais do que nunca, já não tenho medo.
Porque pensar em você me trás paz e faz meus pecados se redimirem.
Só você é capaz de acalmar as tempestades aqui dentro.
Tudo o que fiz, foi por você e sempre será!
Enquanto viver mantenha o brilho do seu olhar acesso.
Você é a vida para a minha alma.
Por isso, seja nessa ou noutra vida, eu irei protege-la.
Quando se sentir só e tiver medo, pense nos bons momentos.
E acredite, eu vou estar lá... te esperando.
Podem me tirar tudo, mas jamais tirarão o meu amor por você!
Nós existiremos na eternidade, Catherine..."
Sinto David apertar o gatilho com rigidez e o som da catraca do tambor vazia. Ele começou a rir eloquente e eu o encarei com desdém.
— Como você é sortudo, Andrew! Mas na próxima não vou falhar... — Disse destravando novamente.
Fechei meus olhos e mais uma vez, esperei. No fundo eu estava aliviado em saber que Cath ficaria bem. David não sabia de sua existência, nem Lucius. Antes de ser capturado, eu fui esperto o bastante para me livrar da aliança de compromisso.
"Peguei meu celular apressado, discando o número da ambulância. Eu não podia deixar o corpo do Edmund ali e sair atrás de Lucius. Havia uma fraca esperança acessa em meu peito, eu queria acreditar com todas as minhas forças, de que Eddie estava vivo. O sangue dele em minhas mãos dificultava minha tentativa de discar. Eu estava prestes a ligar quando ouço passos na escada. Mas quem poderia ser? Talvez algum paciente? Não. Os passos, faziam minha epiderme estremecer.
Era uma armadilha! Fizeram Edmund me ligar e depois o mataram, tudo para que eu viesse correndo pra cá angustiado, atrás de uma resposta objetiva. A única saída era através da porta, mas os passos estavam bem próximos, eu não iria conseguir. Olhei para a janela e corri até lá. Tentei abri-la, mas a mesma estava travada. O escritório psiquiátrico do Dr. Edmund Laswell era o mais seguro que eu conhecia. Estava repleto de alarmes, travas automáticas e câmeras. Mas minha vida estava em risco graças a essa segurança toda.
— Inferno! — Peguei uma cadeira e avancei para a porta. Parei abruptamente encarando meu dedo anelar. A aliança. Eu tinha a certeza absoluta de que Lucius e seus subordinados não sabiam que eu estava noivo, aliás, eles não sabiam sobre Cath. Larguei a cadeira e retirei a aliança. Escondi no forro de uma gaveta próxima.
Quando eu ia voltar para a cadeira e antes que eu pudesse me virar, recebo uma pancada forte na cabeça. Tropecei em frente, tentando me estabilizar no mesmo segundo. Mas o agressor não me deixou revidar a "branda gentileza." E sem esperar me golpeou mais uma vez na coluna. Cai no chão de bruços, sem ao menos vê-lo. Lamuriei num gemido de dor. Estiquei meus braços, tentei achar um suporte para me levantar e outra vez ele me golpeou na cabeça. Então tudo ficou escuro."
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Sei que disse que a fanfic será inteiramente POV Andrei, mas foi necessário..
Beijos da Tia Nyka e até semana que vem :*