Dust in the Wind - Decadence escrita por NyKaminsky, Blake Wolf


Capítulo 2
Capítulo 2 - Cara ou Coroa?


Notas iniciais do capítulo

Olá, povos e povas! Tudo bem com vocês?
Comigo está tudo okay.
Desculpa a demora, mas a faculdade me absorveu demais. Fora que estava sem internet.
Acabei de revisar e estou postando.
Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/563040/chapter/2

Há 15 anos (POV Narrador)

Um garoto, aparentemente de 12 anos, corria pelas ruas chuvosas de abril. A lágrima em seus olhos era evidente, a todo momento ele fechava seu punho. Em sua cabeça os acontecimentos recentes se repetiam. Dado momento suas pernas fraquejaram e por tal circunstância ele parou. Estava debaixo de uma árvore seca, reflexo do seu sentimento.

— P-por q-que..? — Balbuciou, David. Sua casa havia sido demolida há um mês, seu pai havia morrido e sua mãe se isolava. Ele sabia. — É tudo culpa minha! — Disse ao vento, caindo de joelhos, cobrindo seu rosto, escondendo a vergonha de ser um monstro.

Talvez se possa perguntar: Como um jovem rapaz poderia ser culpado de alguma coisa?

Mas ele, realmente, era.

"Certo dia, depois de se cansar dos rabiscos e desenhos espalhados pela parede de seu quarto - na antiga casa demolida, David saiu na rua de areia, do bairro nobre porém esquecido. Ele sentou no degrau do portão e observou os sapos por ali perto. Muitos odeiam sapos, sentem nojo ou repúdio. Mas ele assimilou os sapos a uma lembrança bem mais profunda: Jenny.

Há quanto tempo não a via? Seis... nove meses? Não importava. Ela era a única amiga que ele possuía naquele lugar fútil. Antes, Jenny ia visitá-lo e os dois conversavam sobre assuntos variados, lutavam entre si e aprontavam com a vizinhança. Ela não era como as outras garotas, por ser bem mais velha que ele e homossexual. De certa forma, ela o entendia. Era como uma irmã.

A lembrança mais viva que David guardava dela era sobre o dia que Jenny pegou um sapo nas mãos e o apertou levemente, fazendo o anfíbio jorrar urina por todos os lados e assim, poder correr atrás dele. Era algo nojento de se ver, mas para o pequeno, era engraçado.

O menino segurou a respiração e voltou para dentro de sua casa, havia algo a ser quitado. Um estúpido desejo de vingança rodeava-o como fantasmas demoníacos. Ele queria, a todo o custo, matar seu próprio pai. Havia um motivo especifico para tal desejo insano, mas a verdade é que nada justifica a morte alheia. Infelizmente, ele não sabia disso ainda."

Agora, lá estava David de joelhos na chuva, chorando. Tamanha estupidez havia feito que sua mãe nunca mais seria a mesma, pois ela parecia um robô. Como se isso não bastasse, o destino se vingou dele. Tirando a pessoa que ele mais admirava.

"A casa havia sido demolida, levando consigo toda a lembrança sombria e depois que seu pai morreu, David recebeu uma noticia chocante: Jenny estava morta. Na primeira página do jornal a foto da jovem musculosa de cabelos cumpridos cacheados, sorrindo, intitulava uma enorme tragédia:

Jovem de 20 anos é brutalmente assassinada por colega.

Na noticia, dizia que Jenny voltava de uma festa com um colega em comum, mas quando ele a tentou beijar, à força, tudo mudou. Como a moça negou sua tentativa frustrante, isso o enfureceu. Indícios que uma luta corporal se iniciou. E mesmo ela sendo forte, não o foi capaz de vencer e desmaiou. O resto era óbvio e David não conseguiu terminar de ler. Abuso sexual e assassinato."

— Por quê? — Perguntou chorando. Não só pelo fato de perder Jenny e seu pai, mas por ser o grande culpado de tudo.

Mais um dia se passou e David dormia nas ruas. Seu estado era lamentável e o garoto parecia indefeso. Um renomeado psicólogo o viu largado, como um lixo invisível que ninguém fazia questão de notar. Espantando foi até o menino e ofereceu ajuda. Sua carisma era tão imensa, que nem mesmo David o pôde ignorar. Com o tempo, o rapaz escolheu ser independente, não queria voltar para a casa e se caso alguém o forçasse, ele se mataria. Sabendo disso, Edmund o adotou, sem envolver a justiça.

Atualmente (POV Andrew)

— Descanse em paz, Andrew! — Seu dedo avançou sobre o gatilho.

— "Há tantas coisas que eu queria ter feito e não fiz, tantos segredos escondidos de Cath e nunca fui capaz de lhe contar. Meu passado é uma ferida aberta que nem mesmo o tempo foi capaz de cicatrizar. Se eu pudesse... Se eu tivesse só mais uma chance." — Fechando meus olhos, fiz uma pequena prece. Desejando intimamente que ela escutasse em seus sonhos.

"Cath, nenhuma palavra será o bastante para eu te dizer o quanto você significa pra mim.

Mas sabe quando nos sentimos sozinhos, incompreendidos e temos medo?

Você é a força que me faz reerguer a cada dia.

É um caminho iluminado que nem eu sabia que existia.

Agora, mais do que nunca, já não tenho medo.

Porque pensar em você me trás paz e faz meus pecados se redimirem.

Só você é capaz de acalmar as tempestades aqui dentro.

Tudo o que fiz, foi por você e sempre será!

Enquanto viver mantenha o brilho do seu olhar acesso.

Você é a vida para a minha alma.

Por isso, seja nessa ou noutra vida, eu irei protege-la.

Quando se sentir só e tiver medo, pense nos bons momentos.

E acredite, eu vou estar lá... te esperando.

Podem me tirar tudo, mas jamais tirarão o meu amor por você!

Nós existiremos na eternidade, Catherine..."

Sinto David apertar o gatilho com rigidez e o som da catraca do tambor vazia. Ele começou a rir eloquente e eu o encarei com desdém.

— Como você é sortudo, Andrew! Mas na próxima não vou falhar... — Disse destravando novamente.

Fechei meus olhos e mais uma vez, esperei. No fundo eu estava aliviado em saber que Cath ficaria bem. David não sabia de sua existência, nem Lucius. Antes de ser capturado, eu fui esperto o bastante para me livrar da aliança de compromisso.

"Peguei meu celular apressado, discando o número da ambulância. Eu não podia deixar o corpo do Edmund ali e sair atrás de Lucius. Havia uma fraca esperança acessa em meu peito, eu queria acreditar com todas as minhas forças, de que Eddie estava vivo. O sangue dele em minhas mãos dificultava minha tentativa de discar. Eu estava prestes a ligar quando ouço passos na escada. Mas quem poderia ser? Talvez algum paciente? Não. Os passos, faziam minha epiderme estremecer.

Era uma armadilha! Fizeram Edmund me ligar e depois o mataram, tudo para que eu viesse correndo pra cá angustiado, atrás de uma resposta objetiva. A única saída era através da porta, mas os passos estavam bem próximos, eu não iria conseguir. Olhei para a janela e corri até lá. Tentei abri-la, mas a mesma estava travada. O escritório psiquiátrico do Dr. Edmund Laswell era o mais seguro que eu conhecia. Estava repleto de alarmes, travas automáticas e câmeras. Mas minha vida estava em risco graças a essa segurança toda.

Inferno! Peguei uma cadeira e avancei para a porta. Parei abruptamente encarando meu dedo anelar. A aliança. Eu tinha a certeza absoluta de que Lucius e seus subordinados não sabiam que eu estava noivo, aliás, eles não sabiam sobre Cath. Larguei a cadeira e retirei a aliança. Escondi no forro de uma gaveta próxima.

Quando eu ia voltar para a cadeira e antes que eu pudesse me virar, recebo uma pancada forte na cabeça. Tropecei em frente, tentando me estabilizar no mesmo segundo. Mas o agressor não me deixou revidar a "branda gentileza." E sem esperar me golpeou mais uma vez na coluna. Cai no chão de bruços, sem ao menos vê-lo. Lamuriei num gemido de dor. Estiquei meus braços, tentei achar um suporte para me levantar e outra vez ele me golpeou na cabeça. Então tudo ficou escuro."


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sei que disse que a fanfic será inteiramente POV Andrei, mas foi necessário..
Beijos da Tia Nyka e até semana que vem :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dust in the Wind - Decadence" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.